Resenhas - Como Tigres na Neve

Mariana113 09/04/2024

Como tigres na neve: um resumo para mim
A escrita me envolveu, sendo muito bem bem construída e eu amei as conexões entre personagens na sua linhagem.

O enredo histórico da Independência da Coréia, a guerra e toda o conteúdo social do período sempre me encanta.

A história é sobre Jade e sua nova família de cortesãs. As relações interpessoais vividas entre ela, sua nova Tia, e as irmãs. Os namorados, amantes e amigos. Os casos e causos que ocorrem.

O fim é rápido e talvez (in)esperado. Apesar de tudo, lindo.

Sempre me encanta a ilha de jejuno e seus abalones.

Andrea.Cardoso 31/03/2024

Inyeon
"Iniyeon é uma conexão de destino entre duas pessoas por toda a vida. Trata-se de um tipo de relação vital que se estabelece entre dois sujeitos seja de amor, família ou amizade, e que se manifesta nos encontros". Essa é uma das explicações que se encontra no final do livro, e pra mim, Como Tigres na Neve é inteiramente sobre "inyeon".

Nessa história, que começa em 1917 e termina em 1965, todos os personagens são muito bem conectados e entrelaçados, e as ações de um influenciam muito na vida dos outros. Me interesso muito por livros sul-coreanos sobre o período da ocupação japonesa, mas todos tem algo em comum: a tristeza. Guerra, autoritarismo, violência e fome permeiam esse romance do início ao fim.

Uma reflexão que tive enquanto lia esse livro foi sobre as gisaengs, que são as protagonistas do livro. Jade e Lotus são criadas desde pequenas para serem gisaengs, e segundo a Wikipédia, "eram mulheres coreanas de classe baixa e às vezes consideradas escravas que eram treinadas para serem cortesãs, vindo em sua maior parte da plebe, providenciando entretenimento e conversas para homens de classe alta, podendo ou não ser íntimo". No livro, fica muito claro que essas meninas eram treinadas não apenas para serem prostitutas, e sim para servirem de entretenimento para os homens. Treinadas nas artes, na dança, na poesia e no canto, em determinado momento do livro as duas alcançam sucesso nos palcos. Me peguei pensando como a Coreia, de certa forma, ainda mantém esse costume, com os "idols" do K-pop, com a diferença que agora os relacionamentos íntimos não existem mais e milhares de meninos e meninas são treinados desde crianças para entreterem o público em geral com a dança e o canto.

Como Tigres na Neve é uma leitura triste, mas muito verdadeira. Senti que a autora se dedicou muito a descrever os acontecimentos históricos os mais próximos da realidade possível. Li algumas resenhas de pessoas que acharam o livro chato, arrastado e que não gostaram do final, mas pra mim, não teria como ter sido diferente. Não tem como transformar uma Guerra em uma simples história de amor, porque nenhum romance resiste a tanta violência e desgraça.

Tharlley 25/03/2024

Excelente
Ótimo livro que acompanha personagens bem humanos durante décadas em meio a Coréia ocupada pelo Japão

Let Carvalho 24/03/2024

Não gostei. Achei que era um livro promissor mas a maneira como a história de desenvolve me decepcionou.

Lusia.Nicolino 19/03/2024

Um romance histórico, revisita um período sombrio de maneira leve!
Começamos em 1917 e terminamos em 1965. E, quando lemos as primeiras páginas, pensamos que aquele acontecimento inicial - o encontro de um oficial japonês com um caçador coreano -, será explorado, detalhado. Mas, para nossa surpresa, a história caminha, leve, ela também como um tigre na neve. É uma ficção histórica contextualizada em uma Coreia dominada pelos japoneses. O foco estará em Jade, que na infância foi vendida por seus pais para uma escola de cortesãs, cujo destino vai se enlaçar com o órfão JungHo. Quem será ele? Que dificuldades encontrarão? O que é justiça, qual a luta de cada um, como o futuro se apresenta para cada um deles e para os outros personagens – também importantes - como Lotus, Luna, Dani, entre tantos outros. O final de Jade me desconcertou um pouco. Eu não tive pistas da escolha dela e creio que contribuiu para me tirar da linearidade e da sensação de "sei o que vai acontecer"! Ainda estou refletindo sobre isso. Capítulos curtos, bem estruturados, uma escrita elegante que nos leva pela mão por uma história fascinante! É o livro de estreia de Kim e me impressionou bastante!

