Aos prantos no mercado

Aos prantos no mercado Michelle Zauner




Resenhas - Aos prantos no mercado


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@limakarla 20/01/2023

?Já não tinha mais uma pessoa inteira do meu lado para dar sentido a mim mesma.?

Muito ouvi falar sobre esse livro no fim do ano passado, fiquei bem curiosa e assim que possível, iniciei a leitura? Eu só não estava preparada para o impacto dessa história na minha vida. Em aos prantos no mercado, acompanhamos a Michelle Zauner nos trazer alguns momentos antes e após a morte da sua mãe, que faleceu ainda nova após um câncer que a devastou.

O que tem de diferente aqui é a forma como somos apresentados ao universo da Michelle e sua relação com a sua mãe, uma coreana que vivia nos EUA com o marido (estadunidense) e a filha. Michelle nos fala sobre como existiu uma rebeldia imensa em sua adolescência, as discussões com seus pais e todas as vezes que os magoou profundamente, mas sempre em busca da própria vida, dos seus próprios caminhos. E é sempre um momento crítico, delicado e conturbado esse afastamento do que sempre foi sua referência de vida.

Aos 20 e poucos anos, Michelle largou tudo para voltar a morar com os pais e cuidar da sua mãe no processo do tratamento do câncer e depois dos cuidados paliativos. Citei no parágrafo anterior que havia um diferencial na narrativa da Michelle e realmente há: tudo o que nos é apresentado sobre a relação das duas, também conversa com a paixão de mãe e filha pela comida coreana. É através dessas comidas que elas perpetuam seu sangue coreano, sua cultura que ficou distante por tantas razões.

A história mescla muitos momentos tristes, engraçados, nostálgicos e que aguçam nossa curiosidade em relação aos alimentos citados. Michelle quase nos dá uma aula sobre alimentação coreana e a riqueza de uma cultura tão diferente da nossa. E assim ela vai trazendo suas memórias e criando uma teia de saber sobre sua relação com a mãe, o luto insuperável e a forma como a comida pode ser um laço afetivo tão forte. Arrebatadoramente apaixonada.
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Carla Verçoza 13/04/2023

Adorei esse livro!
Nessa autobiografia, Michelle conta sobre o luto por sua mãe, um relato emotivo e triste, mas também muito envolvente e escrito de forma bastante agradável.
A relação dela com a comida, uma forma afetiva de se conectar com a mãe e com a cultura coreana, é bem interessante de acompanhar.
Gostei demais e já sinto falta dessa história, agora que terminei a leitura.
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Elisa Ponciano 23/04/2024

Comida é afeto
Só quem teve uma relação um tanto quanto conturbada com a mãe e hoje ela não está mais presente vai entender como mudamos nossa visão dela e como a comida é afeto, memória afetiva pura, apesar dos pesares.
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llammer 17/03/2024

Uma leitura difícil pela crueza de como o luto é exposto. Faz todo o sentido, porque viver um luto é sentir de forma crua, o que dificulta a digestão. O papel emocional e cultural da comida na vida dessa dupla mãe e filha é apresentado de maneira linda, com texturas e nuances, com o aconchego familiar das refeições caseiras.
Revisitando a relação com a sua mãe desde a adolescência, a autora vai dando significado e ressignificando os últimos meses de vida da sua mãe e também colocando a sua própria vida em perspectiva - os arrependimentos, as saudades, a dor, o ciúme, a inveja, o bonito e o feio de se despedir de alguém tão central na sua formação enquanto tudo que ela conhece de si mesma.
É um livro muito agridoce. Precisei de uns intervalos entre um capítulo e outro para tomar uma água, me reorganizar, tentar dissipar o amortecimento no peito que algumas cenas evocam. Gosto de ler sobre perdas, porque acho importante lembrar que, apesar de ser difícil acreditar nisso, não estamos sozinhas na dor. Entretanto, não consigo decidir se gostei muito da escrita e da estrutura do livro, o que justifica a nota.
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Roberta Amaral 21/10/2023

Lindo, delicado, forte e avassalador
Só é não é 5 estrelas pq achei que enrolou muito o final, mas é lindo. Michelle é filha de mãe coreana e pai norte americano, conta como foi a relação com a mãe ao longo da vida até ela começar a entender a mãe, conta muito sobre a importância da comida para as relações afetivas e para encontrar as próprias origens.

