Irlandês 29/05/2023
A imortalidade como verdadeiro castigo
Além dos quadrinhos de terror, eu também gosto dos livros desse gênero e "Entrevista com o Vampiro" é um dos que mais gosto. Na verdade, eu gosto da temática que envolve essas criaturas folclóricas, geralmente elas acabam por trazer uma discussão sobre a mortalidade humana e sobre a danação que poderia se tornar a imortalidade.
O mito do Vampiro surge antes da Idade Média, há sinais na Grécia Antiga, nos contos das criaturas chamadas de Vrykolakas. Na literatura, o mito ganhou força com "Drácula", o romance epistolar de Bram Stoker, de 1897. Especula-se que o autor foi fortemente influenciado pela obra "Carmilla", do escritor irlandês J. Sheridan Le Fanu. Inclusive, é em "Carmilla" que surge o erotismo como um dos elementos das histórias de vampiros.
O primeiro livro da coletânea "As Crônicas Vampirescas", de Anne Rice, foi publicado em 1976 e é um clássico do gênero. Li pela 1° vez aos 16 anos, quando um amigo emprestou e nessa época já havia assistido o também clássico filme de 1994. Mas se você já assistiu o filme e não leu a obra, calma, aquele clichê "mas o livro é muito melhor" se aplica com exatidão nesse caso.
Trata-se de uma narrativa romântica, com uma mistura dos elementos gótico e erotismo. Acompanhamos a trajetória do vampiro Louis, narrada por ele ao entrevistador, na qual conta seus primeiros anos em Nova Orleans até o dia em que conheceu aquele que o transformou. Louis não abraça a imortalidade como os outros de sua espécie, procurando compreender o que realmente é.
Essa edição da editora Rocco tem a tradução de Clarice Lispector e foi publicada em 1994. Foi a mesma edição que li aos 16 e encontrei recentemente na Estante Virtual.
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