Resenhas - Os Miseráveis

Elias Flamel 23/03/2014

Poderia vim aqui e contar em detalhes o enredo desta obra. Como em uma única historia é possível falar de justiça, de política, de revolução, de religião, de Paris, de conventos e por Deus até mesmo de esgotos.De afirmar como um autor consegue falar sobre o que é primordial em nossas vidas. Empregar tudo que a literatura pode oferecer em um único livro.

Acredito que essa não seja a principal intenção de Victor Hugo.

Creio que Victor Hugo queria apenas fazer uma pergunta

Um ato de bondade muda uma vida?

A obra por si só mostra que sim.Ela nos prova que todos podem ser pessoas dignas,basta um ato de bondade. Através da leitura das diversas historias de personagens inesquecíveis, nos convencemos que através deste gesto sincero ainda existe esperança e faz com que enxergamos o mundo de outra forma.

As paginas nos dizem que um ato verdadeiro de bondade não faz distinção, não liga se você é filha de um facínora,um condenado, um policial, um filho de um coronel ou uma mãe sem uma filha. A sua única exigência é que seja passado adiante.

Victor Hugo nos ensina o que é o sacrifício.

Nada mais é do que suportar a tristeza, essa chaga do espírito e até mesmo não se importar com o fim da carne.Nos mostra que tudo isso não tem nenhuma importância, nem ao menos incomoda.Quem entende a essência e o significado de sacrifício está em paz, porque tem certeza que tudo é feito com a plena convicção de garantir a felicidade a quem se ama.

Taty 09/01/2022

Livro INCRÍVEL? - PERDÃO QUE TRANSFORMA E SALVA VIDAS
Chegou o dia de tentar traduzir em uma resenha a magnitude e o quão impactante foi a leitura deste clássico e primeiro contato com a escrita do Victor Hugo ( esta edição ajudou muito) para mim. LIVRO SENSACIONAL ? autor brilhante e de um conhecimento vasto a respeito de tudo da sua época e ele quer transmitir tudo isso para os leitores em detalhes o que por algumas vezes alguém possa achar cansativo mas na realidade é enriquecimento cultural.

O livro é dividido em 5 partes
Parte 1 Fantine
Parte 2 Cosette
Parte 3 Marius
Parte 4 O idílio da rua Plumet e a epopéia da rua Saint Denis
Parte 5 Jean Valjean

Tentarei ser sucinta kkkk destacando o principal de cada parte só para despertar uma curiosidade ?

Quem conhece a história por alto sabe que trata-se de um personagem chamado Jean Valjean, este miserável foi preso por roubar um pão para alimentar a família e ficou vários anos nas gales fazendo trabalho forçado quando saiu vagou pela cidade e foi recepcionado na casa de um bispo, o Bispo Muriel, personagem central da primeira parte e que mudou a vida de Jean Valjean com sua atitude de compaixão. Jean acabou roubando o bispo na noite que ficou hospedado e foi preso novamente mas quando a polícia o levou para a casa do bispo para devolver os talheres roubados ele não só deixou que ele ficasse com os talheres mas também deu os castiçais ? e disse mais ? lembre-se de que me prometeu tornar-se um homem de bem já não pertence ao mal, mas sim ao bem. É sua alma que acabo de comprar; furto-a aos maus pensamentos e ao espírito de perdição para entregá-la a Deus?

E deste dia em diante essas palavras do bispo sempre vinham lhe a memória e ele realmente mudou de nome e tornou-se um homem de bem que ajudou muitas pessoas, inclusive Fantine que da nome a primeira parte e que é a mãe de Cosette. Quando Fantine faleceu Cosette que era explorada pela família dos Thenardier passou aos cuidados de Jean Valjean.

Eitaaaa? já vi que vou fracassar miseravelmente em ser sucinta nesta resenha kkkk ??

Queria deixar essa passagem do bispo, que personagem sensacional ? Nunca temamos nem os ladroes nem os assassinos. Estes são perigos externos, pequenos perigos. Temamos a nós mesmos. Os preconceitos, esses são os ladrões; os vícios, esses são os assassinos. Os grandes perigos estão dentro de nós. Que importa o que ameaça nossa vida ou nossas bolsas? Preocupemo-nos apenas com o que ameaça nossa alma ?

