pedroomlo 05/01/2024
Entre diálogos silenciosos, vivencias e sentimentos
O livro narra a história de uma família, compartilhando suas experiências. Sem dúvida, é um dos melhores livros de drama que já li. A autora descreve cada cenário, pensamento e olhar de maneira tão envolvente que parece que Tolkien escreveu o livro. Acredito que este livro não tem uma idade específica para ser lido, mas sim um momento adequado. Ele explora a experiência de cada membro da família em crescer, especialmente em uma cidade pequena onde todos se conhecem.
O livro aborda como cada pessoa sentiu a dor do luto e como projetou o trauma desse luto em diferentes aspectos de sua vida. Mostra como é amadurecer sendo mãe e esposa, e em seguida, tornar-se mãe solteira, explorando os traumas e remorsos dessa transição. Também destaca como três crianças que cresceram com os mesmos pais e enfrentaram o mesmo luto são tão diferentes em objetivos profissionais, personalidade, ambições e sonhos, e também nas lacunas deixadas por esse luto.
A narrativa revela que muitos dos problemas poderiam ser resolvidos com diálogos e, muitas vezes, evitados. No entanto, apenas o leitor percebe isso, pois a autora habilmente nos coloca na mente de cada personagem, proporcionando uma imersão nos pensamentos e, mais importante, nos sentimentos de cada um. Isso cria uma atmosfera mágica, sem sombra de dúvida.
Embora o livro não tenha um enredo tradicional, é extremamente agradável de ler. A autora cuida para ser detalhista em relação à ambientação, sentimentos e acontecimentos do passado, isso possibilita que mesmo sendo um livro pra crianças e adolescentes, pois a faixa etária é acima de 13 anos, ele nos permite tirar algumas interpretações e sacadas, como depressão, dependência emocional e etc, tornando-o um livro que pode não ser fácil para os leitores que preferem diálogos diretos. Em resumo, é um livro de cinco estrelas que supera as expectativas propostas.
Mensões honrosas para Robin e seus pais, que formam uma família muito LINDA. Também para Cece, Bridie e Wendy, que me cativaram muito. Por último, mas não menos importante, a velha safada da Astride kkkk. Eu amei essa encrenqueira.