Mulheres empilhadas

Mulheres empilhadas Patrícia Melo




Resenhas - Mulheres empilhadas


143 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Gabi Machi 27/04/2020

Como sempre, Patrícia Melo se mostra um dos grandes nomes atuais da literatura brasileira, com sua necessária crítica social. Neste livro, a autora traz à tona temas de feminicídio, remarcações indígenas e tráfico de drogas (tão recorrentes em nosso país, mas que as vezes parecem tão distante, quando olhamos desde dentro do nosso micromundo privilegiado). A trama e a denúncia do livro são válidas, mas confesso que para mim faltou um pouco do ritmo marcante da Patrícia Melo nesse livro. Normalmente não consigo parar de ler seus livros, mas esse demorei 2 semanas... em algumas partes a trama ficava um pouco cansativa. De todas maneiras, ao meu ver, nesse livro o enredo não é o que mais importa... o que a autora quer é chamar a atenção e denunciar algo que acontece dentro do nosso país, mas ninguém quer ver.

PS: tentei acessar www.mulheresempilhadas.com quando terminei o livro, infelizmente não existe! hehe
comentários(0)comente



carolmc_ 16/04/2020

Forte
Misturando ficção com histórias reais, retrata a triste realidade da violência contra a mulher.
comentários(0)comente



Eduardo Santos 26/04/2020

Uma história que infelizmente é uma repetição brasileira e sem nenhum tipo de final feliz.
comentários(0)comente



CInt_lo 19/11/2019

Um livro doloroso, um tapa na cara por assim dizer.
Mais um grito para a invisibilidade que as mulheres e minorias sociais sofrem no Brasil.
Gostei de como a autora abordou a cultura indígena também.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Marques60 10/04/2020

Realidade!
O livro fala sobre a realidade da vida de muitas mulheres. Somos fortes e essa força desperta a raiva de quem não a tem. A escrita é simples o que facilita o envolvimento do leitor.
comentários(0)comente



Wilderlane Oliveira 04/04/2020

Esse livro é um romance que possui uma riqueza imensurável.
Apresenta um panorama da realidade do feminicidio em nossa justiça, tendo por pano de fundo a questão histórico-econômica do estado do Acre e da questão indígena na região.
Muito se faz necessário para que mude as violências multifacetadas contra as mulheres. Ainda estamos em processo. Tivemos avanços com a Lei Maria da Penha, porém é muito pouco face às circunstâncias que muitas mulheres, ainda nos dias de hoje se encontram.
Transformar esse histórico requer uma reestruturação cultural, social e econômica. Ler esse livro é ter contato com a subjetividade e complexidade do feminicídio em nosso país.
comentários(0)comente



Mayandson 31/03/2020

Creio que todo leitor, ao terminar Mulheres Empilhadas, sente angústia e surpresa, talvez alívio, com a história que se encerra em suas mãos. Fiz uma leitura compartilhada com mais cinco amigas incríveis e as experiências foram diversas para cada uma. Houve alguns pontos positivos e outros negativos, aos quais valem a pena comentar.

Eu, primeiramente, como filho de mãe vítima da violência pelo seu próprio marido, gostaria de parabenizar a autora pela coragem em escrever um livro tão verdadeiro, por não ocultar os crimes cometidos e nem como foram executados. É triste, mas é importante dar nomes as crueldade para não confundir um xingamento, um soco, um assassinato como um mesmo tipo de agressão. Não são! E é apontando essa crueldade que se pode alertar os níveis que sucedem quando um deles é relativizado.

O enredo gira em torno da nossa protagonista, uma advogada que viaja ao Acre para organizar estatísticas de casos de feminicídio como contribuição para um livro que está sendo desenvolvido por uma sócia-majoritária, Denise Albuquerque, do escritório em que trabalha, sejam essas violências contra mulheres brancas, negras, ricas ou não, indígenas, figuras públicas ou desconhecidas. Todas mulheres, vitimadas pelas mãos de um marido, namorado, amante, parente, vizinho, desconhecido, executados sozinhos ou em grupos.

