Mulheres empilhadas

Mulheres empilhadas Patrícia Melo




Resenhas - Mulheres empilhadas


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Dany 23/03/2020

Incrivelmente real - sem palavras
Esse livro foi necessário. Embora seja de ficção, mescla com fatos reais.

É muito real, chega a ser violento, porém mostra de forma claro o cenário em que nos, mulheres estamos inseridas - feminicídio, machismo, patriarcado.

A leitura pode despertar gatilhos, por isso recomendo com ressalvas. Mais gostaria muito que todo mundo tivesse a oportunidade de ler esse livro.
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Jaque 27/03/2020

Um choque de realidade
No livro mulheres empilhadas temos relatos revoltantes de feminicídio e de como isso ocorre de forma anônima e sem remorsos, a autora nos trás de forma explícitas fatos repudiastes sobre a violência contra mulheres.
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Mayandson 31/03/2020

Creio que todo leitor, ao terminar Mulheres Empilhadas, sente angústia e surpresa, talvez alívio, com a história que se encerra em suas mãos. Fiz uma leitura compartilhada com mais cinco amigas incríveis e as experiências foram diversas para cada uma. Houve alguns pontos positivos e outros negativos, aos quais valem a pena comentar.

Eu, primeiramente, como filho de mãe vítima da violência pelo seu próprio marido, gostaria de parabenizar a autora pela coragem em escrever um livro tão verdadeiro, por não ocultar os crimes cometidos e nem como foram executados. É triste, mas é importante dar nomes as crueldade para não confundir um xingamento, um soco, um assassinato como um mesmo tipo de agressão. Não são! E é apontando essa crueldade que se pode alertar os níveis que sucedem quando um deles é relativizado.

O enredo gira em torno da nossa protagonista, uma advogada que viaja ao Acre para organizar estatísticas de casos de feminicídio como contribuição para um livro que está sendo desenvolvido por uma sócia-majoritária, Denise Albuquerque, do escritório em que trabalha, sejam essas violências contra mulheres brancas, negras, ricas ou não, indígenas, figuras públicas ou desconhecidas. Todas mulheres, vitimadas pelas mãos de um marido, namorado, amante, parente, vizinho, desconhecido, executados sozinhos ou em grupos.

Dos inúmeros pontos positivos, as discussões que questionam os atuais meios de lidar com a situação são de extrema importância, como os aumentos dos casos de feminicídio e a lei Maria da Penha, cuja eficiência é inegável, mas infelizmente não chega a todas as mulheres, principalmente as mulheres indígenas que geralmente dispõe de outro meio de solução para questões familiares através da hierarquia em seus povos. A lei Maria da Penha é uma lei muito recente, de 2006, e ainda que talvez seja o nosso mais importante instrumento de combate, pensem: quantas mulheres ainda não têm coragem ou acesso a esse instrumento ou quantas mulheres perderam suas vidas antes da criação da lei? Minha mãe sofreu tentativa de homicídio entre 2000 e 2001, quando assuntos como esse não eram tratados com tanta importância na nossa sociedade como é atualmente.

Apenas uma coisa não me agradou: a experiência onírica da nossa protagonista ao experimentar ayahuasca, uma bebida característica da cultura indígena. Nos primeiros relatos, achei a proposta extremamente interessante, mas depois fiquei com a sensação de que pequenas divagações prejudicaram a história num todo. Acreditei até que seria uma história ex machina (felizmente não foi!)

No mais, Mulheres Empilhadas não é apenas um romance ficcional que se guarda na estante e na memória. É o tipo de história que causa angústia por saber que não é apenas ficção, que causa surpresa pelas atrocidades dos agressores, da justiça e a própria sociedade em justificar, não julgar corretamente ou desmerecer a dor de uma mulher em situações de vulnerabilidade, mas que, nas mãos da talentosíssima autora Patrícia Melo, nos reconforta um pouco com o alívio de que mais pessoas, através de seu livro, não se conformarão com a quantidade de mulheres empilhadas diariamente nesse país, assim como minha mãe, que segue, ainda que em cadeira de rodas, fugindo desses empilhamentos.

Por fim pergunto, em especial aos homens, assim como eu: também agiremos ou continuaremos achando que o problema não é nosso e sim delas?
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Wilderlane Oliveira 04/04/2020

Esse livro é um romance que possui uma riqueza imensurável.
Apresenta um panorama da realidade do feminicidio em nossa justiça, tendo por pano de fundo a questão histórico-econômica do estado do Acre e da questão indígena na região.
Muito se faz necessário para que mude as violências multifacetadas contra as mulheres. Ainda estamos em processo. Tivemos avanços com a Lei Maria da Penha, porém é muito pouco face às circunstâncias que muitas mulheres, ainda nos dias de hoje se encontram.
Transformar esse histórico requer uma reestruturação cultural, social e econômica. Ler esse livro é ter contato com a subjetividade e complexidade do feminicídio em nosso país.
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Marques60 10/04/2020

Realidade!
O livro fala sobre a realidade da vida de muitas mulheres. Somos fortes e essa força desperta a raiva de quem não a tem. A escrita é simples o que facilita o envolvimento do leitor.
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carolmc_ 16/04/2020

