Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


2105 encontrados | exibindo 271 a 286
19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 |


nicolasramos 24/12/2021

"Laranja Mecânica" não é nem um pouco convencional. E foi exatamente esse aspecto que trabalhou como pivô para transformá-lo num clássico da ficção cientifica, cujo impacto continua vigente mesmo após mais de cinquenta anos de publicação, com menos força, é claro, o que me leva a vislumbrar o quão mordaz ele pode ter soado no passado.

Alex é o retrato vivo de um homem sem propósito, engolido pela sociedade ao seu redor, crescendo imerso em um oceano de selvageria e cólera, reproduzindo atitudes impositórias como uma grande máquina oprimida, sobre a qual paira um sonho platônico de se tornar o opressor. No decorrer das páginas, as camadas projetadas por Anthony Burgess se acumulam de maneira ligeira por sobre a trama e são intensificadas pela linguagem nadsat proporcionada pela criatividade ousada do autor.

O choque proposital do leitor ao se deparar com um dialeto desconhecido é único. No meu caso, odiei com todas as forças o primeiro contato e me senti perdido como um pyahnitsa, mas a verdade é que, a partir do momento em que você passa a se acostumar com o universo e começa a frequenta-lo, tudo fica muito horrorshow.

Por fim, a grande questão que permanece na gulliver ao final da obra é: até que ponto a culpa pelas próprias ações são do Alex e passam a ser do próprio sistema? Uma linha tênue que provavelmente divide opiniões e, além disso, uma prova de quão visionário Burgess foi ao descrever uma sociedade brutal que muito se assemelha a realidade que temos atualmente.
comentários(0)comente



gabrieus 07/01/2022

À princípio, a violência contida no livro - sim, é bem pior que a do filme homônimo dirigido pelo Kubrick - causa espanto, e até revolta. Afinal, pra quê Burgess precisou colocar coisas hediondas como estupro coletivo de crianças de 10 anos??? Essa violência entra em contraposição com o humor contido no livro (sim meus caros! O livro é engraçado, pasmem!), que é resultado da linguagem Shakespeariana que o protagonista, Alex, utiliza, junto com o uso oportuno do Nadsat na construção de setenças inteligentíssimas. Esse choque de emoções é que causa o Horrorshow da coisa toda! Ademais, são levantados ao longo do livro questionamentos sobre o livre arbítrio, sobre a bondade, sobre o sistema jurídico e carcerário muito bons. O que eu entendi, é que a laranja mecânica que o título se refere é uma pessoa que não tem escolha, é obrigada a agir de certa maneira, para ser útil à algo, à alguém, ou o Estado, assim como o Alex depois de passar pela técnica Ludovico. É um livrão. Vai para os favoritos com certeza. Recomendo!
comentários(0)comente



Juliana (Ju/Jubs) 19/03/2023

Um livro horrorshow de verdade. Eu amo a forma que o autor construiu o vocabulário, dá vontade de usar no dia a dia!

Claro que o começo não é nada agradável, principalmente com as descrições tão naturalizadas de violência feitas por um adolescente de 15 anos.

Acontece que Alex é violento, mas também é simpático. Principalmente com o leitor, afinal, ele é o "Vosso Humilde Narrador". E ele tem mesmo a vontade de fazer merda que todo adolescente tem, mas o livro me fez pensar: como querem melhorar ele se tornando ele?

É um livro muito bom para pensar sobre a juventude, sobre o que faz a pessoa ser violenta, se há, de verdade, como corrigir isso, sobre amadurecimento... e toda aquela kal total (não resisti kkkk).
comentários(0)comente



Andre.Breder 27/01/2021

No começo achei meio glupe, mas depois... muito horrorshow!
Ó meus irmãos, Bog bem sabe que no começo achei esse livro muito gréjine, muito gredze... com gírias que só podiam ter sido inventadas por um tcheloveque brétchene com a cabeça cheia de quel. Mas depois que você começa a copetar, a poniar todo esse modo estranho de falar do nadsate que narra esse livro, as coisas ficam horrorshow.

A história é muito violenta, cheia mesmo de violência, e ambientada em um méssito esquecido por Bog. Odiei Alex do começo ao fim. Não fiquei em nenhum momento com pena desse malenque pedaço de quel. Um psicopata nadmenhe, naze e que merecia um final bem ujássine, e não apenas terminar simplesmente odinoque.

Mas o livro é bem interessante, e nos faz pensar acerca de vários temas presentes na nossa vil sociedade atual. Agora estou eu terminando minha humilde resenha desse clássico livro com uma pergunta ainda pairando no ar... "Qual vai ser o programa, hein?"
comentários(0)comente



Thibu 27/09/2020

Magnifico
Livro incrível, demorei um pouco para ler, pq optei por não utilizar o dicionário exclusivo que tem no livro, sim tem dicionário exclusivo, mas valeu cada segundo de leitura !
comentários(0)comente



Amanda Carneiro 02/05/2020

Desafiador
De primeira pensei em desistir da leitura, pela dificuldade de conseguir acompanhar o linguajar de Alex e seus amigos. Mas aceitei o desafio e gostei muito do universo ultraviolento que é retratado. Leitura ideal para começarmos a questionar algumas verdades que temos ou nos foram impostas.
comentários(0)comente



@otiobacca 07/01/2021

Mais uma leitura que foi adiada por anos. Somos apresentados a uma sociedade onde jovens adolescentes, com seus hormônios e impulsos à mil, são atraídos às gangues e atos de violência ou ultraviolência, estupros, roubos, espancamentos, mortes. Dentre esses nadsats acompanhamos Alex e seus druguis, que se comprometem a fazer exatamente o que fazem todos de sua idade naqueles tempos. 