? Aos ignorantes, ensinem o máximo de coisas que puderem; a sociedade é culpada por não ministrar a instrução gratuita; ela é responsável pelas trevas que produz. Uma alma cheia de sombras, é onde o pecado acontece. A culpa não é de quem pecou, mas de quem fez a sombra?

Em seguida são levantados vários questionamentos sobre justiça, sobre as leis desproporcionais e a pena igualmente desproporcional de Jean Valjean por causa de um pão ?. E o que essa INJUSTIÇA pode desencadear na vida de uma pessoa como ódio contra a lei humana, ódio contra a sociedade, contra a humanidade e até ódio contra a Criação ? e se traduz por um vago, incessante e brutal desejo de fazer mal, seja a quem for, a um ser vivo qualquer ?

Ainda bem que não foi o que aconteceu com Jean Valjean graças a atitude do bispo esse ciclo não teve continuidade e ele de fato se tornou uma pessoa boa embora seu passaporte do passado classificasse como um homem muito perigoso.

A segunda pessoa que mudou a vida de Jean Valjean foi Cosette que ele passou a cuidar ainda criança, criança de 8 anos de idade muito triste por sinal e que nunca tinha recebido carinho e afeto, tinha o coração frio mas não por culpa dela.

?O bispo fizera levantar em seu horizonte a aurora da VIRTUDE; Cosette fazia levantar-se a aurora do AMOR?

? Tudo o que havia de paixão e afeto dentro dele despertou e se precipitou sobre aquela criança? é uma coisa bem obscura e terna esse grande e estranho movimento de um coração que se põe a amar?

Essa relação de pai e filha e o quanto um faz bem para o outro é simplesmente maravilhoso de acompanhar. Vidas sendo salvas.

Temos também a chegada de Marius e muitas revoluções acontecendo, os relatos históricos são beeeem detalhados e as ideias revolucionárias da época bem interessante conhecer. Ousar é o preço do progresso.

?É preciso, para caminhar em frente do gênero humano, que haja no topo, permanentemente, orgulhosas lições de coragem. As temeridades arrebatam a história e são uma das grandes luzes do homem. Tentar, desafiar, persistir, perseverar, ser fiel a si próprio, arcar com o destino, surpreender a catástrofe com o pouco susto que ela nos causa, pra afrontar o poder injusto, pra insultar a vitória inebriada, resistir, enfrentar, eis o exemplo de que necessitam os povos e a luz que os eletriza?

? A história não passa de uma longa e enfadonha repetição. Um século faz plágio do outro? nada é tão estúpido como vencer; a verdadeira glória é convencer. Mas tentem provar alguma coisa! Vocês se contentam com o êxito, que mediocridade! E com a conquista, que miséria! Que pena, vaidade e covardia por toda parte?

Mas a quarta parte foi a que gostei mais, o encontro de Cosette e Marius e o desenrolar do relacionamento deles ?

? Mesmo em meio às angústias, feliz daquele a quem Deus deu uma alma digna do amor e do infortúnio! Quem não viu as coisas deste mundo e o coração dos homens sob essa dupla claridade, nada viu de verdadeiro e nada sabe. A ALMA QUE AMA E QUE SOFRE ENCONTRA-SE EM ESTADO SUBLIME. ?

E haja angústia e haja sofrimento kkkk
? O amor quase substitui o pensar. O amor é um ardente esquecer de todo o resto ??

Nessa parte também Jean Valjean toma conhecimento de Marius e se vê ameacado por ele, teme perder Cosette para ele ?

São tantas reviravoltas, perseguições? esqueci até de mencionar o policial Javert que fica sempre na cola do Jean Valjean tentando prender novamente porém acabou adquirindo uma dívida com ele e isso o deixou meio perturbado levando a uma crise de princípios com um final trágico. Sobre o dilema de Javert:
? Dizia a si mesmo que então era verdade, que havia exceções, que a autoridade podia ser confundida, que a regra podia ser insuficiente perante um fato, que nem tudo se enquadrava ao texto do código, que era preciso obedecer ao imprevisto, que a virtude de um criminoso podia preparar uma armadilha à virtude de um funcionário, que o monstruoso podia ser divino, que o destino tinha dessa ciladas. Era forçado a reconhecer que a bondade existia. Esse criminoso fora bom. Para Javert, o ideal não era ser humano, ser grande, ser sublime; era ser IRREPREENSÍVEL ?

