Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Tomas 22/06/2020

AO VOSSO LEITOR
MARAVILHOSO, apenas. Super atual tratando sobre a violência do Estado exercida. As torturas; um clássico da distopia.
Vale a pena ler, embora muitos digam que o livro apresenta violência , era algo necessário para transmitir a vontade do autor.
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Katia.Caja 09/02/2012

Simplesmente detestei o livro. É um ode à brutalidade masculina adolescente justificando-a com o falso pretexto de "era apenas imaturidade".
O personagem principal é extremamente violento, mas não há nenhuma justificativa para a sua maldade sem limites: nenhuma história por trás, nenhuma explicação de onde saíram todas aquelas atitudes condenáveis.
Quando ele é preso e, depois, submetido a um experimento para torná-lo uma pessoa decente, o autor condena tal experimento com o argumento ("cristão") de que o livre-arbítrio do personagem está sendo retirado - e um ladrão estuprador é superior a alguém que não teve escolha a não ser a honestidade. Será? Talvez. O objetivo do livro era provar que sim, mas a mim não convenceu. Mesmo tentando fazer o personagem engraçado, colocando ele como vítima de violência policial e traição, além de abandono dos pais, para que nós nos apegassemos ao "coitadinho", o autor não conseguiu me fazer simpatizar ou torcer para um personagem que, sem qualquer justificativa, cometia violência tão extrema, por hobbie.
No meio do livro é que acontece a cena mais imperdoável. O protagonista, após obter a "cura" para sua perversidade, é espancado e reage de maneira caricatural, "lambendo as botas" do seu agressor. Nessa parte a gente deve se questionar se é saudável retirar toda a agressividade de uma pessoa, chegando ao ponto de impedí-la da auto-defesa legítima. Afinal, alguma agressividade seria natural e até saudável. Mas logo após, ao personagem é mostrada uma mulher belíssima e semi-nua, despertando no personagem um instinto de estupro e agressão. Ele reage de maneira cortês e cavalheiresca, dando a entender que o estupro é um instinto natural masculino, e tratar uma mulher razoavelmente, uma mostra de domesticação patética e indesejável. O autor coloca no mesmo patamar lamber as botas de quem o espancou, e tratar cortesmente uma mulher que lhe provocou desejo. Absurdo!
No final do livro, o protagonista se emancipa, por si mesmo, da vida "ultraviolenta" resolvendo casar e ter filhos, um final burguês e medíocre digno de novela da globo. É um final moralizante no sentido de mostrar que o certo é escolher pelo bem por si mesmo, e não por meio de coação. Mas a explicação para essa mudança de atitude é simplesmente "cresci, envelheci"? Bem insuficiente.
Todos nascemos dotados de instintos de alimentação, reprodução, auto-proteção, etc. Se dermos vazão a esses instintos de maneira irrestrita, satisfazendo a eles sem qualquer consideração pelo próximo, a civilização é impossível. Por isso, somos aculturados de modo a nos conformarmos em não suprirmos todas as nossas demandas. Mas, nos homens, os instintos de agressividade não são tão reprimidos quanto na mulher. Os video-games violentos, os desenhos animados violentos, os filmes de terror de ação, a pornografia violenta, tudo isso é bem-visto se for consumido por rapazes, mas não se dá o mesmo com as moças. A elas só se dá de distração o que há de mais inofensivo: bebês, casinha, comidinha, rosa. E tudo o que um garoto possa fazer de errado, é perdoado com o falso-pretexto de "mas ele é moleque, moleque é assim mesmo"... é assim mesmo porque nasceu destinado a ser assim mesmo, ou é assim mesmo por causa da permissividade com a qual esses comportamentos são encarados?
Laranja mecânica é uma maneira ultra-sofisticada de dizer moleque é assim mesmo.
Está tudo perdoado, assim que o cara cresce um pouco e forma uma família burguesa tradicional. As vidas das estupradas que ele arruinou? Não vem ao caso.
Aliás, falando em vida arruinada, pobre diabo o Alexander. Teve a mulher estuprada e morta por 4 homens diante de seus olhos, além de sua obra literária destruída. Depois acolheu com todo o carinho o estuprador: lhe deu banho, comida, bebida, carinho, cama, e quando descobre sua verdadeira identidade, o governo o afasta da possibilidade de vingança. Nunca senti tanta pena de um personagem.
Enfim, só não dou a pior nota para o livro pelo grande mérito que ele tem em termos de uso da linguagem.
Katia.Caja 09/02/2012minha estante
Mérito do livro: caricaturar a esquerda, mostrando como ela NÃO se compadece dos que sofrem, e sim, quer usar os que sofrem para ameaçar o poder estabelecido - e tomar o poder pessoalmente =)


Lucas 16/04/2013minha estante
Concordo com vc em varios aspectos. O livro não me agradou muito, não me afeiçoei ao Alex. Mas acho q o autor quis dizer da impunidade que acontece atualmente, de criminosos que cometem brutalidades e escapam ilesos. O livro me fez pensar. Não gostei dele todo, mas de fato, atrás de uma bondade do homem, pode haver uma grande perversidade.


