A Rainha do Ignoto (eBook)

A Rainha do Ignoto (eBook) Emilia Freitas




Resenhas - A Rainha do Ignoto


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Muninn - IG @corvosdeodin 23/12/2020

Definitivamente, Emília Freitas foi uma mulher muito criativa e a frente do seu tempo, sua obra aborda diversas aflições que atingem as mulheres ainda nos dias atuais, mas também dá forças para nós em dias melhores. Gostei muito de conhecer a sociedade de mulheres e suas atitudes, o carinho que umas tinham pelas outras, em sua ilha cheia de bons sentimentos e a vontade de fazer o bem. Foi uma grata surpresa conhecer essa obra e poder tê-la na estante para uma releitura no futuro! Apesar de ser uma obra com mais de 100 anos, a escrita é fluida e as notas de rodapé acrescentam muito à experiência de leitura.

Vale destacar que a edição da Editora Wish está um primor!

site: https://www.instagram.com/p/CFC7YBsjoaF/
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Thalya 21/12/2020

Primeiro romance fantástico e de ficção científica do Brasil
Aspectos e características marcantes:

Romance Fantástico ??

Personagens femininas em foco ??

Escritora cearense ??

Romance romântico com suspense ??

O romance se focará na figura fantástica e misteriosa da rainha de uma ilha desconhecida ? ninguém sabe a localização e muito menos a existência desta.

Nessa ilha denominada 'A Ilha do Ignoto' ? daí o título da obra ?, o protagonista homem, Edmundo ? símbolo da modernidade requerida pela autora cearense ? irá adentrar, descobrindo uma sociedade em que as mulheres exercem todo tipo de profissão e vivem de forma igualitária e livre. Uma sociedade utópica.

A rainha é essa figura misteriosa que encanta e deixa Edmundo estupefato ? desde a primeira vez que a vê tocando harpa ? e curioso por descobrir seus segredos e a sua origem.

Embora a obra seja romântica em muitos aspectos, acaba trazendo elementos novos, como é o caso de uma sociedade organizada por mulheres; a busca por igualdade e pelos ideias humanitários, relacionados aos pensamentos abolicionista e espírita da própria escritora; e principalmente a rapidez com que a leitora/leitor pode ser cativado, já que não há muitas descrições e a narração parte rapidamente para as ações, contribuindo no desenvolvimento de um ar de suspense
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Giu 15/11/2020

Queria poder dar mais estrelas pra esse livro fantástico (em todos os sentidos), que entrou no topo da minha lista de livros favoritos da vida!

?A Rainha do Ignoto? é, se não pioneiro, extremamente avançado em diversos aspectos. A temática fantástica, as ideias feministas, antirracistas, as críticas à sociedade e à religião.

Preciso que todo mundo leia, especialmente quem apoia pautas feministas e antirracistas.
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Helissa 23/10/2020

Uma mulher extraordinária
A triste história de uma mulher extraordinária, incrível. Uma rainha, bruxa, feminista, progressista, abolicionista, republicana, justa, que padece da cruel e miserável condição humana.
Uma mulher com poderes hipnóticos e sobrenaturais, capaz de sondar o mais recôndito da alma dos que sofrem, mas que não é capaz de salvar a si mesma. Uma heroína!
Não existe sobrenatural que nos livre do que somos.
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Vitor.Luiz 19/10/2020

Emilia Freitas merece mais!
Como é que eu passei 20 anos da minha vida sem nunca ter ouvido falar dessa autora e obra , eu não sei. Bem, eu consigo facilmente imaginar os motivos do porque não ter se popularizado tanto quanto outros livros de outros autores, mas eu não estou para aqui para discutir isso. Vou focar apenas em resenhar mesmo.

Eu não quero perder tempo, então...RECOMENDO ESTE LIVRO PARA TODO MUNDO.

