Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Katia.Caja 09/02/2012

Simplesmente detestei o livro. É um ode à brutalidade masculina adolescente justificando-a com o falso pretexto de "era apenas imaturidade".
O personagem principal é extremamente violento, mas não há nenhuma justificativa para a sua maldade sem limites: nenhuma história por trás, nenhuma explicação de onde saíram todas aquelas atitudes condenáveis.
Quando ele é preso e, depois, submetido a um experimento para torná-lo uma pessoa decente, o autor condena tal experimento com o argumento ("cristão") de que o livre-arbítrio do personagem está sendo retirado - e um ladrão estuprador é superior a alguém que não teve escolha a não ser a honestidade. Será? Talvez. O objetivo do livro era provar que sim, mas a mim não convenceu. Mesmo tentando fazer o personagem engraçado, colocando ele como vítima de violência policial e traição, além de abandono dos pais, para que nós nos apegassemos ao "coitadinho", o autor não conseguiu me fazer simpatizar ou torcer para um personagem que, sem qualquer justificativa, cometia violência tão extrema, por hobbie.
No meio do livro é que acontece a cena mais imperdoável. O protagonista, após obter a "cura" para sua perversidade, é espancado e reage de maneira caricatural, "lambendo as botas" do seu agressor. Nessa parte a gente deve se questionar se é saudável retirar toda a agressividade de uma pessoa, chegando ao ponto de impedí-la da auto-defesa legítima. Afinal, alguma agressividade seria natural e até saudável. Mas logo após, ao personagem é mostrada uma mulher belíssima e semi-nua, despertando no personagem um instinto de estupro e agressão. Ele reage de maneira cortês e cavalheiresca, dando a entender que o estupro é um instinto natural masculino, e tratar uma mulher razoavelmente, uma mostra de domesticação patética e indesejável. O autor coloca no mesmo patamar lamber as botas de quem o espancou, e tratar cortesmente uma mulher que lhe provocou desejo. Absurdo!
No final do livro, o protagonista se emancipa, por si mesmo, da vida "ultraviolenta" resolvendo casar e ter filhos, um final burguês e medíocre digno de novela da globo. É um final moralizante no sentido de mostrar que o certo é escolher pelo bem por si mesmo, e não por meio de coação. Mas a explicação para essa mudança de atitude é simplesmente "cresci, envelheci"? Bem insuficiente.
Todos nascemos dotados de instintos de alimentação, reprodução, auto-proteção, etc. Se dermos vazão a esses instintos de maneira irrestrita, satisfazendo a eles sem qualquer consideração pelo próximo, a civilização é impossível. Por isso, somos aculturados de modo a nos conformarmos em não suprirmos todas as nossas demandas. Mas, nos homens, os instintos de agressividade não são tão reprimidos quanto na mulher. Os video-games violentos, os desenhos animados violentos, os filmes de terror de ação, a pornografia violenta, tudo isso é bem-visto se for consumido por rapazes, mas não se dá o mesmo com as moças. A elas só se dá de distração o que há de mais inofensivo: bebês, casinha, comidinha, rosa. E tudo o que um garoto possa fazer de errado, é perdoado com o falso-pretexto de "mas ele é moleque, moleque é assim mesmo"... é assim mesmo porque nasceu destinado a ser assim mesmo, ou é assim mesmo por causa da permissividade com a qual esses comportamentos são encarados?
Laranja mecânica é uma maneira ultra-sofisticada de dizer moleque é assim mesmo.
Está tudo perdoado, assim que o cara cresce um pouco e forma uma família burguesa tradicional. As vidas das estupradas que ele arruinou? Não vem ao caso.
Aliás, falando em vida arruinada, pobre diabo o Alexander. Teve a mulher estuprada e morta por 4 homens diante de seus olhos, além de sua obra literária destruída. Depois acolheu com todo o carinho o estuprador: lhe deu banho, comida, bebida, carinho, cama, e quando descobre sua verdadeira identidade, o governo o afasta da possibilidade de vingança. Nunca senti tanta pena de um personagem.
Enfim, só não dou a pior nota para o livro pelo grande mérito que ele tem em termos de uso da linguagem.
Katia.Caja 09/02/2012minha estante
Mérito do livro: caricaturar a esquerda, mostrando como ela NÃO se compadece dos que sofrem, e sim, quer usar os que sofrem para ameaçar o poder estabelecido - e tomar o poder pessoalmente =)


Lucas 16/04/2013minha estante
Concordo com vc em varios aspectos. O livro não me agradou muito, não me afeiçoei ao Alex. Mas acho q o autor quis dizer da impunidade que acontece atualmente, de criminosos que cometem brutalidades e escapam ilesos. O livro me fez pensar. Não gostei dele todo, mas de fato, atrás de uma bondade do homem, pode haver uma grande perversidade.


