A Maldição do Vencedor

A Maldição do Vencedor Marie Rutkoski




Resenhas - A Maldição do Vencedor #1


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Karini.Couto 30/05/2016

Bom dia leitores, como vai?
Hoje venho falar do livro A Maldição do Vencedor - Trilogia do vencedor - livro 01. A história é simplesmente contagiante! Perfeita!

"Não é isso que as histórias fazem? Trasformam coisas reais em falsas e coisas falsas em reais?"

Um romance com ingredientes simples, porém escrito com uma maestria incrível pela autora Marie Rutkoski.

De um lado um povo vencido por uma guerra que os escravizou em sua própria terra os tornando meros serviçais sem direitos, sem escolhas.. Não interessa qual era seu posto, seu legado, sua posição na sociedade antes da guerra de Herran; todos os herranis tornaram-se escravos dos valorianos.

Kestrel é a filha do general e muito se espera dela. Seu pai a vê como uma futura guerreira que irá se alistar e seguir seus passos. A sociedade fofoca sobre tudo e espera que a filha do general tenha postura, seja exemplo e etc. E Kestrel é apenas uma jovem apaixonada pela música, que quando muito pequena contraiu uma doença, assim como sua mãe que acabou morrendo e a deixando com apenas seu pai. Apesar de forte, implacável, exigente, seu pai fez vista grossa diversas vezes para os caprichos e desejos de Kestrel, mas claro, muito é exigido da jovem que quer apenas ter mais opções além de se casar ou alistar-se para um exército. Tudo que ela queria era poder fazer suas próprias escolhas. Mas como seu próprio pai lhe lembra.. Ela não está acima das leis e terá que tomar sua decisão quando chegar a hora. Com uma grade pressão cotidiana; óbvio!

Kestrel é apaixonada pela música acabou ganhando o direito de tocar barganhando com seu pai; para os valorianos, tocar música é algo que alguém deve fazer para eles e não o contrário. Mas Kestrel vê que a música é tanto dar como receber. Ela não é uma jovem como nenhuma outra de sua "comunidade". Mesmo assim ela tem dois amigos maravilhosos, Jess e Ronan; e uma ama que a criou como filha e muito amor (escrava Herrani). Em dado momento durante um passeio com sua amiga Jess ela acaba indo parar em um leilão e "adquiri" um escravo por uma quantia considerada exorbitante. Ela nem mesmo tem certeza do motivo que a levou a fazer isso. Não foi pelo leiloeiro ter mencionado que o rapaz era um ferreiro ou ter exaltado qualquer qualidade que talvez atraísse outras pessoas. Mas por ter dito que ele podia cantar. Isso a tocou e fez com que ela impulsivamente fosse dando lances até que o tornou seu.

"- Parece que alguém está sofrendo da maldição do vencedor.
Kestrel se voltou para ela.
- O que quer dizer?
- Você não frequenta leilões, não é? A maldição do vencedor é quando você vence as ofertas, mas só pagando um preço exorbitante."

O herrani adquirido no leilão foi Arin que se mostra um tanto empertigado demais ou observador demais. Porém mesmo negando para Kestrel que ele poderia cantar, a jovem vai ficando intrigada com o rapaz que além de fazer atividades de ferreiro acaba se tornando o acompanhante dela pela cidade e ficando bastante próximo da jovem a ponto de a princípio demonstrar muito ódio.. Depois confusão; até por fim ficar completamente dividido entre seu dever para com seu povo e uma paixão que arde sorrateira no peito de ambos.

Eles vivem em mundos completamente distintos. Kestrel, apesar de não ser como os outros valorianos; apesar de não ser como seu pai.. O general que dizimou várias pessoas e tornou os sobreviventes escravos por um imperador ganancioso, ela é extremamente inteligente e uma estrategista nata, por isso a insistência do seu pai para que se aliste. Arin é igualmente inteligente e está disposto a qualquer coisa pelo seu povo, porém no meio disso ambos se apaixonam e será possível escolher entre seu próprio povo e seu amor, o que fazer? Será uma escolha possível?

