Fim

Fim Fernanda Torres




Resenhas - Fim


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Daniel 25/11/2013

Uma estreia promissora

Eu já tinha lido alguma coisa da Fernanda Torres na coluna no Folha. Por isso não foi surpresa para mim sua escrita ágil e irônica.

Os capítulos deste livro são narrados em primeira pessoa pelos cinco amigos no dia do falecimento de cada um. Em seguida a narração passa para outros personagens relacionados com aquele que acabou de falecer.

Os personagens são bem caracterizados, e felizmente não estereotipados. Acho que os melhores, ou os mais interessantes, são os dois primeiros narradores: o trágico Álvaro, com suas humilhações cotidianas impostas pela velhice, e o sacana Sílvio, perdido numa viagem entre entorpecentes e sexo sem limites no seu último carnaval. Achei que o livro perde um pouco o pique depois desses dois, os outros três amigos parecem coadjuvantes comparados aos primeiros.

Pela sinopse, achei que seria um livro que falasse mais sobre a amizade, sobre a complexidade das relações entre amigos. Mas o drama maior está mesmo no individual de cada um, no que o tempo faz não apenas com as relações das pessoas, mas delas com o mundo, com a própria saúde, etc. Eu esperava mais cenas dos cinco amigos juntos, acabei ficando meio sem entender o que afinal unia esses caras assim tão diferentes. Me impressionou como a autora conseguiu captar bem algumas nuances do universo masculino, e também as mazelas da velhice... A gente se esquece que quem escreveu o livro não é nem homem nem velho.

O fim do Fim, apesar de toda sua ironia e partes engraçadíssimas, é melancólico, tem aquele clima meio triste de final de festa... como o fim da vida costuma ser.

Zingara 29/11/2013minha estante
Estou louca pra comprar e ler, pena q agora q é lançamento fica mais caro! O jeito é esperar encontrar 1 nos sebos!


edu basílio 01/12/2013minha estante
se minha curiosidade já estava aguçada, sua resenha agora me estimulou a incluí-lo de vez na minha lista para 2014 ^_^


José A. Lima 09/12/2013minha estante
Fiquei curioso! O problema é que tenho vários livros para ler...Obrigado pela resenha!


Gabriel Paixão 03/01/2014minha estante
é incrivel esse livro.


Nanci 11/07/2014minha estante
Daniel:

Vou reconsiderar e ler FIM, que vem dividindo opiniões. Fiquei curiosa, com esperança de gostar.

Obrigada pela resenha.


Daniel 11/07/2014minha estante
Nanci, acho que alguns leitores estão com preconceito pela Fernanda Torres ser famosa, atriz, filha da Fernanda Montenegro, etc. Como se além de tudo isso ela não pudesse escrever bem. E o pior é que escreve, rs.


Viviane 31/10/2015minha estante
Concordo....O livro tá longe de ser uma apologia à amizade ou filosofia sobre a morte.Fala de pessoas com histórias reais e cotidianas (consegui identificar 3 amigos),seus encontros e desencontros,trazidos á tona em seus últimos momentos de vida,de maneira normal,sem dramas,nem comédias.....muito bom.Adorei!


Poly 19/04/2021minha estante
Que bom ler essa resenha! Tô com o livro na estante há algum tempo pra ser lido. Sua resenha ajudou muito e ele será o próximo da lista hahaha


tagarelice 18/08/2023minha estante
Concordo que o capítulo do ribeiro e do neto não foram dos mais interessantes mas o do Ciro foi fenomenal, pra mim ele é o verdadeiro protagonista. Realmente a gente esquece que quem escreveu o livro não é homem, muito menos passa pela velhice. Fernanda Torres foi brilhante!




Hermes 17/07/2014

Livro cheio de defeitos
Por que achei o livro ruim.

1 - Falta uma história - Bem, na verdade, isso não é propriamente um defeito. É mais uma questão de gosto pessoal: prefiro livros com boas histórias. Com efeito, não posso negar que há muitos livros sem histórias que são bons, mas esses apresentam reflexões profundas, inteligentes e instigantes. Já "Fim", além de não ter uma trama clara (são relatos de alguns acontecimentos na vida dos personagens), não traz nenhuma reflexão profunda. Os pensamentos são bem comuns.

