Poemas

Poemas Wislawa Szymborska




Resenhas - Poemas


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Aleatoriedades da Li 15/08/2020

Interessante e diferente de tudo que já havia lido. Importante falar que nesta edição, metade são os poemas originais em polonês.
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JAssica.Nunes 19/07/2020

Alguns poemas me tocaram mais do que outros, no entanto, sem dúvida alguma, a escrita de Szymborska traz grande sensibilidade mesmo nas coisas mais sutis... Gostei muito!

"[...] Porque afinal cada começo/ é só continuação/ e o livro dos eventos/ está sempre aberto no meio."
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Barulhista 24/06/2020

Por favor me leia.
Existe tanta elegância no que há dentro deste livro que arrisco dizer que ele usa gravata e salto alto.
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Bia 24/06/2020

Conversas com Wislawa
Wislawa Szymborska surgiu em minha vida através da recomendação de uma amiga para lermos juntas nesse momento pandemico, iniciamos juntas e terminamos separadas. No início foi difícil pra mim me colocar no ritmo da própria autora, não que ela seja rebuscada, ao contrário, ela é simples, o tom que ela usa em suas poesias mais parecem uma conversa com leitor, acho q foi essa a dificuldade, empregar uma conversa poética comigo mesma em meio a dias tão caóticos.
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Vanessa591 23/06/2020

Os poemas são bastante acessíveis e ao mesmo tempo muito potentes. Eu que não tenho costume de ler poesia achei muito gostoso e me fez refletir e me identificar com várias coisas que a autora traz.
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Arsenio Meira 21/12/2012

São poucas estrelas, para uma poeta definitiva.
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Carol 15/06/2020

A experiência com essa poeta polonesa foi bem interessante. Não tenho tanta familiaridade com a poesia, mas sinto que foi um bom começo. Neste compilado de poemas de Wis?awa pode-se encontrar diversos temas. O cotidiano, Guerra do Vietnã, o sentido da vida, o amor, a violência. De uma forma leve a autora perpassa por temas importantes para a história e para cada um de nós.
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Vorspier 08/04/2020

Achei o livro muito fino, pensei que nem teria a versão original do polonês (mas os versos originais constam sim, só que na segunda metade). Como em "Um Amor Feliz", os poemas de Szymborska transformam coisas simples em versos poderosos e que nos fazem parar para pensar. Elementos da natureza e aspectos em nós mesmos que muitas vezes nunca paramos para olhar em detalhes são os protagonistas em suas obras.
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Lílian 28/12/2012

DL 2012 - Dezembro
Comecei minha vida de leitora com a poesia. E isso devo aos ótimos professores de língua portuguesa que tive durante o segundo grau. Pode soar um exagero, mas essa relação com a poesia começou na escola, numa aula na qual descobri - e passei a amar- a obra de Ferreira Gullar, um dos meus poetas favoritos. Acontece que, após o segundo grau, meu foco de leitura se deslocou para os livros de história da graduação. Bom, tudo isso pra dizer que eu lia muita poesia ( além do Gullar, Drummond,Pessoa, os árcades mineiros e Gregório, sim, muito barroco na minha estante)e que, com o tempo, perdi esse hábito.A participação no desafio literário, além de possibilitar um planejamento de leitura, colaborou para eu voltasse a ler poesia. E numa tarde vasculhando o acervo da Mário de Andrade, escolhi " Poemas" de Wislawa Szymborska, polonesa, vencedora do Nobel de Literatura. O que me chama a atenção na escrita de Szymborska é a sutileza e simplicidade, algo que considero muito raro e sofisticado. Some-se à isso, uma dose de ironia e você terá uma pequena amostra do universo da autora. Confesso que os poemas de cunho mais explicitamente político não chamam a minha atenção. Dentre todos, sugiro a leitura de " A curta vida de nossos antepassados", meu favorito.É com ele que pretendo, um dia, quem sabe?, iniciar uma aula de história. Vejam que genial e singelo:

Poucos chegavam aos trinta
A velhice era privilégio das pedras e das árvores.
A infância durava tanto quanto a dos lobos.
Tinham de apressar-se, acompanhar a vida
antes de o sol se pôr,
antes de a primeira neve cair.