Na última parte Jean faz declarações bombásticas e cada página vai faltando o fôlego? fiquei sem ar várias vezes e muito satisfeita com todo desfecho.

Sério mesmo gente? que livraço ? que autor fenomenal e que lição de como atitudes de perdão, compaixão, generosidade salvam vidas condenadas a escuridão. O poder do amor ? Deus e suas providências para tudo colocando pessoas maravilhosas em nosso caminho. Ousadia para mudar. Justiça social. Enfim? você vê tudo aqui. Recomendo fortemente este favorito pra vida, não deixe de conhecer esse clássico, certeza que não vai se arrepender ?

Silvana 01/03/2020

Para quem ainda não sabe esse ano estou participando do IDY, um desafio literário bem bacana que resolvi participar para me incentivar a ler alguns livros que estão parados na minha estante. E justamente meu primeiro pensamento foi que se tivesse um clássico eu ia ler Os Miseráveis. Mas como ele tem 1512 páginas resolvi começar já em janeiro para dar conta de ler até em fevereiro, que é o mês onde o desafio é um livro clássico. Mas acabei me enrolando e ainda bem que existe feriado de carnaval hehe.

E antes de mais nada quero deixar registrado o meu arrependimento ao ter comprado essa edição específica do livro. Gente que sufoco para ler. Eu pesei o livro e ele pesa quase dois quilos e meio. Agora imaginem segurar esse peso durante uma hora de leitura. Achei a edição tão maravilhosa, porque ela é, que nem pensei na hora de ler. Acho que essa edição é mais para colecionador mesmo, porque para leitor tem que ser uma edição dividida. Se pensar que um livro tem em média 300 páginas, seriam cinco livros em um.

E ele é até divido em cinco partes mesmo. Não sei sobre as outras edições, mas eu acabei comprando uma que pode ter feito com que eu não apreciasse a história como deveria. Antes de começar a história em si temos um apanhado sobre o autor e eu que ainda não conhecia nada sobre ele, mesmo já tendo lido O corcunda de Notre-Dame, fiquei surpresa em saber que ele contagiou grandes nomes da literatura nacional como José de Alencar, Castro Alves e Machado de Assis.

E além do peso do livro outra coisa que me incomodou bastante foi a linguagem. Eu vi algumas pessoas que já leram outras versões da história dizendo que nessa edição a linguagem está bem mais fácil. Se essa é a mais fácil fiquei pensando como seria a dificil então. E outra coisa que quase me fez desistir da leitura foram os "detalhes". O autor tem as mesmas características do Stephen King, um autor que eu nunca gostei de ler por causa do tanto que ele enrola para chegar ao ponto.

As primeiras cem paginas do livro são bem maçantes. Tem um capitulo inteiro onde ele descreve a casa de um dos personagens, o bispo de Digne. Outra hora descreve o funcionamento dos esgotos na cidade (18 páginas). E assim segue o livro todo. Detalhes e mais detalhes de coisas irrelevantes para a história. O próprio autor diz isso em algumas passagens. Depois de ficar um monte de páginas falando sobre um assunto, ele encerra dizendo que aquilo não é relevante para a história. Porque escreveu então?

A história em si mesmo, fica até em segundo plano para o tanto de coisas que o autor aborda no livro. Inclusive para os amantes de História temos uma descrição detalhada da Batalha de Waterloo. O que não é o meu caso. E até as criticas sociais e politicas eu achei entediante pelo tanto de páginas e mais páginas descrevendo coisas que não tinham nenhuma relevância. Acredito que ele quis usar de uma história de ficção para fazer suas criticas, mas o excesso de descrição acabou tornando o livro chato e monótono.

Quando o autor focava na história o livro me prendia, eu lia páginas e páginas sem nem perceber. Mas quando eu pensava que a coisa ia engrenar lá ia ele de novo divagar por outros assuntos. E minha mente também ia, mas para qualquer coisa que não fosse o que eu estava lendo. É uma pena porque a história é fascinante, principalmente os personagens, mas com todos esses "detalhes" ela se torna chata. Mas acho que isso se deve a minha escolha de edição, porque vi algumas com 250 páginas que provavelmente tem só o essencial.

