Resenhas - Mulheres empilhadas

Pollyanna.Rigon 17/12/2020

Meu livro de 2020
Patrícia escreveu esse livro numa maestria que é impossível acreditar que ela não tenha passado um tempo realmente no acre imersa em todas as situações da protagonista da história.
O livro machuca qualquer mulher que leia, é impossível não pensar em histórias que são nossas ou poderiam facilmente ser.
A hora que a gente entende o nome do livro é literalmente só o meme da Nazaré.
Além da questão do abuso e assédio, o livro entra em outras vertentes de conhecimento indígena, rituais e auto conhecimento.
Pra mim, com certeza foi a melhor leitura de 2020, sem dúvidas.

Pê Reck 26/12/2020

Um livro urgente.
Patrícia Melo cria, descreve, desnuda uma realidade brutal, que por ser mulher me tocou mais, a ponto de ficar com medo. Medo de ser mulher, medo de usar a roupa errada, de falar no tom errado... Foi fod@! Mas então, no mesmo capítulo que a personagem principal se reencontra e cria coragem, o texto (lindo, por sinal) me deu coragem.

Andressa 29/12/2020

Emocionante
Mulheres Empilhadas é um daqueles livros que mexem com você do início ao fim, incluindo a arte da capa. A capa do livro é um embaralhado só nascimento da Vênus de Botticellí com o nascimento de Oshum. A forma como ela abordou o feminicidio fez com que a obra se tornasse envolvente e emocionante.

Amanda.Andrade 11/01/2021

História que deve ser lida e discutida entretanto a escrita da autora não me agradou e algo no decorrer da livro me incomodou.

Andrea Janaina 14/08/2023

Mulheres assassinadas
Ano passado participei de um workshop sobre escrita com a autora Patrícia Melo. Não a conhecia ainda e nem tinha lido nenhum dos seus livros.
Na bienal do livro do ano passado, aqui em São Paulo, me deparei com esse livro dela. E, claro, comprei! Mas fiquei entre ?quero ler logo?, porque afinal de contas tinha conhecido a autora, e ?ai? deve ser uma história tensa?, porque no evento ela tinha citado do que se tratava o livro. Levei para casa e fiquei passando vários na frente, até que chega uma hora que não dá para adiar mais.
Seguidores!!!! É sim, um enredo bem tenso, mas muito necessário, por dois motivos:
O primeiro porque estamos em agosto, que é o mês do ?Combate à violência contra a mulher?, é um livro necessário para qualquer pessoa entender como isso acontece e de alguma forma ficar alerta. A autora intercala a ficção com muitos casos reais.
E o segundo, que o livro trata desse assunto que uma forma tão esclarecedora e tão impactante. Foi escrito a partir de muitas pesquisas e análises que estão tão fora do nosso alcance e tão dentro do nosso dia a dia, que acho que não nos damos conta da realidade.
A escrita é cativante e fluida de forma que não dá vontade de largar o livro.
A história conta a vida de uma advogada que ficou órfã, quando criança, porque o pai matou a mãe. E acontece um violência contra ela que a faz mudar, de São Paulo para o Acre, a trabalho para pesquisar sobre mortes de mulheres.
?Vocês, homens, tomam porre e nos matam. Querem foder e nos matam. Estão furiosos e nos matam. Querem diversão e nos matam. Descobrem nossos amantes e nos matam.
São abandonados e nos matam. Arranjam uma amante e nos matam. São humilhados e nos matam. Voltam do trabalho cansados e nos matam.?
Sugiro que não demore tanto quanto eu para ler porque a leitura realmente vale a pena!