2 - Personagens caricatos - Fernanda Torres cria cinco caricaturas e passa o livro todo retocando-as. Álvaro é o chato, brocha, que não se dá bem com as mulheres. Sílvio é o porra-louca, tarado, inconsequente. Ciro é o homem perfeito, bonitão, bom em tudo, que desperta o interesse de todas as mulheres; nenhuma resiste a ele. Ribeiro é o zé mané, esportista, que se interessa por menininhas e toma viagra para se manter ativo sexualmente. Neto é o bom moço, sujeito comum, conservador. Pois, a todo momento, em todos os relatos - tanto dos amigos como das pessoas a eles relacionadas - as características marcantes dos cinco são ressaltadas. Ficou maçante. Não consegui visualizar mentalmente nenhum personagem.

3 - Ela abusa de clichês - O tema em si já é um. Retratar os velhinhos de Copacabana que, na juventude dos anos 60 e 70, eram os transviados, os paladinos da contracultura, é uma assunto que já foi explorado demais. Além desses, há muitos outros. Engraçado que há um trecho em que uma personagem critica mentalmente o porteiro do prédio porque ele usa, num velório, um monte de clichês a fim de se referir à morte. Mas criticar os clichês usados em enterros por si só já é um clichê. Outros me lembraram cenas de novela. Um exemplo: o casal que se conhece numa roda de violão e ali começa um romance. Esse, por sinal, tem cara de roteiro da novelinha Malhação. Sobre o encontro do tal casal, selecionei esses trechos: "A Ruth atacou a voz de mulher, o Ciro a do homem, e os dois terminaram juntos, aplaudidos de pé, para sempre apaixonados" (pág. 104); "Senhor absoluto da cena, Ciro raptou a rainha com perícia de Eros. Muito casais se formaram naquela noite, atiçados pelo testemunho do encontro." (pág. 114). É muita pieguice! Se ela não tirou isso de malhação; na melhor hipótese, foi das sebosas novelas do Manoel Carlos. Não dá! Um bom livro não tem tantos lugares-comuns.

4 - Fórmula desgastada da narrativa - A crítica elogia a narrativa de Fernanda Torres como se fosse algo inovador. Não precisa conhecer muito a literatura brasileira contemporânea para perceber que a fórmula que ela usa já está bastante desgastada. Linguagem coloquial, palavrões, frases curtas e secas, sarcasmo, ironia, humor cáustico, instâncias de fluxo de consciência; tudo isso já foi usado, até com um pouquinho mais de competência, por autoras como Luisa Geisler, Állex Leila e Márcia Denser, só para citar três nomes. Não gosto desse estilo.

5 - Número interminável de listas - Não consegui contar todas as enumerações existentes em "Fim." Só para se ter uma ideia, nas páginas 198 e 199, em cinco parágrafos, contei oito listas. É demais! É um recurso pobre e irritante; trava a leitura. Listas são inevitáveis em alguns momentos, principalmente quando se descreve pessoa ou local; só que ela usou em excesso. Vejam: "Deus se transmutando no próprio planeta, nas correntes de ar, nas nuvens densas, no sol inclemente, na lua, nos temporais" (pág. 198). "Dormiu ao relento, teve medo de bicho, de gente, foi assaltado..." (pág. 198). "...sentiu febre, frio, fome e sede." (pág. 198). "...Oiapoque, Boca do Acre, Lábrea, Manicoré, Aripuanã, Parecis, Jaciara". (pág. 199). "Acostumou-se com o mormaço, os insetos graúdos e as cobras, com os barulhos da noite e as brincadeiras truculentas dos nativos" (pág. 199). "...crimes contra a natureza, serras elétricas, tratores, correntes e venenos de praga" (pág. 199). Já está bom, né? Ao longo do livro, encontramos outras muitas enumerações. Não me espantaria se alguém me dissesse que contou mais de cem.

6 - Excesso de chavões - Sei que essa palavra tem o mesmo significado de clichê, mas usei "chavão" separadamente para fins didáticos. Destaquei esse termo só para me referir àquelas expressões repetidas demais pelo uso popular, que, por isso mesmo, devem ser evitadas num texto formal, mais ainda no livro, ainda que o estilo seja coloquial. Seu uso empobrece o texto. Considerando somente os usados em terceira pessoa, contei dezenas de chavões. Selecionei os três piores: "Encontrara a sua razão de ser" (pág. 116); "...ameaçou vir à tona e transbordar" (pág. 121); e "...dera o tiro de misericórdia..." pág. 197). Não dá!

