Martins 01/02/2022
O dia em que uma máquina tornou-se humana!
Quando o assunto se trata de ficção científica, Isaac Asimov é considerado o melhor escritor do gênero, segundo alguns críticos. Em início de carreira, Asimov começou escrevendo contos e novelas simples, inventou as famosas "Três Leis da Robótica" assim como também criou um universo único, tendo robôs e andróides como a principal atração. Em histórias curtas como "Círculo Vicioso" e "O Conflito Evitável", os robôs eram meros escravos da humanidade, fardados a cumprirem ordens e dependentes dos seres humanos, ou seja eram praticamente cães domésticos.
Porém o autor sempre tentava medir esforços para superar um estereótipo em alta que copiava o estilo de O Monstro de Frankestein, no qual o homem criava um autômato semelhante à raça humana, e em consequência disso, a criação se revoltava contra seu criador. E foi com "O Homem Bicentenário" que esse estereótipo quebrou-se, a trama contava sobre Andrew Martin um típico robô que aparenta ter sentimentos, alimentando um forte desejo de tornar-se humano, inicialmemte o comportamento peculiar do personagem é entendido como uma falha em seu sistema.
Conforme os anos avançam Andrew passa a ter mais características de um humano comum, primeiramente começa a viver como um cidadão, depois muda de aparência e seu aspecto se aproxima ao de um homem, pouco a pouco Andrew é reconhecido como humano. Mas é quando restam poucas páginas, que Asimov deixa explícito o verdadeiro significado de ser humano. Após muito tempo lutando pelos seus direitos e finalmente aceito como um ser de carne e osso, a solidão atormemta o personagem e no fim de tudo o que parecia ser o pior destino de sua vida é na verdade o seu alívio. Não importando nossas aparências ou o que somos, se você ama, chora e sente dor merece o nome de "humano".