Filhos do Éden

Filhos do Éden Eduardo Spohr




Resenhas - Anjos da Morte


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George 25/06/2013

O melhor livro do Dudu!!!
Todos aqui conhecem o best seller A batalha do apocalipse, mas aqui não estou eu, para encher novamente de louros esse mega livro (meu favorito entre todos os autores masculinos nacionais e internacionais); estou aqui para resenhar sobre AdM!

Em primeiro lugar, como o próprio título da resenha já entrega, em minha humilde opinião o melhor livro do Eduardo Sphohr, mas George você está louco? Bom em certo ponto de vista sim! Eu diqo a todos os que conheço que AbdA é INCRÍVEL, perfeito e coisa e tal, mas o AdM se tivesse sido o primeiro da Série com toda a certeza seria meu livro predileto, desbancando meu aclamado Hades Terra Inversa... Bom vamos ao porque.

Anjos da Morte mistura todo o aclamado Spohrverso em um turbilhão de emoções como: drama, romance, mistério e guerra, principalmente guerra.
Mesmo essa nossa juventude, que não acompanhou todos esses acontecimentos históricos, se sente envolvida e até vive as principais batalhas mundiais do século.
O clima de intrigas e traições é emocionante, as batalhas são descritas com grande maestria (como sempre!) e todos os personagens são minuciosamente detalhados.
Não estou aqui "puxando o saco do autor" longe disso, mas AdM conseguiu algo que poucos outros livros conseguiram em minha opinião. Tornar-se maior que a própria história... Gerar em você sentimentos diferentes ao dormir, vontade de devorar tudo relacionado a 1ª grande guerra e a 2ª, ter certeza definitiva que os EUA tomaram um pau dos vietcongues rsrsrs! Bom pra finalizar talvez esteja escrevendo aqui a maior besteira de todas e que vai ficar gravada aqui mas dificilmente o último volume da trilogia irá supera-lo. Bom, como o Cavaleiros das trevas foi o melhor da trilogia eu arriscou dizer, ou melhor eu confirmo que nem os deuses nórdicos superarão toda essa trama muito bem emaranhada em AdM!

Parabéns Dudu!
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Ana 25/06/2013

Anjos da Morte: uma viagem pela História enveredando-se pela mente de um “Anjo Soldado”.


Apenas uma breve consideração: Sou apaixonada por anjos.
Sendo assim, inevitavelmente, também estou apaixonada por Anjos da Morte, Herdeiros de Atlântida e A Batalha do Apocalipse, livro que me apresentou ao escritor Brasileiro, e nerd assumido, Eduardo Spohr.
A maioria dos livros com temáticas celestiais são os famosos YA e suas características previsíveis: um anjo que se encanta por uma mortal, uma mortal que se apaixona por seu anjo da guarda e até mesmo anjos caídos que se transformam em seres “melhores”. Diferentemente disso, Sporh traz em sua narrativa uma visão mais madura sobre o tema proposto, fundindo História – e seu âmbito científico – com forças sobrenaturais – algo totalmente invisível aos nossos olhos e de âmbito duvidoso.
Logo no início temos um apêndice com a explicação das personagens. Uma das coisas que me assusta nos livros de Spohr é a quantidade de personagens com seus nomes estranhos. Sempre pensei que esse seria um dos grandes empecilhos para a fluidez da leitura, já que abandonei vários livros devido ao excesso de personagens com nomes muito elaborados. Porém, felizmente, assim como em Crime e Castigo de Dostoievsky, a narrativa me “pegou” de tal forma que não me importei com os nomes e me atentei à explosiva aventura que se modelava página por página.
Usando A Segunda Guerra Mundial como plano de fundo, Sporh nos leva a compreender as terríveis coisas que um soldado passou naquela guerra. Reavivando nossa memória histórica, somos jogados ao front e lutamos junto com as personagens. Nesse livro em questão, temos um Denyel mais desenvolvido, modelado, forte. Apesar das constantes provações que ele passa ao longo da estória, conseguimos identificar sua força e sua malícia, herdada dos humanos.
Li Anjos da Morte logo após ter concluído a leitura de um livro que retratava a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, 1942 de João Barone, dessa forma, já estava devidamente informada sobre muitas coisas, especialmente, termos pertencentes a esse universo caótico. Com uma bagagem boa sobre assuntos históricos, foi deliciosamente prazeroso mergulhar de cabeça na narrativa de Spohr e me aventurar com Denyel e todas as outras personagens.
Quer se aventurar num universo fictício, com seres alados devidamente fardados e ainda aprender muito sobre História de uma forma que não se aprende na escola?
Então leia Anjos da Morte.
Prepare seu rifle para chegar até o final.
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Graça 25/06/2013

Anjo Guerreiro
Não é possível começar a descrever Filhos do Éden, Anjos da Morte sem falar da viagem que se faz por caminhos e lugares tão exóticos, percorrendo a história de que se tem notícia. O que nos leva em seguida a sentir a degradação Denyel vai passando paulatinamente, um anjo cujo maior desejo é lutar numa batalha justa, ser o guerreiro pelo qual foi criado. Vê-lo perder pouco a pouco o caminho que faz com que ele se torne um guerreiro digno enquanto transpõe o tempo e o espaço. Ao longo do livro se percebe que várias perguntas são formadas na mente do anjo e bem poucas respostas são obtidas o que o leva a própria degradação. Faz também com que se perceba o que a guerra é capaz de fazer com qualquer pessoa seja ela um ser humano ou um anjo, bastando fechar os olhos após cada narrativa de cada ambiente em que ele esteve que mesmo sendo quem é não passou despercebido. Denyel sente tudo e todos que estão a sua volta sem nada poder fazer a respeito, sendo limitado a obedecer ordens. Quantas vezes nós mesmo nos vemos em situação igual tendo de aceitar uma situação ou outra por força da circunstância em que estamos envolvidos. Assim, ele se torna nosso exemplo mais fiel do que é estar a mercê de pessoas que possuem o poder, mas o usam como uma arma de causar medo e humilhação. Os pequenos detalhes que fazem com que Denyel tente levar um dia após o outro, passando os anos num redemoinho de emoções vazias, único ponto em que ele se sente seguro. Impossível não se compadecer da trajetória deste anjo da morte e aguardar com ansiedade que ele tenha algo próximo a um bom final.
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Ramon 05/01/2021

Um dos melhores que já li. Spohr apresentou-nos não somente o cenário fascinante do século XX, mas também levou-nos a conhecer personagens muito interessantes. É uma sequência que faz jus ao já excelente primeiro livro.
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Andréa 26/06/2013

Uma viagem ao mundo bélico.
Filhos do Éden - Livro 2 - Anjos da Morte
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus
Páginas: 586
Ano: 2013
ISBN: 9788576862451

Eduardo Spohr, carioca de 37anos, autor de A batalha do Apocalipse e Filhos do Éden 1 – Herdeiros de Atlântida, lança sua terceira obra intitulada Filhos do Éden 2 – Anjos da morte. Uma continuação da saga de Denyel, um anjo exilado que é um dos heróis no primeiro livro.
O livro consegue tratar de duas histórias em dois tempos completamente diferente sem perder o foco. Kaira, Urakin e Ismael seguem sua missão em tempos modernos, para resgatar o amigo exilado que foi tragado pelo redemoinho cósmico do rio Oceanus, após a batalha na fortaleza de Athea( fato ocorrido no livro 1 – Herdeiros de Atlântida) enquanto do outro lado o leitor visualiza Denyel em pleno combate na Segunda Guerra Mundial.
Denyel é o foco do livro, uma vez que o escritor retrata todo seu passado descrevendo toda sua trajetória junto ao esquadrão dos anjos da morte.
Nosso herói irá passar pela invasão das tropas aliadas à Europa, durante a Segunda Guerra Mundial até a queda do Muro de Berlim no final de 1989.
Spohr consegue fazer um riquíssimo levantamento histórico e ainda fazer com que o fictício caminhe ao lado de fatos reais levando o leitor a viajar pela história de forma harmoniosa e fantástica.
À medida que vamos nos aprofundando na leitura faz-se em nossa mente todo um cenário bélico do qual temos todas as riquezas de detalhes da época que o autor descreve com maestria.
O livro nos faz refletir sobre toda essa louca obsessão do ser humano pelas guerras.
Mesmo a história sendo fictícia nos remete a analisar todos esses momentos em que o ser humano precisou matar milhares de outros seres humanos em prol de algo que muitos nem ao menos sabiam por que lutavam.

Andréa Ferraz de Oliveira
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apenas.sarah 04/01/2021

O livro merece as 4 estrelas e o autor também
A pesquisa detalhada que ele fez, todo o trabalho com as castas angélicas, enredo, personagens e mais valem isso.

Eu gostei da história, dos personagens (principalmente do Denyel), mas o livro não me cativou.

Sou uma ninguém para dizer o que era necessário ou não, o que poderia ser tirado ou não. Mas como leitora a minha opinião é: o autor se preocupou demais com as guerras terrenas e acabou deixando de lado o propósito de outros personagens. O que era verdadeiramente importante ㅡ no caso o plano da Kaira no tempo presente ㅡ foi muito pouco apresentado.

O real foco de Anjos da Morte é o Denyel durante as Grandes Guerras Mundiais e os eventos seguintes na história. O autor poderia muito bem ter feito desse um livro extra apenas da jornada dele e dado mais importância a Kaira, os poderes dela e o plano, assim como os que a acompanham: Ismael e Urakin.

Estou abandonando o livro no capítulo 49 porque já estou cansada de precisar procurar motivação para continuá-lo. A história não está me prendendo, ainda mais porque sinto que ela não está caminhando para lugar algum.

Desejo todo o sucesso ao Eduardo Spohr, é muito bom ver livros tão potentes na literatura brasileira
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Eberson 29/06/2013

Anjos, corrupção, panzers e muita adrenalina!
É assim que o novo romance de Eduardo Spohr, Filhos do Éden: Anjos da Morte veio parar nas trincheiras das melhores livrarias do país.
Com a já consagrada e singular característica de Spohr em infiltrar sua legião de anjos em momentos épicos de nossa história, a obra remete o leitor à experiência de estar na tensão de um bunker da Segunda Guerra e até descobrir grandiosas cidades e fortalezas antediluvianas.

A continuação da trilogia Filhos do Éden agora tem como história central a odisseia de Denyel, um anjo da morte obrigado a conviver diariamente com as fraquezas e o desafiador senso de sobrevivência da humanidade em períodos de extrema intensidade como as guerras do século XX, relevando um lado obscuro e singular na visão do indivíduo e não dos acontecimentos que todos nós conhecemos. Apesar dos momentos mais reveladores serem do passado do protagonista, Kaira e seus amigos continuam sua jornada e este paralelismo de tramas dá um tom inovador, menos cansativo ao ler este novo livro com quase 600 páginas!

A narrativa envolvente traça um rodízio entre os temas centrais e adjacentes da obra dando uma velocidade interessante à leitura, permitindo que o leitor desfrute de ingredientes históricos e atuais da cultura mundial sem ficar entediado. Os capítulos curtos entre cinco e seis páginas instigam a vontade de ler mais e mais, tornando-os mais agradáveis em qualquer momento do dia, com a facilidade de interromper sem perder o raciocínio.

Com este jogo rotativo de cenários e histórias, FdE: Anjos da Morte torna-se empolgante pelos diversos clímax existentes na vida pregressa de Denyel e nas aventuras de Kaira, tirando o fôlego do leitor do começo ao fim!
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Nikita Chrysan 29/06/2013

O Soldado Exilado e a Missão da Arconte
Algum dia você já se imaginou fazendo parte das grandes batalhas da humanidade? Das guerras e conflitos internacionais que encheram a história do século XX? E o que você se tornaria se tivesse que passar por todo esse universo de acontecimentos, e observar o quanto é ínfima a vida de um ser humano, sabendo que o companheiro ao seu lado pode não sobreviver ao próximo ataque? É para esse passado tão presente que Eduardo Spohr nos leva em seu último livro, Filhos do Éden – Anjos da Morte.

