Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Mari 02/07/2020

Obra Prima que detestei
Não se pode negar a obra prima que é esse livro

Detestei a violência, a forma como a maldade é representada, a indiferença do personagem principal, detestei por ser tão real
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Lucas.Domingos 09/07/2021

TUDO MUITO REAL E IRREAL AO MESMO TEMPO
Claro que a gente se assusta um pouco lendo, mas isso não é o que acontece em muitos lugares, infelizmente? As leituras podem ser tão sensacionais - e algumas muito mais como esta, por exemplo- porque elas têm o poder de nos tirar da zona de conforto e trazer reflexões sobre assuntos tão tangíveis e importantes para nossa sociedade.
A retratação de muitas sociedades - inclusive a nossa, infelizmente- nos deixa com aquele ar de "nossa, tudo parece tão perto do que a gente vivencia hoje em dia" ou "caraca será que eu já tive algum pensamento desse tipo?".
A leitura deste livro é totalmente válida , ainda mais se você for coma mente aberta para dialogar com as críticas que aparecem no decorrer da história e, sobretudo, reavaliar alguns conceitos e regras moralmente válidas que muitas vezem passam despercebidas.
O "entender" tudo aqui não é ler todas as palavras, mas sim dialogar com todo o universo criado e apresentado por elas.
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Livrendo 24/07/2023

AMEI DEMAIS.
O adolescente Alex e sua gangue de “druguis” estão tão à parte da sociedade britânica que se comunicam por um idioma quase totalmente diferente batizado de nadsat, reflexo da formação de Burgess como linguista, e influenciada pelas gírias russo-inglesas da época. Alex não só pensa e se comunica neste vocabulário bizarro, como também narra toda a história em primeira pessoa, o que, apesar de fazer maravilhas pela ambientação, torna a leitura mais lenta e até impossível sem a ajuda do dicionário de termos ao fim do livro. Além de todas as palavras inventadas, Laranja Mecânica tem uma quantidade quase desesperadora de “tipo assim” e outras gírias com que estamos mais acostumados, dando-nos a sensação real de estarmos ouvindo um adolescente de vocabulário viciado durante quase duzentas páginas.

Contrabalanceando todo o caos e horror causado pela gangue de Alex, ele próprio apresenta um nível de cultura e refinamento muito elevado para qualquer garoto de quinze anos. Grande fã de música clássica, sobretudo Beethoven, o garoto manipula facilmente os próprios pais, atuando como o filho educado e cuidadoso que não se sente muito bem para ir para a escola esta manhã, mamãe. Ao mesmo tempo, ele exerce um controle ditatorial sobre os outros jovens de sua gangue, fazendo de sua palavra lei.
Ele talvez conseguisse manipular o leitor também, se todas as cenas de roubos, agressões e estupros em Laranja Mecânica não fossem descritas com tamanho detalhamento. Alex assume o trabalho de narrador com tanta intimidade que ele compartilha com você sem medo qualquer um de seus pensamentos, não te poupando detalhes, ainda que uma coisa sempre lhe falte: motivo. Não há motivo, raiva ou negligência que sequer comecem a justificar o comportamento horrorshow e ultraviolento de Alex. É absolutamente gratuito, não há outra emoção além da sede de poder, do sentimento de superioridade, da adrenalina ou do efeito das drogas que ele, como um bom menino, dissolve em leite em seu bar favorito. Enquanto estupra pré-adolescentes drogadas, espanca um mendigo até a quase morte ou entra em brigas armadas com as gangues rivais, Alex se sente invencível.

É justamente esta sensação de invencibilidade que causa a decadência do reino de violência do garoto: abandonado pela própria gangue em uma aventura que não vai exatamente como o planejado, Alex descobre que as consequências de seus atos vão muito além de uma bronca ou uma ida rápida ao reformatório. Aos quinze anos de idade, ele vai preso, e na prisão ele entra em contato com a inovadora Técnica Ludovico, que todos nós já conhecemos tão bem pela adaptação cinematográfica de Stanley Kubrick.

