Resenhas - Admirável Mundo Novo

Veridiana.Goncalve 07/04/2024

Difícil e confusa
Leitura chata, difícil, confusa e com palavras de difícil compreensão pois foi escrito em 1932. Não recomendo!

Jussara 07/04/2024

Qualquer sacrifício em troca de uma vida sossegada...
Sem uma vida privada em troca de nunca mais se sentir solitário.
É assustador o fato de que esses livros distópicos são atuais e que nos mostram uma realidade que pode estar bem próxima.

andreeremita 07/04/2024

Admirável Mundo Novo: de novo?
Em "Admirável Mundo Novo", Huxley nos apresenta a uma sociedade utópica perturbadora (será que hoje a sociedade não é perturbadora?), onde a felicidade é imposta através da manipulação genética, controle social e hedonismo desenfreado.

A reprodução natural é abolida, dando lugar à fertilização in vitro e à criação de indivíduos em classes sociais pré-determinadas. Famílias, amor romântico e individualidade são conceitos erradicados, substituídos por promiscuidade e laços superficiais.

O consumismo desenfreado e a propaganda constante garantem a passividade e a satisfação da população, enquanto o uso do Soma, uma droga que induz à euforia, reprime qualquer questionamento ao sistema.

O protagonista, John, um "selvagem" criado fora dessa sociedade, representa os valores humanos tradicionais, como a liberdade, a individualidade e o amor. Sua presença gera conflitos e questionamentos sobre a verdadeira felicidade e o preço da utopia.

Com maestria, Huxley critica o totalitarismo, a superficialidade da cultura de massa e os perigos da manipulação científica. A obra serve como um alerta atemporal sobre os perigos de perseguir uma "felicidade" artificial em detrimento da liberdade e da humanidade.

O livro nos mostra uma clara crítica social perspicaz e atemporal. Atemporal mesmo, o que foi apresentado anos atrás como um mundo distópico original, hoje é reproduzido pela realidade.

Os personagens hoje mudaram o figurino mas permaneceram as características.

Admirável Mundo Novo é leitura obrigatória para quem se interessa por ficção científica, distopias e reflexões sobre o futuro da humanidade. A obra desafia o leitor a questionar seus próprios valores e crenças sobre felicidade, liberdade e o papel da tecnologia na sociedade.

Malu 07/04/2024

"? Mas eu gosto dos inconvenientes.
? Nós, não. Preferimos fazer as coisas confortavelmente.
? Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.
? Em suma ? disse Mustafá Mond ? o senhor reclama o direito de ser infeliz.
? Pois bem, seja ? retrucou o Selvagem em tom de desafio. ? Eu reclamo o direito de ser infeliz."

A cidade de Londres em 2540 é uma potência mundial em decantamento e condicionamento embrionário. Isso porque nessa sociedade o conceito de família foi abolido, a palavra "mãe" quase proibida, considerada arcaica e primitiva. Os embriões agora são fecundados e gerados em laboratório, divididos em castas, condicionados desde a concepção para efetuar o seu trabalho com êxito. Se for um ípsilon que trabalha na fundição, será condicionado ao calor, se for um alfa, será condicionado a liderança.
Além da abolição da família o amor é também considerado ultrapassado. Todos são estimulados ao prazer, ao sexo, a ter inúmeros parceiros e jamais se apaixonar ou ter uma relação estável com apenas um indivíduo. A morte é normalizada, ninguém sofre, não há luto (isso implicaria em redução na produção) todos são ensinados a viver sozinhos e morrer sozinhos.
Os anos são contados a partir da morte de Henry Ford, criador da linha de produção de carros, isso explica a louvação ao rendimento, produtividade e eficiência exacerbada, querendo sempre ser melhorada para produzir mais.
Ainda existe o "soma" droga tomada em gramas e que confere a felicidade aos seus usuários. O "soma" é utilizado como um escape da tristeza e solidão, já que as emoções e sentimentos são suprimidos nessa nova sociedade.
O livro narrado em terceira pessoa acompanha o alfa mais Bernard Marx.Com uma estatura 8 centímetros menor que um alfa mais normal, leva os outros indivíduos a criarem teorias sobre algum álcool derramado em seu psudosangue no processo embrionário. Bernard é um psicólogo e conta constantemente sobre o condicionamento psicológico nos indivíduos da nova sociedade: são usadas terapias do sono, frases repetidas durante a noite por meses ou anos para alienar a todos. O protagonista se nega a tomar soma, desconfia desse felicidade geral a que todos são condicionados, quer saber o que é paixão. Chama Lenina pra sair com ele, ela aceita, vão juntos para uma reserva de selvagens.
Sim, uma reserva daqueles que ainda retiam as antigas tradições: a castidade, a monogamia, o casamento, as relações familiares, a honra. Lenina e Bernard conhecem John e Linda, mãe e filho, habitantes da reserva.
Mas Linda não pertence a aquele lugar.