Segundo livro da série Filhos do Éden e novo exemplar dentro do universo de A Batalha do Apocalipse, Anjos da Morte dá continuidade a história de seu predecessor, Herdeiros de Atlântida, contando o passado de Denyel, o querubim exilado que durante séculos precisou viver na Terra e se misturar a raça humana, adquirindo seus costumes e lutando suas guerras, sem poder interferir, sem poder ajudar, e tornando-se ele mesmo mais humano do que poderia sequer imaginar.

Para poder observar e registrar a história humana, em uma época que o tecido da realidade não permitia aos anjos a plena observação dos acontecimentos terrenos, os Malakins, anjos vigilantes responsáveis pela documentação dos séculos e manutenção do conhecimento na grande biblioteca celeste, ganharam permissão para coordenar um grupo de guerreiros que permaneceram entre os humanos para observar seu cotidiano. Este grupo ficou conhecido como o esquadrão dos Anjos da Morte, e seus integrantes passaram a carregar o título de anjos Exilados, sendo os únicos celestes com permissão para atuar na Haled (Terra), com exceção apenas da casta dos Elohins.

Sendo esse o contexto principal do livro, e tendo Denyel como o personagem escolhido para nos mostrar o dia a dia desses anjos, o leitor pode experimentar a história a partir da visão de um guerreiro que deve seguir ordens, mas ao mesmo tempo busca preservar o mínimo da honra e de seus próprios valores. Sendo um querubim ele deve seguir ordens, mas para isso terá que abrir mão de muitos dos próprios ideais, e infelizmente deixar de lado seus desejos de lutar grandes batalhas, com todos os louros e virtudes de um duelo justo e glorioso. Com o passar do tempo Denyel vai se tornando mais humano, experimenta nossas dores e fraquezas, compartilha de nossas escolhas e medos, e sente as necessidades pelas quais o corpo e a carne tanto clamam. As lutas já não mais saciam o espírito, a bebida não mais completa o dia e o futuro não tem mais o seu brilho, e a vida passa a mostrar que a solidão não é mais uma escolha, mas um castigo.

Porém não é apenas de história que o livro é regido. Entre os capítulos com o passado de Denyel, Spohr nos apresenta o presente de Kaira. Ishin da província do fogo e arconte do Arcanjo Gabriel, Kaira se vê responsável por liderar uma importante missão secreta dada a ela pelo próprio líder, cujo resultado pode mudar completamente o rumo da guerra no céu e a própria existência dos anjos. No entanto, presa entre a vontade e o dever, ela acaba por adiar essa missão, e ao lado de seu velho companheiro Urakin e o novo integrante Ismael, se lança em uma jornada em busca da segunda cidade perdida desde a época do grande dilúvio, Egnias do Império Atlante.

Durante a busca pela cidade o coro se depara com incríveis mistérios perdidos e esquecidos pela humanidade, templos e construções grandiosas, lendas, mitos e crenças que jamais imaginariam tomar parte, bem como locais que antes já foram alcançados, mas que foram escondidos ou perdidos, talvez por vontade de uns, ou pelo desaparecimento súbito de outros.

De Londres ao Nepal, da Índia ao escaldante deserto africano, não importa o perigo e as provações, Kaira busca Egnias incansavelmente. A celeste precisa seguir em frente, para alcançar a cidade e encontrar o rio Oceanus, para obter respostas, para localizar um companheiro e poder então seguir com sua missão, para cumprir uma promessa... para salvar Denyel.

O mais interessante em Filhos do Éden – Anjos da Morte é a forma com que somos presos ao livro no decorrer de cada página, e como nos vemos e compreendemos as dores e anseios dos personagens. Kaira é uma celeste que por um tempo achou que era humana, por isso experimentou sensações que ainda não sabe se são genuinamente suas ou não, e agora precisa comandar uma equipe que se desviou da missão inicial em prol de alguém que a alguns meses nem mesmo conhecia. Denyel é um guerreiro preso a missões suspeitas e mortais, que podem não somente ferir o corpo, mas acima de tudo sua mente e espírito, que por fim optou por se afastar de tudo e de todos, mas com a destreza de quem preservou coragem de se sacrificar em nome de alguém.

Eduardo Spohr não só nos mostra simultaneamente o que acontece em cada momento, mas também nos deixa ansiosos por cada capítulo que virá em seguida. Por várias vezes virei a página do livro querendo ver a continuação dos acontecimentos de Denyel, mas acabava com raiva por ver que a história falava de Kaira, porém ao final do mesmo capítulo, já estava ansiosa por saber o que aconteceria com a mesma, e me via novamente irritada ao perceber que em seguida o livro falaria novamente de Denyel. Creio que isso se deve a ótima forma de escrita com o qual o livro é feito, tendo o poder de prender o leitor a cada capítulo como se este fosse único, mas sem perder o sentido de um todo.

Acima de qualquer crítica frente a ideologias e culturas, a crenças e religiões, Anjos da Morte segue o padrão dos livros anteriores e mostra um mundo múltiplo e dinâmico, vasto e heterogêneo. Adicionando a este os acontecimentos históricos, vemos não só soldados lutando guerras e se transformando em apenas números e estatísticas. Vemos pessoas, amigos e familiares que em um momento estão confraternizando, e em outro precisam contabilizar seus mortos. Vemos um país receber de volta seus filhos sobreviventes, com o pesar de quem perdeu tantos outros, mas onde ao mesmo tempo o retorno de muitos não significou descanso e paz, mas apenas uma pequena pausa antes que novas missões e tormentas se fizessem presentes.

E assim entendemos que no fundo a culpa é nossa. Fomos agraciados com a vida na Terra, ao lado dos amigos e da família, mas acabamos olhando mais para o que o outro possui, e por isso lutamos, guerreamos e nos matamos. Mas sem glória mesmo nas vitórias, pois destruímos apenas a nós mesmos, e diferente dos celestes regidos pelo dever da casta, matamos uns aos outros e o planeta com a escolha que o livre arbítrio da humanidade nos oferece.
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Jose 11/07/2013

Minha inspiração
Quando eu li a Batalha do Apocalipse, cara esse livro fez minha cabeça e imaginação voar, venho muitas ideias, muitas historias e quando cai na real tinha criado um mundo completamente novo.
Comecei a brincar de escrever um livro, claro só brincar rsrssrsr, mas quando vi a historinha estava legal, no meu ponto de vista é claro, teve uma hora que empaquei, perdi a vontade de escrever, quando fiquei sabendo que Eduardo Spohr tinha lançado um segundo livro, baseado no anterior corri para comprar o Herdeiro do Atlântida, nossa o livro foi muito bom, me animou a escrever novamente, agora compre o Anjos da Morte, ta muito massa, como sou um fã da segunda guerra estou me identificando muito com esse livro.
Eduardo Spohr continue sempre com essa imaginação e esses trabalhos excelente, porque inspiram vários jovens nerd de todo o Brasil, sucesso na sua nova obra Paraíso Perdido.
Agora vou mostrar um pouco da minha historinha inacabada

Guerra o apocalipse Caído

O verdadeiro inimigo.

Em uma noite de lua cheia, sem nuvens no céu, no coração da floresta Amazônica havia uma clareira com aproximadamente 1 km quadrado, em cada extremidade haviam várias pilastras com tochas acesas, cada uma com 3 metros de distância uma da outra formando um círculo perfeito, o chão estava coberto por ossos humanos, esqueletos de homens, mulheres e crianças de todas as idades, várias adagas e tochas ainda acesas espalhados por todo o terreno, o vento soprava cinzas de um lado para o outro, o cheiro de morte infestava o lugar.
O círculo começava e terminava no pé de uma montanha, onde havia um túnel que ardia em chamas, à sua esquerda estava um palco e em cima, um altar de pedra pintado de vermelho escuro e atrás dele estava um homem branco, forte, com o rosto todo deformado por queimaduras ainda recentes, trajava uma batina escura com uma estola de padre vermelha com dois pentagramas desenhados em cada ponta, estava olhando para o centro do circulo, onde avistou uma pessoa ainda em pé.
_ Por que este infiel não deu uma gota de seu sangue? - perguntou para si mesmo.
Esse homem que estava em pé, olhava firmemente para as chamas da caverna como se esperasse que algo saísse de lá, vestia um manto branco, seus olhos eram castanho claros, pele branca, o cabelo não podia ser visto pois usava uma touca de baixo do capuz, uma mascara de pano branco cobria o nariz e a boca, definindo bem as formas de rosto, e na mão portava uma adaga idêntica às milhares que estavam espalhadas pelo o chão.
_Será que esse é o fim da humanidade? - Perguntou para si mesmo, sem saber se seria capaz de salvar o mundo dessa vez.
De repente ao seu lado, cai outro guerreiro, tinha olhos azuis, pele branca, usava roupa militar camuflada, no lugar do capacete uma boina verde, nas costa uma mochila retangular com uma grande antena, era um rádio, o impacto deste soldado contra o solo fez ossos e terra subirem ao ar.
_ Não temas civil! - Disse o chefe supremo da nação, levantando lentamente e olhando firme para túnel - _Seu fuhrer está aqui.
_Você?! - fala o mascarado, não acreditando no que via - _Pensei que tinha lhe matado naquela floresta.
_Alquimista! - olhou surpreso - _Não me diga que você esta envolvido nisso?
_ Não, infelizmente acho que estamos do mesmo lado dessa vez.
Um vento forte saiu de dentro da caverna de fogo, jogando cinzas para o ar, várias vozes em forma de sussurro se escutava ao longe, uma imagem sombria começou a surgir entre as chamas, aparentava ter dois chifres enormes, asas de morcego abertas, corpo esquelético, a única cor que se podia definir era a dos olhos, que brilhava em um tom vermelho sangue.
_Ele está chegando! - disse o mascarado em um tom um pouco assustado.
_Quem está chegando? _ perguntou o fuhrer, sem saber de quem se tratava.
Uma voz demoníaca sai em meio ao fogo:
_Olá Guerra, à quanto tempo.
_Guerra? - Pergunta o alquimista - Você se chama Guerra?
_ Essa voz! Eu conheço essa voz. – exclama fuhrer.
Então a entidade sai do meio do fogo, mas sem sair do túnel, e foi possível vê-lo melhor, não possuía pele, era só músculo, no lugar da barriga um olho negro de lado que piscava e olhava de um lado para o outro, os dentes eram todos amostra e pontudos e com olhos completamente vermelhos, era uma criatura infernal.
_ Mamom!_ gritou fuhrer em tom surpreso.
_Você conhece esse demônio? _pergunta o alquimista.
_Sim, derrotei ele no inferno à algum tempo atrás.
_ Então este é o filho do Diabo. – concluiu o alquimista.
Guerra balançou a cabeça confirmando a alegação de seu novo aliado e completou:
_Mas o que ele faz aqui?
A estranha figura que estava em cima do altar esticou o braço direito em direção a um esqueleto, que estava na frente da caverna, a mão estava aberta quando de repente um olho se abre em sua palma, era idêntico ao de Mamom, o esqueleto se ergueu e nesse momento órgãos, músculos e pele começaram a recompor seu corpo.
_Vamos, temos que detê-lo antes que... - gritou o alquimista mais já era tarde.
O corpo já estava completo e Mamom já havia possuído o sua nova forma humana, era de um homem negro, forte, cabelos crespos e curtos, de olhos vermelhos como se estivesse irritado por algum produto químico; o filho do Diabo olhou para seu novo corpo.
_ Opa! Estou nu - falou com um sorriso malicioso e em um estalar de dedos um terno preto, sapato e gravata cobriram seu corpo. - Assim está bem melhor você não acha?!
Guerra ficou enfurecido com a provocação do Demônio e virou-se para o mascarado que estava ao seu lado.
_Não posso derrotar os dois sozinho, preciso de sua ajuda.
_Mamom é muito poderoso nem mesmo nós dois juntos conseguiríamos vencê-lo.
_Talvez no inferno não, mas aqui com corpo humano ele é vulnerável.
_ Entendi, no inferno ele é igual um deus, mas aqui ele é mortal como um humano.
_Isso mesmo, você pega o alto sacerdote e eu acabo com Mamom.
_ Deixa comigo!
Então pegou um tubo de aço com aproximadamente 25 centímetros de dentro do seu manto e em alguns segundos se transmutou em um bastão de aço de um metro meio, correu em direção do alto sacerdote que rapidamente apontou as duas mãos abertas, e dois olhos se abriram, disse algumas palavras em um idioma desconhecido, e dezenas de esqueletos se levantaram com adagas nas mãos, prontos para proteger seu mestre. No mesmo momento Mamom reagiu.
_Você não irá me vencer!
Esticou o braço com a mão virada para cima em forma de garra em direção de Guerra, nesse momento uma forte onda de energia invisível foi arremessada, rasgando o solo e jogando ossos e pedras enormes para o alto. No mesmo instante Guerra contra atacou com as duas mãos abertas apontadas para a onda de choque que vinha em sua direção, a velocidade foi tanta que uma nuvem de cinzas se levanta atrás dele e uma onda de energia com a mesma proporção de Mamom é atirada, o impacto das duas energia é devastadora...