Aymee2 12/08/2015minha estante
Quero casar com sua resenha.Resumiu tudo que penso sobre Alex
Obrigada, me poupou tempo e gastos médicos com úlceras (que provavelmente eu teria se eu lesse esse livro por completo)
Cogitei começar a leitura pra ver se encontraria algo diferente do filme, mas já vi que não vai ter nada de novo.


Del 13/09/2016minha estante
Já estava me sentindo um malenk bizumni por não ter achado o Alex horrorshow. Concordo demais com a sua resenha e não vejo sentido algum em querer entender e aceitar toda a violência de alguém pelo fato do Estado ter "errado" na forma de "reabilitar" essa pessoa. Não consegui gostar nem um pouco do Alex.




Samael 24/01/2021

Livro muito horrorshow
Laranja Mecânica é um livro de distopia publicado em 1962, de autoria de Anthony Burgess, um escritor inglês que conseguiu condensar de forma dinâmica as experiências de vida. Digo isso porque, considerando sua trajetória, o autor era um crítico mordaz, um compositor amante da música e uma soldado que serviu por um algum tempo no exército britânico. Experiências essas que de materializam nos eventos que desenrolam ao longo do livro.

A obra conta a história de Alex - um jovem que; apesar de adorar sexo, drogas, violência; é um admirador de música e um rapaz muito esperto. Na história, Alex é alguém acostumado a sair com seus amigos todas as noites para cometer as mais diversas barbaridades; até que ocorre eventos críticos que levam à sua prisão. Na prisão, após dois anos, ele é encaminhado para um programa corretivo que, no final das contas, se revela um mecanismo desumanizador que retira a capacidade de livre-arbítrio do indivíduo em prol da não violência. Nesse percurso, vê-se que diversos temas são tratados, tais quais: Maioridade penal, liberdade e afirmação do indivíduo e uso do behaviorismo - abordagem psicológica que crescia cada vez mais na época. No mais, o livro tem um desfecho como qualquer outro livro de distopia, sem reais mudanças, servindo, em último caso, como uma crítico aos Estados autoritários da época.

Sobre a escrita do autor, acho interessante ressaltar que, apesar dele criar diversos neologismos, a leitura não fica difícil. É algo bem dinâmico e fluído, além de ser uma narrativa que te prende do início ao fim.
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Patty 19/04/2020

É ok.
Reconheço que quase desisti do livro por diversas vezes. Apenas na metade, o livro começou a ficar mais interessante e me ?prendeu?. A história é boa mas não foi das minhas melhores leituras.
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Magda14 21/04/2020

No começo eu tinha raiva do Alex, depois eu senti pena; e, por último, percebi que ele era apenas uma criança que se recusava a crescer. No fim, até achei que tudo aquilo pelo qual ele passou, apesar de brutal, foi necessário para o seu desenvolvimento e amadurecimento. Gostei da crítica que o Burgees faz aos regimes totalitários e ao determinismo.
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Romulo 15/12/2021

Leiam a obra mesmo com dificuldades meus druguis.
Bem, enfim consegui ler o livro por sinal um trabalho sensacional que dispensa comentários. Foi a minha terceira tentativa de leitura a primeira foi a uns 7 anos atrás. Livro tem 21 capítulos alusão a "maioridade" do Alex, divididos igualmente em 3 partes. Resolvi ler 3 capítulos por dia pois o inicio é pesado.
O livro trata de forma muito reflexiva o livre arbitrio ou a capacidade de autodeterminacao do ser humano.
O autor Anthony Burgessz uso muito bem feito de duas técnicas na escrita o Fluxo de Consciência e o Estranhamento Literário por isso o emprego da linguagem nadsat.
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Amanda 22/02/2022

Gostei bastante de ler o livro "Laranja Mecânica". Achei a leitura meio difícil no início por causa de tantas gírias, mas depois flui bem. Mesmo assim eu prefiro o filme de Stanley Kubrick.
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Gilberto Alves 15/04/2020

Alex, seu desgraçado.
Saiba que não torci por vc.
Mas o livro é ótimo. Os primeiros capítulos são puxados, pois você se sente totalmente perdido no vocabulário que já te pega de sopetão.
Depois que terminei de ler, li novamente o 1º e 2º capítulo, e a experiência já foi outra totalmente diferente.
Acho que se lesse todo o livro novamente, seria muito mais interessante ainda.
É um livro diferente, daqueles que te fazem pensar e por em questionamento os seus conceitos éticos.
Devo torcer pra ele se foder? Devo ficar com pena?
Não sei.. Mas gostei muito do livro.
A quem achar difícil no começo, de uma chance ao livro. O autor fez de propósito, fez pra realmente fazer o leitor se sentir desconfortável, e no decorrer dos capítulos, é natural que você vá fazendo parte do mundo de Alex e seus drugs.
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Helo 18/06/2020

que livro sensacional..
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Emi 28/08/2020