A trama é maravilhosa; os cenários característicos brasileiros é tudo que eu poderia pedir de um livro nacional; os elementos fantásticos são tão bem introduzidos e utilizados durante o decorrer da narrativa, que eu quase fico triste por saber que se trata de um livro único e não tem mais disso. E o que falar sobre as discussões que são apresentadas? Para um romance escrito no final do século XIX, os temas retratados são atuais demais e tornaram esse livro uma das leituras mais ricas que eu já tive. Eu me sinto obrigado a dizer mais uma vez, recomendo muito esse livro para qualquer pessoa que queira uma estória sobre o Brasil, com fantasia, discussões magnificas e episódios que com certeza prendem o leitor de uma forma que muitas outras obras sonham em fazer.

Deu pra perceber que estou meio exaltado e to bajulando muito a autora e esse livro, mas é porque Emilia Freitas merece e mais pessoas deveriam conhecer o trabalho dela.
Deco 21/04/2024minha estante
Me convenceu. Foi para a lista de desejo para 2024. Obg


Deco 21/04/2024minha estante
Me convenceu. Vai para a lista de 2024




Tati 14/10/2020

Eu não posso dar menos que a nota máxima pra essa grandiosidade que é esse livro.
Confesso que tive dificuldade em vários trechos, pra acompanhar o que estava acontecendo, pra acompanhar a narração de vez em quando e compreender alguns personagens. Mas não posso dizer que o livro é ruim só porque eu tive dificuldade na leitura algumas vezes, pois sinto que esse livro é muito mais além do que uma simples compreensão de uma leitura rápida. É como se eu não conseguisse absorver tudo que acontece assim, lendo só uma vez e sem fazer anotações - há muitas mensagens sobre a sociedade da época da autora que aparecem nas entrelinhas.
De início, achei que eram muitos personagens, muitos nomes para aprender quem é quem e o que faz. O início de passa inteiro em Passagem das Pedras, narrado como um interior comum, da época, me senti lendo realmente um livro que foi publicado em 1899. Do meio, quando finalmente aparece a ilha e as paladinas, continuei achando confuso a quantidade de nomes pra aprender. Mas comecei a achar tudo mais interessante, e como descrito no livro, era como se fosse uma maçonaria apenas de mulheres (e achei isto sensacional). A história também fica mais interessante a medida em que as viagens são feitas e conhecemos cada vez mais mulheres e suas histórias repletas de dor e sofrimento. Imagino que Emília tenha frisado tanto nas dores das mulheres para que ilustrasse sua época tão opressora com a vida das mulheres, desde cedo já precisando seguir códigos de conduta rígidos, e mesmo seguindo, ainda sendo as loucas, histéricas. E na vida da Rainha do Ignoto - tão "curandeira" de dores, compreendemos mais ainda essa mensagem.
É um livro que com certeza precisa ser lido mais de uma vez. Nem duas dá conta, é um livro que pra se entender tudo precisa ser estudado.

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Ari 16/09/2020

A história tem uma premissa muito interessante, porém tive dificuldade na questão do livro ter sido escrito em um século diferente, tive dificuldade, além da configuração da história, senti dificuldade da leitura fluir, porém um livro muito bom, com enredo bem contado, um livro a frente do seu tempo.
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Vilamarc 15/09/2020

Fantasia cearense
Não vou falar do enredo, já que fantasia nem é meu gênero favorito. Embora seja necessário dizer que o Vale do Jaguaribe até hoje tem sua aura de mistério.
Também não quero me alongar nas credenciais desse livro: romance feminista do século XIX, antiescravista, republicano, precursor da ficção científica dentre muitas outras qualidades.
Quero ressaltar que "A rainha do Ignoto" é um grito desesperançado contra toda a realidade massacrante advinda da descrença nas instituições, políticas, sociais, religiosas, onde só um outro mundo utópico e renovado é possível.
Da mesma forma é preciso falar da poética contida nas páginas de exaltação das belezas naturais do nosso Ceará, da percepção das pequenas e singelas riquezas que só uma observadora sensível é capaz de captar e transformar em letras tão comoventes.
Sim, esse livro tem muitas questões datadas, mas temos muitas outras ainda a extrair de seus temas.
Debora 15/09/2020minha estante
Com esta resenha, já tenho que ler...