O julgamento

30 anos antes...

Neste mesmo instante no palácio da luz no primeiro céu, ocorre o julgamento do cavaleiro do apocalipse chamado Guerra. De pé, com as mãos presas por algemas de ouro celeste, que inutiliza qualquer força mística, com a cabeça baixa, Guerra parecia esta arrependido por tudo o que já fez.
Atrás dele, estavam três figuras aterrorizadoras, lado a lado, o primeiro deles era muito magro, sem roupa alguma, não possuía genitálias e nem mandíbula, a pele era cinza e tinhas cabelos lisos e pretos repartido ao meio e garras no lugar das mãos, o outro à sua direita, estava coberto por um manto cinza, pele albina, coberto por feridas e vermes entrando e saindo pela carne, olhos completamente brancos não existia nem um pêlo ou cabelo no pelo corpo e o terceiro, um esqueleto humano coberto por um manto negro, possuía uma rachadura no crânio que descia o olho direito ao canto da boca, se apoiava em uma foice como se estivesse velho e cansado. Essas três figuras sombrias eram os outros cavaleiros do apocalipse: Fome, Peste e Morte.
Os três cavaleiros assistiam ao julgamento no palácio da luz, era um lugar magnífico, com paredes e colunas de mármore branco, a cor do chão era impossível de se ver, uma névoa branca e refrescante deslizava por todo o ambiente, à frente de Guerra havia uma escadaria com 10 degraus feitos de ouro, no topo três tronos também esculpidos em ouro puro com pequenos detalhes de prata, o trono central era maior do que os outros. Esses assentos eram reservados à trindade santa, Pai no centro, Filho a sua direita e o Espírito Santo à sua esquerda; acima dos tronos, havia uma abertura no teto em forma de círculo, por onde era possível avistar as legiões de anjos voando em patrulha.
No primeiro degrau se encontravam os três arcanjos, com os braços cruzados, suas armaduras eram idênticas, douradas com detalhes em prata, definiam os músculos de forma semelhantes às dos romanos porém coladas no corpo, suas sandálias eram douradas, possuíam longas espadas presas na cintura dentro de bainhas feitas de couro marrom, com asas longas e brancas recolhidas junto ao corpo, que iam da cabeça aos pés.
O arcanjo Rafael era de pele branca, com olhos azuis como o mais límpido e profundo oceano, cabelos longos e dourados e rosto juvenil; levava a alcunha da “Cura de Deus”. Ao seu lado estava o arcanjo Miguel, este era moreno e seus olhos escuro como a noite, forte, cabelos pretos e ondulados, o rosto era de um homem mais maduro levava a alcunha de “Quem com Deus” e por último estava Gabriel, era branco, possuía longos cabelos ruivos e olhos vermelhos como fogo, era forte como Miguel, porém com um rosto mais sereno, sua alcunha era o “Poder de Deus”.
Três círculos de luz desceram do teto, cada uma pousou em um trono, essas luzes começaram a obter formas humanas, todos olharam impressionados a misteriosa cena, exceto os arcanjos que não tirava os olhos de cima de Guerra, prontos para reagirem a qualquer mínimo movimento dele.
O primeiro a ganhar forma foi o Filho, que vestia uma túnica branca reluzente, descalço com estigmas nas mãos e pés, e uma coroa de espinhos na cabeça, símbolo de seu sacrifício, sua pele era morena, cabelo crespo e de cor escura que descia suavemente ate os ombros e com barba igualmente longa, o segundo foi Deus com o mesmo traje de seu filho porém sem a coroa de espinhos, tinha barba e cabelos longos e de cor branca, pele clara, seu rosto era impossível de se ver, por causa de uma forte luz que surgia por detrás de sua cabeça, por último surge o Espírito Santo, completando a santíssima trindade, geralmente se manifestava por um simples e puro círculo de luz azul, mas dessa vez trajava o mesmo corpo que usou para impedir o Apocalipse na batalha que conhecida como a "Batalha Divina", era um corpo de um robô todo prateado, com aparência humana exceto pela cabeça que era similar a um capacete preto de motociclista, a parte onde começaria a viseira se estende ate a nuca,não era transparente e sim espelhada, acima da cabeça uma auréola dourada, indicando que ele estava morto, asas metálica de anjos, afiadas como navalhas, usava um bracelete dourado em cada braço, cada um com uma inscrição, em um dizia Amor e no outro dizia Paz.
Assim que toda a trindade estava materializada, todos os que estava ali presentes se ajoelharam, exceto os arcanjos que estavam em posição de guarda, observando o cavaleiro do apocalipse Guerra.
_ Levantem meus filhos - disse Deus em um tom de voz suave e imponente e voltando seu olhar para Guerra, volta a dizer - Cavaleiro do apocalipse Guerra, você esta ciente do que fez?
Ele apenas baixou a cabeça em sinal de arrependimento. Guerra era um alemão puro, olhos azuis, cabelos loiros e curtos, vestia uma farda e coturno preto, portava uma pulseira também preta com inscrições estranhas no braço direito, no pescoço carregava uma medalha chamada cruz de ferro, dada aos soldados como reconhecimento por bravura no campo de batalha, e no braço esquerdo um bracelete vermelho com um círculo branco no centro e um emblema em preto, chamado suástica.
_ Novato! vai ter o que merece - sussurrou Peste para Fome que concordou balançando a cabeça, enquanto o Morte não tirava os olhos do condenado.
_ Senhor eu só fiz o que fui criado para fazer - disse Guerra em uma tentativa de se defender.
_ Você só fez o que foi criado para fazer? - disse Deus em um tom irônico - Você é apenas um símbolo, um dos quatros selos que acabaram de ser abertos.
_ Um dos quatro selos? - olhou para Deus com expressão assustada - Mas senhor, esses selos não seriam aberto apenas no fim dos dias?
_Os dias da humanidade já estão contados desde que Adão e Eva comeram o fruto proibido no paraíso - respondeu o filho com uma voz suave e tranqüila - O primeiro selo aberto foi a Morte, com o assassinato de Abel, o segundo foi a Fome com os sete anos de fome que o Egito passou porque o faraó não deu ouvidos à José, depois a Peste com a aparição da peste negra que arrasou a Europa medieval e por fim você, com a maior guerra que o mundo já viu. E ainda existem mais três selos a serem abertos.
_ Quais seriam os outros três símbolos que ainda faltam?
_ O quinto selo será a vinda o anticristo, o sexto será a paz mundial sem nem uma forma de dor ou tristeza e o último será o acontecimento do próprio Apocalipse, mas você e seu irmão pularam dois dos selos - explica Deus - fazendo uma guerra Apocalíptica, com os outros cavaleiros, unindo seus poderes e tornado-se o Apocalipse antes do tempo que eu determinei.
O Apocalipse é a junção dos quatro cavaleiros em um único corpo unificando seus poderes, este acontecimento irá devastar o planeta com as sete trombetas e sete taças, dando inicio ao dia do juízo final, onde Deus e sua legião de anjos virão a terra para a batalha do Armageddon, contra as hordas infernais.
_Meu irmão? - pensou Guerra, sem saber o que aconteceu com ele.
_Você não tem o conhecimento apocalíptico, porque não foi devidamente instruído - disse o Espírito Santo e estendendo a mão direita em sua direção diz - Agora eu lhe passarei toda a sabedoria que um verdadeiro cavaleiro precisa.
Nisso surge uma auréola sobre a cabeça do cavaleiro, que olhou para cima sem saber o que realmente iria acontecer com ele. Em poucos segundos ele tinha todo o conhecimento que precisava, e a auréola desapareceu.
A partir de agora Guerra tinha conhecimento do significado dos sete selos, das sete trombetas e das sete taças. A primeira trombeta causa granizo e fogo que destroem a maioria das plantas de todo o mundo. A segunda causa o que aparenta ser um meteoro atingindo os oceanos e causando a morte de grande parte da vida marinha. A terceira trombeta também aparenta ser um meteoro, mas esta por sua vez atinge os lagos e rios do mundo. A quarta faz com que o sol e a lua se escureçam. A quinta trombeta resulta em uma praga de “gafanhotos demoníacos” que atacam e torturam a humanidade. A sexta trombeta resulta no rio Eufrates secando completamente e os exércitos do anticristo saem para matar um terço da humanidade. A sétima trombeta evoca os sete anjos com as sete taças da ira de Deus.
A primeira taça causa feridas muito dolorosas que aparecem nos seres humanos. A segunda resulta na morte de todo e qualquer ser vivente nos oceanos. A terceira taça faz com que a água os rios se tornem sangue.A quarta taça resulta no calor do sol sendo intensificado e causando grande dor. A quinta taças causa grande escuridão e uma intensificação das feridas da primeira taça. A sexta taça liberta Lúcifer de sua prisão e ele por sua vez se junta com o exército do anticristo para lutar na batalha do Armageddon. A sétima e última taça resulta no fim de toda a vida na terra, e todas as almas serão purificadas, a morte e o inferno serão jogados no lago de fogo e a nova Jerusalém descera do céu, e um novo reino de paz e justiça, sem morte e dor se erguerá sobre a terra.
Esses e muitos outros conhecimentos sobre o início e o fim dos tempos foram implantados em sua mente, agora ele era considerado um verdadeiro cavaleiro do apocalipse, mais ele ainda seria julgado pelos seus erros.
_ Nossa! todo esse conhecimento - disse guerra, espantado com tudo que agora sabia - É magnífico.
_ Mais você ainda é acusado de inicia as batalhas Apocalípticas e Divinas - disse Deus, falando em um tom mais firme - Você destruiu toda a terra, arrasou mais da metade do inferno, céu e o vale das sombras da morte.
O condenado baixou a cabeça, os arcanjos colocaram as mãos nas espadas e os cavaleiros do apocalipse esperavam ansiosos pela sentença de Guerra.
_Sua sentença - continua Deus - Será o exílio em outra dimensão, em um planeta chamado Terra, com apenas 10% de seus poderes apocalípticos e somente irá recebê-los novamente, quando o sétimo selo for aberto.
O condenado olhou para o altíssimo, não acreditando que seria só isso.
_Alguma pergunta? - perguntou Deus.
_Mas, enquanto meu irmão senhor?
_ Seu irmão teve a mesma sentença, e voltará para o planeta que vocês devastaram.
_Mas, senhor ele é a única família que eu tenho.
_Já foi decidido, não irei correr o risco de vocês juntarem forças novamente, tem idéia de quanto trabalho tive para reconstruir tudo?
Deus deu duas batidas com seu dedo no trono e uma porta se abriu na escadaria por detrás dos arcanjos e uma luz dourada como raios de sol sairam de dentro dela, uma bola de luz vermelha desce do alto indo ate o chão, na frente de Guerra e dos arcanjos, em questão de segundos se materializou um ser humano, com as mesmas roupas que o condenado usava, cor dos olhos, cabelo, pele, eram absolutamente idênticos, os dois eram gêmeos. A primeira coisa que ele fez, foi bater os pés, esticar o braço direito para frente o esquerdo foi junto, porque também estava algemado, e gritou:
_ Heil Hitler!
_Himer!
_Ola irmãozinho, te pegaram também?
_Parece que é nosso destino.
O arcanjo Rafael foi em direção de Himer, tirou-lhe a pulseira com apenas uma das mãos e segurou o segundo condenado por trás do pescoço, arrastando-o ate a porta que se abriu na escadaria.
_Solte-me! Solte-me! - gritou e se debateu como um louco - Seu traidor, você é um ariano puro porque anda com esses bastardos? - pensado que Rafael era um alemão igual à ele - Irmão! Porque me abandonaste? Por quê?
Guerra olhava sem poder fazer nada, mas seu sangue começou a ferver, afinal não queria nada disso, poderes, conhecimento, imortalidade, só queria proteger seu país, seus entes queridos. Sua face antes de arrependido, agora mudara para pura raiva, afinal era seu único irmão que ainda estava vivo, era sua única família, em sua pulseira, uma das inscrições que mais parecia uma letra “M” ficou vermelho como ferro na brasa, a névoa ao seu redor começou a se afastar, todos os olhares se voltaram para Guerra, exceto de Rafael quem continuara a levar Himer para a porta.
_ O que está acontecendo? - pergunta Fome.
_Eu não faço idéia. - responde Peste.
A Morte segurou a foice firme, pronta para reagir a qualquer ataque do inimigo. Rafael se preparava para jogar o prisioneiro, quando um forte grito ecoou pelo palácio, era Guerra enfurecido, Rafael jogou Himer, um forte estralo de correntes se rompendo pôde ser ouvido, eram as algemas que haviam sido quebradas, o condenado salta em direção dos arcanjos, para tenta salvar seu irmão.
_ Impossível - fala o Espírito Santo, sem acreditar que ele havia conseguido romper as algemas.
Quando Guerra saltou para atacar Rafael, duas espadas foram arremessadas em sua direção, atravessando-o no ombro direito e esquerdo, seu corpo foi jogado para trás, ainda no ar, Miguel arcanjo caiu de joelhos em seu peito, segurando as duas espadas e acelerando ainda mais sua queda, caindo violentamente, as espadas atravessaram seu corpo cravando-o no chão, a névoa que cobria o chão se afastou, revelando uma grande floresta com um grande rio fazendo curvas em forma de “S”, o sangue escorria pelas espadas, a cada segundo que se passava a poça de sangue aumentava, Miguel abriu as asas e olhou nos olhos do cavaleiro caído e disse:
_ Daqui você não sai.
Himer já havia sido jogado “porta abaixo” pelo arcanjo, Guerra tentou esticar o braço mas não conseguiu, seus músculos estavam cortados, ele só podia grita o nome do irmão que não conseguiu salvar.
_Miguel retire a pulseira dele - ordenou Deus.
Miguel recolheu as asas e empurrou as espadas mais fundo, guerra gritou de tanta dor, Miguel saiu de cima dele e se posicionou ao seu lado, e tentou tirar a pulseira, puxou com toda sua força usando as duas mãos mas não conseguiu.
_ Senhor, não consigo, parece que esta grudada na carne.
Todos ficaram espantados, pois somente os celestes conseguem colocar e tirar as relíquias apocalípticas, cada cavaleiro possui a sua, a Fome é sua mandíbula que esta em poder dos celestes, Peste é seus olhos que tudo vê, e Morte é sua foice. O Espírito Santo se levanta e salta plainando com as asas abertas pousando ao lado de Miguel que da dois passos para trás, abrindo espaço para o Espírito Santo, que se abaixou colocou uma das suas mãos metálica sobre a pulseira, arrancando-o sem dificuldade alguma, a pulseira saiu com pedaços de carne ainda grudados nela.
_ Pegue - disse, entregando para Miguel - Depois quero examinar melhor.
Deus bateu mais uma vez o dedo no trono, a luz dourada que saía pela porta escureceu, a floresta que era visível no chão não era mais, somente trevas se podia ver. O Espírito Santo se posicionou sobre Guerra, segurou as duas espadas e as ergueu, o corpo do condenado foi içado no ar, a dor era insuportável, sua carne estava sendo cortada lentamente pelas as lâminas mais afiadas do universo, mas Guerra não emitiu nem um grito, simplesmente olhava seu reflexo no capacete do celeste, que levou ele ate a porta, antes de jogá-lo, o Espírito Santo disse algumas palavras em sussurro.
_Siga seus instintos e seja você mesmo.
Guerra não entendeu o significado dessas palavras. Depois de ter aconselhado o cavaleiro, com rapidez e sem aviso deu-lhe um chute no peito ficando somente com as espadas em suas mãos, o condenado foi arremessado violentamente para a escuridão da porta.
_ Pai eu acho melhor o corpo de RF14 ir para essa dimensão também - era assim que se chamava o corpo que o Espírito Santo usava.
_ Por que você acha isso meu filho?
_Para manter um equilíbrio nesse planeta.
_Eu também acho uma ótima idéia - concorda o Espírito Santo - Se ele criar algum problema eu posso utilizar este corpo rapidamente.
_Então que assim seja!
Então o Espírito Santo jogou as espadas de volta para os arcanjos e correu para o portal, mas antes de atravessar para a outra dimensão, um círculo de luz azul saiu do corpo e flutuou até o trono, essa era sua verdadeira forma.
_ Com esses dois no mesmo planeta, minhas sombras vão ter trabalho - disse para si mesmo, o cavaleiro do apocalipse Morte.

