Resenhas - O Senhor das Moscas

Wania Cris 20/06/2020

O que você faz quando ninguém te vê fazendo...
Um avião cai em uma ilha deserta quando transportava várias crianças em idade escolar. O que se inicia como uma aventura, uma ruptura social logo desanda para a barbárie e selvageria levando os leitores a se confrontarem com a crueza do ser humano. Vivemos em sociedade por natureza ou imposição? O que é a ordem em meio ao caos?

Narrado de forma simples, porém, com várias críticas sociais, o autor se perde em alguns simbolismos que torna a leitura de complicado entendimento. O início abrupto nos deixa perdido e o final, de igual forma repentina assusta. Uma boa leitura, mas direcionada a um público ainda em formação.

Almond Blossom 1890 10/10/2022

Após um acidente, vários garotinhos ficam presos em uma ilha. Eles precisam sobreviver sozinhos, sem nenhum adulto por perto. A organização foi difícil desde o início e declina cada vez mais ao longo da narrativa.
Por mais que seja um livro curto, a leitura foi lenta para mim. Em muitos momentos nada acontecia, a história estava devagar e então coisas extremas se passam de uma maneira repentina, é como uma montanha russa que fica muito tempo subindo e então boom! adrenalina.
As cenas bizarras são excelentes, tem momentos em que parei a leitura para imaginar a cena mais de uma vez, mas gostaria que o lado selvagem dos meninos tivesse sido mais explorado, mais rituais para o senhor das moscas, mais loucura. Mesmo assim foi uma leitura muito boa.

adson 25/03/2022

Um livro angustiante sobre barbárie e a natureza humana. A história é interessante, o autor apresenta muitos questionamentos sobre quão mau o homem pode ser (embora no livro isso seja mostrado com crianças). No entanto, não me conectei com a história tanto quanto gostaria, também me senti perdido e distante em alguns pontos do livro, talvez consiga gostar mais e observar outros detalhes após uma releitura.

Mônica 20/04/2020

Choreichorei
Esse final foi emocionante!!
Fiquei o livro inteiro preocupada com eles, e ainda bem que eu posso dormir tranquila agora.

Dhewyd 14/02/2023

Perdidos
Após um acidente áereo, um grupo de crianças entre seis e doze anos de idade, encontram-se aprisionados em uma ilha deserta, os adultos (pilotos) da aeronave, faleceram no acidente, sendo somente essas crianças os únicos sobreviventes.

São meninos que foram divididos entre os pequenos, e os grandes.... Os grandes se destacam na estória, naturalmente, por serem os mais capazes em liderar esse grupo de crianças perdidas, e desde o início houve um censo, para saber quantos garotos estavam na ilha e uma votação para decidir quem seria o chefe de todos, e esse importante cargo coubera a Ralph, que era o mais desenvolto e carismático dos garotos.

Dentre os personagens principais, fora Ralph o líder, destacam-se Porquinho, um garoto gorducho, que usa óculos e sofre de asma, figurando como conselheiro do líder e preocupado com a organização dos garotos e Jack, que já figurava anteriormente como líder de um grupo estudantil.

Nos primeiros dias ocorre o deslumbre por parte dos garotos, sentindo toda a liberdade, em estarem sem adultos lhe mandando e vigiando, eles passam quase todo o tempo nadando nas piscinas naturais, desbravando a ilha paradisíaca e comendo das árvores frutíferas. Porém, quando a liderança existente por Raph, emprega tarefas a serem executadas, como deixar sempre uma fogueira acesa, visando um resgate e fazerem abrigos resistentes às intempéries climáticas, começa as desavenças e irresponsabilidades, o que provoca uma briga em torno da liderança, pois Jack se preocupa com outros assuntos, como caçar porcos e reforçar a união entre os caçadores.

Um livro que começa como aventura entre garotos, passa a tratar da selvageria entre os humanos, a busca por poder e autoridade na ilha, leva os garotos a largarem a civilidade, os preceitos básicos de se conviver em sociedade, para surgir um direito natural, de que o mais forte decide, de que a chefia é imposta, tomada e não escolhida pela maioria.

