spoiler visualizarnanda :) 18/09/2023
Today, Tonight, Tomorrow: uma caixinha de surpresas das boas!
“It’s a comfort knowing each book will end tied up with a neat bow. More than that, the characters burrowed into my heart. I got invested in their stories, followed them across series as they flirted and fought and fell in love. I swooned when they wound up at a hotel with only one room, which of course contained only one bed. I learned to love love in all its forms, and I wanted it desperately for myself: to write about it, to live it. I am sick of being alone in my love for romance novels.”
Sendo bem honesta, eu não lembro como eu encontrei essa história. Acho que sempre ouvi falar dela em algum lugar, e tinha salvado ela em “Quero ler” no Skoob. Comecei a ler depois que terminei “Jake Livingston vê gente morta”.
E, apesar de eu não saber como, ainda bem que essa história chegou em mim! Eu gostei demais dela. Era exatamente o que eu queria, um romance hétero bobinho e bem feito, ao mesmo tempo que foi algo completamente diferente, com elementos únicos e interessantes.
Gostei que o livro aconteceu em um dia só, assim como “Os Dois Morrem no Final”, e, mesmo assim, parece que o romance não aconteceu de uma hora para outra. Como eles já se conheciam antes, e já tinham essa tal rivalidade, eles só precisavam daquele dia para virar a chave, e a autora soube como fazer isso com perfeição.
Achei que o Howl seria algo meio fora da realidade, mas na verdade, faz muito sentido na história e, apesar de não ser o que move os personagens, serve muito bem o propósito de dar dinamicidade ao livro. Apesar de eu não conhecer Seattle, foi bacana conhecer todos esses lugares, e saber que a maioria realmente existe. Foi um aspecto que eu não esperava na história e que eu gostei bastante.
E essa foi uma constante durante o livro: ele trazia elementos não usuais para a história, que enriqueceram ela. Por exemplo, tanto a Rowan quanto o Neil são judeus, e eles participam do Shabbat da família Roth; esses que são escritores de livros infantis, o que foi outro elemento inusitado. Não são coisas totalmente relevantes para a história como se fosse um plot twist, mas são coisas pequenas que cresceram a narrativa.
Me relacionei bastante com a personagem principal, a Rowan, e sua necessidade de ser grande. Ela coloca muitas expectativas no futuro, no que ela pode se tornar, e eu me vi bastante nela nesse sentido. Seu amor por novelas de romance, apesar de eu não entender completamente, também se relacionou comigo, e gostei muito da forma como a autora lidou com esse aspecto. Principalmente quando descobrimos que esse é o primeiro romance romântico dela, e que ela mesma tinha esses pensamentos preconceituosos com o gênero.
Mas, apesar da Rowan ser uma querida, eu simplesmente adorei o Neil. Essa necessidade dele de se afastar da imagem do pai, dele ser maior do que isso, e se encontrar na academia -em ambos sentidos da palavra. Apesar de eu achar que a autora falou muito cedo sobre o seu passado, eu fiquei com muita dó dele, e isso com certeza impulsionou o meu carinho por ele. Neil não se adequa nem no golden retriever, nem no black cat, sendo uma terceira coisa muito nova e real e legal.
Gostei muito do relacionamento do Neil e Rowan, como vemos ele saindo de rivais para amantes de uma forma bem demorada e trabalhada. Mostrou que, mesmo eles sendo rivais, ele eram amigos, e, por isso, funcionou muito bem para mim, quando enemies-to-lovers não geralmente funciona. O relacionamento deles é leve, baseado em uma amizade acima de tudo, e isso para mim foi tudo. Gostei da cena final, onde eles transam, justamente porque eles conversam antes, e a cena não é nada demais -a lésbica aqui agradece pela privação de sexo hétero. É tudo baseado na conversa, na única vez que eles não fazem isso, nasce o problema, mas que é resolvido no diálogo também, e é assim que o romance tem que seguir.
A dedicação do Neil no livro da Rowan? Simplesmente perfeita. Sabia desde o início que ele iria escrever aquilo, e mesmo assim, fiquei mexida e impressionada.
Esse foi um dos pontos que mais gostei na história, como nada parece se encaixar em um estereótipo, nem mesmo os personagens secundários. Senti uma falta de desenvolvimento neles, mas acho que seria muita informação, então entendo a escolha da autora. Se ela quiser escrever um livro dedicado a Maya e a Kirby, porém, eu agradeço!
Gostei demais da escrita que, apesar de simples, conecta a gente com os personagens e com o lugar. Não é nada muito memorável, mas é o necessário para deixar que os personagens brilhem por si mesmos. Acho que não dei 5 estrelas para essa história porque faltou alguma coisa para ela se conectar mais comigo, mas mesmo assim, é um ótimo romance que cumpriu muito além do seu papel.
Estou muito interessada nos outros livros da autora, em especial "See You Yesterday", que pretendo ler ainda esse ano. Quem sabe ela se torna uma queridinha minha? Eu vejo potencial!