Marcella.Pimenta 29/11/2023
Aos olhos de Deus, a mulher não é o sexo inferior
A autora oferece a perspectiva cristã e católica sobre a mulher. No início, ela contrapõe a visão feminista de que a Bíblia corrobora com a ideia de que a mulher é o segundo sexo (e cita Simone de Beauvoir algumas vezes), dizendo que, por exemplo, o fato de Deus ter feito a mulher depois do homem não indica inferioridade, já que houve uma evolução na criação divina.
Von Hildebrand também tece uma perspectiva diferente sobre fraqueza/ fragilidade (uma vulnerabilidade - por isso o cristianismo prega a proteção da mulher - e uma delicadeza, como uma porcelana preciosa). Também há apontamentos sobre características negativas da mulher, mas a autora novamente lança um olhar positivo sobre isso, lembrando que só podemos melhorar depois que reconhecemos nossos defeitos.
Outro ponto bastante explorado é a maternidade, por meio da mãe de Jesus e pela capacidade única da mulher de gerar uma vida. A autora entende que a gravidez é como um toque divino, é como se Deus tocasse o corpo da mulher com a alma de outro ser. "Deus cria a alma da nova criança no corpo dela. Isso implica um 'contato' direto entre Ele e a futura mãe, um contato em que o pai não desempenha papel algum. Esse contato dá ao corpo feminino uma nota de sacralidade, pois qualquer proximidade entre Deus e uma de suas criaturas é marcada por seu Selo Sagrado. Esse 'toque' divino é novamente um privilégio exclusivamente feminino que toda mulher grávida deve reconhecer com gratidão." (página 101)
É um livro bem fino mas que resgata a singularidade da mulher. Faz a gente perceber a tolice de pedir "igualdade" com os homens. Deus fez os dois à sua imagem e semelhança. Somos muito mais quando respeitamos nossa natureza e reconhecemos que nossa força vem de Deus.