É a Ales

É a Ales Jon Fosse




Resenhas - É a Ales


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Marcus 01/06/2024

Leitura difícil
O texto é diferente. Claustrofóbico, cansativo, denso. Intencionalmente confuso. Cheguei até o fim, pq era curto. E me deixou curioso. Mas não indicaria.
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Julia.Thier 29/05/2024

Porque não ir ao Fiorde num barquinho? eu penso
Só tenho a aplaudir Jon Fosse por essa bela obra. A primeira coisa que eu pensei quando já estava próxima a metade do livro foi: "Isso que é um show de literatura de verdade!" e foi bem isso mesmo. Merecidissimo o Nobel pelo conjunto da obra.
É literalmente um passeio pelo Fiorde num barquinho. Uma viagem entre memórias, vida e morte, ausência e presença, e é claro como os relacionamentos familiares e românticos mudam nossa vida. Como lugares nos transformam. Estar com alguém por tanto tempo, se tornar um e ao mesmo tempo nenhum. Ou será que ainda um? Ou mais?
As memórias foram partes específicas que me deixaram emocionada. Cheguei a chorar um pouco na rua. Me senti transportada. É a Ales, é a Ales!

Eu, infelizmente, não pude deixar de notar certa quantidade de comentários desnecessários que acabam por desmerecer o livro. Só tenho a dizer que, se provavelmente você não entendeu o livro, você não conhece, ou nunca leu o gênero teatro do absurdo. Definitivamente, não é uma literatura para todos. Se você conhece o gênero, e sabe que o mesmo consiste nos dialogos repetitivos, sem sentido, e tudo mais, essa literatura é pra você. Viva o teatro do absurdo!
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Renan Alves 26/05/2024

A trilha da espera
Não viver o luto é um luto eterno. Foi a frase que me nasceu no exato segundo em que concluí a leitura dessa hipnótica obra de Jon Fosse, autor premiado com o Nobel de Literatura em 2023.

Já a frase que me fez embarcar na leitura, foi o comentário do The Paris Review, contemplado na contracapa do livro: “Os encantamentos de Fosse são tão indecifráveis quanto as sinfonias de Phlip Glass”.

Curioso com a comparação do meu compositor favorito com o romance de Jon Fosse, parti para uma leitura quase que investigativa, buscando os traços do músico minimalista na narrativa do autor laureado. E não foram necessárias muitas páginas para compreender (ou pelo menos supor) a musicalidade do estilo. Enquanto Glass se utiliza de movimentos que se repetem, encorpando instrumentação, Fosse faz da palavra esse instrumento que se retroalimenta. Uma repetição constante que traz força para o texto e sublinha a sensibilidade do livro.

Em pouco mais de 100 páginas, o autor consegue nos levar por cinco gerações de uma mesma família. E embora os tempos e personagens sejam distintos, tudo parece preso a uma herança narrativa, feito as ondas de um fiorde que sempre vão e sempre voltam. Ou, ainda, como as composições de Glass, num constante ir e vir para construir sua própria evolução.

Uma mulher que espera há mais de 20 anos pelo retorno do seu marido. Assim poderíamos resumir o livro. Mas o que o torna grande é como o autor faz dessa espera um enorme fluxo de consciência, vasculhando os cômodos de sua antiga casa para encontrar algum sentido, tanto na partida do amado quanto na própria vida que resta.

Enfim, um livro melancólico, profundo e carregado de simbolismos, num diálogo com o vazio, com a morte e com a esperança. Acredito que “É a Ales” seja música para os ouvidos daqueles que amam ler entrelinhas.
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carlosmanoelt 25/05/2024

?Só a escuridão.?
?Depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porém sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam, as noites chegam, as noites passam e ela os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça grande diferença?.

O romance de pouco mais de 100 páginas é escrito em fluxo de consciência, sem parágrafos e mudanças de capítulo, de um só fôlego, como se o leitor estivesse dentro da mente de cada personagem. A história também não é linear, antes vai e volta no tempo, alternando passado e presente; muda de voz, ora ouvimos Signe, ora Asle, ora o narrador relembrando a vida de Ales.

A história ? e a prosa onírica de Jon Fosse ? é lírica, dolorosamente triste, intensa e emotiva, mas de uma forma contida, quase gelada. Na linguagem de Fosse há uma necessidade de revelar a mágica perturbadora do que é invisível, mas presente.