O primeiro caído

No alto de uma montanha, sobre de uma pedra gigantesca, uma figura sombria usava um manto negro como a noite, nas costas uma foice com lâminas duplas cada uma apontada para uma direção, uma em cada ponta do cabo, o vento era forte, balançava o tecido do seu manto violentamente para esquerda, folhas de árvores secas e verdes acompanhava o curso do vento, tudo isso era iluminado pela a luz da lua que estava acima de sua cabeça. A entidade de foice olhava para o céu, com poucas nuvens e estrelas, observava duas bolas de fogo que desciam uma na frente da outra, cada uma em direção de um continente diferente.
_ Parece que estou vendo o futuro, vou ter muito trabalho com esses dois aqui - disse a entidade, que estava de braços cruzados, tinha a pele branca, olhos castanho claros, uma touca azul protegia os cabelos, uma máscara cinza de pano que cobria nariz e boca definindo bem as formas de seu rosto.

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A primeira bola de fogo cai em meio a uma floresta, ao sul de um continente desconhecido, o impacto foi violento, o tremor de terra pôde ser sentido a 2 km de distância do local da queda, o clarão durou poucos segundos, árvores e pedras foram destroçados, haviam pequenos focos de incêndio ao redor da área da atingida, a cratera que se formou tinha cerca de 20 metros quadrados e 5 metros de profundidade. No centro, um corpo estendido, era o cavaleiro Guerra que ali se encontrava, retomando a consciência, percebeu que estava com o rosto enterrado na terra, lentamente içou seu corpo apoiando os braços no chão, olhando para terra abaixo e sentindo uma forte dor no peito e expeli um pouco de sangue pela boca, se joga de costas no chão, sua respiração estava acelerada como se tivesse corrido sem parar, olhou a lua, as nuvens e o buraco que ele se encontrava, verificou se ainda estava machucado pelos cortes das espadas, mas não possuía nem um ferimento, já estava cicatrizado.
_ Onde será que estou?
Ainda com alguma dificuldade tenta se levantar, respira fundo e aponta a mão em direção a uma das paredes da cratera, quando de repente acontece uma explosão que destrói o barranco e as árvores que ali ainda sobraram em pé e criando uma vala de 6 metros de comprimento, pedaços de pedras e árvores caíram bem próximo dele.
_ Estou muito fraco.
_ Vou te matar seu demônio - uma voz ecoa trás de Guerra.
_ Esse russo está falando comigo?
Guerra se vira lentamente e avista no topo da cratera um homem alto, branco, vestindo um quimono japonês cinza de manga comprida azul, segurava um cajado de cobre com cerca de 1,80 m de comprimento, no topo dele havia uma cruz egípcia, seu olhos eram castanho claro, usava uma touca de listras azuis e brancas verticais, que desciam até a cintura, também usava uma máscara de pano porém de cor branca. Este novo guerreiro finca seu cajado na terra, estica a mão direita em direção do cavaleiro, e da manga do seu quimono sai uma espécie de carta branca com um símbolo de cor marrom com formato de uma palma, quando essa carta se fixou em sua mão, ele rapidamente se abaixou e bateu-a contra o chão, nisso uma rachadura se formou, indo em direção de Guerra, que para evitar cair na fenda, saltou cerca de 5 metros para o alto, quando foi atingido por uma forte corrente de ar que o jogou contra uma árvore, antes mesmo de voltar ao chão, um objeto atravessa seu corpo cravando-o na árvore, era o cajado do mascarado, que atravessou seu estômago, quase atingindo a espinha dorsal, o sangue do cavaleiro escorria pelo cajado de cobre, era muito doloroso, mas não existia nem uma expressão de dor em seu rosto.
O mascarado havia feito uso de outra carta, que o dava o poder de manipulava o ar, então esticou os braços formando uma cruz, as cartas que estavam em suas mãos voltaram para o interior da manga do seu quimono, duas novas cartas de símbolos diferentes e de coloração amarela se fixaram em suas mãos, nesse instante ele une as palmas e em forma de oração, evoca um raio que cai o cajado de cobre que mantinha Guerra preso na árvore.
O raio era contínuo, e Guerra sem mais agüentar gritava sem parar, a dor era insuportável, podia sentir a onda de choque percorrendo seu corpo e estourando algumas de suas veias, ele já podia sentir cheiro de sua carne queimada. Não suportando mais a dor, porém sem haver nada o que possa fazer, fica observando seu corpo queimar, de repente ele para de gritar, olha de forma firme e imponente para seu inimigo que ainda mantinha as mãos unidas, segurou firme o cajado com as duas mãos e em um único movimento arranca-o da árvore, e em mais um movimento retira-o de seu estômago, o mascarado olhou sem acreditar que Guerra ainda não estava morto e que nem soltara o cajado com o raio ainda o atingindo, o cavaleiro arremessou o cajado em direção do mascarado que no mesmo momento separou as mãos e o raio parou de cair, ele desvia um pouco o corpo, pega o cajado e com rápidos movimentos o enfia na terra, porém quando torna a olhar para seu inimigo, ele já estava em sua frente, pronto para tingi-lo com um golpe.
O impacto do golpe foi tão intenso que o mascarado foi arremessado a vários metros de distância atingindo o que estivesse no caminho, foi atravessando e quebrando a primeira, segunda, terceira indo parar somente ao atingir quarta árvore. Guerra cai de joelhos no chão ao lado do cajado, levou uma das mãos ao estomago, o ferimento estava cauterizado pelo metal quente, de seu corpo ainda saia uma fumaça branca, ele vira o rosto para o lado e cospe um pouco de sangue, quando de repente ouve sons de gravetos se quebrando, eram passos, voltou a olhar em direção das árvores caídas e avista uma sombra se movendo na escuridão.
_ Isso é impossível.
Era o mascarado que saía da escuridão com um galho de árvore de 80 cm na mão, ele se aproxima do cavaleiro e os dois ficam frente a frente.
_ O que?! é impossível demônio.
_ Era para você estar morto, nenhum humano sobreviveria a esse golpe.
_ Mas eu não sou um humano comum - com a outra mão que estava livre puxou a camisa do quimono e mostrou uma tatuagem no peito, era um pentagrama, dentro de um círculo que era feito de inscrições e dentro desse pentagrama outro símbolo - Sou um alquimista.
_ Alquimista? Nunca vi um alquimista com esses poderes.
_É que eu sou um super alquimista.
E sem aviso algum, ele acerta o galho na cabeça de Guerra que não se esquiva, simplesmente vê as lascas de madeira passarem lentamente diante de seus olhos. Olha firmemente para seu inimigo e esboça um pequeno sorriso, como se tivesse dizendo que agora ele tinha a superioridade nessa batalha. Guerra reage com uma seqüência de socos, o alquimista consegue se defender, mas leva dois golpes no rosto ficando um pouco atordoado, dando dois passos para trás levando a mão ao rosto, o inimigo dá uma pequena corrida e salta para dar um chute, mas com rapidez ele desvia o corpo, Guerra passa direto, vira-se rapidamente para continuar a ofensiva, quando é surpreendido por um soco em sua face e segurando-o com a mão esquerda, puxa seu rival com força batendo cabeça com cabeça. O cavaleiro do apocalipse levava vantagem no combate corpo a corpo, em golpe de sorte o alquimista conseguiu golpear com força seu inimigo jogando-o a uma distância de 4 metros, caindo em cima do cajado, Guerra vê que ele junta as mãos novamente e no mesmo instante ele move seu corpo para o lado, saindo de cima do cajado de cobre temendo ser atingido novamente pelo o raio, só que dessa vez o raio cai nas mãos do misterioso alquimista, que fica iluminada uma luz amarelada pulsante.
_ Agora vamos tentar novamente - a expressão do olhar do alquimista era de malicia.
Com o nariz sangrando por causa das pancadas, Guerra fez sinal com a mão chamando-o, a expressão no olhar do alquimista mudou para raiva, correu em direção do inimigo e a luta recomeça só que dessa vez Guerra estava em desvantagem pois cada soco que levava tinha a mesma intensidade de um raio, não importava se conseguia se defender do glpe, a descarga elétrica era a mesma a cada pancada, faíscas eram jogadas para todos os lados, ao redor da cratera tudo se iluminava. O cavaleiro já estava desorientado não conseguia mais se defender, sua guarda estava baixa, seu inimigo deu-lhe um soco duplo que o jogou para dentro da cratera, estava tentando se recompor do choque com a potência de dois raios, enquanto isso o suposto alquimista esticou os braços novamente as cartas que estavam nas mãos voltaram para dentro das mangas, revelando as tatuagem que tinha na palma, e duas outras saíram das mangas e os símbolos eram idênticos e de cor avermelhadas, quando elas repousaram em seus lugares o fogo que consumia a mata começaram a unir formar duas bolas de fogo sobre a palma das mãos que estavam em forma de garra viradas para cima, em poucos segundos a escuridão toma conta do lugar, a única luz vinha das bolas de fogo, nem a lua não iluminava mais, já haviam se formado nuvens de chuva.
O cavaleiro ficou impressionado com o controle sobre as forças da natureza que o alquimista possuía, ele estava mais parecido com um invocador elemental do que um alquimista. Em seguida o alquimista juntou as duas enormes bolas de fogo formando uma só, segurando-a na altura do peito, era muito poder em suas mãos, ele deu um salto sobre seu rival e jogou a bola, Guerra esticou a mão aberta para tenta se defender, uma enorme explosão de puro fogo aconteceu os dois indivíduos desapareceram em meio o cogumelo de fogo.