Gente, lindo
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Thuise 23/01/2024

O luto vivido e lembrado através da comida
É interessante acompanhar como a culinária liga a personagem às memórias, à sua cultura e à sua mãe. Tenho ascendência japonesa e me identifiquei muito com diversas experiências vividas pela autora e isso me aproximou da história de um jeito até mesmo desconfortável em alguns momentos. Gostei muito de conhecer um pouco mais sobre a cultura coreana através da descrição dos alimentos e dos pratos típicos que a autora gostava de consumir. Recomendo a leitura.
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agnis 03/05/2023

Sensível
Eu sinceramente amei tudo nesse livro. Particularmente não sou uma pessoa que lê biografias, mas quando vi esse livro eu quis ler na hora.
A forma como a Michelle descreve todo o caminho dolorido que ela percorreu com a mãe dela contra o câncer só me fez pensar mais uma vez o quanto a gente não valoriza as pessoas enquanto elas estão aqui com a gente e enquanto elas estão bem, e não importa quantas vezes as pessoas digam "a gente só dá valor quando perde", porque nós só vamos entender realmente quando perdermos mesmo, não adianta, porque é impossível se preparar pra uma perda tão grande, não importa quanto a gente se esforça pra criar boas memórias, eu aposto que depois que perdermos alguém a gente ainda vai continuar pensando "puxa, podia ter feito tanto", mas talvez não pudesse, porque o que importa é que você amou e viveu com essa pessoa o tanto que deveria ter amado e vivido, e tá tudo bem desse jeito.
Me encantei quando percebi o quanto a culinária tem uma importância pra Michelle em relação à mãe dela. É lindo ver como ela se sentia só de fazer um kimchi, porque é o que conecta ela à mãe dela e toda a origem coreana dela. É lindo como ela busca na cultura coreana um pedacinho da mãe dela e que ela se sente bem em conhecer esse pouquinho da mãe dela, esse detalhizinho que talvez nem fosse importante na verdade, mas como isso traz conforto pra ela.
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Lú Ribeiro 18/09/2023

Quanto afeto...
Um livro que fala das nossas memórias afetivas. Cheio de emoções que nos é tão comuns.Sejamos Russos, Americanos ou Sul Coreanos. Um livro sensível.
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biam 21/06/2023

Senti dor física lendo esse livro
Perdi meu pai pro câncer em 2020, éramos melhores amigos, minha metade e o amor que tínhamos me mantinha alinhada com a vida, acompanhei todos os processos, quimioterapia e tudo que pude, foi o pior momento da vida de uma adolescente que tinha o pai como o mundo, se apegar as memórias é tudo que resta, o luto é eterno e a maior prova de amor que se pode ter por alguém.

?Apesar de eu ter empurrado o medo do pior para os cantos mais afastados de minha mente e tentado enterrá-lo com pensamentos positivos, no fundo eu sabia que aqueles poderiam ser os últimos momentos que eu teria com minha mãe, e eu queria aproveitar o tempo que tínhamos juntas enquanto ainda era possível.?
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Giovanna1032 10/12/2023

Esse livro é tão sensível que chega a parecer injusto dar uma nota pra ele, ou até escrever uma resenha. não conhecia a michelle. nunca tinha ouvido falar da japanese breakfast. enquanto lia, me senti folheando as páginas do diário de uma pessoa muito querida e próxima. ler "aos prantos no mercado" é quase a mesma coisa que ouvir relatos de uma irmã mais velha. me tocou muito mesmo.
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Isadora Silva 27/08/2023

Amor, luto e comida
Michelle Zauner me deixou curiosa só pela ideia de um livro falando da morte de sua mãe, mas não imaginava que o livro fosse me arrebatar por algo tão profundo e singelo.