lizorlis 06/04/2024

Eu me esqueci completamente de fazer a resenha kkkkkkkk cm faz mt tempo q eu li, só oq eu posso dizer foi q eu adorei, vale mt q pena a leitura

regueira0 05/04/2024

Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley
"A felicidade é um soberana exigente, principalmente a felicidade dos outros. Uma soberana muito mais exigente do que a verdade, quando não se está condicionado a aceitá-la sem restrições."

LIVRAÇO, amo esse lindo ainda

Córdoba 03/04/2024

Admirável? Mundo "novo"
É uma leitura profundamente desconfortável a princípio, mas a quantidade de questões filosóficas que te obrigam a pensar na sua opinião real sobre a vida da tantas voltas que você chega a se perder das suas ideias de moralidade.

Inicialmente eu achei que a história estava culminando para algum tipo de revolução ou grande choque no final, mas na realidade é pouquíssimo sobre os personagens como indivíduos e sua disrrupção, e muito mais sobre a coletividade e a pura descrição desse mundo utópico.

Que aliás, é muito fácil de se acreditar acontecendo, embora desconfortável, diferente de muitas distopias onde é difícil compreender sua implementação em algum tipo de futuro.

Um mundo desprendido de relações profudas ou realmente íntimas e próximas; onde há um avanço tecnológico absurdo para saúde, beleza e maquinários, mas que dispensa os estudos para a ciência, física, astrologia, sociologia e a arte; voltado completamente para a especialização em uma só área e desinteresse completo por qualquer coisa que não lhe seja condicionada; autoridades que desestimulam completamente o pensamento próprio - Lembra alguma coisa?

A divisão do livro para mim está na chegada do Selvagem. Uma vez que os selvagens, tecnicamente, somos nós e nosso modo de vida atual (monogâmico, religioso, "livre"), acreditei que a visão dele na história finalmente demonstraria os absurdos desse "mundo novo" - com castas rígidas e intransponíveis, um tanto quanto promíscuo e totalmente adepto da droga para a absolvição de sentimentos, que muito mais do que não permitir o pensamento próprio, não te permite ter sentimentos que fujam da alegria e colaboração social - , mas, na realidade, fiquei tão desgostosa com os ideais de uma sociedade como a nossa, só que desprovida de tecnologia, quanto com o "admirável mundo novo". O diálogo final do Mustafá Mond e o Selvagem, inclusive, foi o ponto alto pra mim.

Absurdamente reflexivo e interessante, embora no começo seja um pouco sofrível até você pegar o embalo, recomendo muito a leitura.

L 03/04/2024

Complexo, mas fundamental
O livro fala sobre uma sociedade distópica, onde o Fordismo tornou-se praticamente uma religião.
Os seres humanos não apenas são produzidos em larga escala em laboratórios como também são condicionados desde a sua fase embrionária para adequarem ao que a sociedade espera de cada classe social dentro desse sistema baseado em consumismo.
Os sentimentos humanos mais autênticos foram esvaziados de significado em nome de uma estabilidade social artificial.
Da tríade da distopia (admirável mundo novo, 1984 e fahrenheit 451), esse foi o livro que mais me deixou desconfortável, entretanto reconheço que o desconforto é necessário à medida que certos questionamentos precisam ser feitos.

Caju.rosa 03/04/2024

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Jéssica (@simboraler) 03/04/2024

Surpreendente
Já pensou em viver em um local onde todo mundo é feliz? Ninguém tem preocupação, aborrecimentos. Não é bem visto ter relacionamento e família, afinal, relacionamento causa brigas e família gera estresse. Todos são fabricados sob medida, por proveta, já tendo castas e empregos definidos antes mesmo do seu nascimento. Você é condicionado desde criança a entender seu papel na sociedade e não se sentir satisfeito com isso, mesmo sendo o trabalho mais insalubre possível.