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Em uma estrada de terra, próximo ao local da batalha, uma caminhonete marrom com um dos faróis queimado e com duas pessoas em seu interior, estavam voltando tranquilamente para casa depois de terem vendido todas as verduras que haviam colhido.
_ Pai olha só, todos esses raios provocaram um incêndio na mata.
Quem disse foi um rapaz que aparentava ter cerca de 18 anos, moreno claro, com o cabelo crespo e curto, vestia roupas simples de camponês.
_Também percebi filho, mas não se preocupe se Deus quiser daqui a pouco chove e apaga todo o fogo.
Este era um senhor de aproximadamente 50 anos, um pouco mais moreno do que o filho, tinha cabelos mais comprido e crespos com vários fios brancos, a pele era castigada pelo sol, sua roupas eram mais ajeitadas pois era ele quem negociava os produtos, vestia calça jeans azul, camisa xadrez cinza e portava um crucifixo no pescoço, era muito religioso.
_ Também acho, com todas essas nuvens carregadas - o único farol ilumina alguma coisa estranha na beira da estrada - Pai o que será que é aquilo? - apontou o dedo.
_ Não sei filho, parece ser um homem.
_ Vamos lá ver, talvez ele precise de ajuda.
O velho motorista estacionou o veículo de forma que o farol iluminasse o corpo estendido no chão, o primeiro a descer foi o jovem seguido pelo pai, era Guerra que estava estendido no chão, de bruços, o braço direito estava nas costa, um galho de árvore razoavelmente grande estava sobre ele, seu corpo estava todo coberto por queimaduras e ferimentos, ainda era possível ver uma fumaça branca saindo do seu corpo, a calça estava rasgada, a camisa do uniforme também, rasgada e queimada, seu bracelete vermelho com a suástica estava intacto, era um verdadeiro cadáver. O jovem se aproximou e se abaixou para vê melhor.
_ Nossa pai, nunca vi uma pessoa tão queimada assim.
_ Com certeza ele tentou escapar do incêndio, mas infelizmente não conseguiu.
_ Olha pai, que cruz retorcida será que é essa? - disse o jovem, apontando para o braço de Guerra.
_ Não sei, deve ser uma espécie de identificação.
_ Será que ele está vivo?
_ Acho que não, do jeito que ele está só falta enterrar.
O rapaz pega um graveto e cutuca duas vezes o corpo do cavaleiro, na terceira vez o suposto cadáver treme e dá um gemido, o jovem cai sentado com o susto, seu pai chega a dar um passo para trás, ficando surpreso com a reação do cadáver.
_ O que foi isso? - pergunta o filho.
_ Meu Deus, ele ainda esta vivo, vamos Billy, me ajuda a tirar esse galho de cima dele.
Billy se levanta rapidamente e ajuda seu pai a retirar o galho, logo em seguida o velho se abaixa e vira o corpo com delicadeza, ele estava com um grande corte na testa, e tinha uma lasca de madeira cravada no olho direito o rosto estava todo ensangüentado, ele leva a mão ao pescoço do cavaleiro para verificar se haviam sinais vitais.
_ Ainda tem pulsação, vamos, ajude a colocá-lo na caminhonete.
_ Vamos levá-lo para o hospital? - segurou as pernas de Guerra.
_ Não vai dar, não tenho combustível suficiente para chegar até a cidade - segurou-o pelas costas pois um dos braços estava quebrado, e o levantaram - Vamos levá-lo para casa, a sua mãe já trabalhou como enfermeira, ela saberá cuidar dele.
Então levaram-no até a caminhonete, o colocaram novamente no chão, abriram a lateral da carroceria de madeira ajeitaram alguns panos no assoalho e sacos vazios para apoiar a cabeça, então colocaram ele na carroceria, fecharam a lateral, entraram no carro e saíram às pressas. A estrada era muito esburacada e na parte de trás da caminhonete pulava muito e com esses pulos Guerra acordou, olhava as nuvens passarem, as árvores escuras passando mais depressa ainda, sentia frio, tinha perdido muito sangue, não tinha força para mexer nenhum músculo, não tinha consciência alguma do que estava acontecendo, suas pálpebras estavam ficando pesadas, então não agüentou mais e apagou.

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No outro lado da floresta, o alquimista estava jogado em meio as árvores, desacordado à uns 20 minutos, ao redor dele haviam alguns galhos em chamas, várias cartas estavam espalhadas por todos os lados, de repente ele abre os olhos arregalados, como se tivesse acordado de um pesadelo.
_ Aquele maldito, vou acaba com... - ao tentar se levantar, sentiu uma forte dor e sem agüentar, solta um grito que ecoa mata adentro - O que será isso?
O alquimista olha para o lado esquerdo de sua barriga e vê uma lasca de madeira que atravessou seu corpo, o quimono estava todo manchado com seu sangue, ele se arrastou alguns centímetros para trás, encostando-se em uma árvore que estava caída.
_Isso é impossível como uma simples madeira pôde me ferir? A não ser - afastou a camisa com as mãos - Não as runas de invulnerabilidade estão intactas - então olhou para as palmas - ao contrário das de invocação.
Em sua perna estava uma carta diferente das outras, era vermelha com um símbolo branco, tinha uma espécie de lança com uma estrela no topo, duas serpentes saiam do começo da lança e subiam fazendo um oito, as duas paravam com a boca aberta como se fossem engolir a estrela. Vendo aquela carta ele tenta encontrar outra igual, não a encontrou no chão, então ele procura nas mangas, dentro dela é revelado um suporte onde guardava todas as cartas e algumas ainda estavam lá, retirando algumas cartas que ainda estavam na manga encontrou o que procurava, juntou as duas cartas iguais e se preparou para retirar a madeira que o feria quase que mortalmente, respirou fundo e puxou de uma só vez e mais um forte grito de dor soou, fazia anos que ele não sentia tamanha dor, seu corpo já estava desacostumado, rapidamente ele pega as cartas e as cola nas palmas com o sangue, colocando uma mão na frente e outra atrás do ferimento que sangrava muito. Uma luz branca iluminou o ferimento que se começou a se cicatrizar lentamente, era possível ver os músculos, veias e pele se conectando ate cicatrizam completamente.
Fraco por ter perdido muito sangue, se levanta com dificuldade recolhe algumas cartas do chão e começa a andar pela floresta, uma forte chuva começa a cair apagando o incêndio que havia na mata.
_ Como isso foi acontecer?
Caminhando e pensando em uma resposta que fosse lógica para essa terrível dúvida, começou a se lembrar dos últimos segundos da batalha. Ele se vê saltando da cratera com a bola de fogo elevando-a acima da cabeça e jogando no demônio que estava jogado no fundo do buraco, ele joga a bola e vê ela indo lentamente em direção do inimigo que levanta a mão na direção da bola de fogo tentando detê-la, na hora que ele abre os dedos a bola explode no ar e sente uma impacto no peito, uma espécie de energia que o atingi e junto com a explosão ele é arremessado, a partir daí ele não se lembra de mais nada.
_Então foi isso, aquele demônio lançou alguma magia ou encantamento que desativou a minha defesa temporariamente.
Chegando ao local do combate ele se depara com uma destruição maior que a de antes, a cratera dobrou de tamanho e também de profundidade, as árvores que estava à 10 metros ao redor da cratera estavam em puro carvão e cinzas, e ainda haviam centenas de árvores caídas e queimadas, mas o fogo já tinha se apagado. A escuridão era total a única fonte de luz era a que saía de sua mão, ele tinha acabado de utilizar uma carta de luz geralmente usada para espantar espíritos malignos.
_ Nossa! A destruição foi maior do que eu imaginei - iluminou o fundo da cratera e viu um tecido preto boiando na água que se acumulou devido à chuva - Acho que acabei de encontrar o que vim procurar.
Puxou uma das mangas para cima e procurou uma carta especifica, em seu braço havia uma tatuagem com a metade de um símbolo, igual a da carta que estava iluminado a mão, pegou-a e colou na outra mão. Apontou as duas mãos uma iluminava e a outra controlava a água que subia com o pedaço de tecido ate ele conseguiu pegá-lo, quando ele o pegou, a água caiu novamente no chão e voltou para o fundo da cratera, a chuva era contínua.
_ Pelo jeito isso foi tudo que sobrou dele, também não sinto mais a energia espiritual daquele demônio.
Olhou para o céu fechando os olhos, as gotas de chuva caíam em seu rosto, o vento era forte suficiente para balançar sua touca encharcada, tornou a olhar para frente.
_ Mas então porque eu não tenho a sensação de que o venci? nos meus sonhos mostra apenas um demônio das Américas e não dois que sairão do meio de um circulo fogo.
Então mascarado deu meia volta e seguiu uma nova jornada em busca do aterfato mais cobiçando pelos alquimistas, a famosa Pedra Filosofal.

