Mulheres empilhadas

Mulheres empilhadas Patrícia Melo




Resenhas - Mulheres empilhadas


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Edmar Lima (@literalgia) 03/06/2020

Mulheres empilhadas
Conheci este livro por ser leitura obrigatória de uma prova que irei prestar. "Mulheres empilhadas" é uma obra densa e emocionante. A história se passa no Acre, quando uma advogada viaja para lá a fim de relatar os casos de feminicídio do local. Ao chegar, ela descobre uma sociedade extremamente machista e retrógrada. As mulheres indígenas praticamente não existem para as leis e para o governo. Ao decorrer do livro, descobrimos mais e mais casos brutais contra as mulheres pelos motivos mais banais que possamos imaginar.
O que mais nos incomoda é sabermos que aquilo tudo é realidade. Embora alguns nomes sejam ficcionais, as histórias são verdadeiras. Basta ser mulher para ser assassinada. A cada dia aumenta o número de casos de feminicídio no Brasil e ninguém está fazendo nada. Mulheres perdem suas vidas por causa da bebida, da raiva, da frustração dos homens. "Mulheres empilhadas" é uma obra extremamente necessária e atual, difícil de ler e emocionante. 238 páginas que nos doem e nos fazem repensar o cenário atual brasileiro.
(Acredito que esse livro seja gatilho para mulheres ou outras pessoas que não estejam em um bom momento)
Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 11/06/2020minha estante
Mestrado da UFSJ? ??


Edmar Lima (@literalgia) 11/06/2020minha estante
Sim hahaha você também? ?


Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 11/06/2020minha estante
Siiiim. ??????


Edmar Lima (@literalgia) 11/06/2020minha estante
Legal, adorei! :))))


Naya 04/03/2022minha estante
Entrou pra lista!


SouFabiDias 25/06/2022minha estante
Estou lendo esse livro e impactada com cada palavra.




Desireé (@UpLiterario) 09/03/2020

Uma leitura necessária. (@Upliterario)
“Morta pelo ex-namorado
Rayane Barros de Castro, / dezesseis anos, / morreu assassinada a tiros. / Antes de matá-la, o assassino enviou uma / mensagem / pelo WhatsApp: / “Vou viver a minha vida, mas você não vai viver a sua.”
.
Patrícia Melo mostra a verdade nua e crua sobre ser mulher no Brasil. Desde o sul do país até o extremo norte, mulheres são assassinadas, mutiladas, degoladas, espancadas, arrasadas, mortas. E, muitas vezes, pelos homens mais próximos e presentes em suas vidas.
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“Não importa onde você esteja. Não importa a sua classe social. Não importa a sua profissão. É perigoso ser mulher.”
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Com este enfoque, a autora nos traz uma jovem advogada criminalista que está estudando casos de violência contra a mulher. A protagonista narra em primeira pessoa, de forma bastante dura, verídica, e, em certa medida, voraz e poética, sua viagem ao Acre para acompanhar alguns processos em julgamento. Lá, ela conhece Carla, uma promotora forte e independente que sabe as dificuldades de se conseguir uma decisão justa no tribunal, e juntas elas se vêem em um perigoso jogo de gato e rato com os supostos assassinos de uma garota indígena brutalmente assassinada.
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Todos os homens podem ser assassinos, independente da profissão, da origem, dos costumes, da renda. E os motivos podem ser os mais torpes possíveis: uma briga, uma bebedeira, uma refeição ruim, um olhar, um beijo, uma foto. Basta a vontade; os meios já estão todos ao seu dispor.
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“Matar mulheres é um crime democrático.”
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Uma das melhores leituras que já fiz na vida. Forte, por vezes cruel, e de uma acidez alucinante. Mulheres Empilhadas é um livro curto, mas que não deve ser lido de uma única vez. Seus relatos, suas histórias violentas e o descaso narrado ali são elementos capazes de abalar o mais forte dos estômagos. E o pior de tudo é saber que suas histórias e personagens são baseados na nossa terrível realidade...
.
Recomendo!

site: www.instagram.com/upliterario
Michelle 13/03/2020minha estante
Ótima resenha... mas, preciso destacar que seu último parágrafo me tirou a dúvida se eu conseguirei ler o livro sem passar mal e já trouxe a opção: não ler de uma só vez. Obrigada


Desireé (@UpLiterario) 13/03/2020minha estante
Obrigada! O livro é incrível, mas realmente faz o estômago borbulhar de raiva. Não dá pra ler de uma só vez... Porém deve ser lido! Depois me diz o que achou.