Gente! Para tudo! Essa história é de fato dolorosa, encantadora e nos deixa tão divididos quanto Kestrel e Arin ficaram.
Eles sabem onde sua lealdade deveria estar.. Mas será que conseguirão resistir ao que estão sentindo um pelo outro?

Ele tem sede de vingança e desejo de liberdade para seu povo, enquanto ela quer ser livre igualmente, mas não consegue ver as atrocidades de uma nova guerra, não consegue se decidir onde sua lealdade deve estar. Não pode trair seu pai, seus amigos e seu povo. Assim como não consegue desejar mal e querer mal a Arin e aos herranis.

Que agonia ler essa história e ficar o tempo inteiro dividida. Não é uma dessas histórias em que um abre mão de tudo pelo outro.. Mas uma história de guerra, estratégias e personagens muito inteligentes e com objetivos que chocam com os desejos dos outros. Será possível conciliar tudo isso e viver um grande amor?

Mesmo em meio a tanta mágoa, ódio, desejo de vingança, ganancia, poder.. O amor surpreende e mostra que ele pode virar seu mundo de cabeça para baixo e se instalar em seu coração sem autorização fazendo com que tudo aquilo pelo qual viveu ou lutou pode deixar de ser tão importante já que sua alma pertence a alguém que jamais sonhou!

"- Não vê - Arin disse.
Ela fingiu não ouvi-lo. Observou o céu branco se dissolver na neve e se despedaçar sobre o mar plúmbeo. Sentiu as faíscas geladas na sua pele. A neve caiu sobre ela, caiu sobre ele, mas Kestrel sabia que nenhum floco nunca seria capaz de tocar os dois.
Ela não olhou para trás quando ele voltou a falar.
- Não vê, Kestrel, mesmo que o deus das mentiras ame você."

A capa é linda, a história cativante que me conquistou! Amei demais!
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 30/06/2016

Primeiro livro fantástico !!!!
primeiro destino do turista literário, e acertaram em cheio !!!
confesso que achei que não ia gostar nem um pouco desse livro , mas me surpreendeu, mesmo sendo o primeiro livro da trilogia , a autora consegui fazer a união de dois mundos, ao mesmo tempo em que ela nos introduzia nesse mundo novo, a história se desenrolava de maneira maravilhosa, ela criou personagens forte e com conflitos reais, escolhas reais e dúvidas reais !!!!
te faz pensar e se colocar no lugar da protagonista..... o que você escolheria ?????
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Virna 01/07/2016

Escrita excelente, história bem estruturada, mocinha badass.
"Quando Arin a tirou da sala, Kestrel pensou que essa poderia ser a maior de todas as dores.
Que eles tinham usado algo que ela amava contra ela."

Esse livro merecia 4 1/2 e somente arrendondei para 4 estrelas pelo começo. Confesso que me apeguei a história somente por volta da página 111, mas, depois disso, foi uma quebra de clichê em cima da outra. Não esperei o desenvolver da história andar tanto, não esperei uma mocinha tão forte e tão determinada, não esperei as mortes que aconteceram.

"A Maldição do Vencedor" é um ótimo começo de série e a ambientação estilo greco-romana é maravilhosa. Indicado para quem deseja um romance bem construído e não somente baseado em "Nossa, como ele é lindo!" e cenas de sexo sem sentido.
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Íris - @coresliterarias 04/07/2016

Uma história de amor com um enredo tão bem construído que o romance acaba ficando em plano de fundo.
Os Valorians são um povo de cultura militarista, onde sabem muito sobre guerras, estratégias e lutas. Eles possuem um poderoso general que quer invadir terras e conquistar territórios.
Os Herranis perderam seu território para os Valorians e foram escravizados. Costumavam ser um povo conhecido por ter dons na arte e na música, acreditavam em vários deuses, e possuíam uma boa educação, mas que não foi o suficiente durante a invasão de suas terras, onde os mais preparados venceram.

Kestrel é a filha do general valoriano que é o responsável por dominar povos e reinos em nome do governador de Valória. Ela só gostaria de ter a opção de ser o que quisesse ser, sem ter que optar entre casar ou entrar no exército quando completar 20 anos.