Dos inúmeros pontos positivos, as discussões que questionam os atuais meios de lidar com a situação são de extrema importância, como os aumentos dos casos de feminicídio e a lei Maria da Penha, cuja eficiência é inegável, mas infelizmente não chega a todas as mulheres, principalmente as mulheres indígenas que geralmente dispõe de outro meio de solução para questões familiares através da hierarquia em seus povos. A lei Maria da Penha é uma lei muito recente, de 2006, e ainda que talvez seja o nosso mais importante instrumento de combate, pensem: quantas mulheres ainda não têm coragem ou acesso a esse instrumento ou quantas mulheres perderam suas vidas antes da criação da lei? Minha mãe sofreu tentativa de homicídio entre 2000 e 2001, quando assuntos como esse não eram tratados com tanta importância na nossa sociedade como é atualmente.

Apenas uma coisa não me agradou: a experiência onírica da nossa protagonista ao experimentar ayahuasca, uma bebida característica da cultura indígena. Nos primeiros relatos, achei a proposta extremamente interessante, mas depois fiquei com a sensação de que pequenas divagações prejudicaram a história num todo. Acreditei até que seria uma história ex machina (felizmente não foi!)

No mais, Mulheres Empilhadas não é apenas um romance ficcional que se guarda na estante e na memória. É o tipo de história que causa angústia por saber que não é apenas ficção, que causa surpresa pelas atrocidades dos agressores, da justiça e a própria sociedade em justificar, não julgar corretamente ou desmerecer a dor de uma mulher em situações de vulnerabilidade, mas que, nas mãos da talentosíssima autora Patrícia Melo, nos reconforta um pouco com o alívio de que mais pessoas, através de seu livro, não se conformarão com a quantidade de mulheres empilhadas diariamente nesse país, assim como minha mãe, que segue, ainda que em cadeira de rodas, fugindo desses empilhamentos.

Por fim pergunto, em especial aos homens, assim como eu: também agiremos ou continuaremos achando que o problema não é nosso e sim delas?
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Natasmi Cortez 20/05/2024

Impossível ler esse livro e não sair traumatizada, dolorida, assustada. Das páginas escorre sangue e das linhas ouvimos um grito de socorro. Tantas mulheres todos os dias, mulheres em formação, mulheres que não são mulheres de fato pois são sementes. Mulheres que são “feitas” mulheres à força, na marra, com violência e perversão. Um livro pesado, que choca, que nos deixa a todos estupefatos. Há que ter certo equilíbrio emocional para acompanhar essa narrativa, estômago não é o suficiente para lidar com o texto direto e bem fundamentado de Patrícia Melo. Se eu não soubesse de antemão que a cada 8 minutos uma mulher foi estupr@da no Brasil no primeiro semestre de 2023, a leitura teria soado fantasiosa, misândrica até. Infelizmente, apesar de se tratar de obra de ficção, o tema tratado nessa obra faz parte da realidade brasileira, muito mais do que gostaríamos de admitir. O Brasil ocupa o 5° lugar no ranking mundial de feminicídio e calculando por cima, estimo que ao menos 90% das minhas amigas mulheres, já passaram por situações de assédi0.
Eu não estava preparada para o texto brutal e desconcertante de Patrícia. Meu emocional já incerto pelas durezas da vida, ficou ainda mais abalado, sensível. O mundo perdeu momentaneamente suas cores, e se tornou um lugar sórdido, completamente inóspito. Mexeu comigo, com minhas crenças e esperanças. Em resumo: me tirou completamente do eixo.
A obra é narrada por uma mulher cujo passado marcado por uma violência é novamente acionado ao vivenciar uma nova situação de violência perpetrado agora pelo namorado. Em uma espécie de fuga, ela viaja à trabalho para o lugar mais distante que consegue da agitada capital paulista. No Acre, ela irá acompanhar uma série de julgamentos em casos de feminicídio e coletará dados para a pesquisa realizada pela empregadora. Entre um julgamento e outro ela conhecerá mais da cultura local, bem como nos brindará com experiências oníricas e cheias de um alívio necessário ao interagir com as tribos indígenas da região e participar de seus rituais religiosos.
Cada capítulo inicia com um breve relato de feminicídio, e a narrativa que se segue é tensa e exala urgência. Patrícia não poupa o leitor dos detalhes, ela escreve como quem grita de ódio, de desespero. Um livro forte, necessário e rico em detalhes que gostaríamos de evitar.
comentários(0)comente