Aline Teodosio @leituras.da.aline 10/09/2020

Fim do século XIX, Emília Freitas, uma mulher cearense, feminista, abolicionista, republicana e anticlerical ousa criar um romance que dá voz à mulher, peitando uma sociedade patriarcal altamente conservadora, em que muitas vezes, as mulheres eram silenciadas por atos de misoginia ou pela religião.

A Rainha do Ignoto, ou Diana, ou A Funesta era aquela que resgatava ou ajudava, junto com as Paladinas do Nevoeiro, mulheres em situações de vulnerabilidade. A ilha do Nevoeiro abrigava uma sociedade feminina autônoma, independente, forte, onde as mulheres dominavam as ciências e as tecnologias, bem como o pensamento filosófico e psicológico.

A cada resgate ou auxílio, a autora nos dá um banho de cidadania e de empoderamento. Lembre-se, estamos ainda no século XIX e ela, com maestria audaz, critica duramente o sistema patriarcal, o machismo, as leis vigentes e excludentes, o racismo e o fanatismo religioso.

Tá certo que o romance ficou um pouco datado no que diz respeito ao sofrimento feminino em relação ao amor, onde as mulheres, por causa desse, caíam em enfermidades fatais. Isso me deu uma agonia! Entretanto, com nenhuma dificuldade, encontramos mulheres que ainda hoje depositam toda a sua felicidade e razão da existência em função de um homem. Se olharmos bem, ainda encontraremos rastros vivos dessa cultura de submissão.

Portanto, para quem não conhece, tenho o prazer de apresentar essa minha conterrânea audaciosa, Emília Freitas. Nascia, pelas mãos de uma mulher de ideias progressistas, este que é considerado o primeiro romance longo de realismo fantástico brasileiro. Ela, como muitas mulheres foram mundo afora, bem que poderia ser mais uma apagada por essa sociedade massacrante, mas quem nasceu para a subversão, jamais se calará!
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Ingrid 23/08/2020

Uma fascinante descoberta da literatura brasileira.
Gostaria de mais detalhes das mulheres resgatas e dos trabalhos na Ilha do Nevoeiro em si. Tirando isso, que incrível ter acesso à essa obra de uma mulher cearense e de uma mulher sem medo. Fui impactada em diversas passagens do livro e não paro de recomendar a todos.
"[...] Pois a mulher superior é a encarnação da indiferença e até do ódio da maior parte dos homens".
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Coruja 15/08/2020

Não me lembro quando foi a primeira vez que ouvi falar em A Rainha do Ignoto, mas foi sempre num tom de elogio e curiosidade por seu pioneirismo no cenário de literatura especulativa cá no Brasil. Assim é que, quando a Wish anunciou que ia lançá-lo numa campanha do Catarse, não tive dúvidas em ir atrás de apoiar. Aí a Andrielle, do Biblioteca Híbrida, anunciou uma leitura coletiva da obra e me empolguei para participar, de forma que o romance de Emília Freitas pulou para a frente da lista de leituras cá no Coruja.

A história é narrada por Edmundo, um jovem bacharel que após desperdiçar sua herança viajando pelo mundo, parte para uma vila no interior cearense, onde lhe restou uma fazenda. Logo ele se insere na sociedade de Passagem das Pedras, com suas pequenas intrigas, bailes e procissões, e também suas lendas, como a da Funesta, uma moça encantada que mora numa gruta próxima da cidade. Após presenciar o espetáculo da moça em sua primeira noite na vila, Edmundo acaba se envolvendo numa trama de mistérios e disfarces, em uma sociedade de mulheres que se intitulam Paladinas do Nevoeiro e que têm por objetivo levar o bem e a justiça aonde quer que se encontrem.