Cris @cristinadaitx 14/01/2021

Uma jovem advogada paulistana bem sucedida, que carrega o fardo de um passado trágico: ter a mãe assassinada pelo próprio pai. Em uma festa, conhece o renomado, inteligentíssimo e sedutor advogado Almir. Mas o período de sedução e juras de amor terminam quando ele, irritado, a agride, com um tapa no rosto e um xingamento muito natural para os homens: vadia. Ela então foge e vai para o Acre, o estado com maior índice de feninicidio do Brasil, coletar dados sobre esse crimes para o livro de sua chefe, Denise. Chegando lá, ela se depara com uma comunidade composta de uma minoria de poderosos que cometem os crimes mais bárbaros contra uma minoria indefesa e abandonada pela justiça, que fecha os olhos em troca de propina. Além dos casos de feminicídio, há também os crimes cometidos contra os índios, que vivem uma vida de escravidão e abandono. Mas, quando uma índia é brutalmente estuprada e assassinada, ela se vê envolvida em uma trama perigosa, que leva ao assassinato de outras mulheres que lutam pela condenação dos culpados. Não espere encontrar nesta história um final feliz, pois, apesar de ser um livro de ficção, é baseado na vida real de muitas mulheres , que são agredidas e assassinadas todos os dias, por aqueles a quem elas entregam o seu amor.

**A cada abertura de capítulo, a autora nos conta uma história real de uma mulher que foi assassinada, a sangue frio, por seu marido ou companheiro. As histórias chocam pela crueldade e pelas alegações torpes dos assassinos.

Nikki Vargas 21/02/2021

Todos deveriam ler esse livro.
A autora paulista Patrícia Melo tem vários livros em seu currículo além da dramaturgia. É conhecida por livros de ficção urbana, em seu currículo há diversos prêmios como o Jabuti de Literatura pelo seu romance Inferno e outros prêmios internacionais.

Nesse livro Mulheres Empilhadas ela transita entre a realidade e ficção, um livro forte um soco no estômago pra todas as mulheres. É um livro extremamente necessário e atual, nos faz perceber o quanto precisamos rever o atual cenário brasileiro.

O livro utiliza de artifícios reais para a construção do romance, criando no leitor uma angústia e reflexão da nossa infeliz realidade.
Em cada relato um incomodo. Acompanhamos a protagonista que é uma advogada que viaja até o acre para relatar de perto julgamentos de feminicídio, ao mesmo tempo que ela mesmo se vê em um relacionamento abusivo e carrega um passado marcado por violência. (Não irei dar spoiler).

“Contrariando a letra de funk que já nos embalou nas pistas de dança, Patrícia Melo nos mostra que só um tapinha…às vezes dói demais. Se você é um dos que acredita nisso, leia este livro.”

Há vários tipos de violências contra as mulheres nesse livro. A autora mostra com seu humor voraz, frases precisas e alucinógenas que leva seu estilo incomparável.

Todos deveriam ler esse livro.

site: https://www.instagram.com/p/CLF5GA2DHcj/

Mateus de Morais @recantoinsano 13/12/2021

Um livro protagonizado por mulheres e para a leitura de todos
Uma advogada viaja para o Acre para acompanhar julgamento de casos de feminicídeo. Apenas isso já deveria ser o suficiente para você ir ler, mas calma que eu tenho mais motivos.
A escrita da Patrícia Melo é super viciante, fazia meses que eu não devorava um livro tão rápido. Sério! Você não sente vontade de parar de ler.
Sem pudor a autora expõe com palavras secas e diretas a matança sistêmica de mulheres no Brasil. Como a protagonista diz “O assassinato de mulheres é democrático” não importa se você é negra, branca, indígena, magra, gorda...
Um livro com muitos gatilhos; estupro, assassinato, mutilações, só pra citar alguns. É uma leitura necessária, mas que pode incomodar então se atenham a isso antes de lerem.
E se você ainda não tá convencido de que precisa ler este livro, passe a foto para o lado e veja os números alarmantes. Precisamos ler esse livro e outros que trate desse tema, e melhor, precisamos conversar sobre esse tema.


site: https://www.instagram.com/p/CWUOsnMrqE1/

Edkarl 16/12/2021

O livro significa tanto, a escrita é bela, masssss
O que esse livro significa meus colegas. Não tá escrito. Deveria ser leitura obrigatória, principalmente para todas as mulheres, pois duvido muito que qualquer homem entenda o peso e o significado do que ele carrega. A autora entrega uma escrita poética, misturando versos em meio ao romance, e misturando realidade e ficção (apesar de saber que tudo ali é real). Esse livro me atravessou, me atingiu, sabe quando você tem noção de tudo, mas precisa tirar os óculos do otimismo e entrar em contato com o real real mesmo das coisas mais cruéis? Pois é.

