Resenhas -

Jessica 24/03/2024

Choque de realidade
Terminei o livro com um nó na garganta, sabia que seria difícil a leitura por conta do tema, a história me prendeu e não consegui parar de ler, um livro que traz reflexões sobre racismo e trás o quanto isso faz parte da nossa realidade e como as pessoas sofrem por conta do preconceito, alem do racismo o tras o tema de como a educacao e os professores sofrem com um pais que não dá valor o abandono das escolas e como é difícil dar aulas nos dias de hoje.
Um livro que merece uma releitura muito bem escrito e gostei do formado em forma de memórias.

Danuzia.Tatiane 22/03/2024

Uma leitura profunda que nos transporta para o ponto de vista de quem sofre discriminação diariamente nas mais diversas situações nos levando a refletir sobre nossas atitudes mas principalmente sobre o que achamos que entendemos sobre certo e errado.

Day 22/03/2024

Vai te deixar com um nó na garganta? Vai, mas leia
Definitivamente é uma leitura que recomendo! Ela prende, cativa, tem momentos fofos, engraçados, porém, em sua maior parte, com uma certa "poesia" e sem tirar a sua força, é contada uma realidade brutal vivida por muitos, seja aqui no BR, ou mundialmente. Fato este, ignorado e silenciado por tantos. Pegando o gancho sobre o "silenciado", é simplesmente isto que a ala conservadora do Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná conseguiram fazer ao retirar o livro das escolas estaduais de ensino médio. Uma pena (entenda que estou sendo irônica) que as coisas estão tomando o rumo contrário e o livro tá viralizando. Eu por exemplo, descobri essa maravilhosa história por conta da repercussão.

Vale deixar registrado aqui, que o livro venceu o Prêmio Jabuti em 2021, simplesmente a principal premiação literária do país.

Abaixo transcrevo um dos trechos que deixa explícito um dos motivo de quererem censurar a obra:

"...o professor Henrique Nunes não morreu por mera circunstância da vida, morreu porque era alvo de uma política de Estado. Uma política que persegue e mata homens negros e mulheres negras há séculos."

Diego.Felizola 21/03/2024

É preciso ler pra entender porque tentam censurar este livro. Não é a descrição do sexo que incomoda. Se assim fosse, filmes como 365 não estariam disponíveis na Netflix. O que incomoda nesse país é visualizar a cicatriz deixada pela escravidão ainda vida. Não é 1888, não é na senzala e nos quilombos. É contemporâneo, logo ali ao lado. Tem ônibus com destino certo, avenida por onde você passa todo dia e as pessoas que você ignora a maior parte do tempo.

Em uma narrativa atemporal, o livro nos mostra diferentes aspectos do que é ser negro e do que é se descobrir negro no Brasil. É uma leitura doída, que escancara um sistema que desumaniza e empurra de volta para onde veio um único grupo.

Queria eu ter lido esse livro quando adolescente. Que outros jovens possam ler e se letrar racialmente com uma das melhores leituras que tive o prazer de ler.

Renata 21/03/2024

Sou professora e decidi ler o livro após toda a polêmica que houve sobre ele. Pois bem, a polêmica apenas reforçou o que o estado do Rio Grande do Sul é: racista. E é isso que o livro fala, traz as inúmeras faces do racismo e como ele está presente na sociedade.
Ótimo livro! Recomendo mil vezes a leitura.

jk 20/03/2024

O avesso da pele
Gostei muito da escolha da escrita narrativa, trouxa ainda mais imersão pros sentimentos e acontecimentos.
pois como várias vezes o tema da perca de um pai é abordado , a forma como parece que estamos invadindo o íntimo de um luto de um filho, transforma tudo isso mais intenso e revoltante.
O autor também consegue ligar os acontecimentos, e ele não dá pontos sem nó. conseguimos ver que o estudo para manter um calendário dos eventos que acontecem na vida dos personagens existiu, e ainda foi abordado mais a frente.

Alessandra.Murari 19/03/2024

Apenas leiam.
Livro totalmente necessário! Retrata a realidade dos negros em várias etapas de suas vidas. Quem nao faz parte do grupo de minorias, vive e não chega nem perto de sentir o que se passa na pele de quem sente.