Quote: "- Sua imaginação andava em círculos por coisas conhecidas - era um chafariz, não um rio, principalmente no que dizia respeito a pensar sobre sua própria vida."

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le

Pericinoto 10/03/2024

Quando os tigres fumavam cachimbo?
A vida só é suportável porque o tempo nos faz esquecer tudo. Mas a vida vale a pena porque o amor nos faz lembrar de tudo.

Laisy.BArbara 06/03/2024

É uma história muito boa e muito bem contada. Os personagens me interessaram do início ao fim, além de ser super interessante a forma que as histórias se conectavam

Caroline1319 01/03/2024

Começo dizendo que li Pachinko duzentas mil vezes, então fiquei empolgada com mais uma ficção histórica que se passa na Coreia ocupada. Infelizmente, eu achei o livro muito, muito chato; pra não dizer ruim.
Algumas coisas simplesmente não foram bem construídas, e acho que isso precisa ser elencado por tópicos:

1. A paixão da Jade pelo Hanchol: isso quase me fez desistir do livro. Quando o Hanchol é introduzido na obra, ele não tem relevância nenhuma e mal dialoga com Jade. De uma hora pra outra, depois de UMA conversa, a Jade se apaixona profundamente e fica remoendo ele pelo restante do livro como o único homem possível, sem construção nenhuma desse romance. Geralmente, em casos de triângulos amorosos, eu torço pelo triângulo: não dou muita atenção pra quem eu acho que deve ou não ficar com a mocinha; mas, nesse caso, eu tive que ficar do lado do Jungho, porque a dinâmica entre ele e a Jade parecia ser muito mais natural já que foi CONSTRUÍDA, e não aconteceu do dia pra noite.
Em suma: não fica claro porque a Jade gosta tanto do Hanchol e todo o relacionamento deles é raso igual um pires até o momento em que ele finalmente termina com ela.
2. A cena em que a Jade rejeita o Jungho: durante todo o livro até aquele momento (e depois dele), o Jungho aparece como uma espécie de protetor, mesmo sabendo que a Jade não corresponde aos sentimentos dele. Só que, qundo ela expressa isso verbalmente, ele AGRIDE ela! Não faz NENHUM sentido do ponto de vista da construção do personagem, já que, apesar dos problemas com a raiva, a Jade e o Myungbol são as pessoas que Jungho prometeu proteger. Proteger como?
3. Silver e Lotus: Achei triste como as duas tinham tanta importância na história e, absolutamente do nada, foram jogadas pra escanteio. A Silver simplesmente some do livro, sem conclusão nenhuma, e a Lotus não tem mais de um diálogo com a Jade depois que é encontrada, indo direto pros Estados Unidos. Não dá pra saber o que aconteceu enquanto esteve desaparecida, se o Presidente Ma estava envolvido... Nada.
4. Ito e Yamada: O Ito, literalmente um agressor sexual, aparece mais de uma vez como um homem atraente e que supostamente atrai a atenção da Jade, mesmo depois que ela luta fisicamente contra ele pra se defender de um abuso? Tipo?
Yamada é um bom personagem mas absurdamente romantizado. Não existe nenhum aprofundamento na história dele, fica a impressão que a função do personagem é só a de "colonizador menos pior".

Achei o livro inconsistente e raso, muito raso. Um livro com passagem de tempo, geracional, deveria fazer os leitores se prenderem na história dos personagens. Ao invés disso, em "Como tigres na neve", tudo é muito raso, apressado, sem desenvolvimento. Esperava mais.

Mari 29/02/2024

Acho incrível como os livros conseguem nos levar pra qualquer lugar do mundo e a qualquer momento da história. um livro sobre um país e uma cultura muito distante de nós, com muitas referências, que traz uma visão da guerra que não costumamos ver retratado em filmes, por exemplo, e com uma linearidade muito bem construída junto aos personagens.

césar 28/02/2024

Como tigres na neve
O livro me interessou desde o início com aquelas descrições simples, porém complexas, de uma paisagem montanhosa e enevada. Simples e complexo é o que descreve esse livro, as emoções humanas em tempo de guerra transparecem tanto, misturando amor, ódio, raiva e briga em um período cruel da história coreana. Perfeito.