Um dia andando com sua amiga na cidade, elas acabam entrando em um leilão de escravos. E um escravo que afirmam possuir o dom do canto chama a atenção de Kestrel e ela acaba comprando-o.
Depois de comprá-lo, manda limpar o escravo e lhe dá a função de ferreiro. Além de acabar virando seu acompanhante durante festas e passeios. O que resulta em alguns comentários indesejados vindos da sociedade. Logo, a filha do general deverá lidar com consequências que não eram esperadas por ela.

Mas tem algo de estranho no escravo, Arin, ele parece manter muitos mistérios por trás de sua postura de ferreiro e quais seriam seus reais objetivos, Ele teria ido parar na casa do general por acaso? Os mistérios envolvendo Arin vai ser um dos motivos que prenderá o leitor na história.

"Você é o deus da mentiras - ela sussurrou, furiosa."

A filha do general, apesar de ter crescido apendendo sobre guerras, estratégias e lutas, não é boa em lutas e ataques, que é um dos motivos para não querer se alistar ao exército. Todavia, Kestrel possui uma incrível habilidade em estratégias e manipulações. Algo que o leitor vai observar bastante no decorrer da história.

Uma história de amor surge, mas nada como "acabei de te conhecer e já posso dizer que te amo" não, o romance de Kestrel e Arin é bem construído e a autora não dá somente foco ao romance que é visto como um amor proibido nessa sociedade, onde uma dama da burguesia não poderia se envolver com um escravo.

A intriga política, brigas por poder, estratégias de guerra, a história dos reinos e de suas culturas acabam deixando o casal em plano de fundo, com a escrita bem construída de Marie.

Cheio de reviravoltas, "A Maldição do Vencedor" é capaz de tirar o fôlego do leitor e a forma como Rutkoski constrói a história vai fazê-lo desejar loucamente "O Crime do Vencedor", o segundo livro da trilogia, que será lançado pela Plataforma21 em Outubro. O terceiro e último livro chega ao Brasil no primeiro semestre de 2017.

site: http://www.coresliterarias.com.br/2016/06/resenha-maldicao-do-vencedor.html
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Tha Borges 04/07/2016

"O deus da mentira ama você"
"Não é isso que as histórias fazem? Transformam coisas reais em falsas e coisas falsas em reais?"

Estou com a maldição de só ler livro bom esse mês!!! Tá sendo um atrás do outro!!! Tá demais, gente! Juro!

Mas vamos lá para resenhar esse livro maravilhoso. Confesso que fiquei meio com pé atrás no começo, peguei ele para ler porque foi o livro que veio no turista literário e fiquei curiosa com a indicação deles! Melhor coisa que eu fiz! Livro maravilhoso, com uma escrita impecável e uma trama que não deixa nada a desejar!!!

Marie Rutkoski conta a história de dois povos, os herranis e os valorianos. Os herranis são um povo mais voltado para as artes e os valorianos mais voltados para a guerra. Há alguns anos atrás os valorianos invadiram Herran e conquistaram suas terras, transformando seu povo em escravos.

Krestel é uma valoriana, filha do general, que tem uma paixão pela música o que acaba fazendo ela não ser bem vista na sociedade. Seu povo tem a tradição de chegando uma certa idade se casar ou se alistar ao exército. E tudo o que o General quer é que sua filha seja uma guerreira, coisa que Krestel não sonha para si. Um belo dia ela está passeando com sua melhor amiga e acaba comprando um escravo, assim chega Arin a sua vida.

Arin é um herrani, escravo. E tudo o que ele mais quer é a liberdade de seu, se vingar de tudo o que os valorianos fizeram com a sua família.

Um amor proibido, mentiras, batalhas e estratégias colorem essa história e deixa a gente super ansioso para terminar o livro. Agora que terminei só quero saber da continuação!!!! Super recomendo, com toda a certeza dei 5 estrelas, não só pelo enredo, mas também para a escrita da autora.

