@estantedabrena 31/03/2017Fofo e gostoso de ler One man guy é um romance LGBT fofo, encantador e divertido. O livro conta a história de Alek e Ethan. Dois garotos completamente diferentes que se apaixonam. Afinal, os opostos se atraem, não é mesmo?
Alek vem de uma família tradicional armênia e vive a sombra dos pais, que por sua vez, são muito rígidos a respeito da educação de seus dois filhos. Ethan é o oposto de Alek, é descolado, independente, e anda de skate com um grupinho denominado “os desistentes”.
" - Alek, meu jovem, em certo ponto da vida, você vai aprender que tem uma diferença entre o que tem de fazer e o que quer fazer. E quanto mais cedo começar a escolher que quer em vez de o que tem de fazer, mais feliz você vai ser." - Pág.: 78
Um dia, voltando da casa de sua amiga Becky, Alek encontra com o grupo de desistentes e um dos garotos o ameaça. Ethan não gosta nada do que está acontecendo e interfere na briga, livrando Alek de uma surra. Bem adolescente mesmo. Desde então, Alek começa a ver Ethan de uma forma especial. E esse é o caminho para os dois se aproximarem.
Ethan é exatamente o que os pais de Alek chamam de má influência, pois ele não mede as consequências de seus atos. Diferente de Alek que está tendo sua primeira experiência homossexual, enquanto Ethan já tem uma bagagem. Alek faz descobertas sobre si mesmo e sobre o mundo com ajuda de Ethan. O que antes o apavorava, foi super fácil de superar ao lado dele.
A narrativa é muito fluida e divertida. Alek é totalmente sarcástico, o que torna a história leve. E dos personagens secundários, sem dúvidas, Becky é a melhor. Com um jeito só seu de resolver os problemas, ela rouba a cena em alguns capítulos, sem contar que seu humor é contagiante.
" - Olha, quando se sente falta de alguém, não importa quem tinha de ter ligado. Você vai e procura." - Pág.: 104
Outra coisa interessante no livro são as partes que falam brevemente sobre o genocídio armênio, que de alguma forma afetou o modo como os personagens pensam sobre alguns assuntos. O livro é narrado em terceira pessoa, mas poderia ter sido facilmente narrado por Alek pois a vida dele realmente foi o foco da história.
" - Tenho de ser maduro e perdoar você quando brigamos.
- Que engraçado, não me lembro de ter pedido seu perdão.
- É isso que torna o perdão tão incrívelmente maduro. " - Pag.: 245
Recomendo o livro para qualquer pessoa, pois trata sobre família, cultura, quebra de preconceitos, descobertas e claro, amor.
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