Talvez seja sobre isso que os críticos estejam falando quando dizem que Fosse se aproxima de dizer o indizível. Nesse caso o indizível é provavelmente a dor obsessiva do luto, a presença constante dos mortos entre os vivos, através das memórias, dos impactos que causam.
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Ariana Pereira 23/05/2024

Um assombro
Que beleza de fluxo de pensamento. Quase desisti várias vezes, mas as frases vão saltando umas sobre as outras e a gente segue um fluxo, como que arrastado pela história. É uma leitura que desperta sensações!
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Iza 21/05/2024

Lido! 16/2024
Diferente de tudo que costumo ler. Achei um pouco confuso seguir o fluxo da narração, mas no decorrer da história fui me achando. Uma história triste, mas com passagens muito bonitas e marcantes. Acho que, o que mais me incomodou, foi a repetição de pensamentos e frases ao longo do texto.
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Quinho1 11/05/2024

Depois de ter ganhado o Nobel, o autor ao mesmo tempo em que ganha notoriedade, vai também ganhando uma certa antipatia. E realmente a lista com autores que escreviam texto bem complexos e que mereciam ter conquistado o prêmio ficam pulando na cabeça da gente.

Não tenho nada contra a escrita de fluxo de consciência, acho até bem legal, mas o problema é realmente a sensação de você estar indo de um lugar para o mesmo lugar. O autor para fazer isso deve ter muito o que contar, sem a necessidade de estabelecer uma estrutura e desenvolver ela, com subtramas. Aqui o autor vai assentando umas camadas sobre as outras e tudo fica com a aparência, acho que proposital, de ocaso. Gosto do autor, é agradável sua escrita, mas realmente o peso do prêmio Nobel pesa.
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Faluz 09/05/2024

É a Ales - Jon Fosse
Jon Fosse é um autor muito proclamado, e ganhou o Nobel de Literatura em 2023.
Sua escrita se apresenta de uma maneira repetitiva, com pontuação inédita, narradores que se alternam muitas vezes na mesma frase. Entretanto no meio desse caos gerado também pela apresentação inusual do tempo que varia de maneira constante mas não determinada, ele consegue criar uma situação que gera uma expectativa, um desconforto, uma espera também pelo leitor pelo que se desenrola no texto.
Leitura instigante.
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Nathan.Seriano 07/05/2024

Uma conversa com a Tristeza
Uma escrita difícil, porém venceu o Nobel de literatura, então quem sou eu pra julgar não é mesmo? Apenas darei a minha opinião referente ao que funcionou. Não fugirei muito dos comentários gerais, mas como estou nessa onda de escrever resenhas, farei uma sobre “é a Ales” também.

Que livro intenso, achei ele muito sensorial, todas as cenas narradas eu sempre as enxergava com um fundo preto, um tom de melancolia gigante, apesar dos Fiordes serem lindos, toda vez eu os via com aquele fundo negro do mar misturado com a noite, uma ventania constante, um clima triste, um luto gigantesco, tácito, por tantos motivos que são ao mesmo tempo dolorosos, são orbitados por uma confusão das (os) personagens que me deixou maluco em alguns momentos.

Apesar do livro ter um início bem forte e que prende, ao decorrer dele sinto que perdi o fio da meada, fui atrás de algumas coisas a fim de compreender melhor e consegui, mas acredito que deveria ser mais fácil entender isso sem “manual de instruções” (ou eu é que sou lerdinho). O livro começa com Signe, na espera de um marido que saiu há 20 anos para andar de barco e nunca mais voltou, ela está afundada num mar de tristeza, contudo, mantém a esperança de que ele volte, apesar de já entender que ele não voltará.

A narrativa, ocorre por, acredito eu, que fluxo-de-consciência, é algo que você precisa ler com atenção, pois em inúmeros momentos, esse fluxo troca, entre Signe, Asle (que é o marido que foi embora, e Ales que é a trisavó do Asle. Confuso isso né?! Consegue ficar ainda mais, o livro, curtinho, (cerca de 120 págs) acontece atravessando cinco gerações de 1890 até 2002. é maluco demais! e ao mesmo tempo, profundo, tem tudo pra ser raso, mas é de uma magnitude tão grande, e tão eficiente no que se propõe que o torna lindo.