Em uma sociedade onde a ultraviolência é perfeitamente normal e até esperada dos adolescentes, tamanha a distopia que Laranja Mecânica representa, Alex é submetido a um condicionamento que o torna fisicamente incapaz de sequer estar próximo de qualquer insinuação de agressividade. Em consequência, ouvir sua música favorita causa nele o mesmo efeito. Alex se vê livre, porém forçado a tornar-se um jovem como eu e você, em um mundo onde nem eu e nem você sobreviveríamos. Apenas com o protagonista fragilizado desta forma é que nós descobrimos que a violência não é algo esperado apenas dos jovens druguis. Alex torna-se vítima de velhinhos raivosos e policiais abusivos, e a única pessoa que lhe demonstra compaixão é uma de suas antigas vítimas, que não o reconhece. O escritor F. Alexander, que trabalhava no manuscrito intitulado Laranja Mecânica na época em que sua casa foi invadida pela gangue, vê em Alex uma oportunidade de criticar efetivamente o sistema político atual, que força jovens saudáveis a experimentos ainda não testados e os condiciona como animais. Aos poucos, nós descobrimos que os revoltados de Alexander são tão cruéis e vingativos quanto o próprio garoto, ainda que neles exista, também, um novo tipo de violência, além de toda a crítica sobre a intervenção do Estado e a liberdade pessoal.Resenhando o livro eu tive uma opinião totalmente diferente de quando o li, e devo dizer que hoje em dia gosto de Laranja Mecânica muito mais. É difícil termos uma dimensão do quão distópico e terrível é a Inglaterra ficcional de Burgess logo de cara. Estamos tão aterrorizados com nosso anfitrião que não damos a devida atenção ao fato de que mesmo o prédio de alta-classe em que seus pais moram está absolutamente depredado em todas as áreas sociais, ou ao fato de que seus pais pouco se importam se ele está preso, vivo ou morto. Alex é, de fato, um narrador tão impecável que nós não conseguimos prestar atenção em mais nada além dele. Para Anthony Burgess, o futuro é um ambiente bestial e hostil, em que a sobrevivência vem com um alto preço e ninguém tem a menor ideia de como a sociedade conseguiu evoluir até aqui.

Desnecessário dizer que o livro sofreu intensa censura e repressão em vários países desde o momento de sua publicação, tanto pela brutalidade da narrativa explícita quanto pela ideia que era desenvolvida por trás. O capítulo final, a grande cereja do bolo, foi omitida das edições americanas por anos, numa tentativa pouco eficiente de dar ao leitor um falso senso de justiça – cuja inexistência é apontada em cada ato de violência de cada um dos personagens. O próprio Kubrick baseou-se neste final incompleto para o seu clássico do cinema, comprometendo toda a ideia da história original, e daí justificando-se a insatisfação do autor com a adaptação.O final do livro se revolve em uma inesperada metanoia, ou seja, uma intensa transformação de espírito e de caráter por parte do protagonista. É o próprio Alex que nos escancara a terrível e inevitável natureza de seu mundo com uma frieza que apenas ele seria capaz: discutindo conosco com consciência e tranquilidade sua realização de que nem mesmo ele será capaz de lutar contra o tempo e a natureza doentia das pessoas. Já com dezoito anos, ele passa a caminhar para a posição inevitável de vítima. Chances são que seus filhos, e a sociedade como um todo, tornem-se ainda mais violentos do que em seus anos de juventude. O tempo passa, o mundo gira, e um alfa envelhecido está fadado a ser dilacerado por um jovem cheio de energia, sem que nada possa ser feito a respeito. E que assim seja, ou, como vosso jovem Alex diria, e aquela kal total.

site: https://www.instagram.com/livrendo.tudo/
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Ana Valente 13/07/2021

Um livro que me deu um misto enorme de sentimentos, desde repulsa até uma certa maneira de entendimento e carinho pelo personagem. A linguagem no começo é um tanto quanto estranha, pois decidi não ler o glossário, mas você se acostuma tão rapidamente que é incrível como nos adaptamos com isso.
O que me fez tirar algumas estrelas, foi a maneira que me senti com a violência toda que tem neste livro, eu me sentia mal e era obrigada a parar de ler e entendo que era como o autor queria que o leitor se sentisse, mas me afetou demais e não consegui parar de deixar de pensar nisso. E o segundo ponto é que fiquei desacreditada com o final, não imaginei que seria aquilo que aconteceria e me senti uma palhaça e sinceramente não gostei.
Apesar disso é um ótimo livro e fácil de imaginar que isso infelizmente, poderia acontecer nos dias atuais.
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Márcia 14/01/2012

Leia se puder
Acabo de mudar a classificação do livro de “bom” para “regular” pois decidi resgatar o histórico de leitura e lembrei do quanto esse livro é maçante, a despeito da sensação de “bom” que o final passa.

Desde o início, o livro é parecido com um diagrama, um quebra-cabeças, que o leitor é obrigado a se virar para montar caso queira continuar com a leitura. Não há conexão com os personagens porque não há enredo. Não há conexão com o autor porque a narrativa é fria e distante – além da presença daquele dialeto estranho, que, criativo o quanto seja, apenas me irritou. A originalidade desse autor apenas resultou num livro sem história, que pode até ser recheado de conteúdo e simbolismos, mas que não deixa de ser um livro sem história – um peso de papel.