Aymee2 12/08/2015minha estante
Quero casar com sua resenha.Resumiu tudo que penso sobre Alex
Obrigada, me poupou tempo e gastos médicos com úlceras (que provavelmente eu teria se eu lesse esse livro por completo)
Cogitei começar a leitura pra ver se encontraria algo diferente do filme, mas já vi que não vai ter nada de novo.


Del 13/09/2016minha estante
Já estava me sentindo um malenk bizumni por não ter achado o Alex horrorshow. Concordo demais com a sua resenha e não vejo sentido algum em querer entender e aceitar toda a violência de alguém pelo fato do Estado ter "errado" na forma de "reabilitar" essa pessoa. Não consegui gostar nem um pouco do Alex.




the.rohdiva 29/09/2021

Superestimado?
O livro traz um bom questionamento sobre violência, livre arbítrio e poder de escolhas. Basicamente, o protagonista é um jovem chamado Alex. Ele é super violento e tem uma tendência para fazer o mau, junto com seus amigos. Bom, ele acaba preso e tendo que lidar com as consequências do seus crimes. Ele escolhe participar de um experimento que "tira" a tendência maléfica dele, pois faz seu corpo associar isso com dor. O livro traz o questionamento que isso acaba tirando o poder de escolha das pessoas. Particularmente, eu achei o livro superestimado e já li distopias melhores. Não que o livro não seja bom, mas eu fui com muitas expectativas para ler a história e acabou que não foi a melhor história do mundo.
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Daniel Fernando 31/12/2020

Distopia e amadurecimento
Laranja mecânica é uma distopia. Um mundo que a violência entre a juventude chega a níveis extremos ao ponto do governo começar a usar métodos combativos que nos fazem questionar o que é exatamente a moralidade no ser humano.

Acompanhamos a história de Alex, um adolescente líder de gangue cuja a vida é cometer atos criminosos e escutar música clássica(sim, ele tem esse gosto peculiar mesmo) que vai preso e passa por um método de reabilitação que o faz repugnar o que ele fazia.

O livro, apesar de parecer mais uma reflexão sobre os limites do governo ou sobre o que vem a ser o certo e o errado, é mais sobre o amadurecimento e crescimento do personagem, o que me decepcionou um pouco.
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Patty 19/04/2020

É ok.
Reconheço que quase desisti do livro por diversas vezes. Apenas na metade, o livro começou a ficar mais interessante e me ?prendeu?. A história é boa mas não foi das minhas melhores leituras.
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Romulo 15/12/2021

Leiam a obra mesmo com dificuldades meus druguis.
Bem, enfim consegui ler o livro por sinal um trabalho sensacional que dispensa comentários. Foi a minha terceira tentativa de leitura a primeira foi a uns 7 anos atrás. Livro tem 21 capítulos alusão a "maioridade" do Alex, divididos igualmente em 3 partes. Resolvi ler 3 capítulos por dia pois o inicio é pesado.
O livro trata de forma muito reflexiva o livre arbitrio ou a capacidade de autodeterminacao do ser humano.
O autor Anthony Burgessz uso muito bem feito de duas técnicas na escrita o Fluxo de Consciência e o Estranhamento Literário por isso o emprego da linguagem nadsat.
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Magda14 21/04/2020

No começo eu tinha raiva do Alex, depois eu senti pena; e, por último, percebi que ele era apenas uma criança que se recusava a crescer. No fim, até achei que tudo aquilo pelo qual ele passou, apesar de brutal, foi necessário para o seu desenvolvimento e amadurecimento. Gostei da crítica que o Burgees faz aos regimes totalitários e ao determinismo.
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Akemi 23/12/2021

Perturbador
Faz tempo que li então não lembro 100% da história. Achei muito legal a ideia do dicionário próprio, hoje é mais comum de encontrar isso mas esse foi o primeiro livro que eu li que tinha isso. Eu gostei muito da leitura, e entendo porque é basicamente um clássico, o "castigo" trazido na trama foi perturbador, eu gostei de acompanhar na história mas foi pesado, teve um momento que eu comecei a achar um absurdo como se o cara fosse um animal. Enfim, é uma leitura perturbadora mas de um jeito bom
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Jônatas Rafael Garpin 29/10/2021