Beijinhos gente e até a próxima!!!
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Cris Raineri 12/07/2016

A Maldição do Vencedor
Foi a minha primeira experiência com livro voltado para o público jovem adulto, sempre leio clássicos ( literatura brasileira - livros históricos ) e tenho que admitir ADOREI!
No início, achei um livro de romance leve, sem nada a acrescentar, pensei em até abandonar, mas não tenho este hábito, por mais que livro não esteja me agradando vou até o final. Ainda bem, pois me surpreendi. Ansiosa para o lançamento do livro 2 que está previsto para outubro.
Desde já, torcendo que o amor entre Kestrel e Arin se concretize e para que a paz reine entre os herranis e valorianos.
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Fernanda 14/07/2016

Resenha: A maldição do vencedor
Resenha no blog:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/07/resenha-maldicao-do-vencedor-marie.html
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Tamirez | @resenhandosonhos 12/08/2016

A Maldição do Vencedor
Kestrel é uma jovem de 17 anos, filha de um dos mais importante generais entre os valorianos. Com ainda três anos antes de precisar tomar uma decisão, a jovem tenta evitar a pressão do pai para optar pela carreira militar, seguindo os passos dele. Ela gosta de perambular pela cidade e participar de alguns jogos que a tirem da sua realidade.

Numa dessas suas escapadas, ela e sua amiga Jess acabam parando em um leilão de escravos. Lá, sem entender direito o que a motiva, Kestrel dá um lance absurdo em um escravo chamado Smith. Segundo aquele que orquestrava o leilão, o jovem era bom como ferreiro e tinha o dom do canto. Nesse mundo, os Herrani, há alguns anos atrás, foram vencidos em uma guerra pelo povo valoriano e se tornaram seus escravos. Junto com eles, grande parte do gosto da arte também desapareceu, já que os valorianos consideram isso algo abaixo da sua posição. Porém, Kestrel adora tocar piano, e mesmo sendo vista com maus olhos, mantém o habito.

“A felicidade depende de ser livre, o pai de Kestrel sempre dizia, e a liberdade depende de ter coragem.”

Sem saber direito o que fazer com seu novo escravo, que mais tarde ela descobre se chamar Arin, a jovem acaba o tomando como acompanhante, já que ela não pode perambular sozinha. Em meio a um jogo perigoso de política e uma eminente revolta entre o povo escravo, Kestrel terá de tomar decisões muito acertadas sobre suas ações, ou poderá perder aquilo que que lhe é mais familiar: liberdade e poder. E aqueles que a cercam, sejam da elite valoriana ou escravos misteriosos, também escondem cartas na manga.

MINHA OPINIÃO

O hype em volta desse livro estava enorme, primeiro por ser uma trilogia super comentada lá fora e, segundo por que ele estreia o novo selo da V&R, a Plataforma 21. Mesmo tendo ouvido que as continuações eram melhores que o primeiro livro, fui com bastante expectativa e acabei saindo da leitura um pouco decepcionada. A Maldição do Vencedor apresentou pra mim um background interessante, mas um desfecho bastante previsível. Ao ser questionada perto da página cem o que achava que iria acontecer no livro, consegui adivinhar a trama sem nenhuma dificuldade, simplesmente optando pelo caminho mais fácil e clichê.

Kestrel é uma jovem cheia de si. Ela é bem posicionada socialmente com todo o pompo e, também, limitações, e o que isso lhe traz em termos de “liberdade” a incomoda bastante. Como forma de escape, ela passeia pela cidade as vezes de forma negligente, ou participa de jogos com pessoas que nem deveria conhecer. Ela é apresentada como alguém inteligente e que pode carregar o dom militar do pai, porém não é bem assim que a coisa se apresenta.

“Todo inimigo devia ser vigiado. Sempre identifique as vantagens e fraquezas de seu oponente.”

Ao chegar ao fim do livro vi o quanto a jovem, proposta como manipuladora e super inteligente, tinha sido uma peça no jogo político do livro. Todos os seus movimentos foram previstos por outros jogadores, salvo uma ou outra exceção. A trama se desenvolve como se ela tivesse alguns fios pra mexer, mas num olhar mais profundo, parecia que ela era a marionete e que os fios na verdade eram controlados por outra pessoa. Tendo em vista isso, minha opinião sobre ela mudou um pouco. Ela é mimada, mas quer ser vista como inteligente. Não quer se tornar um soldado, mas também rejeita todos aqueles que podem lhe propor casamento, sua outra opção. Menospreza os escravos, ao mesmo tempo em que tem alguns em alta estima. Percebe coisas importantes sobre a personalidade das pessoas, mas não dá atenção aos fatos, fazendo com que eles venham a lhe prejudicar no futuro.