Anthony, no entanto, é inteligente, e por mais chata que seja sua narrativa, de alguma forma o livro não é daqueles que se joga de lado sem culpa. Há algo de interessante no personagem principal, Alex – que consegue despertar até mesmo meu afeto -, e em todo o sistema que o autor cria com o projeto Laranja Mecânica. O fato de os personagens, em dado momento, se interligarem de forma a culminar no fim que a história tem também é interessante. Assim como também a questão que o personagem levanta: o que é o mal e o bem? As pessoas tem o direito de serem más e fazer o que quiserem? E as pessoas boas tem o direito de tirar a maldade das pessoas más porque elas incomodam? Será que o mal nasce com a pessoa?

É um confronto interessantíssimo entre o direito humano de escolher seu próprio caminho, de exercer seu livre arbítrio e o direito do Estado de controlar as ações de cidadãos marginais da sociedade. O projeto Laranja Mecânica visa exterminar a capacidade de criminosos de “praticar o mal” e a violência, a capacidade sequer de pensar em alguma atitude ofensiva, mesmo que como mecanismo de defesa. Alex é o escolhido do governo como cobaia do projeto e as conseqüências são desastrosas.

Até que ponto essa atitude do estado é legítima? Teria valor um comportamento padrão de “bom samaritano” induzido pela dor de não ter outra escolha? E até onde esse projeto se limitaria aos criminosos – às pessoas “más”? Não seria muito simples, em dado momento de dificuldades, possuir o poder de transformar a população de nações inteiras em espécies de robôs sem capacidade de escolhas, de decisão ou sensatez?

Viu? A discussão é interessantíssima, mas o livro é chato. Leia se puder.
Afonseca 05/11/2012minha estante
Não sei, Márcia... acho os livros da Ane Rice fluentes, pouco maçantes e de narrativa nada chata. Ainda assim, resenhas sobre essas obras seriam bem curtas, porque além da história (do enredo) há bem pouco. São livros legais que não dizem nada, nem agora nem daqui a anos quando os relermos. Se um dia você reler Laranja Mecânica, talvez até continue não gostando da narrativa, mas vai sempre te colocar algum tema para uma discussão interessantíssima, nem que seja contigo mesma. Essa é a experiência que tenho com as grandes obras. Não é regra e nem sei se com todos acontece o mesmo. Mas já me rendi várias vezes a obras que um dia detestei com todos os argumentos possíveis. Abração.


Amadeu.Paes 03/06/2013minha estante
Eu terminei de ler o livro e fiquei assim: Os temas levantados são interessantes, mas o livro como literatura deixa muito a desejar.

Eu o classifiquei com 3 estrelas. Eu não quis dar uma de "cult", dizendo que o autor retrata uma juventude agressiva, devido a repressão social causada pelo estado e etc, etc.

Acho que você relatou bem o que este livro é e a sua importância:

Uma história desconexa como a juventude sem esperança com simbolismos perturbadores.





Elizabeth 15/08/2022

Tipo assim, muito horrorshow
Tentei ler esse livro na adolescência e não consegui. Alguns anos depois estou aqui concluindo essa leitura fantástica. Acho que a experiência é tão incrível devido a linguagem que o autor construiu para o livro. Parece que estamos lendo algo escrito "tipo assim", de fato por um adolescente. Apesar das brutalidades que constam no livro, a história é incrível. Ver o Alex amadurecer no final é o desfecho perfeito.
Amei, ó meus irmãos! Tipo assim, muito horrorshow haha ? e aquela kal total.
Bruno 29/08/2022minha estante
pior que da vontade de sair falando assim kkkk