O segundo caído

Em quanto isso, no outro lado do mundo em um continente com a forma de um dragão, a segunda bola de fogo cai em uma floresta ao norte do país. A cratera possuía as mesmas propões do primeiro caído, no fundo havia outro corpo, era RF14 que estava deitado comas costas cravadas no chão, sua cabeça estava virada de lado, nas pedras olhando para a parede de terra que se formou. Seu corpo não estava mais na forma divina, não possuía mais as asas, auréola e as pulseiras com as inscrições Paz e Amor, eram simples pulseiras pretas, seu corpo não era mais da mesma cor, pernas e braços azuis corpo cinza, não possuía nem um arranhão, aparentemente estava em perfeito estado.
Era um dia de sol forte e poucas nuvens, mas na visão da máquina era somente uma tela negra com um ponto branco piscando enquanto algumas letras estranhas surgiam como se tivessem sendo digitadas e piscavam por alguns segundos, várias letras e números nesse alfabeto desconhecido começaram a passar, como em um computador reiniciando. Quando as letras pararam a tela se iluminou, aparecendo como plano de fundo a letra "R" na cor branca, dentro de um círculo da mesma cor, o restante da tela era preta, de repente uma janela aparece e mais palavras naquele idioma aparecem, diziam:
Status de energia: 86%.
Sistemas: operante.
Memória: corrompida.
Arquivos: intactos.
Iniciando varredura de avarias.
(nesse momento inicia o processo de scanner de RF14 )
Nem uma avaria detectada.
Objetivos: nada encontrado.
Iniciando IA (inteligência artificial).
IA conectado.
Funções de movimento operantes, ligando visor óptico.
O plano de fundo desaparece, dando lugar a outras duas imagens, uma escura que simboliza a parte da cabeça que estava enterrada no chão e na outra se via pedras, a terra marrom e algumas folhas de árvores que o vento havia trazido. Então ele se levanta e começa a mapear o lugar e analisar tudo que seu visor era capaz de detectar.
_Relatório: planeta desconhecido, vida orgânica em abundância, gases predominantes: oxigênio e gás carbônico, presença de atmosfera e gravidade, até o momento, nem um sinal de forma de vida inteligente, buscando objetivo.
Todas essas informações apareciam em forma escrita no visor do robô, que começou a andar e sair da cratera. Haviam vários focos de incêndio, mas nada grave, caminhava normalmente pelo fogo e depois pela mata fechada, galhos de árvores batiam e raspavam nele, somente desviava das arvores, olhava tudo, pedras, plantas e animais. Caminhou por 3 km ate se deparar com uma estrada de terra, parou olhou para a esquerda e para a direita.
_Primeiro sinal de inteligência primitiva, seguir estrada - todas as informações apareciam em forma de escrita.
Então a máquina seguiu para a esquerda andando normalmente e buscando o propósito de sua criação.
A cerca de 800 metros no sentido oposto ao de RF14 um caminhão do exército vinha em sua direção, mas sem saber de sua existência, simplesmente estavam voltando de um treinamento noturno com os recrutas. O caminhão era verde camuflado e nas portas havia uma bandeira branca com um circulo vermelho no centro, era a bandeira do Japão, o caminhão estava todo sujo de lama, sua carroceria era coberta por um toldo de lona, dentro da cabine dois homens, era o motorista e um sargento, todos vestidos com fardas marrom, o sargento tinha um bigode. Os dois conversavam normalmente sobre assuntos militares quando depois de uma curva, avistam um ser estranho andando no meio da estrada.
_ O que é aquilo sargento?
_ Não sei, mas não devia estar aqui - então ele se virou e abriu uma pequena janela de madeira - Atenção recrutas quando o caminhão parar todos irão descer e intercepta um inimigo, só atirem ao meu comendo e isto não é um treinamento.
Todos os jovens de apenas 18 anos estavam cansados, como sono, famintos e sujos, eram 12 recrutas ao total, seis em cada lado do caminhão, todos com seus rifles nas mãos começaram a colocar as baionetas, muitos estavam pensando que era somente mais um treinamento outros estavam com temor de que fosse uma guerra real.
RF14 escutou o barulho do motor do caminhão e virou-se para ver o que era.
_ Forma de vida inteligente detectada, tecnologia primitiva, forma de energia: combustível fóssil, aguardando primeiro contato.
O caminhão para a 7 metros do alvo, os recrutas saltaram do caminhão e se posicionaram na frente do inimigo desconhecido, seis ficaram de joelhos e os outros atrás em pé apontando os rifles, todos os jovens recrutas estavam assustados, nunca tinham visto uma armadura de metal daquele tipo, eles acreditavam que era um samurai portando algum tipo de capacete estranho.
O sargento desce do caminhão com uma espada longa na cintura deixando a porta aberta, caminha ate os recrutas se posicionando ao lado deles, o motorista não sai do lugar somente assiste.
_ O que você faz aqui forasteiro? Não sabe que esta é uma área militar? - falou o sargento em um tom alto e intimidador.
Os recrutas estavam com um pouco receosos, mas quando seu superior falou ficaram mais confiantes. A máquina simplesmente olha sem se mover, estava analisando todas as suas alternativas.
_ Analisando primeiro contato: idioma desconhecido, 12 formas de vida portando armamentos primitivos, ameaça 0,01% seres provavelmente hostis, tentar contato pacífico - olhou para o sargento - Provável líder, aproximando para estabelecer comunicação.
Então RF14 começa a andar em direção do sargento que coloca a mão no cabo da espada.
_ Fique onde você está - grita o sargento e o inimigo não pára - Atirem a vontade, fogo.
Os recrutas obedeceram a ordem do sargento, os tiros não surtiam nem um efeito, simplesmente parava na blindagem do robô, elas nem ricocheteavam pois o metal amortecia o impacto. RF14 parou e em milésimos de segundos analisou e tomou sua decisão.
_ Ameaça detectada, revidar ataque.
Então a mão direita do robô entrou em seu pulso, obtendo a forma de um canhão, aponta em direção aos recrutas e dispara uma bola verde que atinge 4 jovens que estavam no meio, dois na frente e dois atrás, que são desempregados na hora; sua roupas queimaram e suas armas derreteram, sobrando apenas tecido queimado e ferro retorcido.
No mesmo instante todos se separam procurando algum lugar mais favorável para continuarem o ataque.
RF14 deu mais dois tiros matando mais três inimigos sem sequer sair do lugar, então o sargento puxou sua espada e correu na direção do robô que mata mais um de seus recrutas, o sargento chega perto o suficiente para o ataque, ergue a espada acima da cabeça, mas RF14 aponta o canhão para o estômago de seu inimigo e dispara, ele desaparece em segundos, a espada cai e crava no chão o restante da energia atinge o caminhão prejudicando bastante sua estrutura; o motorista entra em pânico.
_ Vamos liga, liga não me deixa na mão logo agora - gritava o motorista tentando fazer o caminhão funcionar.
O tiroteio nem a matança cessavam, um dos jovens recrutas pega uma granada e joga contra o inimigo que rebate com o braço esquerdo, uma forte explosão acontece, um dos estilhaços atinge o braço de outro jovem que deixa cair a arma, levando rapidamente a mão ao ferimento.
Havia uma fumaça negra em volta do robô, por alguns segundos fica uma sensação de vitória no ar, mas uma bola de energia verde sai da fumaça liquidando com essa sensação e exterminando o jovem recruta que jogou a granada. RF14 estava intacto, todos os recrutas que ainda estavam vivos tentaram fugir, mas um a um foram mortos sobrando apenas roupas queimadas e armas derretidas.
RF14 olha para o caminhão e vê o motorista ainda vivo, o canhão torna a virar a mão do robô e ele anda em direção de seu novo alvo.
_ Vamos, vamos porcaria funciona - diz o motorista, o medo estava estampado em seu rosto, quando ele pensava em sair correndo o caminhão funciona - Isso! Agora você me paga.
Sem perder tempo o motorista japonês engatou a marcha e pisa fundo no acelerador, os pneus traseiros dão uma pequena derrapada e o caminhão sai acelerado contra o inimigo, ele que recebe o impacto mas segura firme a frente do caminhão, o motorista percebe que algo está errado pois está acelerando o máximo, mas o ponteiro do velocímetro continua descendo, RF14 estava tentando parar o veículo, segurando firme a lataria, chegando a amassá-la, arrastando os pés no chão, deixando uma marca profunda por onde passava. O motorista não pensou duas vezes e jogou o caminhão contra uma árvore, ele sabia que se parasse, iria morrer e talvez batendo contra uma árvore poderia ter uma chance de sair dalí com vida.
O impacto contra a árvore foi forte e preciso, RF14 bateu as costas no tronco, o caminhão empurrou-o com tanta violência que o robô foi parar no meio do motor, o pára-brisa dianteiro estourou em milhares de pedaços as folhas caíram, o motorista bateu a cabeça no volante ficando inconsciente.
RF14 empurra o veículo saindo ileso e caminha até a porta do caminhão, onde vê o humano com a cabeça apoiada no volante, estava com o nariz quebrado e um corte na sombracelha, o sangue escorria pelo o rosto, com uma das mãos ele quebra o vidro lateral, que por sinal era o único que ainda estava inteiro, segura a porta e a puxa com força e velocidade jogando-a vários metros de distância, com a mão esquerda ele pega o motorista pelo pescoço, retirando de dentro do veículo, e o deixando suspenso no ar. Com esse movimento o japonês acorda e com a mão direita ele segura firme o braço do inimigo e com a outra, lentamente leva até sua cintura para pegar uma faca que está presa no cinto; quando ouve um ruído eletrônico, era RF14 tentando se comunicar.
O soldado podia ver seu reflexo na cabeça da máquina, pensou ser esta a área mais vulnerável desse monstro infernal, rapidamente puxa a faca e tenta golpear a cabeça do inimigo que revida segurando-o com a outra mão de forma firme até o soldado soltar a faca e com uma simples virada de pulso quebra o braço do inimigo causando uma fratura exposta em seu braço, o sangue espirra no rosto do motorista que tenta gritar, mas não consegue.
Então vendo que o humano não tinha a intenção de cooperar, RF14 muda seu plano, da palma da mão direita e dos dedos do robô saem dezenas de agulhas e lentamente ele aproxima a mão do rosto da pobre vítima que chuta e da socos tentado se soltar, o desespero era visível em seus olhos, mas todo o esforço foi em vão.
Quando as agulhas entram no rosto japonês micros cabos se espalharam por baixo da pele, por dentro dos ossos e veias tentando achar a melhor conexão com o cérebro, era possível ver os cabos se movendo sob a pele. Quando os cabos encontraram uma conexão, o corpo parou de se mexer e RF14 teve acesso a todas as lembranças do humano, desde o dia de seu nascimento, o carinho da mãe, as brincadeira do pai, as primeiras palavras, a escola, trabalhos, namoradas, medos, dores, alegrias, tristezas, raivas, desejos e todas as emoções humanas.
Ele deixa o corpo do motorista cair no chão, não estava morto e sim vazio, sem consciência nem emoções, ao contrário de RF14 que olhava para suas mãos e corpo e depois para o caminhão.
_ Sim agora eu entendo tudo - falando em japonês - Agora tenho um propósito - olhou para o corpo no chão - Mas preciso de mais informações, essa carcaça não tinha dados suficientes para mim, mas segundo as memórias desse ser imundo, só existe um lugar nesse país.
Então as solas das botas brilham em um azul bem claro e lentamente ele começa a levitar, olhou para cima traçando sua melhor rota para voar sem bater nos galhos das árvores e voou em uma velocidade supersônica não havia nada na terra que chegasse a essa velocidade, ele estava indo para o sul.
Viajando àquela velocidade chegaria no seu destino em poucos minutos, após passar por várias fazendas e florestas, ele avista uma grande cidade era, Tókio não fazia muito tempo que tinha virado a capital da nação.
Reduzindo a sua velocidade e altitude, sobrevoa um edifício de dois andares, haviam várias pessoas e carroças, poucos carros existiam no país inteiro até então, estavam passando por uma mudança, sofreu literalmente uma invasão ocidental. O imperador abriu as portas do Japão para os estrangeiros para morfinizar os setores industriais, político e social para o século XX.
RF14 observava as pessoas que se vestiam com roupas típicas da Europa e Japão daquela época e analisava a melhor rota de entrada, quando localiza a entrada principal, ele simplesmente desliga o seu aparelho de anti-gravidade e cai em pé na calçada na frente da escadaria que leva a entrada do edifício, o impacto fez uma poeira levantar e no chão formar uma rachadura, todas as pessoas que estavam perto do local se assustaram, um casal que passava por ali caíram no chão, uma moça gritou com o espantada, do outro lado um rapaz parou com o olhos arregalados, os cavalos das carruagens que estavam paradas na rua relincharam e empinaram com o susto.
Olhando para a escadaria, o robô dá os primeiros passos subindo as escadas, chegando ao topo nota que as porta de madeira maciça estavam fechada e um papel que estava peso nela que dizia " biblioteca em reforma" mas RF14 não deu importância para o aviso e tentou abrir a porta empurrando-a mas ela nem se mexeu, uma multidão curiosa já estava formada, todos queriam ver que tipo de samurai era aquele.
Sem ter muita paciência o robô dá um soco que destrói a porta, a multidão corre apavorada RF14 entra e vai em direção da primeira prateleira e começa a ler os livros, os funcionários que estavam pintando o local saem correndo alguns chegaram a pular as janelas.
Do lado de fora quatro soldados chegam correndo, um cidadão aponta para a biblioteca e os quatro homens sobem as escadas às pressas, quando entram se deparam com um homem vestindo uma armadura muito colada ao corpo e um capacete estranho, já estava com dois livros, que já havia lido, junto aos pés e um terceiro nas mãos.
_ Parado não se mexa - grita um dos soldado e todos apontam os rifles.
RF14 se vira rapidamente jogando o livro "Segredos das artes marciais" que estava em sua mão no primeiro soldado, acertando muito forte sua face, o que faz com que sua cabeça e seu corpo sejam jogados para trás, antes dele cair RF14 já havia avançado dando um soco de direita no peito do segundo soldado que foi arremessado para fora da biblioteca caindo escadaria abaixo. O primeiro cai no chão junto com o livro, o terceiro soldado não teve chance de reagir, foi logo desarmado recebendo uma sequência de golpes que quebra todos os ossos de seu corpo, caindo aos pés de seu colega que fica horrorizado com a velocidade e precisão dos golpes do inimigo e aponta o rifle, mas tremia muito, RF14 se aproxima lentamente, apavorado ele dispara, a bala pega no peito do robô e simplesmente cai no chão, ele retira a arma da mão do soldado que fica paralisado pelo medo que estava sentindo, a arma que está nas mãos de RF14 é girada como se fosse um bastão mostrando muita habilidade, ele finge atacar, mas pára antes de acertar a cabeça do soldado que fecha os olhos se preparando para receber o golpe que não acontece.
O robô virou-se e foi na direção dos livros, o soldado aproveitou a chance para fugir, sai correndo em direção da porta quando sente um objeto atravessando suas costas, pulmão e coração era o rifle... RF14 tinha tacado, o soldado cai no mesmo instante no chão em agonia e uma poça de sangue se forma rapidamente em torno de seu corpo.
_ Muito interessante esse negócio de artes marciais - disse RF14 voltando para os livros.
Mais 4 soldados entram na biblioteca, vendo seus amigos no chão rapidamente apontam os rifles.
_ Parado não se mova - grita um dos soldados.
_ Já me cansei desses atrasos - RF14 se vira e estica a mão em direção dos soldados que são arremessados para fora da biblioteca rolando escada abaixo.
RF14 retira de sua cintura algum tipo de agulha de 15 centímetros com uma das pontas afiada e a outra oval com uma luz azul piscante, deixa ela cair cravando-se no chão de madeira, uma bolha azul transparente se expandiu envolvendo todo o prédio, quando terminou de se expandir se tornou invisível, as pessoas corriam assustadas enquanto os soldados se levantavam.
_ Esse campo de força vai segurar eles por um bom tempo - e voltou para sua leitura.
Uma multidão de pessoas curiosas se juntou ao redor da biblioteca, um soldado se levanta com dificuldade, com o nariz sangrando e uma das mãos na costela aparentemente quebrada e caminha em direção de seus colegas, quando bate em uma parede invisível, no rosto do soldado havia uma expressão de pânico, pois ele não sabia o que estava acontecendo, os outros soldados tentavam ajudá-lo mas também batiam no campo de força, todos que tentassem se aproximarem do edifício esbarravam em uma parede invisível; tudo era muito assustador para essas aquelas pessoas.