A história é contada com narrativa em primeira pessoa, pelo próprio Alex, cujo dialeto adolescente torna-se um desafio nas primeiras páginas e, nos coloca em um processo de ?lavagem cerebral? de certa forma semelhante ao visto no livro, pois parágrafo após parágrafo o leitor vai absorvendo o dialeto e reduzindo o estranhamento inicial. 

Após uma incursão mal sucedida, Alex é preso e acaba passando por um tratamento experimental e controverso, que tinha a proposta de ?curar? criminosos e torná-los boas pessoas. A técnica Ludovico se mostrou uma solução tão eficaz quanto os caóticos presídios superlotados.

Durante a leitura somos levados a questionar desde a eficácia do sistema prisional à questões que envolvem ser bom ou ruim. A propósito, somos bons ou maus por natureza? Somos livres para fazer o que quisermos? Somos livres para escolher ou somos manipulados? E se retirassem nosso direito de escolha para o bem ou para o mau?

Enfim, não há dúvidas de que quem lê ficará questionando e pensando em toda a história e o que a envolve mesmo após horas ou dias do término. É provável que mesmo causando e vivendo toda ultraviolência, o leitor de apegará a Alex, sentindo seu próprio sangue fugir, sofrer e se divertir com o personagem.

Ao fechar o livro me perguntei: Porque raios não o li antes? É pagar pra ver. Ou melhor, é pagar para videar.
comentários(0)comente



Tamara Campos 27/09/2020

Livro muito bom, mas com certeza muito mais pesado do que o filme. Pra quem se impressiona fácil eu não indico, porque vi pessoas que não ficaram bem com isso.
Para os menos impressionáveis: história muito boa, não é só violência, tem crítica social também. Adorei.
Sobre a edição: uma obra de arte, mas nunca vi uma página tão branca. Li só os extras nela, a história mesmo tive que ler em ebook.
comentários(0)comente



Cheile.Silva 30/05/2020

É preciso "ponear" a linguagem
Li esse livro em um momento anterior que não me apeguei, possivelmente pelo tanto de gírias estranhas, e manti nos meus "não lidos", mas dei uma nova chance, pois amo o filme... E não me arrependi. A leitura foi tão cativante que se esquece o quão horrível o Alex é e as gírias só deixam o livro mais horrorshow. Que livro!
ramslaymer 30/05/2020minha estante
Eu já deixei de começar ele por conta disso também, mas tenho muita vontade de ler! Tá na minha meta de leitura pra 2020, vamo ver se esse ano sai!


Abelita.Azevedo 30/05/2020minha estante
Muito horrorshow drugui!




Diego.Rates 08/05/2021

Uma chocante distopia (Com um copo de leite)
Nesse livro, contado a partir do ponto de vista de Alex, com um dialeto extremamente interessante e desnorteante, vamos sendo apresentados a personagens extremamente perturbados, em uma cidade extremamente violenta.

Acompanhamos a jornada desses jovens arruaceiros, cometendo todo tipo de atrocidade, até o momento de virada desse livro, que é genial, chocante e intenso. Uma excelente história distópica, que nos apresenta bastante reflexão em relação aos tópicos abordados sobre humanidade, moralidade e o papel do estado em tudo isso. Uma obra a frente de seu tempo e essencial para todos os amantes de distopia
comentários(0)comente



Yuri 29/08/2020

HORRORSHOW
Leitura horrorshow, druguis! O livro me deixou fascinado, ó meus irmãos!
O dialeto nadsat traz uma sensação de estranheza, que é a proposta do livro, seguido da reflexão sobre o livre arbítrio. É muito violento. E não sei como explicar a afinidade que se cria com o Vosso Humilde Narrador, Alex.
Favoritei!!!
comentários(0)comente



Lorraine 10/03/2020

Eu gosto bastante de livros de distopia, e com este não foi diferente. O autor nos convida a refletir sobre a sociedade na qual vivemos, sobre o livre arbítrio e a nossa relação com a juventude. O livro consta com a linguagem dos Nadsat criada justamente causar uma sensação de estranheza no leitor, o que pode dificultar um pouco o entendimento da obra.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Henrieth Hasse 25/10/2021

Por ser um clássico....
Tinha lido esse livro há mais de 20 anos e talvez devido a minha idade, achei muito muito muito legal na época. Reli e achei só bom, no máximo irreverente pela ideia, principalmente pela linguagem.
Fiquei bastante incomodada com as cenas de violência gratuita do Alex e não simpatizei com ele em nenhum momento, nem tive pena dele pelo que passou.
Um clássico é isso, em tempos diferentes as interpretações são diferentes.
comentários(0)comente



2105 encontrados | exibindo 271 a 286
19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR