doarda 01/05/2023
Não há porta de saída, e se acaso houver, não quero achar.
Quando ganhei esse livro de uma amiga muito querida e fã de Clarice, fui tomada pela curiosidade genuína de conhecer sobre essa mulher que tanto já havia ouvido falar.
Me foi dito que não há porta de saída do universo vasto que ela retrata, e isso me deixou mais curiosa ainda. Ao terminar, só pude chegar numa conclusão: é verdade.
Eu tô encantada.
O modo que ela escreve, único. A conexão entre todos os contos, sútil e forte ao mesmo tempo.
Clarice se conecta com a alma do leitor, e faz da leitura, algo que transcende o mero significado de compreender palavras, ela torna algo pessoal, íntimo. Belo e feio. Grandioso e simples. A dualidade e o ?fio estendido? que em todo meu tempo de leitura, só vi nela.
Em suma, não há estrelas suficientes pra avaliar essa experiência.
?Não creio que Clarice tenha se dado conta, mas o acolhimento e a profunda identificação propiciados por sua escrita, permitiram que alcançasse sua meta, tocar o âmago, a essência.
E ao tocar a essência fez-se a mãe das coisas.?