Das jogadas que ela fez no livro, talvez apenas uma tenha me surpreendido, de resto, a personagem super forte, esperta e cheia de artimanhas que Marie Rutkoski tentou impor, não me convenceu. Ao mesmo tempo em que sabemos tantos pontos sobre sua personalidade, também é possível ver o quanto ela é rasa e tem pouco domínio sobre a expressão dos seus sentimentos.

Smith ou Arin é um personagem bem unilateral, seguindo também um caminho óbvio durante o livro. Pode soar como spoiler, mas qual seria o natural? O escravo se apaixona pela moça bonita que lhe comprou e que ele não pode ter e isso acaba atrapalhando os planos ocultos que ele tem, fazendo com que no fim ele se prejudique para ajudá-la. Alguma novidade aqui? Não. Já vimos isso em uma infinidade de outros livros e nem mesmo o cenário salva a falta de personalidade dos personagens.

A fantasia em si também é pouco desenvolvida. Sabemos dos jogos políticos, mas descobrimos pouco sobre esse mundo novo, tudo é muito dosado e a visão pouco se amplia. Sabemos que há outros lugares, outros povos, mas eles não nos são apresentados. Há um shift do meio pro fim da história onde a trama sai um pouco do foco político para entrar num âmbito mais romântico. Soou natural a partir do momento em que percebi que a “trama política” que eu estava acompanhando era somente uma parte da visão, já que Kestrel não estava de todo envolvida nesses assuntos. E, portanto, tendo juntado tudo isso, acabei me frustrando um pouco com o livro.

“Os pensamentos ameaçavam sua sanidade, propondo soluções que no fim só revelavam problemas, provocando-o com a certeza de que ele perderia tudo o que queria proteger.”

Como eu sempre digo, a experiência de cada um com cada história sempre será diferente. A Maldição do Vencedor não é um livro ruim de forma alguma, mas não trouxe a história surpreendente que eu estava esperando e que todo o cenário poderia desenvolver. Eu sou uma fã de fantasia e já li várias dezenas de livros do gênero, portanto também estou mais inclinada a prever alguns pontos óbvios que podem acontecer na história, se eles já tiverem sido usados várias vezes anteriormente. O clichê e o óbvio são diferentes para cada um dependendo da sua experiência literária.

Todo mundo diz que os próximos dois livros são bem melhores, então com toda a certeza seguirei acompanhando a história, e espero ser surpreendida. Kestrel e Arin tem muito potencial, porém precisam ser mais ousados em suas decisões para que a trama tenha mais reviravoltas e que não dê ao leitor a oportunidade de fazer tantos palpites acertáveis. Livros imprevisíveis são sempre a melhor opção, mesmo que por vezes histórias simples e bem contadas também tenham o poder de conquistar o leitor. Mas algo que é definitivamente bom nesse livro é a edição. A capa é super bonita e tem aquele toque emborrachado, assim como a diagramação é super confortável, o que facilita a leitura. E posso dizer que esse é um dos mapas de livros de fantasia mais bonitos que já vi, e eu adoro um mapa :)

Acredito que para um jovem fã de fantasia ou para quem está começando agora a se aventurar no gênero, A Maldição do Vencedor soe como algo completamente diferente e uma boa experiência. Para os mais calejados, recomendo não ir com tanta sede ao pote, para poder aproveitar o que o livro tem a oferecer.

site: http://resenhandosonhos.com/maldicao-do-vencedor-marie-rutkoski/
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GabiCrivellente 23/08/2016