O que me incomodou? Vamos lá.. eu amo isso dos livros brasileiros de construir os personagens em meio justamente a seu contexto ambiental e cultural, porém aqui a autora faz uma emersao maravilhosa de contato com o Acre, o estado com como é, além disso temos acesso a uma visão política, uma visão de investigação policial, uma visão emocional da personagem principal e ainda uma visão cultural muito forte juntao ao realismo mágico (eu amei essas partes). Porém, eu sinto que esse conjunto de contextos abordados pode ser confuso e até quebrar a linha de envolvimento do leitor com o livro, só por isso não dei 5 estrelas, no mais, eu amei. E amei o final.

Lima225 26/12/2021

Devorei em uma sentada
Que livro sensacional, sério, sabe aqueles livros que te fazem terminar a leitura como uma pessoa diferente? Mulheres empilhadas com certeza é um desses, todos deveriam ler, é perfeito

catitubes 23/02/2023

KQNZJWNSIWNZIWJS
Dei uma abandonada no skoob mas terminei esse aqui faz tempo e PUTA MERDA QUE LIVRO DO 🤬 #$%!& VAI SE FUDEEEEEEEEEER QUE LIVRO BOM OTIMO ELE PRENDE ELE TE FAZ REFLETIR ELE FAZ TUDO AAAAAA

Elisana 03/02/2022

Pesado, mas real.
A narrativa aborda o assassinato de mulheres, principalmente, no Acre, estado com maior índice de feminicídio do Brasil. Em meios aos traumas da personagem principal, a fantasia atravessada pelo uso de plantas medicinais dos povos originários, os corpos empilhados, as mulheres assassinadas. O livro é bastante pesado, ainda mais por se tratar da realidade que somos atravessadas todos os dias. São muitos nomes, etnias, tamanhos. São muitas de nós. A obra acaba por falar sobre o genocídio dos povos indígenas que também acontece na região, o povo, como a própria narradora sem nome aponta, invisível.

Jady 12/05/2022

É um livro forte, que aborda diversos temas importantes e presentes no Brasil: impunidade, descaso policial, abandono dos indígenas e, principalmente, feminicidio.

A história é boa, e achei interessante e um soco no estômago quando a autora traz as histórias reais. Como mulher é morta por nada. Por um simples som alto. E como os homens saem impunes.

Porém achei a narrativa um pouco confusa as vezes, principalmente nos "sonhos" dela. Talvez fosse esse o objetivo, afinal "sonhos" são confusos, mas talvez não tenha funcionado pra mim esse tipo de narrativa.

Mas no geral é um bom livro, li em 5 dias, porque tinha muitas partes interessantes.

De fato é um livro pesado com muitos gatilhos, mas importante que as pessoas leiam.

ana julia 19/05/2022

Tema importante...
dei três estrelas pela importância do tema, mas a leitura é arrastada e cansativa, acho que poderia ser abordada de outra forma, parece que o livro foi finalizado com pressa. Mesmo assim, tem interesse no tema? leia

Deaolive 22/05/2022

Trás assuntos necessários para discussão e reflexão: feminicídio, total abandono das causas indígenas no país, as injustiças praticadas pela polícia e sistema judiciário em prol dos endinheirados.
Porém o livro é cansativo demais, confuso devido as viajadas da protagonista e, o linguajar extremamente pesado (chulo) me incomodou demais.