r.reads 02/07/2023
Não sei oque rolou aqui
GATILHO: violência, homofobia e pedófila
o começo tava muito massa, a autora tem uma "voz" narrativa muito envolvente, mas depois...
a começar pelos diálogos estranhos, que não passam nenhuma naturalidade. isso fica mais evidente nós diálogos EXTRAMENTE EXPOSITIVOS, onde atenua mais a estranheza e falta de naturalidade (quem conta toda sua vida pra uma pessoa que acabou de conhecer?????)
além daquelas dinâmicas nada criativas em que, por exemplo, o personagem se coloca em risco sem porque, nem pra - mas você entende que foi um meio que o autor(a) buscou pra continuar e seguir a historia como planejado (quem fica sozinha com uma pessoa que pode ser um assassino e que você nunca viu na vida????????)
outro ponto extremamente ruim da história - podendo até ser problemático - e que particulamente me incomodou mais, foi a utilização de uns estereótipo fudid@s em alguns personagens,
por exemplo, por que o único personagem do norte é analfabeto, dado excessos e tem uma vida carregada de mais violência e desleixo? tem essas pequenas conexões que me deixaram na dúvida se realmente era uma coisa aleatória, sem querer ou uma representação clara de um preconceito da autora
(e um adendo, esse exemplo PIORA muito na xenofobia e preconceito quando a gente lê e conhece mais a história do personagem. e ainda tem o final dele, que só jesus na causa, O PURO SUCO DO ESTEREÓTIPO, eu como baiano, vou te dizer que ri muito kkkkkkkkk)
(e outro "escorregada" pode ser direcionado aos adjetivos dado ao personagem PCD, o menino com paralisia cerebral, adjetivos completamente degradantes que TALVEZ tenha mirrado na crítica e acertado no capacitismo - nesse caso eu realmente fiquei na dúvida)
no fim, é uma ideia que tinha tudo pra ser muito muito boa, se fosse melhor executada - e também tirando todo a pataquada dos estereótipos do meio.