@fran_rodrigues_92 10/02/2020Vamos falar de Condenação?!Leitura 2020
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Título: Auto da barca do inferno/Farsa de Inês Pereira
Autor: Gil Vicente
Editora: Klick
Páginas: 112
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O Auto da Barca do Inferno (ou Auto da Moralidade) é uma complexa alegoria dramática. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respetivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena ? a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo ? seguem na segunda. De fato, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.
A Farsa de Inês Pereira é uma peça de teatro escrita onde é retrata a ambição de uma mulher.
Gil Vicente havia sido acusado de plagiar obras do teatro chinês de João Miguel. Então, pediu para que aqueles que o acusavam, lhe dessem um tema para que ele pudesse escrever uma peça. " Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube."
Sobre este tema ele criou a farsa respondendo assim às acusações de plágio. É uma peça divertida e humanista.
Primeira vez que leio esse livro e apesar de ler em algumas horas confesso que é um tanto cansativo devido a linguagem. É uma obra que exige mais maturidade do leitor e talvez não devesse ser obrigatória nas escolas. A farsa é um pouco menos densa na linguagem tornando a leitura mais fluída.
Ó da barca!
E assim embarcaram!