Hevilyn Santos 12/02/2024O MELHOR LIVRO QUE EU JÁ LIO Sol é para Todos é um livro narrado através da visão de Jean Louise (Scout), uma menina de seis anos de idade que vive com Atticus Finch (seu pai, que é advogado) Jem (seu irmão) e Calpúrnia, a governanta da casa. A história do livro se passa na cidade de Maycomb, Alabama, em meados de 1930. No livro, podemos ver uma clara divisão da cidade. Em um lado viviam as famílias brancas e de outro, os negros, que eram pobres e de vida de extrema humildade.
Na primeira parte do livro, Scout narra sobre a vida pessoal e descrição dos moradores, suas brincadeiras com seu irmão e o amigo de ambos, o Dill e em especial sobre Arthur Radley, ou "Boo" como eles o chamavam. Arthur era um homem solitário que poucas vezes fora visto pelos moradores da região, mesmo os mais antigos. O mistério acerca de Boo e da casa dos Radley foi suficiente para alimentar a imaginação das crianças e Scout narra as aventuras que tiveram e como passaram atormentando Arthur de todas as formas para tentar fazer com que ele saísse de casa, mas ainda assim mantinham um certo receio, pois as histórias a respeito de Boo sempre causavam medo o suficiente para fazer com que as crianças não fossem longe demais com as suas tentativas. Confesso que até eu ficava com receio e imaginando o Arthur como um homem violento que a qualquer momento poderia sair e fazer alguma maldade com as crianças.
A segunda parte do livro foca no julgamento de Tom Robinson, um homem negro acusado deter estuprado Mayella Ewell, uma jovem branca. O pai de Scout, Atticus foi escolhido para a defesa de Tom, o que gerou um assunto de tamanha proporção em Maycomb e Scout passa a narrar todo o preconceito que ela e sua família sofreu pelo fato do pai estar defendendo um homem negro.
Durante o julgamento, Atticus utilizou de todas as provas possíveis para restar provado a inocência de Tom, contudo, o júri acaba por condená-lo, deixando claro a forte presença do preconceito, que apesar de não haver provas contundentes contra ele, o fato de ser o negro bastou para que ele fosse dado como culpado.
Ao final do livro, Scout narra sobre Arthur Radley, um personagem que foi bastante explorado no início e que sempre me gerou tamanha curiosidade para entender o motivo de ele não sair de casa e nunca ser visto por ninguém. Devido a um acontecido, Arthur salva Jem e Scout e acaba matando o pai de Mayella Ewell que havia tentado a vida das crianças para se vingar de Atticus Finch.
Antes de encerrar o livro, Atticus conversa com Scout e explica que Arthur não poderia ser condenado por assassinato, pois seria como "matar um rouxinol". Confesso qque fiquei bastante intrigada com essa expressão e fui procurar entender. O livro em inglês chama-se "To Kill a Mockingbird" o que significa "matar um pássaro", uma vez que "mockingbird" é uma espécie de ave existente naquela região e na versão do português ficou "rouxinol" para representar essa ave. O rouxinol representa a inocência, e mata-lo é como matar a própria inocência, como condenar alguém puro, cometer um ato de injustiça :'(.
Eu terminei o livro há alguns dias e eu não conseguia fazer uma resenha para ele, justamente porque senti muitas coisas ao lê-lo e seria difícil transmitir em palavras a tamanha grandiosidade dessa obra clássica. Sem sombra de dúvidas, O Sol é para todos se tornou o meu favorito e eu continuarei panfletando o quão maravilhosa e genuína é essa leitura, simplesmente leiam!!
"A maioria das pessoas são boas quando finalmente as conhecemos"
- Atticus Finch