7 - Muitos conflitos tinham a mesma essência - Na hora da própria morte ou do outro, os velhinhos começavam a questionar seus amores. Para Irene: sinto ou não sinto falta de Álvaro? Para Ribeiro: amo ou não amo Suzana? e Amo ou não amo Ruth? Para Neto: amo ou não amo Célia? Para Ciro: amo ou não amo Ruth? Quem fugiu disso foram Álvaro e Sílvio, que tiveram reflexões mais interessantes na hora da morte.

8 - A autora cita demais nomes consagrados, suas obras ou seus pensamentos - Ela citou em demasia filósofos, escritores, cantores, músicos, compositores. Nietzsche, Platão, Aristófanes, Dante, Flaubert, Machado de Assis, Vinícius, Jobim, Bob Dylan, Noel Rosa, Nara, Bethânia, Elis Regina. A autora me passou a ideia de que ela se valeu desse recurso só para exibir erudição. Achei pedante.

9 - Humor fraco - Nem ao menos nesse quesito o livro escapou. Poderíamos esperar que a escritora mostrasse tiradas engraçadas e inteligentes, mas não foi o caso. Não achei graça das piadas. O tal sarcasmo não era tão inteligente e engraçado. Na verdade, não é diferente do que tanto vemos por aí. Não consegui dar uma risadinha sequer.

10 - Vício em sinônimos - Ela usou demais o recurso de repetir sinônimos (ou palavras de sentido aproximado) em sequência para enfatizar uma ideia. Exemplo: "Ele é um zero, um nulo, um nada". (pag. 33).

11 - Falta originalidade - Fernanda Torres não apresenta nenhuma novidade. Não traz nenhuma ideia nova, nem na forma, nem no conteúdo. A grande quantidade de lugares-comuns diz isso por si só.

Enfim, na minha opinião, é um livro cheio de problemas. Se salvam: as partes que retratam a vida e os dilemas do Padre Graça (apesar de alguns lugares-comuns); o diálogo entre Ciro e a enfermeira Maria Clara (o que se encontra nas páginas 188 e 189); e alguns momentos do relato em primeira pessoa do personagem Álvaro. O resto, a meu ver, não funcionou. A ideia de cada personagem contar sua versão dos fatos e a inserção de relatos sobre a vida das pessoas próximas a eles resultaram num livro repetitivo e maçante.

É tentador, mas não...não vou fazer nenhum trocadilho com o nome do livro. Acabo aqui a resenha.

Dou mais exemplos e detalho melhor minha opinião no blog (link abaixo)

site: http://garrafadacultural.blogspot.com.br/2014/03/fim-fernanda-torres.html
Ronnie K. 08/12/2014minha estante
Hehehe. Desisti de comprar (ou ler) após ler sua resenha...


Hermes 10/02/2015minha estante
Pois você faz muito bem, amigo. Reserve seu tempo para ler escritores de verdade.


@andressamreis 30/01/2016minha estante
Nossa, e eu tinha gostado, mas depois desta sua resenha já estou analisando de outra forma o livro.
Considerei o livro interessante em razão da melancolia que permeia a narrativa, mesmo considerando seus onze argumentos acredito que é possível uma leitura reflexiva. Acredito que o valor do livro esteja nos monólogos dos cinco protagonistas, dá para perder uma tarde em sua leitura.


Allan 27/07/2016minha estante
Nossa, obrigado pela resenha, Hermes! Realmente, tirei da minha lista de compras... hahahahahaa...


Rakelzinhaa 20/11/2023minha estante
Realmente sua resenha foi inspiradora... #sqn
Me pareceu algo pessoal com a autora, vc não aceita o fato de ser uma leitura leve pra passar o tempo... algo para distrair....
Sua vida deve ser muito perfeita, pra tecer tantas críticas...
Quem é vc mesmo na fila do pão?
Aproveite melhor sua vida, vc demonstra na resenha que está igualmente interligado com algum personagem da autora, e não pense que é o ¨Ciro", vc está mais para um dos personagens terciários.... senti um pouco de amargor em suas palavras, como se sua vida estivesse interligado ao enredo....
Vc devia estar muito frustrado e triste na época da leitura do livro, e fez uma resenha patética a respeito disso....
Se eu fosse vc, assistiria agora a Minissérie pra perceber a profundidade da obra.
boa sorte




22/01/2018

Então, este é o livro que foi comparado a Memórias Póstumas de Brás Cuba?
Vou logo dizendo que não terminei a leitura, abandonei o barco pouco depois da metade e não tenho a mínima pretensão de voltar no futuro. Desculpa, só tenho uma vida e não estou cumprindo penitência nela.