RESENHA – A Maldição do Vencedor (Marie Rutkoski)
Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida. As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas.
Queridos leitores, neste livro a autora nos apresenta uma história baseada em pós-guerra, em que o povo valoriano havia vencido a batalha contra o povo herrani. Antes da guerra o povo de herrani era a classe dominante e os valorianos eram considerados por eles como selvagens sanguinários. Porém, após a guerra, os valorianos conseguiram dominar os herranis, e eles se renderam, pois preferiram se tornar escravos a morrerem.
Com base nisso, conhecemos a nossa mocinha, Kestrel, que não tem a mínima habilidade para a guerra, apesar de ser um costume do povo valoriano dar às mulheres duas escolhas: se alistarem para o exército ou se casarem Como o pai dela é o principal general do império, inclusive um dos responsáveis pela vitória do povo deles, o seu maior desejo era que a filha entrasse para o exército. Porém, o que a Kestrel mais gosta de fazer é tocar piano. E isso é um problema, pois esse tipo de atividade era realizada apenas pelos escravos – povo herrani.
Em um passeio com sua melhor amiga, Jess, elas foram parar em um leilão de escravos. Após alguns lances – talvez pelo motivo do leiloeiro dizer que aquele escravo cantava e exercia um bom papel de ferreiro, coisa de que o pai sempre precisa – ela, impulsivamente, deu um dos maiores lances por ele. O único problema é que ela não sabia que se apaixonaria pelo seu maior inimigo.
A Kestrel e o Arin são dois dos personagens mais inteligentes e estrategistas que eu já conheci. Antes, quando ele era ainda criança, tinha uma boa vida, os pais eram de uma classe alta na sociedade deles. Só que com a guerra, além de se tornar um escravo, ele perdeu os pais e sua irmã. Ele é aquele personagem apaixonante.
O que Kestrel não sabe é que sua aquisição faz parte do plano de Arin. Um dos objetivos dele era ter acesso às informações mais importantes para uma nova guerra. Por isso, a Kestrel foi induzida a comprá-lo. Sendo assim, como ele ajudou o seu povo a tentar reconquistar as terras, ele se tornou um dos principais líderes da nova revolução.
Os dois, mesmo apaixonados, estavam em lados opostos. Afinal, como poderiam amar o inimigo e tentar salvar o seu próprio povo? Difícil, não é mesmo? Pessoalmente, não saberia como lidar com essa situação. E é por isso que eu amei o livro e os personagens. Então, caro leitor, recomendo este livro para você que gosta de fantasia, romance e ficção histórica.
O livro tem muitos conflitos políticos. Um dos personagens secundários que mais gostei foi o general. Mesmo com as excentricidades da filha, ele a apoiava e tentava entender as suas decisões, mesmo sem concordar com elas.
A autora do livro, Marie Rutkoski, cresceu em Bolingbrook, Illinois (um subúrbio de Chicago), sendo a mais velha de quatro filhos. Possui bacharelado pela University of Iowa e doutorado pela Harvard University. Atualmente vive em Nova York, é professora no Brooklyn College e mora com o marido e dois filhos.
Felizmente, o segundo livro dessa trilogia, O Crime do Vencedor, tem previsão para ser lançado ainda em setembro deste ano. E o terceiro e último livro, O Beijo do Vencedor (tradução literal), já foi publicado no exterior. Então, agora é só aguardar, ansiosamente, chegar setembro.
O livro possui 42 capítulos, e é narrado de forma linear cronológica e em terceira pessoa, pelo ponto de vista da Kestrel e do Arin. O que é bom, pois conseguimos perceber as motivações dos dois ao longo da história.
Por fim, é importante destacar que no site da editora está disponível um trecho do livro (para visualizar, clique aqui), bem como o booktrailer, que recomendo (clique aqui).

RESENHA COMPLETA:

site: http://academialiterariadf.blogspot.com.br/2016/08/resenha-maldicao-do-vencedor-marie.html
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Cristiane 25/08/2016

“A felicidade depende de ser livre”, o pai de Kestrel sempre dizia “e a liberdade depende de ter coragem”.

Confesso que, quando vi este livro, me apaixonei pela capa dele. Fiquei curiosa para entender um pouco mais sobre a história, porque ainda não tinha lido nenhuma resenha, somente a sinopse do livro. Quando comecei a ler, fui me empolgando aos poucos com a história. Já pensou, ter que escolher entre o amor e a razão? O que você faria? Estaria diposto(a) a abrir mão da sua felicidade para um bem maior?