E para tirar essa má impressão que o livro deixou resolvi assistir o filme e assisti a versão que tem na Netflix. E foi outra dificuldade porque o filme é um musical, o que eu não gosto. Mas no filme temos só a história em si, o que deveria ter acontecido no livro e acabei gostando mais do filme do que do livro. E sem falar nos atores que estão maravilhosos. Quanto ao machismo presente nas palavras do autor eu vou até relevar porque esse tipo de coisa era "normal" na época em que o livro foi escrito.

Emfim, é um livro que apesar de não ter gostado tanto assim eu recomendo, porque afinal é um clássico que apesar da época em que foi escrito poderia ser uma história atual, porque a miséria é a mesma, se não pior. E temos nele uma história maravilhosa que seria um livro perfeito se não fossem as divagações do autor e o excesso de descrição em quase todas as cenas.


site: https://blogprefacio.blogspot.com/2020/02/resenha-os-miseraveis-victor-hugo.html

Cláudia - @diariodeduasleitoras 27/08/2020

Os miseráveis
?O amor não tem meio termo; ou perde ou salva. Todo o destino humano está nesse dilema.?

Os miseráveis foi o 1º livro escolhido em 2020 para nosso projeto #TagareLendoClassicos. A obra é composta por cinco longas partes, assim optei por dividir uma parte por mês para que fosse uma leitura fluida e proveitosa.

Ei leitor, não se deixe intimidar por esse calhamaço ok?! É um romance estupendo, incrível, sensacional, inteligentíssimo, emocionante, difícil (sim) e trocentos outros adjetivos, o qual te inundará com as mais variadas sensações ao longo da sua viagem por 1500 páginas..

Serei concisa sobre a obra, pois se trata de uma tarefa impossível resumir em poucos caracteres a trama magistral de ?Os miseráveis?. A história é uma poderosa denúncia a todos os tipos de injustiça humana - daí o título. Narra a emocionante trajetória do protagonista (SIM! Ele é o principal, sem discussões) Jean Val Jean, o homem que por ter roubado um pão é condenado a 29 anos de prisão. A partir daí meus amigos, conhecemos dezenas de personagens, batalhas, esgotos, amores e dissabores. E ao longo dessa jornada épica, tudo se interliga. Uma história inquietante, política e religiosa.

O ponto alto do livro certamente é a crítica social que Victor Hugo desenvolve ao longo da obra, expondo diversas feridas de nossa sociedade como a pobreza, a criminalidade, a injustiça, o abuso infantil, a prostituição e a forma como tratamos pessoas menos favorecidas. Assim, ao mesmo tempo em que emociona, Os Miseráveis também causa desconforto, por revelar uma realidade amarga para a qual fechamos os olhos. 

Preparem-se para embarcar em uma aventura emocionante. O autor faz retratos da miséria sem poupar o leitor, mostrando como os mais diversos personagens perdem, pouco a pouco, sua humanidade.

Ps: ponto negativo?? Eu tenho apenas um: a baita ressaca literária que perdura há dois longos meses e não vai embora. Mas não julgo. Rsrsrs Após passar 5 longos meses na presença dessa história seria humanamente impossível fechar a obra e partir para outra.. clássicos sempre fazem isso comigo.

Kalinka 07/03/2020

E lá se foi o primeiro volume...
Seguimos!

evemm 28/02/2024

Os miseráveis
Esse livro curto e emocionante foi um dos meus primeiros livros que li na minha infância, amo muito os miseráveis, um livro muito emocionante, que traz várias realidades que até hoje a gente vive, a trajetória da vida de jean, de como ele se tornou uma pessoa melhor, depois do bispo e cosette ter feito sua vida melhor, o amor amor as coisas melhores.

Salino 05/12/2022

Inenarrável
Um clássico ri das demais obras facilmente. A maneira pela qual Victor Hugo escreve e narra a história, com perfeita sincronia entre início, meio e fim?
Mais de 1500 páginas e o francês dá aula de uma França pós-Revolução, além da narrativa do que é o amor. O que é ser um miserável? Roubar um pão para sobreviver? Escravizar e usar as pessoas em benefício próprio? Perseguir alguém incansavelmente? A obra é uma perfeição, simplesmente.