Deus quer a bondade ou a escolha da bondade? Um homem que escolhe ser mau talvez seja, de algum modo, melhor do que um homem a quem o bem foi imposto?
Ó meus irmãos, no início eu fiquei perdida em meio ao vocabulário nadsat que o narrador usa, a leitura estava demorando muito, pois tinha que consultar o glossário umas 3x por linha, mas no meio já nem precisei mais. É um livro muito envolvente e horrorshow, que permite a reflexão sobre autonomia da vontade e controle do Estado.
"A virtude vem de nós mesmos. É uma escolha que só a nós pertence. Quando um homem perde a capacidade de escolher, deixa de ser homem."
Bibs 28/08/2020minha estante
kkkkkkkk ameii


Emi 28/08/2020minha estante
aii tu tem que lerrrr


Bernardo.Bastianello 30/08/2020minha estante
Que resenha foi essa Brasil? Da pau em muito articulista essa Eme


Emi 31/08/2020minha estante
KKKKKKK eu nem sei como faz, mas tamo aí




Tuts 05/04/2021

Reflexões Morais
Um livro a primeira vista difícil de ler,por conta do dialeto utilizado aqui,recomendo ler o Glossário no início do livro. É uma mescla de distopia,sci-fi e terror psicológico. A história é muito bem escrita e bem desenvolvida,o personagem do Alex é super bem explorado e o enredo da história em si é muito boa.

Mas o livro traz uma reflexão muito forte : podemos manipular as pessoas,para que ajam como máquinas e assim impedindo a maldade ? Liberdade ou Controle para evitar violência?
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Fellipe.Paiao 07/06/2020

O autor utiliza de um dialeto criado por ele para esse mundo distopico com a intenção de causar uma sensação de estranheza no leitor, e conseguiu! A trama é cheia de violência e o enredo muito bom, o assustador aqui é o quão perto isso pode ser de nossa realidade.
Yasmin.Latchuc 07/06/2020minha estante
O melhor desses livros distópicos é a sensação de medo ao pensar que podemos chegar nessa realidade facilmente.




Ari 16/04/2023

?pode não ser bom ser bom. ser bom pode ser horrível.?
O tipo de livro que te instiga a ir além na análise, e a sensação é de bater com a cabeça no fundo da piscina. como a história é toda contada através da visão deturpada do Nosso Humilde Narrador, o autor não entrega de mãos beijadas a reflexão maior sobre a violência e os limites da interferência do estado, muito pelo contrário, ele te entrega tão somente questionamentos sobre a temática, e o que nos resta ao final do livro é colocar a gúliver pra pensar, Ó, meus irmãos.
se de um lado temos um estado coercivo, violento e autoritário, do outro temos a oposição política capaz de induzir o indivíduo ao suicídio em nome da visão ideológica.
já no campo individual, o leitor se depara com questões ainda mais profundas acerca da bondade e da violência humana. onde reside o mau e o bem humano? o limite entre um e outro se encontra na escolha, ou na inexistência de pensamentos voltados à violência? sendo a classe policial composta de tipos tão violentos quanto os marginais de rua, quem regula o limite aceitável para a violência estatal? em oposição a isso, é aceitável colocar em risco a vida de outrém como forma de, justamente, manifestar-se contra a agressão performada pelo estado?
o que fica como certeza, é que a violência nos é muito mais presente do que o tipo escancarado pelas gangues da sociedade distópica de anthony; e essa verdade é difícil de engolir.
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Mauricio101 02/10/2021

Acho que não gostei
Talvez eu tenha criado muita expectativa. Mas não achei nada de mais. No começo dar um pouco de trabalho para entender o vocabulário, depois até que flui legal. Achei uma história meio tosca. E sinceramente, na minha opinião, esse livro não é nem de longe comparável a Admirável mundo novo, 1984 ou Fahrenheit 451.
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Bernard.Barreto 04/03/2020

Verdadeiramente horrorshow!!
Já vi algumas resenhas nas quais as pessoas acabam por botar sua própria sanidade em dúvida, ao simpatizarem com nosso estimado narrador, e acabo tendo de me incluir nessa lista.

No decorrer da obra, não temos como não viver uma relação de amor e ódio com nosso bom e velho drugui. Ele é sádico, mas se mostra humano em vários momentos (não empático em geral, mas sentiente).

Burgess consegue criar o nosso "malvado favorito", iremos odiá-lo quando demonstrar sua inescrupulosidade, sofrer quando o seu martírio for gigante e nos rejubilar em seu momento.

Tenho certeza que todos que o conhecerem sentirão saudades de nosso velho Alex.
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