Todos são ensinados a não ficarem sozinhos, não dar brecha para a solidão. E quanto mais parceiros sexuais você tiver, melhor. Mas não se engane, esse livro não tem NADA de erotismo. E é PROIBIDO ter filhos, uma gestação normal, pois isso cria vínculos. Só que sem relações profundas ou sem solidão, você não tem brecha para pensar e refletir. Bom, sociedade que pensa é um problema para os poderosos.

Ah, você começou a pensar muito? Se sentir aflito? Se sentir triste? O governo tem uma solução: o soma! Uma droga alucinógena que te deixa feliz, em outro lugar, te deixando feliz novamente. Todos recebem sua "ração" de Soma diária para sempre ser feliz.

Um rapaz, Bernard, começou a questionar essa sociedade e decidiu ir para uma reserva selvagem como "estudo". Os selvagens são pessoas que tiveram ensinamentos e modelo de vida iguais aos nossos. Leem livro, pensam, possuem religiões. Lá, ele conhece John, um menino que nasceu na reserva mas que é filho de uma mulher que veio da sociedade moderna. Amante de Shakespeare, religioso, John acaba sendo levado para a sociedade moderna como uma exposição para todos, como um bicho.

E assim, vemos o que pode acontecer quando uma pessoa que pensa, entra na sociedade perfeita.

Recomendo MUITO esse livro! Ganhou meu coração e virou um favorito da vida com tranquilidade! Deem uma chance

Luciano.Soares 02/04/2024

Finalmente li esse clássico atemporal.
Huxley nos apresenta um futuro distópico, de forma detalhada, onde em nome da estabilidade e felicidade a arte, a religião, o livre arbítrio, a família, o casamento e a individualidade são coisas antiquadas e completamente esquecidas. Não há tristeza e nem preocupações, vive-se num mundo de castas constantemente infantilizado e permissivo com drogas e sexo sem sentimento e relacionamento.
Livro pesado que quis criticar a influência da cultura americana.

bellaslivros 02/04/2024

Diferente
Lembro me de professores falando o quão bom era este livro e tudo mais. E realmente o começo é muito interessante, mas conforme foram se passando os capítulos fui perdendo a vontade de lê-lo.

Talvez o momento para mim não fosse o melhor, um dia irei revê-lo.

Hanna.Beatriz 01/04/2024

Assim como todo clássico, demorei para engajar mas quando engajei na leitura ela fluiu. Não sei se gostei muito do final, mas gostei da estruturação do livro e da criatividade. Me fez pensar sobre livre arbítrio e como ser diferentes e ter relações íntimas e monogâmicas é tudo de bom.

Leandria.Leite 31/03/2024

Não basta que as frases sejam boas se as ações não forem
Eu demorei basicamente um dia pra processar o que aconteceu no livro e entender o final a visão em geral do livro. Ele fala muito de uma sociedade "perfeita" sem defeitos ou fora de qualquer coisa que seja relacionada a dor ou sofrimento, quando eu comecei o livro, eu achei que o Bernard seria o protagonista e que ele seria o criador da mudança ainda mais por causa que ele pensava diferente da sociedade (por isso ele era excluído) e achei que ele faria uma mudança, já não foi assim, pois quando eu viajou e encontrou os selvagens na primeira oportunidade que ele teve de tentar melhorar essa "impressão ruim" que a sociedade tinha dele, ele mudou completamente, esqueceu seus pensamentos de discordância e só seguiu.
Sobre o selvagem, foi aí quando teve um ponto de vista de alguém de outro tipo de sociedade, que a gente percebe que é realmente tudo diferente. Como as promessas que a Linda fazia pra ele, como se o mundo do outro lado fosse perfeito, zero defeitos mas já não era tão assim e ele percebeu, tanto que quis ir embora e o Bernard não queria de jeito nenhum que ele fosse.
Só sei que eles queriam criar uma sociedade perfeita em que ninguém tivesse nenhum problema, tudo sendo baseado na ciência, em Ford e seus ensinamentos.
Eu não entendi nada na maioria do livro, tive que reler várias partes muitas vezes, não é meu tipo de livro mas também não é um livro ruim, a mensagem que ele passa é muito boa.


Obs: fiquei profundamente traumatizada com uma música lá

m4r1 30/03/2024

Admirável mundo novo
Lê admirável mundo novo foi uma experiência bastante interessante, a forma que a história é apresentada é bastante construída, os valores morais dessa nova sociedade me fizeram refletir sobre o mundo atual. O condicionamento, as castas, a hipnopedia, a ausência de família e de relacionamentos profundos. Foi uma leitura bastante construtiva e o final irá me fazer refletir por bastante tempo