Luíza | ig: @odisseiadelivros 04/07/2020Leitura de quarentena #9Publicado em 1899, A Rainha do Ignoto é um livro que permaneceu na obscuridade por muito tempo. Na época, o livro não alcançou um número de vendas e críticas consideráveis. Eu penso que Emília Freitas estava muito à frente de seu tempo.
Edmundo, um advogado, chega à cidadezinha de Passagem das Pedras. Os moradores do local acreditam que, na gruta da Serra do Areré, viva uma mulher exótica, chamada ora de Funesta, ora de fada, demônio, diabo. Curioso por essa história, pelo o que vê e devido a uma série de acontecimentos curiosos, Edmundo decide investigar essa história à fundo.
Gostei muito da primeira parte. Somos envolvides em uma rede de mistério. A linguagem é fluida e os capítulos são pequenos, o que torna a história dinâmica. É gostoso ler histórias que se passam no Brasil, ainda mais escritas por pessoas brasileiras. O livro transita entre o Nordeste e o Norte e, assim, fazemos uma verdadeira viagem por essas regiões do Brasil.
A segunda parte, no entanto, apesar de que foi nesse momento em que conheci a Rainha do Ignoto, as paladinas, suas companheiras nas lutas contra injustiças, e a Ilha do Nevoeiro, foi uma das partes que perdi o fôlego pela história. Achei a fantasia mal explicada, foi difícil compreender alguns aspectos, pois a autora os descrevia de forma rápida.
Porém, achei INCRÍVEL a forma com que a Rainha e as paladinas lutaram contra as injustiças, liberando mulheres de violência doméstica, salvando-as de injustiças, liberando negros escravizadas e auxiliando crianças e enfermos. Basicamente, ela é tudo o que o Brasil precisa no momento. Rainha do Ignoto para presidente.
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