Butakun 20/06/2020
Uma ventania sempre necessária
É indiscutível que o Natal a cada ano se torna mais e mais um feriado comercial, de baixo valor social agregado. Mesmo do ponto de vista religioso ele, ao menos aqui em nosso país, se apaga um pouco mais a cada ano; o que não é tão estranho, visto que a igrejas evangélicas têm tomado (e destruído) muito do imaginário popular. Dito isso, encarar a obra do Dickens como algo atual é meio complicado, embora o sentimento que a permeia - a retomada da fraternidade, da empatia, da caridade, etc - seja ainda, e infelizmente, uma das nossas maiores necessidades. Admito que é é sempre um tanto engraçado ler algo pela primeira vez cuja a história já é extremamente conhecida por outros meios e mídias, mas o texto é tão cativante que nos prende mesmo assim, mesmo que saibamos quase que com precisão o desenrolar de cada capítulo. A edição da Antofágica é linda demais, bem como vastamente ilustrada com desenhos do Guilherme Petreca (maravilhosos). Em resumo: incrível, como tudo que sai de lá.