Cley 23/12/2020Se existe alguém mais otimista e esperançosa que Amber Appleton eu desconheço, mesmo morando num ônibus após o namorado da sua mãe ter expulsado as duas, Amber sempre espera sempre o melhor, e mesmo que sua mãe seja alcoólatra e falte comida em alguns dias, Amber não se abala, porém, depois de uma tragédia em sua vida, tudo fica comprometido, sua fé, esperança e aquela garota de 17 anos que era um incentivo a todos desaparece.
Quick apresenta uma história comovente de uma adolescente que tem uma vida complicada, mas que não se abala com as dificuldades. Amber é alto astral e encanta a todos com seu jeito e palavras de esperança. Mas, a garota alegre e esperançosa sai de cena e tudo muda. Fiquei triste pela Amber, pois suas dores e angústias são tão palpáveis que não há como não se sensibilizar.
Em meio às tragédias, Amber tem amigos que não desistem dela, porque ela também não desistiu deles. O autor foi muito feliz nesse aspecto, porque nos leva a entender que, ninguém consegue nada sozinho, se não tivermos amigos, pessoas que nos amparem nos dias maus, as coisas ficariam bem mais insustentáveis. Os amigos da Amber são carismáticos e um pilar para nossa protagonista, assim, a presença desses personagens secundários é importante para não deixar que ela jogue a toalha.
Tive certo problema com alguns pensamentos da Amber, pois não batiam com o discurso que tinha.
Estamos acostumados com adolescentes numa fase de descoberta do corpo, prazeres etc.; porém, o autor não mostrou isso em Amber, ela tem 17 anos, mais poderia ter menos, pois seus pensamentos e ações eram bem diferentes da maioria dos adolescentes.
Além dos amigos, Amber tem um filho de quatro patas, o doce Bobby Big Boy (BBB), seu vira-lata que está com ela em todos os momentos e que tem bastante relevância na obra.
Já tem filme e você pode assistir na Netflix. Farei isso em breve para rever a Ember e me encantar novamente com a história de uma garota que, contra todas as possibilidades ela é quase uma rockstar.