Carolina 18/02/2024

Nota 10
Uma novela maravilhosa. Amei acompanhar desde a infância até a vida adulta dos personagens, como os destinos se entrelaçam e as escolhas de vida determinam o futuro. Além disso, toda a história ter ocorrido durante a segunda Guerra mundial se tornou um ponto ainda mais atraente que nos prende ao enredo. Livro nota 10.

noonawhat 16/02/2024

Foi muito diferente do que eu imaginava, talvez tenha sido por isso que levei tanto tempo pra finalizar a leitura....mas no geral aprendi coisas que não sabia que mergulhei na crença do inyeon com a alma.

Isabel 15/02/2024

Gostei muito desse livro, uma leitura muito fluída. Conta a história da Coréia durante a segunda guerra e a sua independência.

Renata 13/02/2024

Saí desse livro repensando toda a minha vida e com vontade imensa de viver. É um livro muito cru, onde vemos as pessoas como são. A escrita é fluída e envolvente, em diversos momentos é angustiante, de tão real.

cailane.ariadna 09/02/2024

Primeiro livro de fevereiro em leitura conjunta com a @victoriapraquem. Pra mim, "como tigres na neve" começou 5 estrelas e terminou 4 estrelas, entendo frustrações em notas menores como 3 estrelas ou 3,5. Não tive o mesmo problema que alguns tiveram: não achei a história lenta, tudo me interessava muito, e felizmente, me apaguei a alguns personagens (vi que alguns não se conectaram a ninguém.


SPOILER, pontos positivos (Sentimento: EMPOLGADA)
- ADOREI a construção do começo do livro, as interações de Silver, Luna, Jade e Lótus, compreendemos bem os sacrifícios em torno de todos elas, os cuidados da Silver com as meninas, a violência japonesa etc.
- GOSTEI de como as histórias se conectaram: Jade, JungHo, Dani, SungSo, MyungBo.
- AMEI o capítulo na visão do JungHo, no capítulo ele tem uns 19? absurdamente bem construído, entendemos dele e de seus sentimentos por Jade, achei importante para como vemos ele durante todo o resto do livro. JungHo 3 meu personagem favorito!
- ADOREI acompanhar o personagens crescendo e vivendo, virando pessoas importantes, resistindo e cuidando uns dos outros.
++++++ DOJÔ trai o JungHo e isso eh umas das coisas que mais faz sentido no livro, apesar de poucos momentos, já estamos preparados para um Dojô sem lealdade. assim que o JungHo e o Dojô se encontram a autora comenta essa impressão. Dojô também fala sobre entre comunistas e conversores, ir para o lado que paga melhor etc.



SPOILER, pontos negativos, expectativas e frustrações (Sentimento,  isso é INSUFICIENTE)
- Pra mim, esse período de infância dos personagens foi tão bem construído que, em alguns momentos, ver a vida deles de adulto passando tão depressa me incomodava. Eu queria muito mais informação, queria uma passagem de tempo equilibrada. 30% do livro se passa nesse período de infância, de 1918 - 1919, esse cuidado do início faz que os próximos 35 anos soem rápidos demais. a gente pula de 1919 para 1925, 1937, 1941, 1948 etc. os saltos passam a ser bem grandes.
- Silver não tem um final satisfatório, ela é colocada como alguém importante no início para que, no final, morra em uma linha.
- A ideia, mesmo que mínima, de rivalidade JungHo e HanChol não é satisfatória, o HanChol não é um personagem tão querido quanto o JungHo. Quando eu vejo a Jade, durante todo o livro, amando o HanChol tanto tanto, não consigo acreditar que ele seja tão bom assim.
- A Jade dorme com o JungHo por pena, pra ela não ia significar muita coisa, ia ser como um presente antes dele ir em uma missão na China, a missão da vida dele. Ele acha que aquilo foi uma manifestação de amor romântico, mas não foi. Quando ele percebe isso ele fica violento e ATACA a Jade, na construção do personagem JungHo isso não fez sentido nenhum. Vemos muitas cenas que o JungHo se coloca em uma posição de violência mas todas elas são em contextos ligados a sobrevivência. O JungHo foi construído como uma espécie de protetor, se a autora fez isso para retornar a violência do personagem, /assim como ela retoma a deslealdade do Dojô/ não achei coerente.
- Inyeon pouco aprofundado, mas entendi as conexões.
- Jade no final fala que se o JungHo pedisse ela em casamento em outra vida, ela aceitaria. Acho a maior mentira do mundo kkkkkj, aquele momento soou como se ela amasse ele como ele ama ela, o que não é verdade. Acho que ela só falou isso pq sabia que ele poderia morrer, e e ir em paz, tudo bem.

Nota: 8/10