A Rainha do Ignoto (eBook)

A Rainha do Ignoto (eBook) Emilia Freitas




Resenhas - A Rainha do Ignoto


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Perdida_nas_Estrelas 03/05/2023

A perfeição resgatada por fadas
Esta obra me conquistou logo no primeiro capítulo, traz aspectos de paisagens de um Brasil longínquo, é de uma escrita poética e não deixa a desejar na fantasia. Tem um mistério pairando durante todo o enredo sobre a Rainha do Ignoto, aos poucos podemos descobrir mais sobre essa mulher e sobre o que ela faz junto de suas paladinas. Algo bem marcante a partir de certo ponto da estória é o pensamento abolicionista da autora, há passagens maravilhosas acerca disso.
Eu me apaixonei inteiramente por essa relíquia da literatura brasileira, e nunca esteve tão marcante em mim o pensamento sobre o quanto de literatura boa já perdemos. A autora me causou interesse, pretendo saber muito mais sobre ela, favoritei esta obra antes mesmo de terminá-la. E sim, temos aqui uma sociedade feminina, há homens também, mas o que vemos são as mulheres fazendo o trabalho todo da restituição de vidas brasileiras. O que me causou muito impacto foi esse enredo ser um pouco semelhante (nada de cópias, apenas um tema parecido) com "Terra das Mulheres" de Charlotte Perkins Gilman, obra a qual foi publicada 16 anos após esta de Emília Freitas, ou seja, a brasileira caiu no quase total esquecimento, enquanto a norte-americana é um clássico aclamado há muito tempo. Amei ambas, mas o que de fato me causou incômodo foi esta excelentíssima obra não ter seu devido reconhecimento.
Finalizo recomendando aos fãs de fantasia esta obra magnífica e esperemos que ela seja cada vez mais lida, e que nunca mais caia no esquecimento
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Taci.Souza 23/04/2023

A Rainha do Ignoto é um verdadeiro tesouro! Não apenas pelo fato de ser um livro escrito a mais de 100 anos, mas por todo o contexto no qual a trama foi desenvolvida. Foi surpreendente e gratificante identificar, ao longo da experiência de leitura, ideais e pensamentos tão importantes e defendidos atualmente, sendo expressados de forma tão clara em um livro centenário. E mais revolucionário ainda, escrito por uma mulher.

Emília Freitas tece, através de uma escrita poética, lírica e elegante, uma trama visionária e revolucionária, idealizando uma comunidade governada por mulheres que acolhem e protegem aqueles que a sociedade condena e abandona. Por muitas vezes, desejei também fazer parte do paraíso bucólico e místico que ela descreve de forma tão envolvente, e compartilhar dos sonhos de suas personagens.

São tantas as nuances e camadas desse livro, que a surpresa não cansa de dar lugar ao encantamento. Lamento ver escritoras tão talentosas passarem despercebidas à sombra de grandes nomes da nossa literatura pelo simples fato de serem mulheres. Autoras como Emília Freitas, são tão importantes quanto nossos Machados e Alencares, e como eles merecem ser conhecidas, reconhecidas, lidas e disseminadas!
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dudínea. 01/02/2023

Lindo, perfeito e maravilhoso!
Não vou mentir, é um livro lento, denso e por vezes meio difícil de ler (principalmente, no começo). Mas, conforme eu fui lendo, a história foi me cativando de uma maneira que não sei explicar.
Só de pensar no contexto que esse livro foi escrito, já é o suficiente para me fazer gostar muito.
Emília Freitas foi, simplesmente, sensacional. Essa é uma daquelas autoras que a gente gostaria de ter a oportunidade de sentar, tomar um chá e pedir que falasse mais sobre as obras e suas ideias. O que, infelizmente, não é possível, mas eu gostaria muito, porque esse foi um dos melhores livros que já li. E me deixa ainda mais contente o fato de ser um livro brasileiro.
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K.Castanheda 05/01/2023

Este livro me chamou atenção por ser uma fantasia escrita por uma mulher em um momento em que as narrativas estavam atreladas ao romantismo.

