Nada de Novo no Front

Nada de Novo no Front Erich Maria Remarque




Resenhas - Nada de Novo no Front


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Carlos Augusto Vasques 17/05/2024

Lido em 15/07/2023
Antes de relatar minhas impressões, vale a pena conhecer um pouco da história desse livro e do(s) filmes(s) baseado(s) nele, com algumas informações colhidas da coluna de Dorritz Harazim, de "O Globo", publicada em 19/03/2023.

A primeira edição do livro, de 1929, esgotou-se no mesmo dia e, ao final daquele ano, mais de 1 milhão de cópias já haviam sido lidas. Até hoje Erich Maria Remarque continua sendo, ao lado de Goethe, o escritor de língua alemã mais lido no mundo.

A obra é baseada na vivência do autor como soldado alemão na Primeira Guerra Mundial. O narrador é Paul Bäumer, um jovem recruta que parte para a guerra voluntariamente ao lado de colegas de classe. No front, conhece todo o horror dos conflitos: os combatentes se arrastam em trincheiras de lama e sangue, defrontam-se com restos humanos aos montes, estão quase sempre famintos, bebem água podre, vivem à beira da loucura. Poucos saem da narrativa com vida. A carnificina de mais 40 milhões de almas foi descrita sem retórica por Remarque.

Bem recebida por seu caráter pacifista e apolítico, a obra foi logo transformada em filme, que estreou em tempo recorde, pouco mais de 12 meses depois de publicado o livro. Na exibição ocorrida em dezembro de 1930, o cinema foi invadido por n@zist@s comandados por Joseph G0ebbels, futuro chefe de propaganda de H!tler, que destruíram tudo. G0ebbels havia reconhecido no filme uma ameaça para a ideologia n@zist@. Em pouco tempo, a exibição foi proibida na Alemanha. Apesar de não ser judeu nem comunista, Remarque teve que fugir do país, conseguindo escapar a a tempo. Sua irmã caçula, Elfriede, não teve a mesma sorte, tendo sido presa, submetida a um julgamento de fachada e executada em 1943. A história de Remarque teve sua redenção nos tempos atuais, já que o remake de “Nada de novo no front” foi vencedor de quatro Oscars em 2023.

Tanto o livro quanto o recente filme mostram sem retoques a futilidade da guerra. Até demais, pois certas passagens são duras de ler e de assistir. A mortandade é tanta e tão frequente que os relatórios diários do Exército simplesmente declaravam que não havia nada de novo no front, ou seja, o horror era banalizado, considerado normal. A diferença em relação a outras histórias das grandes guerras é que essa é mostrada pela ótica dos soldados alemães, e não dos combatentes aliados, como ocorre mais comumente.

Achei o livro e o filme muito bons. Entretanto, justamente a verossimilhança com os horrores da guerra pode ser paradoxalmente sua maior virtude e seu pior defeito. Por retratar as sangrentas batalhas de forma tão clara e crua, creio que dificilmente irei querer reler o livro e/ou assistir ao filme novamente. Mas que a história mereça ser lida e assistida ao menos uma vez, isso eu também acho.
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yasneryst 16/05/2024

Onde ficam os senhores da guerra?
É uma crítica muito forte a guerra, me fez pensar muito em “Adeus às armas” enquanto livro pacifista, no entanto, as semelhanças param aí, esse livro é mais agressivo.
Posso dizer que não há uma só página branda para aliviar a narrativa. Mesmo quando as cenas não são de violência explicita, e são poucas nesse livro.
Não existe beleza chocantes, de agonia, dores físicas e mentais.
Uma revolta por ter a vida desperdiçada, uma descrença no futuro que só pode ser sentida por quem viveu as cenas.
Arrepiante.
O tipo de livro que sei que acompanhará para sempre quem leu. São cenas que grudam, não dá para esquecer.
E já sei que se ler 15 vezes 15 vezes vou gostar e 15 vezes vou me chocar.
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Nilsonln 05/05/2024

Haja emocional!
Mesmo sendo uma releitura, "Nada de novo no front" não perdeu em impacto para mim. Impossível ficar indiferente à narrativa gráfica de Remarque. O escritor foi um dos poucos que, além de ter vivido a guerra pessoalmente, teve a coragem de mostrá-la de forma verdadeira, nua e crua, em sua obra.