A perca da inocência das crianças, e o estimulo das condições naturais, começou a transformá-las em animais selvagens, com todos os traços animalescos, restauram poucos personagens que ainda escolhiam serem civilizados e que se preocupassem com o coletivo. Assim: "...Ralph chorou pelo fim da inocência, pela escuridão do coração humano..."

A escrita do autor é bem detalhista, parece realmente que o leitor está inserido na ilha, conseguimos visualizar todas as nuances e características da paisagem, e esta imersão, com o desenrolar da trama, passa um certo desconforto, pois conseguimos sentir o mal surgindo aos poucos, a brutalidade avançando e a fuga pela sobrevivência, como se nós fossemos o alvo da perseguição.

Um livro muito bom, que nos obriga a pensar e não é atoa que é um clássico universal.

Renata 16/05/2021

Natureza humana
Essa história é bem simples e fala sobre liderança inocência com a história dessas crianças que caíram nessa ilha deserta no começo estavam unidas mas tudo muda com a escolha de um líder aí começam as desavenças como na vida real.

Isa 12/03/2021

Leitura reflexiva!
Livro muito interessante. Gostei de como o autor trabalhou o conflito da inocência da crianças com o instinto de sobrevivência
Com uma visão hobbesiana, o autor mostrou como a violência e força de Jack se sobrepôs ao carisma de Ralph e a inteligencia e desespero de Porquinho, mesmo quando ha apenas crianças envolvidas pois a ideia de caçar fora mais atraente que a ideia de esperar a salvação.
Grande jogada do autor também com o personagem de Simon, que representa a razão e lógica e como ele foi o menos ouvido, além de ter sido o primeiro a morrer simbolizando a morte da razão também.
Quanto a escrita, tive um pouco se problema com a descrição do ambiente, não consegui visualizar muito bem a ilha.
E no final reflexivo nos questionamos, até que ponto iriamos para garantir nossa sobrevivência?

João Pedro 14/09/2020

Inteligente e cativante.
Incrível experiência. Essa distopia me foi apresentada na faculdade como leitura obrigatória, mas surpreende pela história muito inteligente, onde um grupo de crianças que sobrevive a um desastre aéreo tenta se auto governar numa ilha deserta.
Nessa proposta, a obra traz a tona a natureza humana em diversas nuances, em breve farei a releitura, muito bom mesmo.

João Gabriel 05/01/2024

Bom
A história é boa, os personagens são bem cativantes também. O ambiente da ilha é bem massa e me prendeu no livro. Mas em muitos momentos achei a narrativa muito ruim, custava a entender o que tava rolando. Na parte que morre o muleke eu tive que ler 2 vezes pra entender o que rolou, talvez seja essa versão do livro. Sei lá

maomis 11/09/2020

Não sei muito o que falar sobre esse livro, não achei um livro ruim mas tbm n foi uma leitura boa pra mim. Talvez seja a temática ou o desenvolvimento denso da história.
No geral,foi ok kkkkkkk

Dem 08/11/2021

Muito bom mesmo!
Começa lento, situando o local e os personagens e depois vai subindo o ritmo!
Muita gente comentou da violência mas só começa a ficar violento mas na parte final do livro.
Fiquei preso na história até o fim, querendo sempre saber o que iria acontecer com o grupo e não me decepcionei. Crianças sozinhas em um local sem supervisão de algum adulto, tendo que se virar em tudo, e com muita inteligência pra violência é muito chocante. Recomendo essa leitura com cautela, por causa das cenas de violência envolvendo crianças! 5 estrelas merecido!

Cristhian Couto 25/05/2021

Instigante
O livro é feito para pessoas que amam uma descrição, mas às vezes isso pode impedir o leitor de imaginar com o excesso de informações. Sobre o enredo vemos uma sociedade democrática se transformar em algo totalitário. A disputa pelo poder, a escolha de um líder (que reflete que ele precisa ser mais do que inteligente, tem toda uma imagem sua para os outros o verem como um líder). Entre mortes chocantes a obra tem um final um amargo, mas já esperado.

raphaseixas89 28/12/2021

''...Que engraçado achar que o Bicho é algo que podem caçar e matar! Você sabe, não é? Sou parte de você?''
Senhor das Moscas é um clássico absoluto, sendo muitas vezes referenciados em diversas frentes da cultura mundial, desde Simpsons até como servir de inspiração para a série de TV Lost. E lógico, em países de lingua inglesa é leitura obrigatória e levanta discussões com base na filosofia do comportamento humano.

