Luuh.Markes 05/04/2024
Hey Nana, do you remember the first time we met??
Ler "Nana" mexe muito com a gente, de um jeito bem pessoal mesmo. O mangá tem um monte de histórias que se cruzam e personagens que parecem reais, cheios de emoção, problemas complicados e coisas sérias que muita gente passa na vida de verdade. Os personagens são tão bem feitos, com seus problemas, erros, sonhos e medos, que a gente consegue se ver neles facilmente.
As duas Nanas são bem diferentes, mas as duas sentem uma solidão por dentro e estão procurando algo ou alguém para preencher esse espaço vazio. A amizade delas é extremamente significativa para a história, mostrando não só o lado bom de ter amigos e amar, mas também o quanto pode ser difícil depender emocionalmente de outra pessoa. A Nana Komatsu, que se apega fácil e depende dos outros para se sentir bem, e a Nana Osaki, que por fora parece toda firme e independente, mas por dentro quer conexão e ser entendida, mostram dois lados da solidão. Elas vivem juntas essa coisa de se sentir menos sozinha, mas ainda assim têm que lidar com seus próprios problemas internos.
"Nana" fala sobre temas atuais e importantes, como abuso (tanto emocional quanto físico), gravidez indesejada, abandono e o quanto relações humanas podem ser complicadas. A autora, Yazawa, não passa pano para essas temáticas; na verdade, ela mostra eles de um jeito bem direto, que pode ser desconfortável, mas também faz a gente pensar. O mangá tem uma olhar real para as consequências emocionais e sociais dessas situações, fazendo a gente refletir sobre elas. Esse jeito sincero de tratar esses assuntos faz com que a gente repense nossas próprias ideias e desenvolva empatia por quem passa por essas situações.
Ler "Nana" pode mesmo mudar como a gente vê o mundo. A história funciona como um espelho, mostrando não só o quanto relações humanas podem ser complicadas, mas também os vários caminhos que a vida pode levar. Pelas histórias de suas personagens, "Nana" ensina sobre a importância de ser resiliente, ter compaixão e conseguir seguir em frente, mesmo quando as coisas estão difíceis. O mangá faz a gente dar valor às conexões humanas e entender que, mesmo que a solidão faça parte da vida, ter alguém que entende e apoia faz toda a diferença.
No fim das contas, "Nana" é muito mais do que só uma história sobre duas jovens enfrentando os altos e baixos da vida adulta; é uma viagem emocional que faz a gente questionar o que significa amar, perder e encontrar quem a gente é num mundo cheio de incertezas. A leitura traz uma lição valiosa sobre as complicações da vida e os laços que nos unem, desafiando-nos a enfrentar nossas próprias inseguranças e achar beleza na imperfeição humana.
OBS: essa resenha é válida para todos os volumes do mangá, pois é a junção deles que constrói toda essa visão final sobre Nana