Tamirez | @resenhandosonhos 19/08/2018RANGERS #6: Cerco a MacindawEstando já no sexto livros, me sinto já confortável para saber o que esperar de cada parte da história. Temos sempre um início de arco no livro de número ímpar e sua conclusão no livro seguinte de número par. Portanto, de dois em dois, vamos andando na trama como novos desafios para Will. Em Cerco a Macindaw, portanto, era hora de encerrarmos o que foi começado em Feiticeiro do Norte.
Esse não é um livro cheio de reviravoltas ou grandes acontecimentos. O seu título resume bem o conteúdo. Vamos ter um cerco e a preparação pra ele. Horace vai se juntar a Will logo no começo, pois foi enviado por Halt no livro anterior e teremos os dois novamente confabulando para descobrir formas de vencer essa batalha.
“Formar um cerco é uma ciência muito precisa e disciplinada.”
Gostei muito de ter Horace e Will junto e sozinhos. Ambos já cresceram bastante desde o início da série e acompanhamos sua evolução, assim como a evolução dessa amizade que começou bastante tumultuada no primeiro volume. Acho muito interessante em como cada um tem suas especialidades e mesmo assim permanecem brincalhões e competitivos para saber quem tem mais razão. A presença de Horace é um conforto para Will, pois ele, mesmo que brincando as vezes, confia plenamente nas habilidades dele pra tirar ambos e Alyss da situação onde se encontram.
Acho que ela foi a personagem que mais me surpreendeu com sua posição em Feiticeiro do Norte. Eu não tinha captado a relação dela com Will e ver o dois como um “casal” foi algo novo pra mim. Aqui, muito do esforço para cercar e tomar Macindaw também vem do fato de ela estar refém do usurpador, por mais que o objetivo central deva ser devolver o castelo a seu legítimo herdeiro.
Falando nessa relação, acontece algo no final que fez Will perder alguns pontos comigo. Em resumo, e sem spoilers, ele resolveu bancar o babaca por alguns momentos e quando não deu certo, recuou de sua atitude. Eu sempre fui defensora do personagem e gosto muito dele. Mas aqui, John Flanagan deu uma boa pecada. Primeiro, não acrescenta em absolutamente nada pra história o jovem fazer isso e segundo, apenas o denigre frente ao olhar do leitor. Ou seja, só perda.
Temos alguns desenvolvimentos políticos também tanto internamente, com os escandinavos, como com o reino de Picta, que faz aqui seu aparecimento. O usurpador não ficou apenas sentado esperando enquanto Will planejava, ele também moveu seu jogo para cumprir seus objetivos que aos poucos vamos descobrindo quais são.
O povo escandinavo é sem dúvida uma das partes que mais gosto nessa história. Desde o começo eles são retratados como mais durões, brutos, e até insensíveis, mas vamos vendo que não é bem assim. É o típico caso do inimigo tem que ser ruim. Quando na verdade eles são ótimos e muito engraçados até. Foi interessante ver a reação de algumas pessoas de Arualen a eles e a repulsa ou falta de confiança que se mantém, mesmo quando ele estavam do lado certo e ajudando. Will e Horace tem sempre boas frases para calar isso.
O livro termina de uma forma mais “romântica”, digamos assim, e estou curiosa para ver o que vai acontecer no sétimo livro, já que o nome é Resgate de Erak, e Erak foi um personagem que também cativou no começo da série. Também é provável que tenhamos o retorno da personagem da princesa, já que a mesma não apareceu nos últimos dois. É esperar pra ver!
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