Conhecemos Kestrel, uma garota de 17 anos filha de um general, homem de confiança do Imperador de Valoria. A cidade em que Kestrel mora atualmente, foi consquitada pelos Valorianos há 10 anos atrás. O povo que vivia ali antes, foram escravizados pelos Valorianos. Os Herrans, eram os donos daquelas terras, e não aceitam terem sido conquistados, mas não há nada que eles possam fazer a respeito, pelo menos, por enquanto.

A história começa quando Kestrel está no mercado da cidade jogando Morder e Picar junto com os marinheiros, sentada em um caixote. Morder e Picar, é um jogo de cartas e Kestrel era muito boa. Ela preferia jogar com homens comuns do que com pessoas da alta sociedade, pois, as pessoas comuns tentavam trapassear para dificultar as coisas para ela. Já homens ricos, não gostavam de perder, principalmente para ela que era mulher. Alguns levavam suas perdas para o lado pessoal, o que Kestrel não conseguia entender.

Kestrel sabia que já tinha passado muito tempo jogando, então decidiu ir atrás de Jess sua amiga. Quando as duas se encontram e decidem ir embora é então que Jess pede para amiga fechar olhos porque vai lhe fazer uma surpresa, mas Jess acaba se distraindo e as duas são arrastadas por uma densa multidão para o mercado de escravos, onde aconteciam os leilões.

Quando Kestrel abre os olhos, dá de cara com um fosso onde os escravos ficam expostos para serem vendidos. As duas até tentam sair dali, mas estão presas pela multidão e vão ter que ficar até o fim do leilão. É então que o leiloeiro entra para começar as apresentações dos escravos disponíveis para venda. As pessoas que estão presentes, estão interessadas em comprar uma escrava mulher, mas o leiloeiro começa a falar sobre um jovem escravo de apenas 19 anos que tem habilidades especiais, bom para trabalhar dentro de casa fazendo os Valorianos presentes rirem. Kestrel não está muito interessada e deseja ir embora, mas o leiloeiro diz algo que desperta sua atenção quanto ao escravo, ele havia sido treinado para ser um ferreiro, o que para a casa dela seria perfeito e então começam os lances para comprar o escravo.

Kestrel fica paralisada, parece estar passando mal o que desperta a preocupação de sua amiga, mas é ai que o leiloeiro diz um talento bem dificil de se encontrar em um escravo: ele cantava. Então, o leiloeiro pede para o escravo cantar e ele se recusa. A expressão do escravo parece comover Kestrel que levanta sua mão e dá seu primeiro lance. No fim, depois de vários lances, Kestrel leva o escravo por 50 pilares. Um valor considerado alto para comprar um escravo. Na verdade, a moça não estava comprando um escravo qualquer. Ela sabia que havia algo diferente naquele homem, a maneira que ele olhava para as outras pessoas com indiferença e desprezo. Não sabia o que exatamente tinha chamado tanto sua atenção, mas acreditava que seu pai não iria se importar por ela ter comprado um escravo ferreiro e que também cantava.

Então, ela houve um comentário de uma das mulheres que estava ao seu lado, dizendo que ela estava sofrendo da maldição do vencedor. O que isso significava? Kestrel nunca tinha participado de um leilão antes, foi a primeira vez e última acreditava ela, e então a mulher explica. A maldição do vencedor é quando a pessoa vence as ofertas de compra, mas só pagando um valor considerado exorbitante. Isso é uma expressão que se aplica também às pessoas que trabalham no mercado financeiro. Achei bem interessante esta informação que você encontra na “Nota da Autora” no final do livro.


“Você não frequenta leilões não é? A maldição do vencedor é quando você vence as ofertas, mas só pagando um preço exorbitante.”

Enfim, Kestrel comprou um escravo, mas não sabia o que fazer com ele. Quando ela apareceu com ele em sua casa, sabia que seu nome era Smith, mas depois descobriu através de uma das escravas, que ele se chamava Arin. O leiloeiro havia dito que ele cantava, mas ela não tinha tanta certeza se isso era verdade. Kestrel tinha um talento incrível para tocar piano e ter um escravo cantor seria perfeito para acompanhar suas músicas. Seu dom era algo que incomodava muito seu pai. Ele queria que ela se dedicasse nos treinamentos dela, queria que finalmente ela se alistasse no exército, mas nada disso se encaixava no que Kestrel realmente queria. Na verdade, nem ela sabia o que realmente queria.