GUIIZAL 08/04/2020

Depois que li este livro, agradeço por tudo que tenho em minha vida, agradeço por minha mãe, por minha vó, por ter um pão na mesa de casa, por ter um coberto para não passar frio e um ventilador para me refresca no calor.
A narrativa envolve muitos personagens com suas vidas ?miseráveis? um desses é Jean Valjean que foi condenado a prisão por roubar um pão para alimentar seus sobrinhos. Durante 19 anos ele fica preso e trás em seus documentos a palavra ex-condenado,em que, a sociedade fecha as portas para Jean, ao contrário dos demais o bispo de digne lhe estende a mão e aceita em sua residência, durante a hospedagem ele comete erros que podem leva-ló novamente para prisão, no entanto ao ser abordado pelos polícias, o bispo encontra maneira de livra-ló daquela situação, Valjean se sente tocado com tal atitude e dali a diante se tornaria um novo homem.
No decorrer da história conhecemos Fantine, que é abandonada grávida por seu marido. Para que trabalhar na fábrica do Sr.Madeleine, ela teve que deixar sua filha Cosette aos cuidados do casal Thénardier , em que, ela tinha que mandar certa quantia por mês, entretanto, o casal thénardier sempre obrigava a Fantine a pagar mais.
Cosette, assim como sua Mãe era explorada pelo o casal, obrigando a pequena a trabalhar o dia inteiro, até chegar seus oito anos.
O destino coloca Jean Valjean em seu caminho.
Com o passar dos anos e após vários acontecimentos (são acontecimentos que tira o fôlego de qualquer um ), outros personagens como Javert, o policial que irá perseguir Jean Valjean por toda sua vida, o menino Gavroche, Éponine e Marius Pontmercy terão suas histórias entrelaçadas.

A história me fez refletir bastante, é uma obra de tirar o fôlego, a forma de como Victor hugo descreve tudo é cativante, não tem como não amar, até o momento é o melhor livro que li em minha vida, e recomendo muito. ?Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança.?

wmoreira 21/02/2023

Levaria para uma ilha deserta
Todo mundo que gosta de ler, e os que não gostam também, já ouviu a pergunta: "Se vc pudesse escolher apenas um livro para levar a uma ilha deserta, qual vc levaria?" Minha resposta é pronta: "Os miseráveis", de Victor Hugo. Sou fascinado por esse romance! Li, reli, assisti ao filme (três versões) pelo menos umas cinco vezes e tive a graça de assistir ao musical no Queen's, em Londres. Tenho até camiseta com estampa do livro, rs! Pronto! Qualquer outra coisa que eu disser depois disso em favor do livro ficará absolutamente suspeita. Não sei lidar com essa obra de modo objetivo. É só paixão mesmo!

Tai Citele 11/08/2021

Não tenho palavras pra descrever essa obra! Meu primeiro calhamaço e ainda por cima um Clássico. No começo tive medo de não conseguir me prender à história ou não entender muito da linguagem, porém fui surpreendida de forma positiva. Realmente, este livro está a altura de TODOS os elogios atribuídos ao mesmo. Aqui nada é superficial, os personagens são bem aprofundados e a história tem uma riqueza de detalhes sem igual.
Recomendo ler com calma, sem pressa de acabar, pois muitas vezes é preciso parar e digerir as reflexões contidas no livro.
Tem partes mais chatinhas (as famosas digressões do Autor), que da vontade de parar o livro, porém não o abandonem, persistam e se apeguem ao Jean Valjean com todas as forças, porque no final tudo vai valer a pena, e provavelmente vai se tornar um dos melhores (se não o melhor) livro que vc vai ler em toda a vida!


? [?] pois um caráter, assim como uma rocha, pode ser escavado por gotas de água. E essas escavações nunca mais se desfazem; essas formações são indestrutíveis.?

Ká - @shotdaspalavras 31/12/2021

O que dizer sobre Os miseráveis?
Terminei a leitura, mas este livro continua em mim!

Jean Valjean, condenado a dezenove anos de prisão por ter roubado um pão, é o fio condutor de todas as histórias presentes nos cinco livros que formam esta obra.
Encontramos personagens marcantes: o próprio Jean Valjean, o bispo, Fantine, Cosette, entre outros.

Victor Hugo explora muitos detalhes dos fatos históricos, o que às vezes torna uma leitura difícil, mas é um livro grandioso e que vale muito a pena ler.

@bibliotecagrimoria 15/12/2020

Inesquecível
"Enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis."