É um livro que traz aspectos abolicionistas e feministas. Mas quem se aventura nesta obra não pode esquecer que estamos diante de uma obra escrita no século XIX.
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BaYoshiko 28/12/2022

A leitura não é das mais fáceis
A leitura bastante densa e complexa em alguns momentos, mas é incrível notar como uma mulher, em um período tão machista, escravista e complicado da história brasileira, podia ser tão à frente de seu tempo, politizada e com ideias tão revolucionárias.
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Cristiane174 20/11/2022

Surpreendente
Essa obra maravilhosa foi a primeira fantasia nacional feminina. Publicada em 1899, a autora está bem a frente de seu tempo. Uma fantasia incrível, cheia de críticas sociais e diferente de tudo que eu já li. Uma obra pioneira que deve ter chocado a sociedade de seu tempo.
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Carolina 18/11/2022

Foi um livro um pouco difícil pra mim, foi meio massante demorei um pouco pra terminar, o que me fez ficar um pouco bodeada da história. Mas acredito que a história é muito legal, eu só li ele talvez em um momento errado. Mas a história tem potencial, além de ser uma alta fantasia brasileira.
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Nalva 30/08/2022

Funesta
Que perfeição de escrita.
Uma lástima não ter disponível outras obras da autora que com mestria relaciona momentos históricos vividos por ela com as fantasias que escreve.
A representação da mulher, como um ser ignoto que é, como uma paladina que nos lembra 'amazonas' já vistas em outras fantasias, comandada pela Rainha do Ignoto, uma mulher excepcional, a frente de seu tempo, que com inteligência, astúcia e força, decide sobre seu próprio corpo e destino e age de modo à tornar melhor a qualidade de vida dos marginalizados...
nos trás traços de mulheres guerreiras da vida real que muitas vezes sofrem injustamente com a visão equivocada das pessoas como sociedade que tem o patriarcado instalado de berço.
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Nica 18/08/2022

Clássico
É a primeira obra de ficção/fantasia do Brasil, escrito por uma mulher do século XIX, cearense! Acho que 'só' por isso devia ser leitura obrigatória.
Ele tem vários pontos interessantes como o fato de existir uma ilha comandada e mantida por mulheres, que fazem trabalhos de homens, que viajam o país fazendo o bem em cima de preceitos espíritas.
Tem uma vibe meio Herland, tem a abstração do hipnotismo como elemento impactante na história, tem aspectos da vida regional...
O livro é um marco na Literatura, infelizmente pouco conhecido.
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Davenir - Diário de Anarres 07/06/2022

Uma pérola redescoberta do fantástico brasileiro
"A Rainha do Ignoto" de Emília Freitas é uma das primeiras obras de ficção fantástica no Brasil. Publicada pela primeira vez em 1899, porem caiu no ostracismo justamente pelo caráter fantástico e arrojado demais para o naturalismo dominante na literatura brasileira. Emília mistura os elementos fantásticos aos da cultura regional do norte e nordeste para falar sobre a situação das mulheres em uma sociedade que as coloca de lado, as inferioriza e subjuga.

A história começa pelo olhar do Dr. Edmundo, um bom vivant que veio assumir as posses dos pais ricos no Passo das Pedras, no Ceará, quando conhece Carlotinha, uma bela, recatada e do lar, que logo se apaixona por ele. Porém em uma andança pela noite, Edmundo se encanta pela misteriosa Funesta, também chamada de Fada do Areré. Obcecado pelo mistério, Edmundo consegue disfarçar-se até a Ilha do Nevoeiro, local escondido da sociedade onde a Rainha do Ignoto governa uma sociedade utópica de mulheres, que atuam pelo bem em missões disfarçadas na sociedade.

Dominado por uma curiosidade quase obsessiva, Edmundo consegue a ajuda de Probo, para entrar infiltrado na Ilha do Nevoeiro, de forma que pela sua visão acompanhamos primeiro como é a Ilha e como se organizam as Paladinas, e depois, episódios em que as Paladinas ajudam infiltradas na sociedade, mulheres que são maltratadas e enganadas por homens. A literatura que costuma dar o lugar de traiçoeiras e manipuladoras as mulheres, tem um tratamento diferente, as mostrando o lado leal e o lado manipulador de homens, que muitas vezes brincam com seus sentimentos.

O livro tem um final bastante melancólico, mas que faz um excelente contraponto entre a utopia com a realidade. Nos anos 1980 a obra ganhou uma segunda edição, que foi um verdadeiro resgate. Por financiamento coletivo, vieram mais duas edições relativamente recentes. Uma pela Editora Wish e outra pela Editora Fora do Ar, e amsi duas outras exclusivamente digitais. Além de uma antologia baseada na obra. As Artes Mágicas de Ignoto.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2022/05/resenha-236-rainha-do-ignoto-emilia.html
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Michele 22/05/2022

Desencantei
Ahhh uma delicia em forma de folhetins, cada capítulo é um pedacinho que tr deixa querendo mais.

