Hibisco roxo

Hibisco roxo Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Hibisco Roxo


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Bella :) 02/03/2024

Necessário
Personagens complexos e pautas importantes são alguns pontos trazidos por Chimamanda em "hibisco roxo"
pela visão de kambili, conhecemos sua rotina com seu irmão, mãe e um pai extremamente rigoroso dado seu fanatismo religioso.
a menina passa por impasses muito grandes quando se trata do amor ao pai e a crítica quanto ao que ela vive em casa. tais reflexões são potencializadas ao conhecer o cotidiano da família de seus primos, onde enxerga uma verdadeira estrutura familiar (apesar de toda dificuldade que passam)
interessante refletir sobre os impactos do colonialismo já que eles se interligam diretamente a história
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

?será que Jaja tinha esquecido que nós não contávamos a ninguém, que havia tanto que nunca contávamos a ninguém??

através de uma narrativa extremamente delicada, a adolescente Kambili nos leva, em Hibisco Roxo, para adentrar o seio da sua família. é como se fôssemos sutilmente conhecendo e compreendendo as dinâmicas familiares na medida em que nos embrenhávamos pelos cômodos da casa, quase nós mesmos passando a fazer parte delas.

ambientada numa Nigéria marcada pelas violências do colonialismo britânico, a história da família de Kambili é fortemente impactada por muitas delas e, sobretudo, mais explicitamente, pela imposição do catolicismo enquanto norma cultural, enquanto via de salvação e de civilização. para Kambili e Jaja, seu irmão mais velho, tudo é ditado a partir de regras extremas através das quais eles supostamente poderiam atingir uma perfeição sobrehumana.

aos poucos, percebemos que as violências são experienciadas por Kambili, Jaja e outras personagens não somente através dos radicalismos impostos sobre seus comportamentos; para tal, é preciso não somente ouvir com cuidado, mas aceitar o convite que Kambili nos faz para que vejamos tudo com nossos próprios olhos. talvez esta seja uma das maiores potências deste livro: há muito que não pode ser dito e, por isso, é preciso que aceitemos o convite e, aos poucos, desvelemos nós mesmos as nuances da história.

na medida em que as cortinas se abrem, vamos descobrindo também diversas outras nuances. aqui tudo é delicado tanto quanto é denso e potente, e de maneira delicada nos é revelada a potência dos afetos, das descobertas, das sutis rebeldias. além de tudo, também temos a oportunidade de conhecer sob uma perspectiva cuidadosa a resistência do povo igbo diante da violência britânica, experimentar um pouco da sua culinária e, de diversas formas, viver, através das personagens, diferentes aspectos da sua rica cultura.

no fim das contas, acho muito difícil falar de Hibisco Roxo: este é um livro para experienciar. não atoa, uma vez que mergulhei nesta história, não consegui mais voltar à superfície até que tivesse absorvido tudo quanto fosse possível. e vez ou outra dou novamente um breve mergulho.
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Débora Pizzio 29/02/2024

Já li quase todos livros da Chimamanda e sempre gosto muito. Hibisco roxo apesar de curtir, não foi um dos meus favoritos. Diversas vezes fiquei perdida pensando onde a história queria ir.

A temática de relações de poder acerca de um pai religioso é bem interessante, mas dá muita raiva também. Não aguentava mais o "Papa".

A escrita da autora sempre é maravilhosa e amo conhecer mais sobre a cultura Nigeriana. Mas o enredo em si acho que podia ser mais interessante.
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Bia 26/02/2024

Hibisco Roxo
Hibisco Roxo foi uma história que me cativou desde o início. A narrativa é conduzida por Kambili, uma jovem de 16 anos que reside na Nigéria com seus pais e seu irmão. Seu pai é um empresário extremamente bem-sucedido, sua mãe é uma dona de casa exemplar, e seu irmão, assim como ela, é um aluno impecável. No entanto, gradualmente descobrimos o que esse retrato esconde. O pai é um cristão extremista, que usa da religião para acabar com a paz da família. Apesar disso, ele possui um jornal progressista visto como inimigo pelo atual governo (que instaurou um golpe de estado). Além disso, ele é sempre bondoso e caridoso com as pessoas ao seu redor, criando uma dualidade intrigante em sua personalidade.