O livro é narrado em um futuro distópico pelo ponto de vista do Alex, líder de uma gangue de jovens violentos. O personagem é muito cativante independe das atrossidades que ele faz. O livro também possui como destaque uma linguagem chamada Nadsat criada pelo próprio Alex, que ao chegar mais ou menos na metade do livro você já está familiarizado. Durante o livro acompanhamos as noites da gangue que causa pânico onde mora, após um desentendimento do Alex com um de seus colegas, todos fingem perdoar o seu lider e propõem a invasão em uma residência cuja a mesma da errado e ele é deixado para trás pelos seus colegas. Alex não consegue fugir e acaba sendo preso. Um tempo depois ele descobre que o Ministro está procurando cobaias para um tratamento experimental que deixaria um criminoso reabilitado em duas semanas para viver na sociedade incapaz de cometer um ato violento. Na esperança de se ver livre daquele lugar ele troca o resto da sua pena pelo tratamento sendo forçado a diversos experimentos.
??
Laranja mecânica explora questões sociais e políticas intemporais, e reflete sobre temas como a delinquência juvenil, a psiquiatria, o livre arbítrio e a corrupção moral das autoridades.
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Gilberto Alves 15/04/2020

Alex, seu desgraçado.
Saiba que não torci por vc.
Mas o livro é ótimo. Os primeiros capítulos são puxados, pois você se sente totalmente perdido no vocabulário que já te pega de sopetão.
Depois que terminei de ler, li novamente o 1º e 2º capítulo, e a experiência já foi outra totalmente diferente.
Acho que se lesse todo o livro novamente, seria muito mais interessante ainda.
É um livro diferente, daqueles que te fazem pensar e por em questionamento os seus conceitos éticos.
Devo torcer pra ele se foder? Devo ficar com pena?
Não sei.. Mas gostei muito do livro.
A quem achar difícil no começo, de uma chance ao livro. O autor fez de propósito, fez pra realmente fazer o leitor se sentir desconfortável, e no decorrer dos capítulos, é natural que você vá fazendo parte do mundo de Alex e seus drugs.
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Helo 18/06/2020

que livro sensacional..
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Deza Farias 19/07/2021

Um clássico
Li esse livro por causa de um comentário em um meme no facebook. Claro que já tinha visto esse livro por diversas vezes, até ver o comentário nunca tinha sentido vontade de ler.
Comecei a ler e simplesmente amei! No começo tive uma dificuldade de me acostumar a língua criada no livro. Mas depois eu não consegui largar.
O livro é maravilhosamente escrito e espantosamente "pesado". Teve cenas que embrulhou meu estômago.
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Ari 16/04/2023

?pode não ser bom ser bom. ser bom pode ser horrível.?
O tipo de livro que te instiga a ir além na análise, e a sensação é de bater com a cabeça no fundo da piscina. como a história é toda contada através da visão deturpada do Nosso Humilde Narrador, o autor não entrega de mãos beijadas a reflexão maior sobre a violência e os limites da interferência do estado, muito pelo contrário, ele te entrega tão somente questionamentos sobre a temática, e o que nos resta ao final do livro é colocar a gúliver pra pensar, Ó, meus irmãos.
se de um lado temos um estado coercivo, violento e autoritário, do outro temos a oposição política capaz de induzir o indivíduo ao suicídio em nome da visão ideológica.
já no campo individual, o leitor se depara com questões ainda mais profundas acerca da bondade e da violência humana. onde reside o mau e o bem humano? o limite entre um e outro se encontra na escolha, ou na inexistência de pensamentos voltados à violência? sendo a classe policial composta de tipos tão violentos quanto os marginais de rua, quem regula o limite aceitável para a violência estatal? em oposição a isso, é aceitável colocar em risco a vida de outrém como forma de, justamente, manifestar-se contra a agressão performada pelo estado?
o que fica como certeza, é que a violência nos é muito mais presente do que o tipo escancarado pelas gangues da sociedade distópica de anthony; e essa verdade é difícil de engolir.
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Bernard.Barreto 04/03/2020

Verdadeiramente horrorshow!!
Já vi algumas resenhas nas quais as pessoas acabam por botar sua própria sanidade em dúvida, ao simpatizarem com nosso estimado narrador, e acabo tendo de me incluir nessa lista.

No decorrer da obra, não temos como não viver uma relação de amor e ódio com nosso bom e velho drugui. Ele é sádico, mas se mostra humano em vários momentos (não empático em geral, mas sentiente).

Burgess consegue criar o nosso "malvado favorito", iremos odiá-lo quando demonstrar sua inescrupulosidade, sofrer quando o seu martírio for gigante e nos rejubilar em seu momento.

Tenho certeza que todos que o conhecerem sentirão saudades de nosso velho Alex.
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