Progenitoras de treze anos,
Meninos de quatro a andar aos ninhos pelos juncais,
aos vinte, batedores das caçadas,
ainda mal eram gente e logo deixavam de o ser.
Os extremos do infinito rapidamente se tocavam.
As bruxas mastigavam palavras mágicas
ainda com todos os dentes da juventude.
O filho amadurecia aos olhos do pai,
mas era a caveira do avô que via o filho nascer.

De resto, não contavam os anos.
Contavam redes, tachos, tendas e machados.
O tempo, tão generoso com as estrelas do céu,
estendia-lhes uma mão cheia de nada
para logo a retirar como que arrependido.
Mais um passo, mais dois
ao longo do rio refulgente,
que nas trevas nasce e nas trevas se perde.

Não havia um instante a perder,
perguntas adiadas ou revelações tardias,
se não tivessem já sido vividas.
A sabedoria não podia esperar cabelos brancos,
tinha que ver com clareza antes de se fazer luz,
ouvir toda a voz antes de se propagar.

O bem e o mal,
pouco dele sabiam, porém tudo:
quando o mal triunfa, o bem oculta-se;
quando o bem se manifesta, o mal fica à espreita.
Um e outro invencíveis,
inseparáveis de uma vez para sempre.
E por isso, na alegria – a angústia misturada,
no desespero – sempre uma esperança calada.
A vida, mesmo a mais longa, será sempre curta.
Curta demais, para aqui algo acrescentar.


Wislawa Szymborska, “A curta vida dos nossos antepassados”.
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Cris 12/03/2020

Maravilhosa!
Amei porque o estilo de escrita dela é totalmente diferente do que eu li antes!

"Prefiro não perguntar quanto tempo ainda e quando. Prefiro ponderar a própria possibilidade do ser ter sua razão."
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Bruno.Dellatorre 27/04/2019

Uma jóia que encontrei por acaso
Confesso, desdenho um pouco da poesia. Fui ler este volume contendo algumas poesias da poeta polonesa Wislawa Szymborska só para fazer uma leitura rápida e fui surpreendido com um livro complexo a ser lido e relido, não necessariamente do começo ao fim, e sim relido por partes. Há poesias específicas que me marcaram, mas uma que me impactou ao extremo e mudou minha vida.

Me desculpe o acaso por chamá-lo necessidade. Me desculpe a necessidade se ainda assim me engano. Que a felicidade não se ofenda por tomá-la como minha. Que os mortos me perdoem por luzirem fracamente na [memória. Me desculpe o tempo pelo tanto de mundo ignorado por [segundo. Me desculpe o amor antigo por sentir o novo como [primeiro. Me perdoem, guerras distantes, por trazer flores para casa. Me perdoem, feridas abertas, por espetar o dedo. Me desculpem os que clamam das profundezas pelo disco [de minuetos. Me desculpe a gente nas estações pelo sono das cinco da [manhã. Sinto muito, esperança açulada, se às vezes me rio. Sinto muito, desertos, se não lhes levo uma colher de água. E você, falcão, há anos o mesmo, na mesma gaiola, fitando sem movimento sempre o mesmo ponto, me absolva, mesmo se você for um pássaro empalhado. Me desculpe a árvore cortada pelas quatro pernas da mesa. Me desculpem as grandes perguntas pelas respostas [pequenas. Verdade, não me dê excessiva atenção. Seriedade, me mostre magnanimidade. Ature, segredo do ser, se eu puxo os fios das suas vestes. Não me acuse, alma, por tê-la raramente. Me desculpe tudo, por não poder estar em toda parte. Me desculpem todos, por não saber ser cada um e cada [uma. Sei que, enquanto viver, nada me justifica já que barro o caminho para mim mesma. Não me julgue má, fala, por tomar emprestado palavras [patéticas, e depois me esforçar para fazê-las parecer leves.
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Charlene.Ximenes 27/12/2018

Pertencente a geração de poetas poloneses nascidos no período Entre Guerras, Wilslawa recebeu o prêmio Nobel em 1996 e também recebeu vários prêmios na Polônia e no exterior, dentre os quais o prêmio Goethe, na Alemanha, em 1991; o prêmio Herder, na Áustria, em 1995, e o prêmio do Pen Club polonês, em 1996.