A trama desvela a vida de Kambili e de seus familiares, destacando um período em que ela passa na casa de sua tia e primos. Apesar de serem cristãos, eles conservam admiração pela cultura e tradições de seus ancestrais e de seu povo. A família também vive em uma realidade totalmente diferente da menina, expondo uma realidade a qual a jovem não conhecia. Depois da estadia com os parentes, o desenvolvimento da personagem é notável, pois, com o tempo longe da opressão do pai, ela começa a se descobrir, desejar, sentir e pensar. Esse foi o momento em que meu coração se conectou verdadeiramente com a história. Além do cenário envolvente da Nigéria, o contato de Kambili com sua própria identidade foi emocionante.

A trama tocou meu coração ao levantar perguntas sobre a essência da humanidade, nossa monstruosidade, princípios, valores, fé e incredulidade. De onde tudo isso vem? Como seríamos se tivéssemos aprendido de outra maneira? O livro também aborda temáticas importantes, como: violência doméstica, colonização, machismo, política, racismo e desigualdade. Eu vivi esse livro só na presença de um simples leitor que se identificou, riu, chorou e desejou junto com Kambili coisas diferentes. Ler esse livro foi uma viagem linda e emocionante que encheu minha alma. Eternamente grata a Chimamanda por compartilhar essa narrativa. Sem dúvida, um dos melhores livros que já li, recomendo para todas as pessoas.
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Isabela.Queiroz1 26/02/2024

Pesado
Este livro traz o tema da violência doméstica muito fortemente. A história mostra como a religião e a violência contra sua própria família pode ser mais comum do que imaginamos.
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Junior Rodrigues 25/02/2024

Uma história igual em uma cultura diferente
Ao ler livros de países diferentes, mesmo que não viaje para lá em algum momento, a história que cada um desses livros conta tem sempre a cultura enraizada em suas páginas, o que faz com que consiga conhecer, mesmo não estando lá, como funciona algumas coisas naquele lugar. Foi assim que conheci a África do Sul, antes e depois do Apartheid com os livros Nascido do Crime e Sem Gentileza, da mesma maneira que conheci a monstruosidade da ocupação japonesa na Coréia, pelos livros Herdeiras do Mar e Pachinko, conheci um pouco sobre a França com Água Fresca para as flores e sobre minha própria cultura com Torto Arado. Agora estou descobrindo mais sobre a Nigéria, sua cultura e as diferentes etnias que enriquecem ainda mais o país, com a história aqui contada por uma jovem que sabe suas origens e mesmo que tenha uma situação financeira favorável, isso não impede que a violência doméstica seja parte de sua jornada, sendo uma espectadora atônita mediante a tudo o que acontece e isso faz com que vejamos que independente do país ou da cultura, a mulher sofre de várias maneiras diferentes.

A escrita é envolvente, mas ao mesmo tempo delicada e leve, mesmo com temas pesados sendo parte da história e isso faz com que as páginas passem rápido e vamos sendo inseridos em uma privilegiada família da Nigéria, entendendo como a religião influencia principalmente na relação entre os familiares que prezam os costumes tradicionais e como isso impacta diretamente nas interações entre os mais velhos e os mais novos. Pelo olhar de Kambili vamos percorrendo todas as dúvidas e questionamentos que surgem diante de tudo isso que ela passa em sua jornada e entendendo, assim como ela, a dura realidade de uma familia "tradicional" da Nigéria, já que sua percepção muda com a vivência em outro núcleo familiar.

Enfim, acompanhar a jornada de Kambili é uma experiência diferenciada e que merece ser lida.