Uma nova família

Na cratera onde aconteceu a batalha de Guerra e o alquimista estavam cheio de soldados revirando todas as pedras e árvores caídas, já era dia, caia uma chuva fraca, avia muita lama e no fundo da cratera avia muita água acumulada. Chegando mais seis homens, dois seguravam câmeras fotográficas da época grandes pesadas três com guarda-chuva protegendo os fotógrafos e um general de divisão. Os uniformes de todos os soldados eram iguais verdes escuros, botas pretas, alguns seguravam armas em vigia do lugar enquanto outros procuravam alguma coisa. Um sargento todo sujo de barro se aproxima do general e bate continência o general responde com o mesmo gesto.
_Descasa sargento, e então foi um meteoro?
_ Obrigado senhor, tudo indica que não.
_ Não?_ questiona seu sargento ficando surpreso com a notícia_ Mas as testemunha falam que viram uma bola de fogo descer do céu.
_ Sim, mas também falaram que ouve uma segunda explosão mais forte do que a primeira e não foi encontrado nem uma rocha que tenha vindo do espaço.
_ Isso ta ficando interessante, foi encontrado algum tipo de explosivo ou metal?
_ Não senhor só um artefatos estranho no fundo da cratera_ o sargento virou para o lado_ Ei cabo traga o artefatos.
O cabo correu para onde estavam várias caixas e pegou o objeto e correu para entrega nas mãos do sargento.
_ Foi isso que encontramos.
_ E o que é isso?_ pergunta o general pegando o metal retorcido e derretido.
_ Parece ser uma barra de cobre derretida senhor.
_ Pode tem alguma chance de ter sido uma arma?
_ Acho que sim, mas nunca vi nada parecido, mas que alguma coisa caiu e depois explodiu isso é certo que aconteceu, mas não deixou nem uma prova do que caiu.
_ Soldados quero que batam fotos de tudo.
Os dois soldados balançaram a cabeça e cada um foi para um lado e começaram a trabalhar.
_ Segundo sargento quero que descubra tudo que forte possível desse incidente.
_ Sim senhor_ bateu continência e voltou para o trabalho.
_ Acho que dessa vez consegui um bom motivo para a guerra _ falou para si mesmo com um sorriso de maldade.
O general de divisão Freitas era um homem de 48 anos tinha cabelo curto e preto com uma mecha cabelos brancos na parte da frente da cabeça, pele cor de cunha, era muito magro, no peito várias medalhas, o general nunca perdeu uma guerra as três últimas parecia ser impossível a vitória, mas como um milagre conseguira reverter o rumo da guerra.
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Enquanto isso Guerra estava deitado uma cama de solteiro, estava coberto por um lensol branco, seus braços estavam enfaixados o direito com uma tala aparentemente estava quebrado, seu tórax e cabeça também estavam enfaixado, o olho direito estava vendado. O quarto era pequeno, tinha varias prateleiras com alimentos enlatados e produtos de limpeza, aos pés da cama avia três sacas de feijão uma em cima da outra, do lado direito aos pés da cama uma porta meia aberta o aposento todo era de madeira pintado de branco, a esquerda da cama uma pequena janela estava aberta entrava um ar fresco e um pouco de claridade, o único som q se escutava era a da chuva que caia no telhado, era uma chuva fraca e relaxante ótima para dormi.
Uma gota d’água começa se forma no teto, lentamente ela cresce e cai bem no rasto do cavaleiro, que abre o olho que esta bom, sem saber aonde esta nem como chegou ali, olha para um lado e para o outro, lentamente ele se senta na cama, e olha em direção da porta e avista uma menininha de aproximadamente 5 anos, era clarinha, cabelos longo e cacheados de cor preto, usava um vestidinho azul claro estava abraçada com uma bonequinha de pano com uma roupa semelhante da menina, olhava para ele sem si mexer.
_Ola mocinha, tudo bem?_ disse Guerra em russo em um tom amigável.
A menina sorri e saiu correndo.
_O que foi que eu disse?_ pergunta para si mesmo.
A menina saiu correndo pela casa, ate chega à cozinha onde estava uma mulher branca dos cabelos negros que estava amarado, um lenço azul cobria os cabelos, usava um vestido branco e um avental cinza, estava na mesa cortando cenouras para o almoço. A cozinha era simples, uma mesa de seis lugares no centro um fogão a lenha num canto, com duas panela de ferro já aquecendo a comida, um armário com pratos e latas e vidros de conservar, uma pia em cima dela na parede estava pendurado vários utensílios domésticos como facas e canas de ferro, avia duas portas uma levava para fora de casa e a outra para os outros cômodos, uma janela de vidro era que iluminava o local, não possuía cortinas.
_ Mamãe, mamãe_ a menina puxara o vestido da mulher.
_O que foi filhinha?
_ O moço queimadinho acordou.
_ Serio?
Ela simplesmente balança a cabeça, abraçada com a boneca.
_ Rápido vai chama seu pai.
A menina novamente sai correndo, e a dona de casa pega uma toalha e limpa as mãos e vai em direção do quarto do enfermo. Chegando ao quarto a mulher ver o hóspede tentando se levanta ele se desequilibra e cai sentado na cama.
_ Você ta muito fraco, não pode levanta ainda.
_ Desculpa mais não entendo o que você fala_ colocando a mão na cabeça por que estava muito tonto_ Espera ai, eu entendi o que você disse.
_ Claro que entendeu você esta ate falando_ disse com um sorrisinho no canto da boca.
_ Esqueci que esse era um dos dons do Espírito Santo_ sussurrou olhando para o chão.
_ Disse alguma coisa?
_ Não foi nada.
Nisso chegam um homem moreno meio grisalho era o senhor que tinha salvado ele na floresta.
_ Bom dia rapaz como você esta?
_ Estou bem senhor só não sei como vim parar aqui?
_ Meu filho e eu encontramos você no meio da estrada todo queimado pensamos que estava morto.
Algumas cenas da batalha passaram rapidamente pela cabeça de Guerra.
_ Eu estava sozinho?
_ Sim por que tinha mais alguém com você?
_ Não só para saber.
Nesse momento chega à menininha segurando a bonequinha pelo o braço e puxando a calça do pai que olha para ela querendo saber o que ela quer.
_ Papai qual é o nome do moço?
_ Cadê nossa educação_ fala a mulher um poucos envergonhada_ Meu nome é Naira esse é meu marido Alam essa é nossa filha Maria.
_ Oi _ responde a menina com um sorrisinho e Guerra retribui com outro sorriso.
_ E temos outro filho_ continua o marido_ Ele esta tratando os animais e qual é seu nome e de onde você é?
_ Agora a casa caiu, não posso fala meu nome se não eles vão saber que sou alemão e vão me entrega para as autoridades o que eu faço?_ pensou Guerra fazendo uma expressão de preocupado, e um silêncio tomou conta do quarto por alguns segundos.
_ Deixa ele descansar um pouco_ quebra o silêncio a esposa_ ele bateu forte a cabeça.
_ Você não lembra nem do seu próprio nome rapaz? _ pergunta Alam.
_ Me lembro de poucas coisas_ aproveitando a situação de suspeita de perca de memória ele inventa um nome estranho _Mas o meu nome eu lembro, é Kilper e não me lembro de onde vim, onde estou e nem que língua estamos falando _ e sorri para Naira que também sorri.
_ Não se preocupe você esta não cidade de São Miguel do Oeste no Rio Grande do Sul.
_ No Rio Grande? Em que país fica?
_ No Brasil.
_O titio Kilper vai fica para o almoço mamãe?_ pergunta a menininha.
_ Sim filhinha só deixa a mamãe trocar os curativos do moço.
Então a mulher de aproximadamente 45 anos, começaram a desenfaixar o braço que não estava quebrado quando a pele começa aparece ela arregala os olhos não acreditando no que via, e começou a desenrolar mais rápido até termina.
_ Isso é impossível_ disse Naira em um tom assustada.
_ O que foi querida_ se aproximou o velho que ao ver o braço do rapaz cai de joelhos no chão segurando o crucifixo com uma das mãos _ Meu Deus isso é um milagre.
Kilper olha para o homem caído de joelhos no c

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Flá 13/07/2013

Um livro bastante fiel à sua premissa
Sinceramente, gostei do livro por vários fatores, como matar a minha curiosidade a respeito de alguns fatos comentados no livro anterior, Herdeiros de Atlântida, um exemplo bem claro é a rivalidade entre Urakin e Denyel, que teve seu "começo" relatado nesse segundo livro. Outro ponto é que vi retratados do ponto de vista desse universo angélico as guerras mais importantes do último século, pelas quais nutro algum interesse. No entanto, percebi que algumas outras coisas continuam com certos clichês que já tinha verificado em trabalhos anteriores do autor, como uma certa infalibilidade do protagonista (eu sei que isso faz parte do charme da história e do próprio personagem, mas...), várias de suas missões chegam a um desfecho um pouco previsível, de uma forma ou de outra, ele consegue alcançar seus intentos, quase que sempre há uma última carta na manga que o salva. Por outro ângulo, todavia, o autor conseguiu fazer Denyel ganhar uma personalidade bastante verossímil, ela foi bem desenvolvida (afinal, penso que esse era um dos reais objetivos deste livro), e os fatos mostrados em "anjos da morte" explicam bem o que o faz ser do jeito que é no primeiro livro. Isso melhorou a compreensão que a leitora aqui tinha do psicológico do protagonista. Apesar disso, alguns outros continuaram sem muita personalidade própria, como Kaira, que no início do primeiro livro, denunciava sinais de talvez ser a protagonista, o que não se mostrou como tal ao longo da trama, e que ao meu ver, acabou sendo apenas aquilo que o seu "título" denota: uma capitã, a líder, que cumpre com suas obrigações, quer salvar o amigo Denyel, por quem talvez esteja apaixonada e nada mais. Tomara que isso mude um pouco no terceiro livro. Já outros personagens coadjuvantes do passado de Denyel conseguiram roubar a cena a sua maneira, como Sophia, e Tom Craig, alguns de meus personagens favoritos do livro. Aliás alguns dos melhores diálogos do livro se dão com esses personagens. Por último, só quero dizer que fiquei feliz em perceber que a leitura continua até que bastante fluida e que de certa forma é uma narrativa bem costurada, com alguns ganchos que me deixaram bastante curiosa para a continuação.
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Je_Brum 14/07/2013