Ela foi uma mulher discreta, avessa a viagens e badalações literárias e pouco conhecida fora da Polônia. Sua poesia ultrapassou as barreiras da língua e ganhou o mundo por variados países.

A autora nasceu num vilarejo chamado Bnin em 1923, estudou literatura e sociologia na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, porém não se formou. Casou-se com o poeta Adam Wlodek em 1948 e se divorciou em 1953. Não se conhece muito sobre a vida privada de Szymborska, uma mulher que estreou como poeta em plena era stalinista.

Os dois primeiros volumes de poesia da autora seguem a cartilha da ideologia vigente, tratando de temas edificantes em tom otimista. Symborska não é uma poeta prolífica e em cinco décadas publicou apenas doze pequenos volumes de poesias que somam algumas centenas de poemas.

Suas poesias retratam questões filosóficas ligadas ao ser humano e sua posição como parte integrante da natureza. Ela trata de temas não comuns a poesia, como a relação das ciências naturais, mas fala de questões relacionadas à história e ao mito. Assuntos que tangem à Guerra do Vietnã e ao terrorismo, bem como as torturas estão presentes nos seus textos.

A perspectiva dos seus poemas é feminina, utiliza-se de ironia e seus temas mais complexos são tratados de modo acessível. Penso que conhecer sua obra por meio desse livro é uma excelente forma de fugir do comodismo literário. Precisamos conhecer novas poetisas!
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Rafa 26/11/2018

Wisława Szymborska – Poemas
Saudações literárias, queridos leitores do blog Revista Conexão Literatura, tudo bem com vocês? Espero que estejam bem! O post de hoje é uma viagem direta para Polônia, para conhecer uma incrível coletânea de poemas.

Wisława Szymborska foi uma premiada escritora, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, até então desconhecida aqui no Brasil, uma grande poetisa que estava escondida até o presente momento ao meu alcance.

Uma obra indispensável para quem gosta de poesia, Szymborska possui uma sutileza e simplicidade na escrita, deixando transparecer abertamente todo o seu sentimento em cada verso escrito.

Editora Companhia das Letras fez um trabalho ímpar, em selecionar os textos da grande poetisa, uma obra com trabalho gráfico impecável, com fontes adequadas proporcionando uma leitura agradável em qualquer horário do dia ou da noite.

Definir com duas palavras, toda poesia contida na obra: Grandeza Poética! Através de cada poesia de Szymborska é viajar para longe, esquecer completamente aonde estamos e ir direto para terra natal da autora, conhecer toda cultura através de seu trabalho.

Vale a pena? Com toda certeza! Essa obra deve ser apreciada com leveza, sem pressa, curtir cada poesia de forma única.
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Carol 05/11/2017

É bem diferente do tipo de poema que até então estava habituada a ler. É como se houvesse uma narrativa dentro do poema. Não é leve. Tem muito conteúdo, faz pensar, não é palatável, digerível de imediato.
Me causou um estranhamento. Um cansaço. Não era bem o que eu estava esperando.
Devo ler outras coisas da autora para ter uma opinião melhor fundamentada.
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Adriana Scarpin 02/11/2016

Gato num apartamento vazio
"Morrer — isso não se faz a um gato.
Pois o que há de fazer um gato
num apartamento vazio.
Trepar pelas paredes.
Esfregar-se nos móveis.
Nada aqui parece mudado
e no entanto algo mudou.
Nada parece mexido
e no entanto está diferente.
E à noite a lâmpada já não se acende.

Ouvem-se passos na escada
mas não são aqueles.
A mão que põe o peixe no pratinho
também já não é a mesma.

Algo aqui não começa
na hora costumeira.
Algo não acontece
como deve.
Alguém esteve aqui e esteve,
e de repente desapareceu
e teima em não aparecer.

Cada armário foi vasculhado.
As prateleiras percorridas.
Explorações sob o tapete nada mostraram.
Até uma regra foi quebrada
e os papéis remexidos.
Que mais se pode fazer.
Dormir e esperar.

Espera só ele voltar,
espera ele aparecer.
Vai aprender
que isso não se faz a um gato.
Para junto dele
como quem não quer nada
devagarinho
sobre as patas muito ofendidas.
E nada de pular miar no princípio."
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