A cantora e escritora coreana-americana conduz uma narrativa em capítulos médios, mas que parecem muito maiores, uma história sobre dor e perda, mas também sobre vira e herança. Michelle não poupa os detalhes de sua infância e adolescência com a conturbada relação com a mãe, não nos nega a verdade do câncer e dos impactos do luto de perder alguém.

Aos prantos no mercado é direto, bem elaborado e ao mesmo tempo cru. A forma com a relação das duas é construída através da comida me deixou emocionada em diversas partes. Por conta dos temas, a leitura acaba sendo lenta, não é um livro para ser devorado, mas saboreado aos poucos, sentido cada detalhe se sua maestria.
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_bbrcam 11/09/2023

Superou as minhas expectativas
Parece um livro bem maior do que é pela carga que ele traz, chega até ser poético. fala sobre a relação mãe e filha de uma forma bem interessante e eu me vi refletindo diversas vezes durante a leitura.
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Alice 31/08/2023

Da dor e do amor nasce essa preciosidade.
Cheguei nesse livro aleatoriamente e não me arrependo das páginas lidas. Quando li a sinopse pensei: "Bom, esse livro é para mim." e, de fato, era.

Acredito que, pela maneira como é retratado o luto da autora, é possível dizer que a narrativa poderia causar impacto em até em quem não teve ainda a experiência dolorosa do falecimento de um ente querido. No meu caso, foi um soco no estômago muitas vezes, por ter me visto muito no contexto de Michelle, ser a cuidadora de sua própria mãe e depois ter que viver sem quem sempre foi sua cuidadora, guardiã.

Comecei a ler realmente com o ímpeto de lidar melhor com o processo de luto, mas, para além disso, consegui pelas páginas construir uma enorme simpatia pela autora, como também revisitei e fiz meu próprio memorial com a minha mãe. Reavivei o que tinha esquecido e fortaleci lembranças pequenas, mas que hoje possuem um forte significado.

Acho que a primeira frase do livro cativa a todos que se propõem a abri-lo. "Desde que minha mãe morreu, eu choro no mercado H Mart.". E, além disso, explica e define muito bem como o livro é transcorrido: as lembranças maternas e afetivas relacionadas a culinária, a maneira de recuperar e reafirmar a própria identidade cultural e o testemunho de história da autora e sua mãe.

Em suma, indico o livro para todos, mas especialmente para aqueles que precisam de um abraço em um processo tão delicado como o luto. Vai ser uma jornada meio dolorosa em alguns momentos, mas valerá a pena por cada parágrafo que nos relembrará aqueles a quem amamos e que perdemos.
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augusilveira 19/01/2024

A saudade
De uma hora para outra a nossa vida pode mudar completamente. Michelle, a protagonista e autora do livro, vê o seu mundo desabar após um telefonema. Qual a culpa dela? O que fez para merecer?

Filha de pai estadunidense e mãe coreana, ela divide com o leitor um pouco das suas memórias, sempre ligadas à tradições e lembranças de comidas que a conectam com as suas origens. Michelle relata a sua ligação materna como uma conexão com as tradições coreanas. Essa ligação aparece no preparo cuidadoso de refeições fartas ou nas viagens frequentes à Coreia, em que tinha a oportunidade de entender o seu lugar no mundo, a partir das vivências em família. A relação com a mãe é o destaque na maioria das vezes, uma relação que poderia ser a de qualquer um de nós e, ao mesmo tempo, tão única.

Uma história forte que fala sobre vida, morte, luto, amor, família, de uma forma que parece estarmos ouvindo uma amiga de longa data relatar. Gosto muito quando consigo sentir pelas palavras sensações de tristeza, alegria, arrependimento? esse livro tem tudo isso.
Peter.Molina 20/01/2024minha estante
Já vou ler com certeza!




Yasmin602 15/09/2023

Muito bom!
Comecei a ler sem saber nada da história e me surpreendi bastante com esse livro, ele me tocou bastante e até chorei um pouco lendo ele
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