Eric Rocha - Ersiro 07/11/2014
Quem me dera Escrever como Rothfuss
Bom, ainda que alguns digam que esta é uma aventura fantasiosa de leitura obrigatória e ainda que Martin diga que foi a melhor fantasia épica de 2011, na verdade vi mais um romance predominante do que realmente fantasia (e a própria editora o cataloga como romance).
Não que a fantasia não esteja presente, ao contrário, está sim, mas não com a intensidade que eu esperava. Não que isso tenha me decepcionado também, ao contrário, adorei, amei, me deleitei na leitura, que sinceramente, não me parece um livro de estréia já que é muito, MUITO MESMO, bem escrito e articulado. O cenário, personagens, estória, falas, situações, aventuras, conflito principal, tudo muito bem feito!
Confesso que o número de págs. me assustou um pouco, e que o começo do livro é um tantinho quanto confuso, mas depois que peguei a forma esplendorosa de escrita de Rothfuss... bem, me apaixonei pelo livro. Não se deixe assustar também pela quantidade de págs. pois enquanto vc estiver lendo, irá se surpreender.
Não dá para acreditar que este livro seja realmente de estréia, pois o autor escreve de uma forma madura, envolvente, que faz nos deliciarmos a cada pág., consegue prender nossa atenção a cada capítulo, e o que mais me impressionou: tem a habilidade de deixar a estória de uma forma não cansativa ainda que nela não se tenha grandes momentos ou aventuras de tirar o fôlego onde você possa falar "Por Tehlu! Não acredito que isso está acontecendo com Kvothe!". Ou seja, Rothfuss escreve com uma maestria como a de grandes autores.
Sabe, achei que fosse apenas um lero-lero da contra capa dizendo que este era um dos romances de estréia em que muitos sonham em escrever, mas me descobri enganado. Quem me dera escrever da mesma forma que Patrick Rothfuss...