Dany 23/03/2020

Incrivelmente real - sem palavras
Esse livro foi necessário. Embora seja de ficção, mescla com fatos reais.

É muito real, chega a ser violento, porém mostra de forma claro o cenário em que nos, mulheres estamos inseridas - feminicídio, machismo, patriarcado.

A leitura pode despertar gatilhos, por isso recomendo com ressalvas. Mais gostaria muito que todo mundo tivesse a oportunidade de ler esse livro.
comentários(0)comente



Michelle 19/03/2020

Intrigante
É um livro interessante, pelo texto que li sobre ele, sobre a autora e a pesquisa para este livro, achei que teria um tom mais sério, mais técnico talvez. É sim um livro com temática pesada, algumas partes duras, nuas e cruas de digerir, inclusive partes com termos na mesma altura que os atos descritos contra a mulher, linguajar chulo mesmo.
Porém há partes que o livro se torna tão ficção que misturando tudo não o vi tão pesado e sério quanto o assunto grave que o preenche em sua maior parte.
comentários(0)comente



alekele_ 17/03/2020

Intenso
Apesar da autora já declarar que é a história foi criada, percebe-se que esta história poderia muito bem acontecer na vida real. Tanto que ela se baseou em diversos casos de violência contra a mulher, a qual sempre é vista como a culpada de todo o mal praticado contra ela.
Esse livro chama a atenção para uma violência atual e contínua, que deve ser combatida de todas as formas.
Mulheres: não se calem jamais diante de qualquer ato que te diminua ou que ofenda a sua integridade física e moral!
comentários(0)comente



Rê Lima 04/02/2020

null
Livro 08/150 - Mulheres Empilhadas
Autora: Patrícia Melo
Página: 240
Início: 13/01
Fim: 14/01
Opinião: 5 estrelas. Um livro cru, cheio de violência que mostra a realidade do feminicídio no Brasil, genialmente escrito.
comentários(0)comente



Letuza 17/12/2019

Realista
Um livro mais que oportuno, diante da realidade sexista, preconceituosa e violenta que vivemos. Patrícia Melo, nesse romance intenso, narra a história de uma jovem advogada, traumatizada pelo assassinato da mãe pelo próprio pai, que assustada com o comportamento violento do namorado, decide aceitar um trabalho temporário no Acre para um mutirão de julgamento de processos de crimes contra mulheres. Lá ela conhece Carla, uma promotora destemida que enfrenta homens poderosos para fazer justiça às mulheres. Conhece também Marcos, filho de uma índia, que a leva para conhecer a realidade das tribos. E diante do processo pelo assassinato de uma Índia de 14 anos, cometido por três jovens ricos e poderosos da cidade, a jovem advogada e a promotora ficam diante das ?leis locais? onde o dinheiro fala mais alto.
A história é intensa e envolvente, apesar da narrativa dura, crua e sincera. Além da questão da violência contra as mulheres, o livro traz outros temas como o desmatamento, a invasão de terras indígenas, o preconceito e o descaso com a população indígena. Um livro super indicado para mulheres e principalmente para homens. Muito bom!
#livros #leitura #amoler #mulheresempilhadas #patriciamelo #feminismo #pormaisrespeitocomasmulheres #respeitoaosindigenas
comentários(0)comente



143 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR