O avesso da pele

O avesso da pele Jeferson Tenório




Resenhas -


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thaianni 02/04/2024

Forte
Livro forte, toca em pontos delicados, porém, necessários.
a história é muito boa, rica de narrativa.
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Edi 24/07/2022

Não tenho nada para falar desse livro.
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É perfeito.
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E profundo.
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Leiam mais autores nacionais.
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Apenas leiam!
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Emanuela 02/09/2021

Texto simples e brutal
?O mundo branco havia nos tirado quase tudo e que pensar era o que nos restava. É necessário preservar o avesso, você me disse. Preservar aquilo que ninguém vê. Porque não demora muito e a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo?.

O texto de Jeferson Tenório é fácil de ler, fluido como uma conversa. O tema, no entanto, é brutal. Em seu terceiro livro, ele traz questões sobre negritude, racismo e relações familiares.

O livro foi uma das minhas melhores leituras do ano, tanto pelo caráter literário quanto pela reflexões que suscita.

Na obra, temos Pedro, nosso narrador, contando a história de seu pai, Henrique, morto em uma abordagem policial em Porto Alegre. Ele monta uma colcha de retalhos memorialísticos a partir de suas lembranças para falar desse pai, professor de literatura. A cada nova lembrança, Pedro cria uma nova percepção sobre o que é ser negro, que até ali na sua juventude, com a pele um pouco mais clara que a de seu pai, não lhe havia sido exposta.

?Naquele momento você era apenas um corpo negro?.

Ao mesmo tempo em que conta a história do pai, Pedro também nos apresenta momentos da vida da mãe, mas é talvez quase no final de sua narrativa que Pedro chega também a compreensão das diferenças entre ser um homem negro e uma mulher negra.

?O que você tem que compreender é que os homens negros sofrem suas violências. E que as mulheres negras sofrem outras. Algumas são parecidas. Mas, veja, somos diferentes. Nem sempre as causas são iguais?.

Com esse relato Tenório escancara a dura realidade de que ser negro no Brasil é estar fora do lugar.
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Wynny0 21/01/2024

Sensível e doloroso.
A avesso da pele é um livro que vai além de retratar o racismo institucional e estrutural, é um livro sobre relações de afetos, um livro que demonstra a subjetividade do ser, que narra a vida sendo vida.

o livro é escrito de maneira sensível, e ouso dizer que em alguns pontos é poético também. Pedro, um jovem negro, conta a história de seu pai Henrique, conta as facetas da negritude no sul do país, sobre as situações embaraçosas que Henrique vive, sobre se descobrir um homem negro, sobre suas relações amorosas, sobre ser professor de escola pública dentro de um sistema educacional precário e as abordagens policiais violentas. Martha, mãe de Pedro, é também descrita no livro, com sua infância marcada pelo abandono, sua adolescência ameaçada por homens que a sexualizam e o início da sua vida adulta com um relacionamento conturbado.

não teve como eu não favoritar esse livro, desde o início é um enredo que atrai, uma narrativa que dói e um desfecho que, infelizmente, é tão dentro da nossa realidade. a escrita de Jeferson me fez encarar o meu eu, uma mulher negra dentro de um sistema tão racista. e como os afetos que são construídos ao longo da vida marcam o fim de uma história.

é um livro marcante, um livro além de uma crítica e um combate ao racismo estrutural, mas como a vida pode ser dolorida do início ao fim. e que fim! não teve como eu não desidratar de chorar com o relato do luto, da dor marcada por uma morte violenta que retrata o Brasil em que vivemos.

livro necessário e favoritado.

"O amor estava condicionado e mediado pela raça. O afeto e o desejo, dependentes de mais ou menos melanina." p. 25

"Quando uma pessoa branca nos elogia, nunca saberemos se aquilo é sincero, ou apenas uma espécie de piedade, ou para não se sentir culpada, ou mesmo para não ser ajudada de racismo. Não sabemos avaliar nosso fracasso. Porque é tentador atribuir todas as nossas fraquezas e nossas falhas ao racismo." p. 81

"As pessoas que te mataram ainda estão soltas. E não sei por quanto tempo elas continuarão livres. Mas elas nunca saberão nada sobre o que você tinha antes da pele. Jamais saberão o que você carregava para além de uma ameaça." p. 179
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ArturDamas 29/05/2024

Leitura Necessária
Um bom livro, com uma temática super necessária, leitura que deveria ser obrigatória pra todas pessoas - sobretudo os negacionistas - terem um mínimo de noção (o mínimo) de como é ser uma pessoa preta nesse país.
O fato de eu ter tirado uma estrela foi por ter me incomodado um pouco com a narrativa do autor, em como ele começa uma linha de pensamento (perspectiva) e pula pra outra repentinamente e depois retoma a original bem la no final, fora isso, tudo ok!
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Claudio.Kinzel 24/08/2022

Leitura instigante, apesar do desfecho inconsistente
O Avesso da Pele é uma leitura instigante que pode ser analisada sob dois aspectos: no primeiro, o enredo, sua estrutura e narrativa; no segundo, o aspecto social na questão do racismo, já que o narrador conta a história de seus pais, ambos negros, e as dificuldades que enfrentaram ao longo da vida, bem como as suas próprias.