Fernanda Torres é minha atriz brasileira favorita, amo quase tudo que ela já fez no teatro, cinema e TV. Eu estava realmente convencida de que ela tinha algo a dizer através da literatura, fui na maior boa vontade tentar ler 'Fim', até que me dei conta da roubada em que havia me metido. Ô historinha rasa, daquelas bem de quinta, bem rés-do-chão mesmo. Pouca reflexão e muita pompa. Eu simplesmente não entendo tantos elogios referentes à este livro, especialmente porque não há nada de novo aqui, todos esses temas já foram explorados exaustivamente na literatura, e dentro de uma forma bem menos repetitiva. Quanto à rasgação de seda absurdamente exagerada da crítica, eu resumo em uma palavra: Puxa-saquismo. E digo mais: Não sei até que ponto é positivo tentar convencer a mulher de que ela é a nova Clarice Lispector. O problema não é escrever um livro mediano; o problema é tachá-lo de genial e tentar convencer as pessoas disso. Quanta empáfia! Me pergunto o que leva uma mulher tão culta chegar à conclusão de que a melhor história que ela tem para contar ao mundo gira em torno de um bando de velhos machistas, amargurados, monocromáticos, reclamões e com problemas de ereção. Enfim, não vejo como ler sobre essa gente superficial pode acrescentar algo à vida de alguém. Ganhei o livro, mas não vou hesitar em me livrar dele na primeira oportunidade que eu tiver.
Rodrigo 22/01/2018minha estante
GENTE! obrigado por me fazer economizar tempo e dinheiro


22/01/2018minha estante
Continuo achando que ela é capaz de escrever coisas mais originais e bem elaboradas que esse wannabe Nelson Rodrigues.


vsc bibliotecária 17/05/2018minha estante
Li por obrigação.


Manu 25/03/2019minha estante
Nossa tô nessa vibe aí!




Nanda.Fagundes 26/05/2021

Para refletir
Fernanda torres está de parabéns, que escrita maravilhosa.
Com o seu humor ácido conheci Álvaro, Silvio, Ribeiro, Neto e Ciro.
Detestei todos os personagens porém amei o livro.
Recomendo fortemente a leitura.
É tão bom ler livros nacionais. ?
victória 27/05/2021minha estante
fiquei interessada. ?


Nanda.Fagundes 27/05/2021minha estante
Amiga! Tu vai amar


victória 27/05/2021minha estante
ai tomara. quero ler mais nacionais


Nanda.Fagundes 27/05/2021minha estante
Eu também amiga. Tô lendo suicidas e amandooo




Ladyce 27/01/2014

Um produto da mídia
Raramente dou uma estrela. Se não gosto, prefiro não fazer publicidade, mesmo que negativa. Mas a grande publicidade que este livro está recebendo em toda mídia me leva a lançar um aviso de alerta: DETESTEI. E já passei adiante, para o sebo mais próximo da minha casa.

Se não fosse da Fernanda Torres, se fosse de qualquer um desconhecido brasileiro, esse livro não teria sido publicado. Cheio de ideias antigas, mal elaboradas, ecoando jargões dos anos70 e lugares comuns dos anos 80, tudo isso com uma prosa descuidada, muito palavrão gratuito, tudo em nome de uma leveza e de uma contemporaneidade inexistentes. Não me acrescentou nada de novo, nada que justifique a cobertura que está tendo... Essa cobertura não é por causa do texto. É por causa de quem o escreve.
Nanci 29/01/2014minha estante
Ladyce:

Alerta aceito! Já desconfiava desse livro e suspeitei de que era realmente fraco, quando vi a entrevista da autora no programa Globo News Literatura...

Lamento esse corporativismo, essa promoção de textos ruins escritos por "celebridades".

Beijo, da Nanci.


Ladyce 31/01/2014minha estante
Nancy, esse corporativismo está fora de controle...