A intenção do autor é bem clara, mostrar de forma realista os horrores, a crueldade e a estupidez da guerra. Se de um lado temos os interesses e manipulações dos países, governantes e empresas, operando de forma fria e distante a máquina da guerra. Do outro, o sofrimento e a angústia no campo de batalha. Pessoas que dela participaram, perderam seu futuro, bens, família, amigos ou até mesmo suas vidas. Resta a pergunta: Realmente há vencedores em uma guerra?

Não é uma leitura divertida em momento algum. É pesadíssima, envolvente e exige muito do emocional. Por isso, tanto da primeira vez que li, quanto nesta releitura, foi uma das histórias que mais me marcaram como leitor. Permanecerá em minha mente, e em meu coração, por muito tempo!

Minha avaliação: Amei
Valeu o tempo dispendido? SIM
Quero ler mais do autor? SIM
Recomendo a leitura? SIM
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Vicente.Borges 24/04/2024

O pavor de morrer é mais forte
Este livro é intenso e brutal, mostrando a vida nas trincheiras da Primeira Guerra. Não busca glorificar heroísmo, mas sim retratar a crueza da guerra, em outras palavras, medo, perda e sobrevivência.
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Marlonbsan 23/04/2024

Nada de Novo no Front
Paul Baumer é um jovem soldado alemão e experencia a dura realidade da Primeira Guerra Mundial. Convencido por seu dever patriótico, junta-se às trincheiras onde conhecerá a cruel certeza de uma guerra.

O livro é narrado em primeira pessoa, tem uma linguagem relativamente simples e possui uma densidade considerável.

Livros sobre Guerras trazem sempre informações relevantes sobre o conflito, nesse caso, temos o relato de alguém que realmente participou e conseguiu retornar com vida, assim, temos um relato condizente com a realidade e mostra como era estar ali e todo o sofrimento de quem é obrigado a seguir ordens.

As condições precárias de mantimentos, acomodações, o medo constante, a perda de amigos, os centros médicos lotados de feridos, são exemplos do que se encontra nesse relato, creio que não seja totalmente baseado em fatos reais, mas traz vários assuntos importantes e uma forma para mostrar o que acontecia aos montes nesses conflitos.

O sofrimento de quem estava ali na frente de batalha, assim como dos familiares de muitos desses soldados também são debatidos. Porém, apesar de todas essas qualidades, a história não conseguiu me prender muito. Já que em vários momentos há devaneios ou relatos que fogem um pouco de contar a história em si.

Mas, de qualquer forma, creio que seja uma leitura que traz boas reflexões, além de sua importância histórica e ajuda a entender alguns pontos que são debatidos.
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Henricas14 16/04/2024

"Nada de novo no front ..."
Um clássico pacifista alemão que critica a romantização da guerra com seus "heróis perfeitos", trazendo soldados mais humanos, com desejos, vontades e, principalmente, o medo da morte provocada pela batalha.
O autor desenvolve e destaca bem o seu protagonista em 1° pessoa, apresentando toda a fragilidade psicológica que ele se encontra naquele ambiente, questionando mtas vezes a razão de está na linha de frente de uma guerra que nn é dele.
Bastante recomendável pra essa realidade beligerante q nos encontramos
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Ju 15/04/2024

Um angustiante relato da verdadeira face da guerra
Uma história forte de garotos que foram deslumbrados com a honra que a guerra traria, mas que só encontraram morte, dor e sofrimento.
Não se sentiam mais tão jovens, não viam sentido em nada daquilo, viviam com medo ou anestesiados pelo sofrimento.
Talvez eu atualize essa resenha depois, ainda estou digerindo a história.
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Lucas.Lima 06/04/2024