Na verdade, são memórias de como Pedro, 22 anos, imagina a vida de seus progenitores após a morte do seu pai. Por isso, ele se refere ao pai como "você" em capítulos de um único parágrafo, o que pode por vezes torna a leitura cansativa. A descrição é detalhada, e os personagens, bem como as situações apresentadas, são bem construídos, o que torna a leitura agradável. Porém, em vários momentos, o autor acrescenta situações referentes ao racismo e, embora muitas delas sejam relevantes e forneçam ao leitor uma perspectiva apropriada do contexto, em outras a impressão que fica é houve um excesso, como se tudo estivesse relacionado à cor da pele. Por exemplo, quando os pais de Pedro fazem terapia de casal com seus dois terapeutas, o narrador assume que, como os terapeutas são brancos, não poderiam ajudá-los adequadamente no tratamento: "A psicanálise tinha cor e ela era branca, você pensou. E definitivamente havia coisas que escapavam a Freud". Os relatos de situações cotidianas, como abordagens policiais, mostram uma realidade que está entranhada na sociedade brasileira. Pessimista, o autor não vê solução ou mesmo reconhece que houve avanços nos últimos anos, pois o próprio Pedro faz faculdade através do sistema de cotas, algo que não existia na época de seu pai. Portanto, houve avanços. A visão caricaturada de Porto Alegre, "a cidade mais racista que existe", é bem infantil, pois não há como sequer mensurar uma afirmação como essa. E, em nenhum momento, nem pai, nem filho, apesar de viverem num local que consideram inadequado, pensam em se mudar para outro no qual poderiam, segundo seus critérios, viver melhor.

O pai, professor de literatura, é morto numa abordagem policial por se recusar a seguir os procedimentos da polícia: "Então, você abriu a pasta, ignorando os gritos policiais, os gritos de larga a pasta, por* . Você ignorou porque agora era a sua vez. Era a sua vez de ditar as regras". Ora, qualquer pessoa, de qualquer cor, se tiver uma atitude assim, corre o risco de sofrer as consequências de uma polícia por vezes despreparada. O final imaginado pelo filho foi quase um "suicídio" do pai e tornou o desfecho inconsistente, forçado e sem sentido, apesar do lirismo da analogia do Crime e Castigo de Dostoievski, que é um dos pontos altos do livro, especialmente quando o pai o utiliza em suas aulas. Apesar dos problemas, é uma leitura interessante, um livro para fazer refletir sobre o racismo, muitas vezes velado, no Brasil.
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Racestari 10/03/2024

Nunca serei igual...
Sou branco, não posso me comparar, não vou. Mal posso imaginar, não vou. Mas posso me incomodar, e vou. Posso me indignar, e vou. Meu aprendizado dói menos, minha vida é menos doída. Que grande livro que eu espero levar para a vida.
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Carolina.Ferreira 26/11/2023

Que livro incrível. Completamente apaixonada. Uma escrita leve e fluída pra falar de temas complexos
Ruhamah. 26/11/2023minha estante
Eu simplesmente amei! Gostei demais também.




Bia 17/11/2022

PERFEITO
É um livro que dói do início ao fim!
Nunca li um livro que retratasse de fato oq realmente acontece na nossa sociedade.
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Alisson5h 14/03/2024

Potente
Que leitura dura, crua, avassaladora e extremamente forte. Escrita potente, linda e dolorida.
Rodeada pela dor, pela perda, pela beleza de viver e a angústia de viver. Um retrato da sociedade na sua total crueldade.

Eu senti muita angústia lendo, a injustiça, a dureza que as pessoas tratam os outros, a hipocrisia de uma sociedade elitista e privilegiada apenas por ser branca. Eu enquanto pessoa branca, durante a leitura me peguei em vários momentos refletindo e entendo um pouco mais dos meu privilégios. é um livro que fala sobre sobre o racismo em todas as suas formas, sobre o abuso de poder, injustiça e maldade. É um retrato que mostra o quão o ser humano se importa mais com a cor de sua pele do que com o seu caráter.
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Joyce 28/09/2022

Esperava mais da leitura
Eu iniciei a leitura com muita expectativa e isso atrapalhou a minha experiência com a leitura.
A história é sobre um rapaz negro que fala sobre seu pai e sua mãe e situações vividas por eles, em relação a família e preconceito.
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CamilaOsterne 04/10/2023

Necessário e poético
Um livro muito bonito, bem escrito, triste e real, apesar de fictício. Eu realmente fiquei em dúvida se era uma biografia ou um romance, tamanha a propriedade do autor em contar essa história narrada como se fosse uma carta para esse pai que faleceu.
Minha personagem favorita é a mãe dele, pena que em determinado momento não se fala mais nada dela.
Recomendo muitíssimo. Não virou um favorito por não ser meu estilo de livro. Mas todos deveriam ler.
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LuisaEu 17/05/2023

" Quando você morre, quando seu coração para, não importa o que você fez com sua vida"

" No sul do país um corpo negro será sempre um corpo em risco"
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Sanara.Luiza 24/02/2024

Amei!
Mais um livro nacional surpreendente.
Continuo me admirando em como os autores brasileiros conseguem escrever tanto em poucas páginas.
Esse livro em específico, poderia facilmente ter virado uma salada, porque a história é contada de forma totalmente não linear.
Conforme o narrador vai lembrando e puxando ganchos, ele vai indo e vindo na linha temporal de suas lembras e das vivências dos seus pais, o que poderia deixar a história confusa.
Pra mim, é aqui que o autor brilha, pois soube trabalhar esse conceito perfeitamente, sem deixar o leitor confuso.
Amei esse livro. É inclusive uma história que vale uma releitura.
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Jose 28/04/2024

Esse livro não está sendo censurado por causa de palavrões é porque ele foi escrito pra incomodar mesmo, a narrativa machuca de todas as formas possíveis e a gente termina com um nó de angústia. É isso, recomendo que se leia!
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