Michelle 13/03/2020minha estante
?




Matheus Gonçalves 22/06/2020

De tirar o fôlego (e o sono)
Escancara uma realidade fria e triste que, embora recorrente, não surte o efeito necessário para eliminar esse mal: a violência contra a mulher.
Lais544 22/06/2020minha estante
Nossa! Que vontade que me deu de ler!


Lais544 22/06/2020minha estante
Nunca tinha ouvido falar sobre este livro...


Matheus Gonçalves 22/06/2020minha estante
Recomendo, muito bem escrito e conta uma história dificil de engolir




Luciana 17/02/2020

Ótimo livro, somente as viagens (transcendentais) feitas pela pesornagem principal teve partes ao meu ver desnecessárias. Fora isso é um livro que joga de forma crua todo tipo de violência contra a mulher, numa narrativa bastante envolvente.
Denise.Pereira 18/03/2020minha estante
Concordo contigo


Luciana 18/03/2020minha estante
Destoante certas coisas nas viagens com relação a narrativa.




Thamiris.Treigher 16/12/2021

Devastador
É preciso ter estômago pra ler esse livro, é preciso ter estômago pra ser mulher no Brasil, é preciso ter estômago pra conseguir ter esperança com os incontáveis casos de feminicídio no Brasil, onde as mulheres morrem pelas coisas mais banais que possam existir.

Sim, esse livro é um soco na alma. Mas, infelizmente, ele mostra apenas a realidade nua e crua do feminicídio no Brasil. Mulheres que morrem por tudo e por nada. Mulheres que não estão seguras fora de casa e - menos ainda - dentro de suas próprias casas, com seus parceiros, pais, irmãos, tios...

Até quando? A verdade é que não há esperança de mudança. Esse livro intenso e esmagador nos serve de espelho. Todas nós, mulheres, pertencemos a uma mesma família. Em nosso sangue, em nossas veias ou derramado no chão, ainda corre a força do patriarcado, da violência e do medo que só uma mulher sente e que atravessa gerações.

Ao contrário do que diz a letra do funk, a autora Patrícia Melo, com seu humor voraz, suas frases precisas ou alucinógenas, nos mostra que só um tapinha... às vezes dói demais.

Dos favoritos de toda a vida. Não é possível ser a mesma pessoa depois desse livro. Leitura obrigatória. Apenas leiam!
Carolina.Gomes 16/12/2021minha estante
Ai meu Deusss! ?


Thamiris.Treigher 17/12/2021minha estante
????




César Augusto 20/02/2022

Perfeito
Uma advogada paulistana viaja para Cruzeiro do Sul, no Acre, para acompanhar um mutirão de julgamentos de feminicídio na cidade como parte de um estudo sobre violência contra as mulheres, feito por seu escritório. Ao mesmo tempo, aproveita para fugir do namorado que, em uma festa, a esbofeteara por ciúmes. Em Cruzeiro do Sul, se depara com o caso de estupro e assassinato de uma adolescente indígena por três homens, membros da elite local. Enquanto acompanha os desdobramentos surpreendentes do caso, no qual novos assassinatos são cometidos e ameaças são feitas, ela também faz uma viagem de autodescoberta que a leva a recordar de sua própria experiência de ter testemunhado, quando criança, o assassinato da mãe pelo pai, de quem estava se separando. O romance é um espelho da dura realidade da violência contra a mulher, do machismo, da arrogância do ser humano e da lentidão da justiça brasileira. Patrícia Melo foi fantástica na abordagem do tema.
Rafael Kerr 20/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Alana N. 03/07/2020