A Primeira Guerra Mundial, contada pela perspectiva do front. Paul Bäumer relata suas experiências na guerra, com várias críticas e reflexões. Nos mostra momentos de ação, de incerteza, de alegria e de tristeza. Temos aqui, Nada de Novo No Front, com descrições precisas das experiências de um soldado.
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Dalila.Almeida 29/03/2024

Que livro impactante! Já tinha ouvido falar em como era difícil a ressocialização de soldados que lutaram na guerra, mas esse livro trouxe toda uma nova perspectiva pra mim. Saber que é baseado em fatos reais o torna mais incrível. Como de costume, os baseados em fatos reais são os mais amargos.
Apesar de ter pego muitos spoilers, o final me pegou de surpresa.
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ju 27/03/2024

"Estado não é pátria (...)"
Li esse por conta da faculdade, mas acabei gostando. São muito fortes as descrições feitas pelo Paul. As vezes você lê coisas absurdas, mas volta a recordar que é uma narração que se passa em 1917. Espero que eu vá bem na minha prova! mas por ora separei uma das frases que eu mais gostei:

"A vida, aqui nas fronteiras da morte, assume um aspecto de grande simplicidade, limita-se ao essencial, ao que é estritamente necessário; todo o resto é envolvido por um sono profundo."
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Amanda Zanella 26/03/2024

Leitura necessária
Assisti ao filme primeiro. O livro é tão impactante quanto. Mostra a cruel realidade de quem vai pra guerra e acaba com qualquer romantismo que alguém ainda possa ter sobre o assunto. Apesar do tema pesado, a leitura é fluída.
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Jeff_Rodrigo 22/03/2024

Horror
Fardas, baionetas, bombas, frio, fome, cansaço, medo e muita morte. O angustiante relato do personagem principal é bem detalhado e insere o leitor no inferno da Primeira Guerra Mundial de forma aterrorizante.
Não tem como ler esse livro e ver qualquer outro desfile militar com mesmos olhos depois.
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carol 19/03/2024

Dor.
Como pode um livro doer tanto,chorei em absolutamente todos os capítulos.
Não tô bem????????
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Leonardo1121 19/03/2024

Sobre Nada de novo no Front
Que livro! Superior a todos os livros de guerra e filmes que já vi em demonstrar a realidade e terror de um dos maiores e piores desastres humanos.
Desastre pois milhões sofreram por inconsequência de poucos.
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ensimesmado 15/03/2024

Nada de novo no front
Primeiramente, quero agradecer ao trânsito caótico da cidade que colapsa na menor presença de chuva. foi por causa dele que fiquei entediado de olhar para os carros que passavam e me forcei a pegar o kindle e ler o que quer que estivesse nele. sem esse trânsito que não anda, não teria mergulhado nesse livro que mostra o cotidiano da primeira guerra mundial.
ao contrário das inúmeras obras sobre a guerra, dessa vez vemos o lado dos alemães. do ponto de vista de alguém que zerou call of duty II várias veze e que cujo objetivo era apenas matar nazistas, isso é uma grande novidade.
o que talvez mais me deixou pensativo sobre o que li é que os personagens têm entre 18 e 21 anos, a faixa de etária que eu estava até um tempo atrás e em que estão a maioria dos meu amigos. não pude deixar de no imaginar protagonizando essa história, o que só deixou tudo mais pesado. é difícil imaginar pessoas de quem eu tanto gosto passando por algo assim, sofrendo ferimentos, morrendo por razões que concernem apenas aos que estão no poder.
o narrador inclusive reflete bastante sobre esse tipo de questões. os motivos os levarão até ali, as razões por trás disso e as autoridades que poderiam ter posto um basta em tudo e evitado tantas e tantas mortes. acho que vale a pena ler e partilhar dessas reflexões. é interessante ver como se sentiam os soldados alemães em relação à guerra, à vida e à sua juventude roubada.
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