spoiler visualizarIris 26/08/2022
Final...?
Eu criei tantas expectativas!! Me perguntei como um roboticídio, uma proposta que não é lá muito instigante inicialmente, se transformaria em uma investigação de roer as unhas igual as últimas??? No geral, me decepcionei nesse sentindo, investigação tá longe de ser o foco principal aqui.
Asimov tocou no meu calcanhar de Aquiles nesse livro: política. As temáticas políticas nunca são as mais interessantes quando eu analiso uma série de livros, mas eu comecei sabendo que ia chegar nisso, uma vez que é quase uma intro para Fundação.
Mas, indo além do meu preconceito, acho que não foi apenas o meu gosto pessoal que fez eu gostar menos desse livro, até agora estava na faixa do tolerável o quanto o Daneel se tornou mais humanizado (principalmente em relação ao primeiro livro, o lance das ondas de emoções parecia super humano até demais), mas o Giskard passou da linha.
Eu confiei muito na distinção robô x humano que foi criada até aqui, e esse livro quebrou bastante com isso, eu diria que de uma maneira abrupta demais, mas também devo reconhecer que essa ideia estava sendo inserida aos poucos desde o início, acho que o problema é que o salto foi muito grande (ou eu não estava preparada rs).
Sinceramente não senti muito que essa trama funcionou como história independente igual as outras - eu sei que essa não é bem a proposta, mas esse fato me agradava - teve um aspecto muito mais de dependência, como o "início de algo maior" (que é o caso), mas acho que poderia ter acontecido com um certo carinho em relação à investigação ((como nos outros.
Ok, talvez meu gosto pessoal esteja interferindo bastante, mas é um livro bem destoante em comparação aos primeiros, uma surpresa desagradável - acontece que gosto de uma pitada de constância, era o início de um molde recorrente mas infalível, deixava espaço para surpresas, mas nem tantas... me agradava.
Porém tem seus pontos positivos, como fã, eu gostei bastante da introdução de Eu, robô nesse desfecho!!! Mas, como leitora, me senti meio traída, perdoo porque um fato extraordinário por mais improvável que possa ser pode acontecer uma vez (como acidentalmente uma pessoa inexperiente criar um robô que lê mentes sem mais explicações).
Apesar do enfoque em algo que não é minha praia, o "desleixo" com a parte que mais me instiga e o romance desnecessário (sério, não tenho palavras do quanto me pareceu forçado). Enfim, apesar de TUDO isso, é o Asimov, eu estou disposta a perdoar porque amo esse universo e ainda vejo muito potencial.
Por favor não me decepcione.