Forte
Misturando ficção com histórias reais, retrata a triste realidade da violência contra a mulher.
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Heitor.Serpa 21/04/2020

Mulheres empilhadas
Uma obra que promove uma reflexão brutal sobre a questão da mulher no Brasil. A condução da narrativa é perfeita, o leitor é instigado a se envolver com os personagens e ainda ter contato com situações de verdade ao longo da história.
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Eduardo Santos 26/04/2020

Uma história que infelizmente é uma repetição brasileira e sem nenhum tipo de final feliz.
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Gabi Machi 27/04/2020

Como sempre, Patrícia Melo se mostra um dos grandes nomes atuais da literatura brasileira, com sua necessária crítica social. Neste livro, a autora traz à tona temas de feminicídio, remarcações indígenas e tráfico de drogas (tão recorrentes em nosso país, mas que as vezes parecem tão distante, quando olhamos desde dentro do nosso micromundo privilegiado). A trama e a denúncia do livro são válidas, mas confesso que para mim faltou um pouco do ritmo marcante da Patrícia Melo nesse livro. Normalmente não consigo parar de ler seus livros, mas esse demorei 2 semanas... em algumas partes a trama ficava um pouco cansativa. De todas maneiras, ao meu ver, nesse livro o enredo não é o que mais importa... o que a autora quer é chamar a atenção e denunciar algo que acontece dentro do nosso país, mas ninguém quer ver.

PS: tentei acessar www.mulheresempilhadas.com quando terminei o livro, infelizmente não existe! hehe
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Simon.Xavier 08/05/2020

Incômodo. Essencial.
Patrícia Melo trás nesse livro um relato delicado, comovente e essencial.
A forma como ela nos conta a matança das mulheres, de como constrói a história, as relações, é real, envolvente, te fazendo devorar o livro.
Não é facil de engolir a realidade que é empurrada por sua garganta, escancarada.
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Edianne.Novaes 19/05/2020

Leitura essencial!
Duro e poetico. Indigesto e fluído. Fatos reais e ficção. Realista e onírico. Estou até impressionada como Patrícia Melo escreveu esse romance trabalhando tantas dualidades ao mesmo tempo e, ainda assim, produzindo um texto envolvente.
Leia! Mais saiba que será difícil parar.

Precisamos falar sobre feminicidio no Brasil! É urgente!
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Alokadabea 29/05/2020

Eu recebi um livro de aniversário da minha amiga, eu estava há tempos sem conseguir finalizar uma leitura. Nos últimos 2 meses eu comecei 5 livros e não consegui terminar nenhum. Comentei isso com uma jornalista por quem tenho muita admiração e ela me sugeriu que eu desse tempo ao tempo. As vezes isso acontece. Na mesma semana o livro chegou.
Mulheres empilhadas fala de um termo forte, urgente e necessário. Vem trazer à tona a realidade vivida pela mulher. E sim, por todas! Não importa se você é pro ou contra o feminismo, se acordou para o tema ou não, a defesa do feminismo, é antes de tudo e qualquer coisa, a busca pela defesa dos direitos fundamentais.
É absurdo que em pleno século XXI essa pauta ainda seja tão necessária. Devemos dar nomes aos bois! Não se pode maquiar o problema na esperança de que ele seja melhor recebido, não é para ser confortável, é para incomodar! Incomodar e ser solucionado!
O livro traz como personagem principal forte, uma advogada criminalista fazendo uma pesquisa sobre violência contra mulher. Então vai ao Acre, acompanhar de perto os julgamentos de feminicídio . Com uma narrativa envolvente antes mesmo de começar a trama principal Patrícia Melo nos faz refletir, pensar e despertar para vários temas.
Patrícia não traz descrições simples, nem gentis, ela cospe na cara do leitor uma realidade pior que a outra a cada página virada. Não é só , nada nesse livro é “só”! Tratar o tema de violência contra mulher nunca se fez tão necessário, uma vez que o atual presidente é um incentivados nato do uso da violência para solucionar qualquer que seja o problema.
Não digo que a culpa é do chefe de Estado, se ele chegou lá é por voto popular. O que é ainda mais assustador, significa que a população, em sua maioria, é violenta. Somos um povo violento, não tem nem como discordar disso.
Mulheres empilhadas empilha um monte de verdades na sua cara, mas empilha também um monte de questionamentos. Seu feminismo chega a todas? Seu feminismo protege as trans? Seu feminismo protege as não binárias? Seu feminismo protege as pretas? Seu feminismo chega aos povos indígenas? Ou você é só mais uma branca, hetero, cis com síndrome de princesa Isabel?
Enfim, eu acredito que seja uma leitura necessária a todos, e sinceramente? Principalmente aos homens. Precisamos de vocês para ajudar no movimento, precisamos entender que não é só cobrar das pessoas, é cobrar do Estado! Necessitamos de um Estado que nos proteja! Que não nos estupre de novo na hora do registro de ocorrência, nem que leve 4h para verificar uma ocorrência de agressão porque era uma briga de casal e casais brigam. Precisamos de ajuda para sairmos da posição de vítima!
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