Muito gostoso ??
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Van_woods 10/05/2022

Fantasia Rara
O livro é interessante pela história e a mensagem contida na essência do livro de questionamentos e críticas à pressupostos como machismo, etc tão presentes na época em que foi escrito e que infelizmente até hoje presenciamos casos como os descritos neste livro de 1899.
Edição da Wish é maravilhosa!
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Maria14598 06/05/2022

A Rainha do Ignoto, publicado pela primeira vez em 1899, é um dos primeiros volumes de literatura fantástica brasileiro, e escrito pela cearense Emília Freitas (dalhe “Siará”... O Nordeste sustenta a literatura nacional toda nas costas), fala sobre uma misteriosa sociedade utópica, formada quase que inteiramente por mulheres. A história é narrada, em parte, por Edmundo, um jovem bacharel em direito que, depois de gastar sua herança curtindo e viajando pela Europa,volta para casa e decide se alojar na única propriedade que ele ainda possui, uma fazenda no interior do Ceará. Chamando muita atenção na pequena comunidade Passagem das Pedras, Edmundo é apresentado às intrigas e aos mitos da comunidade, entre eles, a da Fada do Areré, uma moça encantada, muitas vezes tachada de bruxa, que habita os arredores da cidade. Depois de vislumbrar essa tal moça em sua primeira noite, Edmundo fica fascinado, e decide descobrir mais sobre ela.
Entre salvar escravos e ajudar mulheres com o coração partido por todo o Brasil, a rainha do Ignoto crítica a intolerância religiosa, o governo e especialmente o papel que a mulher possui na sociedade patriarcal, revelando dores e sofrimentos femininos ao mesmo tempo que exalta a força, a determinação e principalmente o coração feminino.

Um livro muito bom, que eu recomendo a todos.
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Marcos 28/04/2022

"Sou filha da natureza, noiva do infinito!"
A Rainha do Ignoto discorre fundamentalmente sobre a força feminina e a sua resistência na sociedade patriarcal.

A história retrata a trajetória de uma figura feminina forte, imponente e misteriosa, a Rainha do Ignoto. Uma mulher fantástica (nos dois sentidos da palavra) líder de uma sociedade secreta de mulheres, hierarquicamente organizada em uma ilha, a Ilha do Nevoeiro, que é protegida por uma força mágica contra os olhos atrevidos de invasores. A Rainha do Ignoto é uma mulher mística, uma camaleoa. Consegue ser diversas personalidades e assume vários nomes em prol do seu propósito maior: o recrutamento de mulheres que sofreram absurdos na vida, auxiliando-as a um recomeço e tornando-as fortes e confiantes para fazer o bem.

A Rainha do Ignoto causa essa sensação de estar lendo uma lenda, um mito com traços nordestinos e com a sutileza dos contos de fadas da Europa.
O romance pinta uma utopia, uma comunidade de mulheres empoderadas, chamadas de paladinas que buscam ajudar aos perseguidos pelo sistema opressor da época.
A parte inicial da história (que traz a Funesta) é muito envolvente. No entanto, ao decorrer da trama, o fantástico fica de lado, e o real pesa mais, deixando a narrativa mais lenta e arrastada (ruptura no equilíbrio do real com o mágico). A escrita da autora é agradável e ágil (lembrando que esse é meu primeiro contato com essa autora), porém, como dito anteriormente, o enredo se perde um pouco, podendo vir a decepcionar alguns leitores, que esperam por um realismo fantástico (pleno e único no conceito). A grande verdade é que o elemento que sustenta a aventura mágica é a própria Rainha, que na maior parte das vezes resolve suas adversidades com truques e atos envoltos por um poder místico. É contado sobre a origem da personagem, mas nada tão evidente a ponto de sair do campo do mistério.

Enfim, A Rainha do Ignoto foi uma aventura satisfatória, todavia, acompanhar a história em si não é tão incrível quanto saber mais sobre essa figura feminina de poder e de alma humana.
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Luciana 13/04/2022

Em alguns momentos fica cansativo, mas levando-se em conta todos os elementos usados, como fantasia, sobrenatural, hipnotismo e alguns assuntos abordados na história é um livro muito bom e à frente de sua época.
Inclusive preferia na época de estudante ter lido ele que muitos dos clássicos que fui obrigada a ler.
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