Recomendo!
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ceciliabr 24/02/2024

O livro é bastante interessante, mostrando a vida na Nigéria, tanto de uma família rica quanto de uma família mais pobre. Em muitos momentos eu só queria dar um abraço ou proteger Kambili, a narradora/protagonista. O final do livro também foi surpreendente para mim.
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Mah Mac Dowell 22/02/2024

Eu gostei muito. A escrita da autora é incrível! Mas confesso que eu esperava gostar mais. Algumas pontas soltas, algumas coisas mal esclarecidas? é bom. Quero ler outros livros Del, mas esperava mais. É isso.
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line.iana 21/02/2024

Ameiiiii essa leitura. o retrato da nigeria, de um pai opressor, da família, o padre, TUDO é bem construído e amarradinho . quero ler mais da autora
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Gi Tosse 21/02/2024

Maravilhosa
Uma obra para se envolver e emocionar. Com traços de uma cultura radicalmente excludente, seletiva e nada democrática, este livro traz expõe a vida da família de Kambili, uma jovem totalmente tomada por sua criação austera e violenta.
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Willian 21/02/2024

Bom demais
Livro fantástico! Nos colocamos no lugar da protagonista com decorrer dos acontecimentos,o modo como é contado a questão da violência física e mental foi algo que fez me refletir muito sobre a influencia do local onde podemos estar inseridos.
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Gabi.Maia 19/02/2024

Intolerância e benevolência
Que livro forte! Quase parei no início pois foi difícil sentir toda a violência física e psicológica sofrida pela protagonista.

A história se passa na Nigéria e a personagem principal é narradora e filha mais nova de um casal de pais de classe alta. O pai, dono de empresas e de um jornal, é um homem extremamente religioso e bastante intolerante com tudo o que na sua visão afaste a si, aos seus filhos ou a sua mulher de Deus. Ao mesmo tempo em que é visto como um bom cristão pelas caridades que faz, Papa é um homem violentíssimo com sua família diante de qualquer ?deslize?.
Dói ler a protagonista temendo e ao mesmo tempo admirando e querendo agradar a esse pai.
Além do extremismo e intolerância religiosa, o livro traz o enredo do racismo e do machismo. Em uma leitura inicial muito pesada, o livro vai ficando mais fluido e mais envolvente ao longo.

Recomendo muito a leitura!
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Gabs 18/02/2024

Amei demais esse livro.
Fui ler sem nenhuma expectativa e me surpreendi com tudo. Ele tem várias camadas sobre as quais se debruçar e refletir, a leitura é fluída e as personagens incríveis. Gostei muito.
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Diego Luz 18/02/2024

Hibisco roxo
Hibisco roxo

Após minha primeira incursão na literatura nigeriana com a obra de Chimamanda, fiquei encantado e, ao mesmo tempo, desconfortado com a complexidade e as múltiplas reflexões que ela proporciona.

A narrativa centrada em Kambili não apenas expõe os eventos familiares, mas também detalha as nuances das personagens, destacando especialmente as femininas. Tanto a mãe quanto a tia enfrentam realidades distintas, porém compartilham a opressão de uma sociedade patriarcal. Trata-se de uma tia professora perseguida e de uma mãe vítima de violência doméstica.

Entre as personagens masculinas, três se destacam. O padre, objeto da paixão de Kambili. O avô, um contador de histórias que sofre com a intolerância religiosa de seu filho. No entanto, é Eugene, o pai de Kambili, que mais me inquieta, pois as cenas de violência doméstica perpetradas por Eugene e a intolerância religiosa despertam profunda indignação.

Em síntese, ?Hibisco Roxo? é uma obra instigante que, através da narrativa, lança luz sobre questões profundas e nos convida à reflexão sobre nossas próprias realidades.
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sophsour 17/02/2024

??
Sem palavras pra descrever o quão poderoso é esse livro. Uma escrita maravilhosa com uma história real que engloba política, religião, violência, colonização e fanatismo.

Conheci essa autora num texto que tive que ler para faculdade e ao conhecer mais da história dela tive muita vontade de ler esse livro e gostei muito muito. Indico demais essa leitura para todo mundo!
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