g4b5 07/04/2021

acho que no momento não consigo fazer uma análise muito detalhada da história porque ainda preciso absorver tudo o que li, porém TUDO me surpreendeu demais. a escrita do autor é de certa forma instigante e me prendeu totalmente na história.
a narração do Alex é incrível e apesar da linguagem difícil, lá pelo segundo capítulo já consegui me acostumar e tudo correu com muita fluidez. em muitas resenhas vi pessoas dizendo o quanto ele é cativante e etc, mas só consegui me apegar à ele no final do livro (que aliás, imaginei de uma forma completamente diferente, mas me agradou muito). acompanhar todo o amadurecimento dele e ver tudo o que ele sofreu, apesar de ter feito pessoas sofrerem, em alguns momentos chegou até a ser desconfortável de ler.
mas enfim, nunca havia entendido o conceito de "laranja mecânica" e agora finalmente lendo o livro, consigo interpretar a expressão como um tipo de metáfora para o próprio Alex, que na roupa laranja da prisão, foi transformado em uma máquina do estado, que tirou qualquer tipo de chance de escolha dele; o estado tirar a humanidade de um ser e se gabar por isso, demonstra apenas sua capacidade de opressão (mais ou menos uma das melhores passagens do livro). gostei muito da crítica que o livro faz: a sociedade sofrendo nas mãos das
gangues de ruas e criminosos, e o governo, em uma "tentativa" de dar falsa sensação de dever cumprido, joga eles na prisão, onde são descartados e amontoados como lixo e, ao invés de tratarem do problema pela raiz, tentam transformar pessoas em operários do estado e "cidadaos de bem", enquanto criam uma polícia cada vez mais opressora e agressiva.
não tenho mais palavras para falar sobre, Ó, irmãos então é isso, fiquem bem meus druguis e não se metam com qualquer kal por aí nessa jizna.
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Tatta 29/06/2021

alex = a lex = contra lei
talvez seja até meio batido comentar de laranja mecânica hoje em dia. o livro, menos famoso que o filme, talvez seja um dos sci-fis mais conhecidos de todos. a linguagem do autor também é uma marca registrada, bem como a ultraviolência.

então, porque ler esse livro? pelo debate. a pergunta que Burgess propõe é tão essencial que ficou sem resposta até hoje. o que é melhor: um homem bom por obrigação ou um mau por livre arbítrio? sinceramente, odeio hipócritas...
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Nick 04/11/2020

Demorei um mileniu para terminar esse livro, até metade do livro é um saco para acostumar com o dialeto que autor apresenta, a mas logo que passa dos 50% do livro(lido no Kindle), nossa senhor outro livro, aí o livro começa a fluir mesmo e quando chega nos finalmente da uma leve decaída, enfim não curti muito o livro achei chato boa parte do tempo.
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Natália 14/05/2023

Uma obra prima
Laranja mecânica é aquele livro que a primeira impressão é estranho pela quantidade de gírias diferentes ao nosso cotidiano, contudo após poucas páginas de leitura me perdi querendo saber mais sobre nosso protagonista Alex.
Li realmente muito rápido pois está obra prima da leitura faz você se envolver na narrativa e torcer e odiar o protagonista.
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Pedro Monteiro 21/04/2020

Incomum
Sim, um livro totalmente incomum dos que já li e de todos os outros. A linguagem misturada com a história em si me mostrou que no decorrer do livro eu me surpreendi sim com o que poderia acontecer. A forma como tudo aconteceu, o personagem e a mensagem que o livro trás é muito importante para a visão de mundo que precisamos ter hoje em dia.
Cleuzita 03/05/2020minha estante
Esse livro me deixou chocada, um misto de repugnância e interesse de ver onde o autor me levaria... gostei da leitura, mas não quero reler.
=)




carolziiiiiiiiiii 07/02/2022

?Então, o que é que vai ser hein??
QUE LIVRO FASCINANTE!!!!! Diferente de qualquer coisa que eu já li, todo aquele estranhamento no começo por causa do vocabulário nadsat me deixou muito curiosa e querendo continuar a leitura e fluindo muito bem (no final do livro já tava até decorado umas palavras aqui e ali).

Detalhe: Você começa a ficar muito pensativo da parte dois em diante do livro e você termina o livro mais pensativo ainda! Valeu demais o meu tempo essa leitura, inclusive agora quero sempre comentar sobre.

Tem muitos gatilhos então importante ficar atento pra quem for sensível com essas coisas mas tirando isso recomendo 100%!!!!!
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Giu. 18/08/2021

Horrorshow
Gostei bastante da linguagem única que é usada nesse livro, tem seu charme, apesar de eu ter demorado um pouco para acostumar com o Nadsat. Para novos leitores, já tenham ciência que o livro pode ser um pouco frustrante no começo, por conta dessa linguagem e cenas de "ultraviolência".

Estava com as expectativas muito altas para essa obra, e não acho que gostei tanto quanto achei que iria gostar, já vi compararem com "1984" e não acho que foi tudo oque o livro do Orwell foi.

O livro tem sim suas críticas muito boas e sua trama traz uma reflexão importante sobre as relações de liberdade e segurança, mas não achei que teve um desfecho satisfatório e não espere gostar de nenhum personagem, mas é sim uma ótima distopia e recomendo a leitura.
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