A obra magistral de Victor Hugo tem sua grandeza, principalmente, na sensibilidade com que toca as mais profundas questões humanas. O livro, que muitas vezes se lança sobre o debate moral, fazendo contrapontos sobre a rigidez das leis humanas e a flexibilidade da lei divina (pois o autor era muito religioso, no que se nota), nos faz refletir sobre as infelicidades da condição humana. Não só os pobres, miseráveis, da sociedade são sofridos devido a conjuntura do meio, mas também até os ricos têm sua bolha como fruto das mazelas provenientes dessa estratificação tão nociva ao progresso da humanidade como um todo. As contradições entre a compaixão divina e a crueldade das limitantes leis humanas são muito bem representadas em Jean Valjean (Um ex forçado, um criminoso que vive uma vida de arrependimentos) e Javert (que tem nas leis e no direito penal a expressão máxima da humanidade, fundamental para a ordem social e o engrandecimento dos homens). Ambos são a síntese dos debates levantados por Victor Hugo.

Além disso, o livro transmite muito bem a alma da França durante a primeira metade do século XIX. Temos uma aula de História, de Direito, de Sociologia, enfim, do que significou a Revolução de 1789 para a Europa e para o mundo. Através das suas digressões, Victor Hugo nos coloca em contato com os anseios das várias camadas que compunham a sociedade francesa. Nos fazendo refletir a medida em que traçamos paralelos com a nossa própria história.

Sem dúvida, uma obra prima da literatura mundial.

Kaah 22/01/2023

Simplesmente intenso e marcante!
Não sou muito boa com resenhas mas acho que preciso falar algo sobre esse baita calhamaço.

Eu senti um misto de sentimentos ao decorrer da história, é um livro que acho que todas as pessoas deveriam dar uma chance algum dia. Apesar dele ser enorme, a leitura flui até rápido e tem personagens super bem construídos. Teve algumas partes que foram cansativas de se ler, mas nada que atrapalhasse a história! Acredito que por ser um clássico, esse seja um daqueles livros que se você ler muito rápido não vai acabar entendendo a mensagem que ele quer passar. Digo isso por experiência própria em relação às partes cansativas, que li com mais calma para entender melhor.

Os Miseráveis é um livro que te faz refletir sobre os julgamentos que fazemos às pessoas sem saber por qual motivo elas fizeram algo. É sobre injustiças, justiça, bondade, amor, riqueza e pobreza.

Foi uma história que me marcou em vários pontos e várias frases jamais vou esquecer. Foi uma experiência ótima embarcar nessa leitura gigantesca!

Kelly Martinez 26/09/2020

Um livro que deve ser lido.
Isso não será uma resenha. Apenas uma pequena impresso sobre o livro com uma forte recomendação para que vc leia Os Miseráveis.

Ao todo, foi uma projeto de leitura que levou 55 dias, dentre os quais eu tive um misto de sentimentos indescritíveis.

Na primeira parte sofri com as misérias de Jean Valjean e Fantine. Sentia um pessimismo na narrativa que me deixava angustiada.

Por outro lado, é também nessa primeira parte que somos presenteados com o melhor personagem que já conheci na vida: o Bispo. Mas essa percepção só vai se aflorar ao longo da leitura. Os ensinamentos do bispo permeiam a mente de Valjean durante toda a narrativa, é isso é espetacular.

Já na segunda parte, as mazelas da humanidade continuam sendo expostas mas aqui, a angústia diminui. A narrativa fictícia misturada com a narrativa histórica, ameniza um pouco o sofrimento( eu disse um pouco!)

É um livro sensacional, crítico, histórico.

A miséria humana que é apresentada vai além daquela que miséria material ( fome e pobreza) Victor Hugo te apresenta aquela miséria mais vil: a da alma.

É um livro maravilhoso. Valeu cada página lida.

Como disse no início, isso não é uma resenha, é apenas uma breve opinião com a forte recomendação para que vc mergulhe nessa leitura.

Amanda 25/03/2021

Entre Fantines, Cosettes, Jeans
É um livro adaptado, paradidático. Fiz a leitura com os meus alunos e foi possível fazer várias reflexões sobre as injustiças do mundo da época e que, infelizmente, permanecem hoje. É uma história que nos traz para a realidade e nos afasta um pouco das bolhas que vivemos. Um livro necessário para nos tornarmos mais humanos. A literatura mais uma vez cumprindo com o seu papel social. E me resta agora ler a versão original.