Larissa 05/09/2015
Resenha - Peter Pan e Wendy
Narrado em terceira pessoa, o livro nos conta a história das aventuras de Peter Pan, Wendy e seus irmãos João e Miguel. Peter é um menino que decidiu não crescer ao ouvir uma conversa de seus pais sobre a qual planejavam o seu futuro – isto é o que o narrador nos informa. Wendy, por sua vez, é uma doce menina que adora brincar de ser grande. Ela mora com seus pais – Senhor e Sra. Darling - e seus irmãos João e Miguel, juntos, vivem por ansiar em ouvir as histórias que sua mãe conta antes de dormirem. Eles possuem como babá uma cadela chamada Naná, e que se mostra muito eficiente em seu ofício.
Em uma noite em que Naná os coloca na cama para dormir enquanto o Sr. e Sra. Darling irão à uma festa, acontece algo que mudará a vida de Wendy e seus irmãos para sempre: Peter Pan, que sempre os visitava sem que o vissem para ouvir histórias, entra no quarto das crianças para pegar de volta sua sombra que, em uma dessas noites de visitas, ficou presa por Naná dentro de uma gaveta. O menino, ao encontrar sua sombra com a ajuda de Sininho, uma fada muito inquieta e pequenina que mora com ele, tenta de todas as formas colá-la novamente em seu corpo, mas, sem sucesso, começa a chorar. O Choro de Peter acorda Wendy que, ao ver o menino naquele estado, o pergunta o motivo de estar chorando.
Eles então começam uma conversa e Wendy ajuda Peter a costurar sua sombra de volta em seu corpo, o que deixa o menino muito feliz. Wendy conta a Peter que conhece muitas histórias e o mesmo, maravilhado com isso, convida-a a ir embora com ele para a Terra do Nunca e ser sua mãe e dos Meninos Perdidos – meninos que caíram dos seus carrinhos e, se não são encontrados depois de sete dias, vão para a Terra do Nunca. A menina, encantada com as histórias de Peter sobre sua terra, aceita seu convite. Então, Wendy, João e Miguel vão embora com Peter para a Terra do Nunca, onde viverão aventuras inesquecíveis contra o Capitão Gancho e seus piratas, juntamente com os Meninos Perdidos e os índios Peles-Vermelhas.
James M. Barrie faz uso da figura do narrador intrometido – que conversa com o leitor e opina na história – fazendo, assim, com que a leitura fique extremamente envolvente e interativa, divertida nos momentos de humor e, ao mesmo tempo, reflexiva quando o autor levanta questionamentos mais sérios. O livro, quando lançado, fazia uma crítica contra a sociedade da época, com suas hipocrisias e comportamentos educacionais. Em suma, com um final emocionante e reflexivo, o livro é indicado para quem procura uma leitura rápida, cheia de aventuras, humor e com um toque de emoção. Uma história que desperta no leitor os seus mais profundos sonhos de criança.