"Não importa onde você esteja. Não importa sua classe social. Não importa sua profissão. É perigoso ser mulher."
“Mulheres empilhadas” é um livro brutal de tão sincero, que pode ativar MUITOS gatilhos, mas que é extremamente necessário.
Pessoas sensíveis a assuntos como: feminicídio, abuso físico e psicológico, traumas e violência contra mulher (de forma geral), precisam tomar cuidado ao entrar nessa leitura, já que esses assuntos são a estrutura da trama e são trabalhados de maneira nua, crua e direta.
É incrível como essa autora conseguiu trabalhar todas essas temáticas e ainda dar espaço/voz para mulheres que são diariamente esquecidas, como: negras, índias e pobres. Mulheres essas que sofrem muito mais e sofrem completamente caladas.
Para ser bem sincera, ainda não sei muito bem como falar sobre esse livro. Quando penso nele sinto uma revolta subindo pelo meu peito e uma vontade louca de gritar. O que nos é apresentado é tão real e faz tão parte do dia a dia que dizer que fiquei indignada é pouco.
Mulheres são mortas, espancadas, violentadas, usadas, descredibilizadas e culpadas todos os dias. Mulheres essas que são mães, irmãs, avós, amigas, conhecidas, estranhas. Mulheres essas que não recebem justiça e não possuem voz. Enquanto os verdadeiros culpados são protegidos. Enquanto inventamos desculpas para os atos deles. Enquanto culpabilizamos as vítimas e seguimos com nosso acordo de cegueira social. E TUDO ISSO É FODIDAMENTE REVOLTANTE!
Enfim, essa é uma leitura difícil, mas vale a pena, principalmente para mulheres. Leiam, de verdade.
() 04/06/2021minha estante
Também vale muito a leitura para homens, afinal, são nossos maiores agressores.




Samara Diniz 15/12/2019

Mulheres empilhadas
?Nada mais fácil do que aprender a odiar as mulheres. O que não falta é professor. O pai ensina. O Estado ensina. O sistema legal ensina. O mercado ensina. A cultura ensina. A propaganda ensina.? O livro da semana é o Mulheres Empilhadas, de Patrícia Melo, publicado recentemente pela editora Leya.
Um livro que toda mulher, independente de ser feminista ou não, deveria ler.
Um relato sobre o feminicídio, desde os primeiros sinais de violência doméstica, desde a negação do ato... E vai além, dando luz ainda à segregação indígena e ao equivocado sistema judiciário brasileiro. É ficção realista e viceral!

Jornalista de São Paulo se muda provisoriamente para o Acre, para acompanhar um mutirão de julgamentos de casos de feminicídio. Enquanto as histórias se desenrolam, vemos o quanto a impunidade impera quando a vítima é mulher.
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Ana_Beleze 31/03/2024

Um relato vívido sobre violência contra a mulher
Simplesmente maravilhoso! Comecei minha leitura por indicação de um professor para um trabalho e me surpreendi com a riqueza deste livro. Esta obra mudou minha percepção sobre vários aspectos da sociedade e relação homem-mulher. Os casos tão crueis vistos pela protagonista mostram para a leitora que não importa a raça, idade ou condição financeira: Nenhuma mulher está segura. Não falo isso como ameaça; assim como dito na obra, os assassinos de mulheres não precisam de razão para matar, basta ser mulher. Principalmente nos últimos capítulos, percebemos essa afirmação latente na escrita da autora, o que me fez terminar o livro com uma sensação de vazio, já que mesmo que a história não tenha um final feliz, é preciso seguir em frente. Este livro foi excencial para minha vida e sempre me lembrei da experiência que foi passar por suas páginas.
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Rê Lima 04/02/2020

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Livro 08/150 - Mulheres Empilhadas
Autora: Patrícia Melo
Página: 240
Início: 13/01
Fim: 14/01
Opinião: 5 estrelas. Um livro cru, cheio de violência que mostra a realidade do feminicídio no Brasil, genialmente escrito.
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Michelle 19/03/2020

Intrigante
É um livro interessante, pelo texto que li sobre ele, sobre a autora e a pesquisa para este livro, achei que teria um tom mais sério, mais técnico talvez. É sim um livro com temática pesada, algumas partes duras, nuas e cruas de digerir, inclusive partes com termos na mesma altura que os atos descritos contra a mulher, linguajar chulo mesmo.
Porém há partes que o livro se torna tão ficção que misturando tudo não o vi tão pesado e sério quanto o assunto grave que o preenche em sua maior parte.
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Dany 23/03/2020

Incrivelmente real - sem palavras
Esse livro foi necessário. Embora seja de ficção, mescla com fatos reais.

É muito real, chega a ser violento, porém mostra de forma claro o cenário em que nos, mulheres estamos inseridas - feminicídio, machismo, patriarcado.