Sendo uma obra de época e regional, há quem possa estranhar algumas palavras e expressões; essa edição resolve parte do problema com notas de rodapé que esclarecem os termos mais obscuros. De resto, é uma questão de costume - quem gosta de ler clássicos não terá dificuldades com o vocabulário, mas quem não está acostumado pode ter um pouco de dificuldade. O desafio, contudo, vale à pena ser enfrentado. A Rainha do Ignoto tem uma prosa poética, singela, repleta de ritmo. Nesse aspecto, pessoalmente, foi algo que me soou familiar: lembrou-me de noites na calçada da casa da minha avó, ouvindo várias pessoas contando "estórias de trancoso", de moças encantadas, fantasmas vingativos, lobisomens e romances malfadados. Freitas tem a mesma cadência e sotaque desses contadores de estórias com quem tive a sorte de crescer.

Há sim, muito de familiar aqui. Um tanto do humor que graceja na primeira parte lembra comédias de costumes como Memórias de um Sargento de Milícias e A Moreninha; a Ilha do Nevoeiro me fez pensar muito em histórias de náufragos e, em especial, n'A Ilha Misteriosa de Jules Verne (Diana me parece ter muito em comum com o Capitão Nemo, inclusive nos nomes assumidos e em sua visão sobre as injustiças do mundo). Da primeira aparição da Rainha pensei também nas baladas de Tennyson e Keats - A Dama de Shalott e outros do ciclo arturiano me parecem uma clara inspiração, com todo o mistério por trás de Avalon; e La Belle Dame sans Merci é um epíteto que bem poderia ser aplicado à Rainha por Edmundo.

Tal familiaridade, contudo, não tira do fato de que, para quando foi escrito, A Rainha do Ignoto estava muito à frente de seu tempo. Feminista, abolicionista, republicana, anticlerical, quiçá até socialista, com uma forte crítica sobre costumes e classes, Emília Freitas passeia por gêneros, foge do romance padrão e deixa uma mensagem sobre o papel que cada um tem no mundo e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Publicado em 1899, na virada do século, é considerado o primeiro romance de fantasia e ficção científica brasileiro. Pessoalmente, reluto em classificá-lo como fantasia. Há tentativas de explicação para alguns dos fenômenos que ocorrem no enredo: magnetismo, hipnose, a boa e velha manipulação e até mesmo o poder do dinheiro. O conhecimento e a capacidade de ação de Diana/Rainha/Funesta podem ter justificativas racionais, ainda que a falta de respostas definitivas nos façam pensar em algo sobrenatural. Por outro lado, a parte mais mística, com direito a fantasmas e sessões mediúnicas está ligada ao Espiritismo e, se religião é fantasia para alguns, não é para todos.

Se não fantasia, concordo com a classificação de ficção científica. A base principal da história, afinal, é a comunidade secreta construída na Ilha do Nevoeiro, uma perfeita utopia, e como os membros dessa comunidade intervém na sociedade que conhecemos, especialmente no lidar com injustiças e misérias do mundo. Para tanto, as paladinas se espalham, levando dinheiro, remédio, palavras de apoio, libertando escravos, castigando criminosos, tentando fazer o possível mesmo diante das constrições sociais normais que se esperariam da época.

No final das contas, contudo, não há muito interesse em categorizar A Rainha do Ignoto, porque Freitas simplesmente não se restringe para contar sua história. Há elementos de vários gêneros - romance psicológico, comédia de costumes, utopia, aventura - e, dessa forma, desafia rótulos fáceis. Talvez mais próximo seria chamá-lo de uma ficção especulativa e, daí, simplesmente aproveitar a leitura.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2020/08/a-rainha-do-ignoto-uma-romance-frente.html
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dai bugatti 03/08/2020

Importante e fundamental
Emília Freitas era uma mulher muito à frente de seu tempo. Sua obra deveria ser lida e reconhecida em cada canto desse país.

A Rainha do Ignoto é uma fantasia de leitura leve, com críticas sociais e uma magia muito bonita de se ler. Espero que ganhe cada vez mais destaque após essa publicação da Wish.
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