Mary 13/09/2022
"...o amor era a minha salvação"
Resolvi ler esse livro já que ele era o primeiro dessa série dos canalhas, da Sarah McLean, e eu queria ler o segundo, mas decidi ler todos, em ordem.
Esse primeiro vai contar a história do marquês Michael Bourne que se envolveu em um escândalo aos seus 21 anos, ele já era órfão, e perdeu tudo em uma aposta em jogo contra Langford, que era seu guardião e deveria lhe proteger, mas o que fez foi o ludibriar no jogo e roubar tudo que era dele por herança.
Com tudo perdido, ele reconstrói tudo do zero, e se torna sócio do cassino Anjo Caído com outros 3 homens (Cross, Chase e Temple) que também se envolveram em escândalos.
Já nossa mocinha é Lady Penélope Marbury, que foi amiga de Michael na infância, já está com seus 28 anos e foi criada para ser uma boa esposa. Acabou sendo considerada solteirona e agora está sendo pressionada pela família a aceitar um casamento com seu amigo Tommy, mendigar um casamento, com seja lá quem fosse, para salvar a reputação da família e ajudar as irmãs a se casarem também, reputação que foi manchada após Penélope, que estava noiva do Visconde Leighton, ter sido abandonada pelo seu noivo que se apaixonara por outra.
O pai de Penélope então, o Marquês de Needham e Dolby, acrescenta ao dote dela as terras que ele acabara de ganhar em um jogo de cartas, que por sinal é Falconwell, as terras que Michael perdera para Langford e jurara vingança. E Para se vingar, Michael resolve casar com Penélope a qualquer custo.
É um bom livro pra início de série. Curti a escrita da Sarah, apesar de não ser a mais fluída que já vi.
Não gostei muito de como a autora trabalhou o plot, mas curti o desenvolvimento do casal e principalmente as conversas, não é aquele romance rasinho, há bastante diálogo. Os personagens são orgulhosos, são como cão e gato, mas sabem reconhecer quando começam a se gostar.
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A partir de agora essa resenha vai conter minhas considerações pessoais que podem estragar sua experiência se ainda não leu.
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Bom eu curti essa leitura, mas acho que o romance meio que começou da forma errada, eu não pude deixar de me lembrar da síndrome de estocolmo, que é a síndrome onde a vítima se apaixona pelo seu sequetrador.
?Okay, o Michael é um dos canalhas e estava possuído pelo desejo da vingança, mas poderia ter tido uma outra forma para o casamento deles acontecer, achei desnecessário ele raptar ela com intuito de arruinar a reputação dela até que a solução fosse o casamento. Tem uma cena ali onde ela negocia com ele e diz que casaria se em troca ele mantesse uma boa reputação para as irmãs dela casarem também. Porém não é como se ela tivesse muita escolha, ele já a tinha arrastado para uma casa abandonada no meio da noite kkkkk ainda que ela não tivesse aceitado ele teria cumprido o que se propôs, ele não abusaria dela, mas arruinaria sua reputação, ele tirou a escolha dela e a sensação que eu tive foi que ela foi vencida pelo cansaço.
?Em relação ao romance é sim cativante, ao longo das cenas vamos ver Penélope trazendo a tona o menino que um dia Michael fora, mesmo que os anos o tenham endurecido.
Eles conversam bastante e começam a se abrir com o outro, Michael tenta se afastar ao máximo possível quando percebe suas defesas ruindo por causa de Penélope, mas não tem volta, ela é ousada e no seu desejo de "viver algo mais" e "viver aventuras", ela coloca Michael pra comer na sua mão kkkkk
?Algumas cenas me irritaram dela se diminuindo e querendo desesperadamente transformar o homem transtornado pelo desejo de vingança em um herói.
Porque ela acaba se machucando e achando insuficiente, um trauma gerado após ter sido abandonada pelo ex e ver que seus outros pedidos de casamento eram movidos pelo seu dote.
E então ela reage, passa a fazer coisas por vontade própria e até vai ao Anjo Caído deixando Michael desperado kkkkk e ela não abaixa cabeça pro Michael, sempre o desafia e dá respostas a altura das provocações dele.
?No final Michael renuncia a vingança, ele já estava na mesa com Langford no Anjo Caído, após ter Falconwell de novo e ter em mãos a prova de que Tommy não era filho legítimo de Langford, quando então ele decide que Penélope valia mais pra ele do que tudo aquilo, e surpreendendo a todos nós ela entra em cena e joga com Langford, derrotando e ganhando tudo que ele apostou, além de humilhá-lo por ter roubado a herança de um garoto.
Tudo termina bem, não foi um plot que eu gostei muuito e não teve algo de grandioso que me deixasse eufórica no final, mas sem dúvidas me prendi na história, me comovi pela Penélope, que era só uma mocinha querendo viver um romance em uma época que casamento eram negócios e querendo controlar sua vida ao invés de assistir seus pais e depois um marido controlando-a. E Michael, um homem que permitiu que o ódio o moldasse, mas que em seu interior era uma boa pessoa, até das irmãs de Penélope passou a gostar e desejar que elas fossem felizes em seus casamentos e até dava emprego para funcionários mais improváveis kkkkkk
Agora bora seguir com a leitura da série, esse foi meu primeiro contato com a Sarah McLean, e gostei, a mente dela é bem fértil kkkkkk