spoiler visualizarKamilla 11/05/2024
Cansativo
Apesar dos pontos negativos de Judas, ainda fiquei interessada para onde seguiria o rumo de Anticristo. Já comecei a ler como receio de que acontecesse os mesmo problemas do anterior, e bom, até piorou.
De novo a questão de 800 páginas, não vejo nenhuma necessidade de tantas, o livro ficou cansativo e a maior parte parecia que não avançava.
A relação do Daemon e Jezebel, pra mim, não melhorou em nada. Ele continuou tratando ela como uma pedra no sapato, e além disso, não conseguiu protegê-la nem na sua própria casa??? Que diabo que Capo é esse? A Jezebel terminou o livro com mais marcas, é uma coitada mesmo. O pior é que ela fica o tempo todo dizendo que não deveria gostar, mas gosta. Minha filha, te preserva!!!
Não gostei nada dessa abordagem de TDI, não fez sentido. É dito que Daemon Alessandro só se diferenciam porque o primeiro tem uma régua moral e o segundo não. Ok, mas o que o Alessandro ganhava vingando a morte da Alessandra?? Ela só era importante pro Daemon, porque seria pra ele? E também, por que ele não mata a Jezebel? Já que ela é a fraqueza de Daemon? Ainda sobre isso, aquela cena da floresta me incomodou muito, a Jezebel achava que era o Daemon, então foi estupro???? Porque depois que ela descobre ela faz questão de mostrar que ela só gosta do Daemon, que o Alessandro é apenas uma parte que não deveria existir.
E a mãe da Jezebel, Jean, que apareceu do nada? Sério, no que agregou tudo isso? Ela não serviu para nada, só veio para tentar dizer que elas são iguais e mostrar que sempre foi um lixo de mãe.
Além de gerar mais raiva em mim por essa abordagem de que fetiche é hereditário. Então só porque a mãe dela é masoquista ela também será?? Fora que o primeiro livro é só violência doméstica, a Jean não apanhava durante o sexo, ela literalmente era espancada em contextos normais, o cara dava murro nela??? Tesão em ser espancada???? Que doideira.
A traição não me surpreendeu muito, até porque o Alessandro matou o irmão dele, né. Fora que fazia todos aqueles pedidos ridículos do Alessandro que colocaria em risco tudo, sem lógica nenhuma.
Não consigo ter raiva da Alessandra, porque ela foi negligenciada e/ou violentada por todos. Pelo próprio pai quando a jogou pros leões porque ela era uma bastarda; pelo bispo imundo do felippo que a violentou onde era para ser um local seguro; pelo irmão, quando não foi resgatá-la no monastério quando tinha condições, apenas porque não queria lidar com as consequências de ter matado a mãe dos dois; e, finalmente, pelo Dario, que não preciso nem dizer, a quebrou de todas as formas possíveis.
Toda essa violência gerou nela um desejo de sair da posição de subjugada para alguém importante, no caso, a mãe do futuro capo da Cosa Nostra. Infelizmente ela acabou por da ao futuro filho o pior pai do mundo, Dario. Que, além de pai do filho dela, é também pai dela. Aí eu quis vomitar, sério.
Não posso deixar de mencionar um dos únicos pontos bons em toda essa loucura, a amizade que surgiu entre Mattia e Jezebel. O homem tratou ela melhor que todas as pessoas que passaram na vida dela desde que ela saiu do convento que ela cresceu, melhor até que o próprio Daemon. Ajudou ela até quando não deveria, apenas porque sentiu que deveria, que ela era importante, que ela merecia um amigo, um irmão em meio ao caos da máfia. Eu só quero dizer que "EU QUERO AQUELE HOMEM", somente ele, perfeito, te amo, Mattias. Ninguém acima dele.
No geral, o livro foi muito cansativo e teve muita enrolação tal qual o primeiro, mas já estou muita envolvida nessa loucura para largar.