A leitura pode despertar gatilhos, por isso recomendo com ressalvas. Mais gostaria muito que todo mundo tivesse a oportunidade de ler esse livro.
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Mayandson 31/03/2020

Creio que todo leitor, ao terminar Mulheres Empilhadas, sente angústia e surpresa, talvez alívio, com a história que se encerra em suas mãos. Fiz uma leitura compartilhada com mais cinco amigas incríveis e as experiências foram diversas para cada uma. Houve alguns pontos positivos e outros negativos, aos quais valem a pena comentar.

Eu, primeiramente, como filho de mãe vítima da violência pelo seu próprio marido, gostaria de parabenizar a autora pela coragem em escrever um livro tão verdadeiro, por não ocultar os crimes cometidos e nem como foram executados. É triste, mas é importante dar nomes as crueldade para não confundir um xingamento, um soco, um assassinato como um mesmo tipo de agressão. Não são! E é apontando essa crueldade que se pode alertar os níveis que sucedem quando um deles é relativizado.

O enredo gira em torno da nossa protagonista, uma advogada que viaja ao Acre para organizar estatísticas de casos de feminicídio como contribuição para um livro que está sendo desenvolvido por uma sócia-majoritária, Denise Albuquerque, do escritório em que trabalha, sejam essas violências contra mulheres brancas, negras, ricas ou não, indígenas, figuras públicas ou desconhecidas. Todas mulheres, vitimadas pelas mãos de um marido, namorado, amante, parente, vizinho, desconhecido, executados sozinhos ou em grupos.

Dos inúmeros pontos positivos, as discussões que questionam os atuais meios de lidar com a situação são de extrema importância, como os aumentos dos casos de feminicídio e a lei Maria da Penha, cuja eficiência é inegável, mas infelizmente não chega a todas as mulheres, principalmente as mulheres indígenas que geralmente dispõe de outro meio de solução para questões familiares através da hierarquia em seus povos. A lei Maria da Penha é uma lei muito recente, de 2006, e ainda que talvez seja o nosso mais importante instrumento de combate, pensem: quantas mulheres ainda não têm coragem ou acesso a esse instrumento ou quantas mulheres perderam suas vidas antes da criação da lei? Minha mãe sofreu tentativa de homicídio entre 2000 e 2001, quando assuntos como esse não eram tratados com tanta importância na nossa sociedade como é atualmente.

Apenas uma coisa não me agradou: a experiência onírica da nossa protagonista ao experimentar ayahuasca, uma bebida característica da cultura indígena. Nos primeiros relatos, achei a proposta extremamente interessante, mas depois fiquei com a sensação de que pequenas divagações prejudicaram a história num todo. Acreditei até que seria uma história ex machina (felizmente não foi!)

No mais, Mulheres Empilhadas não é apenas um romance ficcional que se guarda na estante e na memória. É o tipo de história que causa angústia por saber que não é apenas ficção, que causa surpresa pelas atrocidades dos agressores, da justiça e a própria sociedade em justificar, não julgar corretamente ou desmerecer a dor de uma mulher em situações de vulnerabilidade, mas que, nas mãos da talentosíssima autora Patrícia Melo, nos reconforta um pouco com o alívio de que mais pessoas, através de seu livro, não se conformarão com a quantidade de mulheres empilhadas diariamente nesse país, assim como minha mãe, que segue, ainda que em cadeira de rodas, fugindo desses empilhamentos.

Por fim pergunto, em especial aos homens, assim como eu: também agiremos ou continuaremos achando que o problema não é nosso e sim delas?
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Wilderlane Oliveira 04/04/2020

Esse livro é um romance que possui uma riqueza imensurável.
Apresenta um panorama da realidade do feminicidio em nossa justiça, tendo por pano de fundo a questão histórico-econômica do estado do Acre e da questão indígena na região.
Muito se faz necessário para que mude as violências multifacetadas contra as mulheres. Ainda estamos em processo. Tivemos avanços com a Lei Maria da Penha, porém é muito pouco face às circunstâncias que muitas mulheres, ainda nos dias de hoje se encontram.
Transformar esse histórico requer uma reestruturação cultural, social e econômica. Ler esse livro é ter contato com a subjetividade e complexidade do feminicídio em nosso país.
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