Renato Gonpeau 19/12/2014minha estante
Chato demais! Só li pq eu comprei ...


Vicky 03/05/2023minha estante
Disse tudo, também detestei




em_br 23/02/2024

Por mais que todos tenham sido pessoas horríveis, foi bem
fascinante acompanhar os últimos momentos de cada um e ter conhecimento da vida deles. tô com muito ódio do ciro que maldito
mariars 23/02/2024minha estante
cm q faz p pôr as estrelinhas? Ou são só emojis do teclado?


Flavia_Lo 23/02/2024minha estante
Quando você coloca que já leu o livro, aparece as estrelinhas pra você colocar


mariars 23/02/2024minha estante
Obrigadaa




mariaacmm 08/09/2021

Confluência de sensações
Nanda Torres cria personagens complexas e ao mesmo tempo vagas, que constantemente deixam o leitor com um gostinho de ?quero mais?. É como se Fernanda narrasse: ?Fulano gostava de ouvir música em LPs e tinha tendências ao alcoolismo? mas de certa maneira, nunca saberemos o que realmente desencadeou essa tendência, e muito menos que gênero musical fulano costumava ouvir naqueles discos. Torres escancara os desejos, preocupações e reflexões humanas, de forma a colocá-los na mesa e os destrinchar de maneira que traumas psicológicos passam a ser somente 1% daquilo que constitui cada um dos cinco amigos, porém não nos provém com mais explicações. Gosto disso, de não ter que questionar o que está por trás de cada ação, mas sim narrar o que acontece, e não importa o que aconteça, quem morra e quem sobreviva, tudo faz parte da vida. Todas as besteiras, todas as brigas e principalmente, todas as reconciliações. Obrigada por essa experiência, Fernanda.
babinoceda 08/09/2021minha estante
amei lenda, você é a maior que temos !


bela 08/09/2021minha estante
que lindo amiga, fiquei super curiosa pra ler agora




Laís 09/05/2020

Razoável
A história se arrasta durante todo o livro. Não prende o leitor.
Igor Bueno 09/05/2020minha estante
Também achei um pouco. Em alguns momentos parece até meio forçado...


Day Alencar 09/05/2020minha estante
Sério ? Eu já ia comprar !! ?????




Bookster Pedro Pacifico 17/02/2024

Fim, de Fernanda Torres
Um grupo de 5 amigos cariocas que se conhecem na juventude e levam uma vida repleta de festas, relacionamentos e intrigas. Uma fase intensa, mas que não os prepara para os próximos capítulos de suas vidas, marcados pelas perdas, solidão e conflitos. Os amigos são muito diferentes um do outro e o seus destinos também os levarão para fins únicos.

Gostei muito da escrita da autora e de como ela usa um humor ácido para descrever os problemas e as falhas de uma geração. Há pouco filtro e muito excesso nas páginas: arrependimentos, traições, tristezas, safadezas e até alguns momentos felizes. E esse excesso não para nos sentimentos, já que muitos dos personagens - com narração em primeira pessoa - nos despertam uma forte sensação de desprezo. É um período marcado pelo egoísmo de um homem machista, que só pensa nos seus próprios interesses e trata as mulheres como um objeto descartável. São personagens estereotipados e com uma verdadeira aversão ao politicamente correto.

O enfoque da obra está mais no interior de cada um dos personagens, e das particularidades da história de cada um, do que na relação entre os cinco. Mas gostei desse mergulho psicológico que a autora faz. A obra também nos faz refletir sobre os diferentes caminhos que a vida de pessoas tão próximas de nós podem levar. Será que aquele amigo que sempre se deu bem e teve tudo o que quis, vai ter um futuro de felicidades? Ou um fim solitário e decadente o aguarda? É a vida crua e real (apesar do traço estereotipado dos personagens).

O cenário em que se ambiente a narrativa também é interessante e acaba desempenhando um papel no livro. Rio de Janeiro da década de 60 e seu avanço pelos passar dos anos.

É uma leitura muito fluida e divertida (ou, na verdade, um tragicômico). Recomendo!

PS: E para quem gostou do livro, indico a adaptação para as telas, que você encontra no @globoplay.