Mandretty 19/03/2024

Um livro cuja leitura é necessária...
"Você assiste àquelas reportagens com os parentes das vítimas, pessoas negras em bairros periféricos, chorando, reclamando da violência, do descaso das autoridades, e a gente fica triste e solta um que- merda- quando- isso- vai- acabar, e volta a comer seu prato de arroz com feijão. Então, de uma hora para outra, assim, sem mais nem menos, é a sua vez de chorar um morto"

Duro, direto e cru. O avesso da pele coloca o dedo na ferida do racismo , mais especificamente no Sul do país. Vale ressaltar que não é um privilégio dos Sudestinos serem racistas. Essa chaga ainda está espalhada pelo país inteiro.

fortheends 19/03/2024

Visceral
?é uma história para me curar daquilo que você, repentinamente, deixou de ser?

é cruel. é doloroso. é forte.
obrigada, Jeferson Tenório.

Dany Favilla 18/03/2024

Dilacerante
Livro necessário, que escancara a realidade e nos faz sentir uma fração do que os personagens passaram. Precisa estar na lista de estudantes, professores e toda a sociedade.

Brunareader 18/03/2024

É tipo... uau!
É incrível.
Se passarão 100 anos e esse livro continuará sendo atemporal porque ele é perfeito. A história é tão boa, tão fluida.
Futuramente quando eu tiver filhos farei questão que eles leiam esse livro.

pascalevm 17/03/2024

Leitura obrigatória. Dizendo não à censura
Ele estava na minha mira, mas não era prioridade. Porém, por conta dos episódios de censura no Sul do país, resolvi ler. Gente, que livro!!! Essencial e deveria ser lido principalmente pelos que o censuraram. Não é apenas um livro que fala de racismo. Ele também fala de relacionamentos e sobre a importância dos professores e da educação. Me vi com os olhos cheios de lágrimas em algumas partes e pude refletir sobre certas atitudes que ainda temos, principalmente quando julgamos alguém por sua cor. Hoje mesmo, andando na rua, passei por três garotos negros, andando sem camisa. Confesso que tive medo. Se fossem brancos, provavelmente nem teriam chamado minha atenção. Lembrei na hora do livro... isso tem que mudar. Quanto aos trechoa ditos "eróticos", nada que adolescentes de 13 a 17 anos nunca tenham falado ou mesmo vivido. Tudo escrito dentro de um contexto. Enfim... recomendo demais a leitura. Já disse até a minha filha que tem 16 anos que ela tem que ler. Será um baita repertório para redações do Enem.

Paola453 17/03/2024

Leitura necessária.
Todos deveriam ler essa obra, que relata o racismo de maneira tão explícita e com ênfase numa região que em sua maioria é branca. Livro triste, ainda mais por saber que não é uma história fictícia, já que acontece com tanta frequência. Confesso que amei o trabalho de Jeferson Tenório e com certeza irei conhecer seus outros trabalhos.

Barbara Martins 16/03/2024

O racismo é real
Esse livro é maravilhoso demais para ser censurado. É uma leitura que nos relembra que o racismo é real, que pessoas sofrem e são subjugadas pela cor da pele. Que lutam 10x mais porque precisam lidar com a desigualdade racial. Eu adorei a escrita do autor, a forma como ele narra parecendo uma narrativa epistolar, o filho relembrando a vida do pai através dos seus objetos depois de uma morte cruel.

Recomendo?

Felipe 16/03/2024

Acredito que esse livro seja sobre ausências. Ausência do poder do Estado em dar melhores condições de trabalho aos professores, e consequentemente maior qualidade no ensino para os alunos; ausência de afeto que os personagens tiveram durante sua vida toda, e quando em alguns momentos tiveram o mínimo, não sabiam lidar com esse sentimento, e por conta disso, tornaram as relações entre eles, difíceis e doloridas; ausência de debates sobre os males que o racismo, que está impregnado em nossa sociedade, vem causando ao longo da história da humanidade, e por conseguinte ausência de soluções para esses males.

Em geral, a tentativa de silenciamento dessa história no Brasil, é também a tentativa de não querer dialogar sobre as feridas que permanecem abertas acerca das questões raciais, violência policial e baixa qualidade do ensino no país.