Caroline.Velani 06/10/2020Você acaba de me chamar de maldita covarde?O primeiro erro de alguém que já leu os outros livros da Sarah pode cometer ao começar a ler Crescent City é tentar ficar comparando Bryce com Aelin e Feyre, Prythian e Erilea com Lunathion.
No primeiro volume da nova série da Sarah J. Maas, nós conhecemos Bryce Quinlan, uma semifeérica que passa os seus dias trabalhando no antiquário de Jesiba, uma poderosa feiticeira, e as noites se divertindo com suas amigas em casas noturnas, bebendo muito e se divertindo. Contudo, seu mundo é muito mais complexo que isso e não dá espaço para suas festanças quando uma série de assassinatos horrorosos começam a surgir por toda a cidade e Quinlan é encarregada de descobrir quem é o culpado por esses crimes. Bryce ainda conta com a ajuda, a contragosto, do anjo caído Hunt Athalar, mais conhecido como Umbra Mortis - A Sombra da Morte - para descobrir mais pistas e desvendar esse mistério.
Bryce não é nada perfeita e nem paga de boa moça, ela tem a vida própria trabalhando na galeria e mora com a amiga em um apartamento caindo aos pedaços, passa as noites em boates e esquece as amarguras da vida enchendo a cara até cair na sarjeta e ficando chapada, em um mundo com feéricos, semifeéricos, humanos, anjos e arcanjos, sereias e bruxas, objetos místicos e poderosos. Para mim foi uma supresa, eu nem imaginava que um universo desse ia aparecer assim, depois de ter lido Trono de Vidro e ACOTAR. No início eu achei um pouco arrastado sim, e achei meio bagunçado também, achei que ficou muito confusa a construção desse universo, as hierarquias, as histórias por trás das histórias. Mas aos poucos tudo foi se encaixando, e meu amor pela Bryce, nossa, gente, sem palavras. O que essa mulher faz...
Então vocês percebem como pra mim foi um choque principalmente porque nos outros livros tudo foi de forma mais gradual no início e as personagens principais eram totalmente diferentes. Foi aí que eu percebi que eu estava sabotando a minha leitura, querendo comparar esse livro com as outras duas séries que são as minhas preferidas da vida, o que não faz o menor sentido porque são duas coisas completamente diferentes. Ficar comparando ou esperando algum sinal de similaridade entre as obras é o jeito mais absurdo de você ler esse novo livro porque você acaba se prendendo muito no que era esperado invés de se deixar levar por um universo novo.
E aí, quando a história engatou, o que não demorou muito, eu comecei a gostar mais dos personagens e de suas personalidades distintas, suas trajetórias, e logo me vi totalmente envolvida. De novo, de uma forma completamente diferente da forma como fiquei envolvida nas outras séries da Sarah. O que não foi ruim, nem um pouco, foi uma experiência nova e me mostrou que as vezes nós nos fechamos muito a uma determinada obra criada por um autor/a e acabamos não percebendo que eles não precisam se prender àquilo. Então foi ótimo porque eu consegui me reeducar um pouco e abrir a minha mente.
Então gente, por favor, DEEM UMA CHANCE A NOSSA BRYCE porque esse universo novo é SENSACIONAL. Foi cada tapa na cara que eu tomei lendo essa série, meu coração parecia que ia sair pela boca o tempo todo. Eu xinguei, chorei, gritei, pulei de alegria, achei que ia arrancar meus cabelos no final de tão emocionante que tudo ficou. Meu estômago até embrulhou e eu não consegui parar de ler.
Mas ai, amores... É Sarah J. Maas né, já tô até acostumada a ser feita de trouxa por essa mulher.