Confesso que as primeiras 100 páginas foram maçantes, ao ponto de eu achar que era melhor desistir pela forma de escrita muito descritiva de elementos naturais. Após me perder em narrações de cipós, lagunas, clareiras e ambientes que compõem uma ilha imaginativa, consegui me conectar com os personagens e me empolgar com o desenrolar da história com acontecimentos cada vez mais perturbadores e chocantes.

Não é um livro realmente fácil de acompanhar, existe pouca explicação de como o grupo de protagonistas acabam na ilha, tudo é muito estranho em relação a como alguns acontecimentos aparecem, como se estivessem em uma ilha de experimento controlado. E pra mim, mesmo não ficando claro essa intenção, terminei com a experiência de um objeto de testes. Crianças que baseiam suas relações e comportamentos em suas vivencias com adultos tentando estabelecer uma sociedade minimamente democrática e vendo ruir toda a civilidade em troca da selvageria, inveja e autoritarismo.

Senhor das Moscas é quase um ensaio de como o ser humano é corrupto e egoísta por natureza, basta apenas uma fagulha para que a pouca civilidade que tentamos manter em pé virar chamas, e os poucos que carregam a razão e a ciência, são confrontados com brutalidade e sede de sangue. Algo que achei genial foi o acontecimento que da título ao livro. Desde as primeiras páginas, temos conhecimentos de algo sobrenatural na ilha, sejam monstros ou fantasmas, sempre há algo a espreita desafiando nossa sanidade. E o entendimento do que é o Senhor das Moscas vem acompanhado de um diálogo incrível e muito marcante.

Um livro maravilhoso, marcante e muito perturbador. Com certeza, inesquecível!

Juliana 10/06/2020

O homem nasce bom e a sociedade o corrompe ou o homem é mau?
O Senhor das Moscas nos traz a reflexão sobre a condição humana em sua forma mais primitiva. Impossível não trazer à tona a famosa frase de Hobbes "o homem é o lobo do homem". Por mais que os personagens encontrem-se em tão tenra idade, é possível reconhecer que o homem é uma ameaça à sua própria existência. Educação e princípios influenciam o modo de agir? O ser humano nasce mau? Muitos questionamentos nos aparecem à mente ao decorrer da leitura. Jovens na luta pela sobrevivência, no estabelecimento de uma pequena sociedade, na criação de regras para ordem geral, é impressionante ver a evolução com o passar dos dias e os limites entre a civilidade e a barbárie.
Excelente leitura. Pesada em alguns momentos, mas essencial a todos os leitores.

Rafael 30/01/2022

Um olhar sobre a natureza selvagem do homem.

Iniciei a leitura desse clássico inglês com muitas expectativas. Por diversas vezes vi comentários positivos dessa obra. E com esse excesso de expectativas, acabei ficando frustrado com os dois terços iniciais do livro. A leitura nessa etapa é de alguma forma arrastada, com muitas descrições da ilha na qual os meninos se encontram só, sem a supervisão e a orientação de adultos, lutando pela sobrevivência. E em algumas poucas partes a história me pareceu um pouco confusa (talvez fosse mesmo a intenção do autor). Porém, clássicos são clássicos e a parte final do livro acaba nos envolvendo nas reviravoltas e acontecimentos descritos. Além do mais, tive a percepção de que esse livro, para que seja bem digerido, demanda uma segunda leitura. Há muitas simbologias embutidas nesse clássico e vendo alguns vídeos que abordam o enredo, é possível entender com mais clareza quantos significados existem por trás dos personagens e objetos que pertencem à ilha. Não é a toa que o autor foi laureado com um Nobel de literatura. Ralph, Jack, Porquinho, Simon e os demais meninos tem muito a nos mostrar, em especial, sobre a natureza humana e a forma como a sociedade está organizada. O livro pode parecer cansativo no início, mas compensa a leitura até o final. A história é forte, violenta e em certos momentos tem a intenção de chocar o leitor. Uma fotografia da natureza humana, principalmente em tempos de anormalidade.