Nota 8,5/10

Para mais resenhas, acesse o @book.ster no Instagram.

site: https://www.instagram.com/p/C3V-alfRRNT/
_Ane_ 17/02/2024minha estante
Li esse livro em 2015. Logo que ela lançou. Amei ele! Mas preciso reler para lembrar da história. Hehe


erbook 21/04/2024minha estante
Estou relendo essa obra, após assistir a ótima minissérie da Globo Play.




Arthur.Afonso 31/05/2020

Fim.
Interessante como a Fernanda Torres consegue nos transportar exatamente para dentro dos sentimentos e experiências de cada personagem.
Uma mesma situação que foi relatada de mais de um ponto de vista realmente faz sentindo para quem tá lendo de todos os ângulos expressados.
Fim é um romance muito bem escrito que aborda as complexidades das consequências das escolhas que se faz durante a vida. Vimos um grupo de amigos já no final dos seus dias analisando suas próprias experiências e expectativas que construíram suas histórias.
É um livro muito sensível que lida de forma muito madura e realista sobre o envelhecimento, o amor, a amizade, o casamento, a mesmice e a ordinariedade da vida.
No final as contas percebemos que arrastamos conosco um legado de sentimentos e ressentimentos que a princípio não teriam grande valor, mas que depois de 40, 50 anos se acumulando são avassaladores. Mas ao mesmo tempo, são os formadores das nossas próprias histórias.
Sara 01/06/2020minha estante
Ótima resenha...


Arthur.Afonso 01/06/2020minha estante
??




Lenise 22/01/2014

Nu e cru como é a vida.
Cinco amigos e a cidade do Rio de Janeiro.
A autora acompanha cada um dos cinco em suas lembranças no dia de sua morte e o tom do texto assume a personalidade do personagem.
De um personagem passa para o outro conforme suas reminiscências vão se entrelaçando. Suas mulheres, filhos, vícios, erros, são apresentados com uma visão interna e egoista.
O estilo de Fernanda Torres é ótimo! Rápido, seco, mordaz, cruel! A leitura prende apesar das histórias contadas serem histórias que vemos acontecer na vida real ao nosso redor todo o tempo.
Me lembrou Nelson Rodrigues pela crueza. Mas... achei-a melhor que NR.
Surpreendeu-me a visão "machista" do livro! A falta de qualquer tipo de lição! Os maus não são castigados, os bons sofrem. A vida é passada em uma busca hedonista pelo prazer a qualquer custo. Os fatos são apresentados ao leitor sem qualquer compaixão pelos personagens.
Nu e cru.. como é a vida!



Guarilha 27/01/2014minha estante
Gosto das pessoas que leem; gosto muito mais das que interpretam corretamente o que leem. Ótima resenha.


Nathan 16/01/2015minha estante
adorei a sua crítica, estou lendo e adorando, principalmente pelo fato da autora não se importar com as más críticas que poderiam gerar em torno do pensamento machista que ela desenvolveu nos personagens.




Carol.Dytz 23/09/2018

Um saco
Achei a leitura pesada e forçada, não gostei!
Manu 25/03/2019minha estante
Gente tô lendo só pra ter um FIM mesmo, mas que o livro é chato e arrastado. Cruzes!


Carol.Dytz 11/04/2019minha estante
Sim! Para mim foi assim também é o final achei pior ainda