Filhos do éden V 2....
Terminei de ler Filhos do Éden V2 faz uma semana, fiquei pensando em fazer a resenha, nunca escrevi sobre os livros que leio, (só os exigidos para a faculdade, pós...) meus amigos adoram quando conto sobre os livros, e sempre pedem para eu escrever as resenhas...então lá vai minha primeira...pra variar, não gostei do final do livro, odeio o final dos livros do Eduardo!! Poxa, eu sei,devo ser muito chata, porque gosto do início, meio e fim de verdade das estórias, mas é lógico que o livro é MARAVILHOSO!!!! Só que já começa com uma falásia na orelha, é impossível começar lendo Eduardo Spohr por qualquer livro, você pode tentar, mas vai querer ler a Batalha antes e depois o V1 de Filhos do Éden, ok? aviso, não leiam fora da ordem!!! Vamos ao livro então, ler sobre a vida do Denyel provou mais uma vez o quanto o ser humano é brilhante e incapaz ao mesmo tempo, e o passado e o presente se misturando é incrível, Eduardo como sempre fez o dever de casa, o trabalho de pesquisa impecável, não é a toa que ele cumpre o que promete, no início do livro ele escreve sobre a paixão por guerra etc, e realmente o detalhamento no livro sobre isso, deixa o leitor espantado, surpreso e p... da vida porque os fatos aconteceram e você corre pro Google para confirmar...todas as histórias bem amarradas, os personagens se encontrando, e já pensando no próximo livro quando eles se encontram de verdade(tá, já falei que não gosto dos finais porque fica aquela “deixa” pra depois...).Se você não lembra das aulas de história do colégio, vai recordar com esse livro, porque além do enredo sobre o passado do Denyel, tem toda a trama por trás, envolvendo coisas que vão além da imaginação de um mero mortal!!
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Lucas 15/07/2013

Anjos da Morte
Filhos do Éden - Anjos da Morte - retorna ao século passado com um dos personagens mais cativantes do Herdeiros de Atlântida, Denyel, explorando suas experiências como um anjo da morte.
O passado de Denyel prende a atenção do leitor ao passar por diversos conflitos e gerações do século passado. Enquanto o leitor vê o passar tempo e anjo da morte se tornar o Denyel que conhecemos no primeiro livro, o apreço pelo personagem se torna ainda maior.
Graças aos personagens marcantes apresentados nas décadas do século XX, a um suspence crescente, situações inéditas e as criaturas sobrenaturais o leitor recebe uma aula História de forma prazerosa, daquelas que dificilmente deixariam um aluno sonolento.
Os cenários em que o passado de Denyel é contada são muito bem descritos, com direito a menção dos nomes das armas, locais exatos (mesmo que fictícios), veículos, entre outras. O que dá ao leitor a possibilidade de realizar pesquisas posteriores.
Paralelemente, o livro continua a jornada de Kaira, exatamente do ponto onde o primeiro livro parou. No entanto, como o próprio título diz, o foco do livro é outro. E, de fato, todas as situações que Denyel passa no livro reduzem a história de Kaira nesse segundo livro. É tão evidente que alguns capítulos de Kaira em meio aos capítulos de Denyel são comparáveis a um intervalo comercial em um filme de suspense. A história de Kaira só melhora no últimos capítulos do livro, quando as guerras já se passaram e o melhor título para Denyel, em vez de "anjo da morte", é "peão".
As batalhas no segundo livro são bem descritas e permitem ao leitor imaginá-las facilmente. Os conflitos que ocorrem entre anjos se destacam e evidentemente batalhas de deuses. No entanto, algumas situações no livro se tornam comuns ou previsíveis. Por exemplo, nas guerras, quando Denyel saía em uma operação com outros dez soldados era quase certo sete deles não veriam o nascer do sol novamente.
A questão máxima tratada pelo livro é a mudança que Denyel sobre durante. Como querubim ele é fisicamente superior a um relis mortal. No entanto, como "exilado" ele deve se portar como um humano qualquer. Com isso, ao decorrer do tempo Denyel é humanizado, levando-o a questionar os instintos da própria casta até um ponto em que as atrocidades cometidas como anjo da morte fazem o peão questionar os motivos de tudo aquilo. Esse sentimento de arrependimento acompanha Denyel no Herdeiros de Atlântida, em sua busca por redenção.

O livro pode ser lido de forma independente, sem a leitura do Herdeiros de Atlântida ou A Batalha do Apocalipse. Mas é ALTAMENTE aconselhável ler o primeiro antes. Pessoalmente, eu comecei a ler o Livro 2 sem ter lido nenhum dos outros livros da saga, mas, como estava gostando da obra, decidi fazer as coisas direito, pausar e ler o Livro 1. Por ter tantas referências e ligações com o primeiro livro que até então tinham me passado despercebidas, eu recomendo fortemente a leitura do primeiro livro.

Para alguém que não tinha o hábito da leitura, posso dizer que a saga Filhos do Éden me fez dar uma nova chance à Literatura. Ainda me falta ler o A Batalha do Apocalipse, que será minha próxima leitura.
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Carine 15/07/2013

Todo sangue voltará para você
Anjos da Morte é considerado o mais sombrio da trilogia,não poderíamos esperar outra coisa pelo fato do tema do livro ser as guerras do seculo XX sendo assim é claro abrange todas as questões que estão envolvidas na guerra,como o sentimento de perda,a busca pela identidade,a dualidade entre o bem e o mal e a incerteza do que define o certo e o errado.
Mas falando do enredo,o livro é dividido em dois pontos de vistas,o primeiro conta a história de Danyel,nas guerras do século passado,desde do desembarque na Normandia em junho de 1944 até a queda do muro de Berlim em novembro de 1989,ele é obrigado a servir como Anjo da Morte,grupo de celestes que vivem na Terra,misturados aos terrenos e de tempos em tempos servem em postos de batalhas nos conflitos humanos,seguindo ordens de seus superiores,os Malakins.Os anjos da Morte não podem interferir no curso do conflito sendo assim Danyel é obrigado a ver a morte de vários companheiros de batalha.O outro ponto da narrativa é a que conta a jornada de Kaira e Urakin,que aparecem no livro anterior,também estão com eles Ismael,um dos poucos Hashmalins que se juntaram a causa do arcanjo Gabriel,os três embarcam em uma missão misteriosa,mas antes vão a procura de Egnias(a segunda cidade atlante)para tentar resgatar Danyel se ainda estiver vivo.A partir desses dois enfoques,Eduardo Spohr nos leva pra mais uma aventura magnifica que surpreende a cada capítulo lido e nos deixa com um gostinho de quero mais.
Toda boa história depende de bons personagens,o que não falta em Filhos do Éden:Anjos da Morte,tanto os personagens do primeiro livro como os novos personagens tem uma carga de desenvolvimento que surpreende,o que faz os leitores conhecerem e se identificarem com os mesmos.Danyel é o personagem mais complexo do livro,vemos o conflito interno dele,o sentimento de perda que ele carrega e come ele se comporta diante desse e outros dilemas,outro ponto que também é mostrado,é como a mente humana se comporta diante do desconhecido e como reage a situações,bem.....um pouco improváveis.O livro também conta com uma excelente base histórica e uma trilha sonora que na minha opinião traduz de forma simples os movimentos musicas do século XX.
Com uma linguagem descritiva que nos leva mergulhar dentro do livro e participar de batalhas épicas,o livro Anjos da Morte nos ensina mais uma vez(o que já fora levantado em A Batalha do Apocalipse) que nós fazemos nosso próprio destino e que aquilo que escolhemos fazer e acreditar é o que nos torna a pessoa que somos,mesmo não sendo a que queremos ser.
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Paulus 16/07/2013

O melhor e o pior do ser humano...
O segundo livro da trilogia “Filhos do Éden”, Anjos da Morte, de Eduardo Spohr, resgata a história de Denyel (e não Daniel!), o anjo exilado que faz sua primeira aparição no primeiro livro da trilogia, “Herdeiros de Atlântida” e tem papel fundamental na trama. Além de resgatar a história de Denyel como anjo da morte, como são designados os exilados que supervisionaram as ações nas guerras humanas, o livro dá continuidade ao primeiro, no prosseguimento da saga de Kaira e Urakin, além do novo integrante da missão, Ismael.
Dessa forma podemos dividir o livro em duas partes: uma trama que conta a degradação de Denyel, nos tempos de guerra (1944-1989) e a busca e a missão de resgate de Denyel capitaneada por Kaira, passada no tempo presente. Apesar dessa parte do trio de Kaira se passar após os eventos do primeiro livro, creio que pode ser lido sem conhecimento do primeiro, já que a história segue um curso que não requer obrigatoriamente que se tenha lido o primeiro, apesar de isso ajudar bastante no entendimento da missão e as referências a alguns fatos que acontecem ali. Os livros podem ser lidos separadamente, em ordem distinta, sem maiores problemas, mas a leitura prévia do primeiro livro e também do outro livro do autor, “A Batalha do Apocalipse”, são altamente recomendáveis de modo a se entender as referências que ali constam, sendo esse o que possui menor número de referências, mas elas estão lá, como no boato de que o Arcanjo Gabriel poderia ter se aventurado alguma vez no mundo dos homens e amado uma mulher.
Dos três livros desse universo angélico escritos pelo Eduardo Spohr, esse é o livro mais humano deles. Como diz o autor em sua dedicatória para o pai, a guerra é capaz de despertar o melhor e o pior em um ser humano e ao longo da história de Denyel notamos vários atos humanos dignos de serem ovacionados, bem como notamos a crueldade das guerras. Percebemos como Denyel vai se tornando cada vez mais humano, o que não é necessariamente uma coisa boa, pois ele agrega sentimentos nobres, mas também os vícios de nossa raça. Além disso, é o livro que aprofunda mais a questão da humanidade, tema que começou a ser desenvolvido no primeiro livro da trilogia, com Kaira e nesse ganha novos contornos e personagens, como o inesquecível Tom Craig. Apesar de ainda possuir criaturas místicas, magias (com a exploração do ocultismo nazista), o foco é o lado psicológico de Denyel e suas reflexões e ações nas guerras, a deturpação dos seus valores de casta e a sua humanização.
Spohr demonstra seu trabalho intenso de pesquisas com mapas, descrição de armas, localidades, estratégias de guerra, história, referências bíblicas e tudo mais nesse trabalho que deve ter sido o que exigiu mais de sua carreira de escritor. Os nomes dos capítulos e das partes dos livros também nos remetem a outras obras literárias, como o capítulo “No Coração das Trevas”, no qual a cena ali descrita nos remete à obra de Joseph Conrad, “O Coração das Trevas” e a filmes como “Por um Punhado de Dólares”, homenageado com um capítulo de mesmo nome, mostrando parte de todas as referências que inspiram o autor em sua carreira.
Filhos do Éden: Anjos da Morte mostra um escritor mais maduro, uma obra em que o lado sombrio do ser humano, refletido nos personagens humanos e também em Denyel, e o mais nobre se relacionam de modo dialético. O fato de o livro estar dividido em dois seguimentos tão distintos poderia ser um problema, mas acaba que a saga de Kaira sendo um alívio momentâneo para a intensidade da saga de Denyel e seus conflitos psicológicos. Um excelente livro mais uma vez, a meu ver, superior ao primeiro da saga e altamente recomendável.
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