Mas destaco, também, que você precisa estar muito atento quando esse fluxo de consciência transita, porque muitas vezes quando há uma percepção e você não consegue entender onde ou quando mudou, mas como eu disse antes, é lindo. Sabe aquele filme “tudo em todo lugar ao mesmo tempo” eu tenho uma teoria que esse livro é muito isso, eu não acho que a narrativa da história seja linear, acho que tudo acontece de uma vez só, sabe aquelas teorias de viagem temporal? Onde vai lá na frente, volta, e vai e volta, é tipo assistir algo assim, no caso ler.

Acho que a escrita foi a mais difícil justamente pela repetição dos termos “ela falou - ele disse” isso deixou a minha leitura muito truncada no início, mas que fluiu com o tempo, mas ainda assim me deixou confuso e levemente irritado, eu dei 2,5 estrelas justamente por isso, acho que se fosse algo pontuado (o livro não tem pontos finais, apenas vírgulas e pontos de interrogação) ou de certa forma mais linear, teria fluído melhor. Enfim eu gostei muito da história, foi meu primeiro contato com um livro contemporâneo e que venceu o nobel então foi uma experiência enriquecedora, apesar do estranhamento.
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Carlos.Junior 01/05/2024

0/10
?É an Ales? é mais um ?clássico? contemporâneo do ganhador do prêmio Nobel de literatura de 2023. Escrito por Jon Fosse utilizando da mais pura ideia do tédio e do ?nada acontecer? somos abordados com um livro chatíssimo. Sério, eu desisti dos livro 2 vezes antes de conseguir terminar ele e olha que ele só possui 87 páginas. Quando terminei, a sensação que nada me acrescentou foi arrebatadora e única, simplesmente um livro inútil, sua forma de escrita entendida no mais breve dos diálogos, a sensação de nada acontecendo opera em todos o roteiro perpassado pó nosso olhos e a ideia geral é a que, talvez, eu seja muito burro por não entender oque esse senhor da 3º idade norueguês quis passar com sua escritura a não ser uma desconfiança calculista e fria sobre as pessoas a minha cota.

Só continuei porque recebi incentivos da minha linda, perfeita,maravilhosa, cheirosa e linda esposa que leu antes da minha pessoa e conseguiu debater e me explanar alguns conceitos que perdi durante a torturante e tortuosa leitura.
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Bruna.Barreto 26/04/2024

É a Ales
Me senti totalmente transportada para a história do casal Sigme e Asle. A escrita é muito diferente e eu gostei muito.
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lauraborgess 22/04/2024

Ela pensou
Eu gostei bastante da história, diz muito muito luto, dor, amor e família. porém, foi a escrita que estragou o livro pra mim, já não sou muito fã de fluxo de consciência e esse livrou ajudou a ainda mais com a minha animosidade. achei uma grande repetição de ?ela pensou, ele pensou?
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Fernando.Hasil 20/04/2024

Livro do último nobel
Uma escrita dinâmica, praticamente sem pontos finais, que interligam 5 gerações de uma família que sofre pelas contínuas perdas e tragédias, num local extremamente frio e bucólico.
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Alexya. 18/04/2024

Não funcionou para mim?
Imagine você, morando em uma cidadezinha, com uma casa afastada de quase tudo e sua única companhia, seu esposo, sumir!

O livro vencedor do prêmio Nobel de Literatura vem justamente com essa premissa. O livro tem um gênero chamado : fluxo de consciência, ou seja, você não consegue respirar, isso significa que ou você fica em uma leitura continua ou então perde ?o fio da meada?.

A obra tem absolutamente tudo para ser boa, afinal, ganhou um dos maiores prêmios da literatura, mas confesso que para mim, não funcionou!

A leitura se tornou chata, me perdi várias vezes, não ficou claro várias coisas. Posso dizer que o livro é ruim? Certamente, não! Mas comparado a tanta coisa boa que li este ano, ele certamente ficou lá no rabinho da fila, e eu tô sendo muito pretensiosa, tendo em vista que nunca escrevi um livro, porém creio que tenho o mínimo de propriedade ante tantas coisas que já li ao longo da vida.

É a Ales é a consciência de uma família solitária, que precisou lidar com várias tragédias e parece que não sabe mais o que fazer.

Infelizmente para mim não funcionou como esperei, por isso, acho que ele é um 6/10.
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valmir 15/04/2024

É a Ales
" Depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porém sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam, as noites chegam, as noites oassam e ela os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça diferença. "

Um livro peculiar, que tem uma maneira hipnótica, que nos deixa inquietos.
Uma experiência interessante.
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