Thamyres Andrade 12/03/2017

Lacre nacional
Lembro desse livro ter passeado pela minha lista de desejados assim que a Cia das Letras lançou. Tava bem ansiosa pra ler, mas com o passar do tempo a ansiedade foi diminuindo, sabe?
Por acaso comprei um exemplar nesse início de ano devido a um preço baixo que encontrei e, olha, não vou mentir: foi a melhor coisa que eu fiz.
"Fim" literalmente fala do fim. Através da visão dos personagens principais, cinco amigos já idosos: Álvaro, Ciro, Neto, Sílvio e Ribeiro, acompanhamos seus últimos dias de vida. Vemos também como suas mortes influenciam na vivência das pessoas ao redor. Contado de maneira intercalada, ora com vislumbres de acontecimentos passados, ora com a descrição dos falecimentos em si, o livro é um divisor de águas. Sinceramente eu não sei definir se ele é pesado ou leve, triste ou engraçado, despretensioso ou reflexivo. É como se fosse tudo isso ao mesmo tempo.
Achei incrível como a Fernanda Torres conseguiu perpassar pelo dia a dia de cada personagem e ligar cada mínimo detalhe com extrema maestria. Não ficou uma ponta solta sequer e a vontade de ler cada vez mais capítulos pra saber o que iria acontecer em seguida foi enorme. No meu primeiro contato com a Fernanda, já quero ler mais coisas dela. Dotada de uma narrativa super gostosa e fluída, ela escreve muitíssimo bem, de um modo único, eu diria.
Um ponto negativo a ser destacado, que tirou uma estrelinha da minha nota, foi o vocabulário um tanto rebuscado em alguns momentos. Isso me atrapalhou um pouco durante a leitura. Eu tinha que parar, reler palavras que nunca vi ninguém usando e não faço ideia do que signifiquem, e tentar interpretar a cena pelo contexto. Até tentei criar hipóteses lógicas pro uso desse estilo de escrita e talvez possa ser pela idade já avançada dos personagens e a época em que viveram (década de 60).
Os desfechos e mortes de cada um foram coerentes com o que foi apresentado ao longo das páginas e me senti, em determinadas passagens, meio vingada, satisfeita.
Fazendo uma análise geral, a obra é muito boa. É envolvente e direta. Não cria rodeios ou fomenta tabus. Mostra os fatos de forma crua, a vida como ela realmente é, sem floreios. Posso dizer que me surpreendi por ter gostado tanto assim, porque, sinceramente, eu não tava dando nada pela história. Bem-vindos a mais um lacre da literatura nacional.
Tin tin!
Nota 4.
Ananda 04/04/2017minha estante
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Thamyres Andrade 06/04/2017minha estante




Ynara 02/04/2014

Crônicas patéticas.
Já li alguns humoristas falando em entrevistas que existe algo que os chateiam às vezes: o fato de que todos pensam que eles são engraçados full time, que ficam 24 horas por dia no modo stand-up, ou que sempre tem piadas prontas para qualquer ocasião, e que muitos fãs se decepcionam quando eles se mostram como meros mortais na vida cotidiana, tendo uma natureza tímida, reservada ou até mesmo mal-humorada. Infelizmente me esqueci desses detalhes quando comecei a ler esse "Fim". Pela sinopse realmente não esperava um livro de risadinhas fáceis, imaginei que a Fernanda iria querer sair da sua "zona de conforto" atual, mas a última coisa que esperava era um livro tão deprimente, amargo, que descreve a velhice e o passar dos anos de uma maneira tão triste, cruel e desastrosa. A vida dos cinco amigos é uma sucessão de desacertos, decepções, e todo o conceito de família, casamento, relações afetivas é posto como sendo um tropeço na vida de um ser humano: o casamento sufoca, os filhos prendem, as amizades desvirtuam, uma vida de compromissos e normalidade é um fardo no fim das contas, no fim da vida, no fim de tudo. Personagens vazios, um amontoado de crônicas que mais parecem ter sido escritas para chocar, no estilo "Vejam como bebi da fonte do Nelson Rodrigues!", mas que não escapam do óbvio. Não se cria empatia pela história de vida (e morte) de nenhum dos personagens, pois todos eles são tão amargurados dentro de suas vidinhas pequenas que a infeliz impressão que se tem é que "já foram tarde", e realmente não deixarão saudades. Esse livro é o clássico "muito barulho por nada".
Sol 16/11/2014minha estante
Realmente, achei este livro depressivo, triste, nos da a entender que a vida é ruim, a juventude é bem passageira e a velhice é péssima, casamentos são ruins, homens não prestam. Quem estiver entrando em depressão não pode ler este livro, fiquei com uma sensação muito ruim ao terminar de lê-lo,não me apeguei a personagens algum, e não o indico a ninguém.


Ynara 18/11/2014minha estante
também não indico, Solange. Ainda continua sendo o pior livro que li esse ano, fácil. Obrigada por ler minha resenha!




Raffael Massena 05/04/2018

Por favor, não pare de escrever.
Por se tratar do primeiro de Fernanda Torres, foi uma deliciosa surpresa. Personagens intrigantes, interessantes até a última descrição sobre cada um. Cada palavra valeu a pena, cada página virada elevava o status de Fernanda na sala dos meus escritores favoritos. Obrigado, Fernanda Torres por estar aqui, pela generosidade de sua escrita e por ser tão sincera em relação aos seus talentos. Uma honra sem dimensão. Fim.
Dickson 26/03/2021minha estante
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