Com esse impasse, ela decide usar o seu escravo como acompanhante nas festas, quando precisava ir até a cidade levava ele junto, além da responsabilidade atribuida pelo seu mordomo para produzir armas para o exército de seu pai. Até que, em uma festa, Arin que estava como seu acompanhante, vê Kestrel jogando Morder e Picar com outros nobres da festa e fica a observando. E então, Kestrel acaba descobrindo que ele sabe jogar e muito bem.

Dessa forma, os dois começam a criar um vínculo. Arin acaba conseguindo várias regalias com Kestrel, como por exemplo: se torna um escravo de casa, autorização para ir a cidade sem ela e até mesmo intimidade suficiente para dizer verdades para Kestrel, que se fosse outra pessoa no lugar dela, não aceitaria de forma nenhuma.

Sinceramente eu gostei muito da personalidade de Kestrel. Ela era muito indecisa, sim, mas me desculpem, com 17 anos, quem ia gostar de ter que decidir o destino de sua vida, sem ter chances de voltar atrás caso não fosse mesmo isso o que gostaria de fazer?

Ela acabou confiando demais na pessoa errada? Sim! Quem nunca passou por isso? Considerei certa ingenuidade da parte de Kestrel, com certeza, mas para alguém que não tinha nenhum motivo para desconfiar da pessoa, não tinha como saber que certas coisas não deviam ser faladas. Mesmo depois de ter feito um acordo com seu pai, de ter um tempo estabelecido para decidir o que ia fazer de sua vida e de começar a ter aulas de estratégia com ele, Kestrel não teve tempo suficiente para ver que seu inimigo mais perigoso estava ao seu lado.


“Os sentimentos de Kestrel eram como bandeiras estalando sob uma tempestade, se enroscando e se retorcendo em volta dela.”

Eu queria muito que Kestrel desse uma chance para Ronan o irmão de Jess. Ele me pareceu ser um cara incrível, e os dois já se conheciam a muito tempo, mas percebi que na verdade, ela o via apenas como um amigo e não queria deixá-lo decepcionado.


Só sei que, acontece uma revira volta incrível, e a história fica carregada de emoções. Me surpreendi bastante com os acontecimento e de como Kestrel evoluiu no decorrer do livro. Para ajudar os leitores na localização das cidades, nas primeiras páginas, o livro tem um mapa que ajuda na compreensão. Como a história tem continuação, eu achei o final muito bom, mas deu uma boa margem para especulações para o próximo livro.

site: http://www.sugestoesdelivros.com/2016/08/resenha-maldicao-do-vencedor.html#.V78HGvkrJdh
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Janaína Martins 09/09/2016

Maravilhosos <3
"A felicidade depende de ser livre e a liberdade depende de ter coragem"

Meus paizinhos da santa expectativa, me ajudem!

Depois de dois meses de resenhas positivas eu tinha que ler logo o primeiro volume dessa trilogia

Mas então, o que aconteceu?

Eu amei! (Como se isso fosse alguma novidade)

Marie Rutkoski me deixou o caco com esse livro ? e no últimos capítulo ela ainda deu uma esmagadinha meus sentimentos

Uma trama cheia de ação, violência, estratégia e ainda com um pouco de amor não tinha como não ser maravilhosa

A questão da vez foi só a nossa amiguinha expectativa que estava lá nas alturas e ninguém deu pra esse livro um avião a alcançar a danada

Então foi o que aconteceu, todo mundo disse que é perfeito, mas pra mim não foi ?

Por motivos de:

1- Quando eu cheguei na metade do livro e ainda não tinha acontecido nada (além da protagonista só fofocar) o livro já me decepcionou

2- Eu simplesmente não entendi como eles se apaixonaram, não entendi! A sorte foi que mais pro final do livro o romance deu umas reviravoltas que acalmou meu coração ?

Mas não achem que esses motivos deixou o livro ruim! Na verdade, a segunda metade dele foi destruidora o suficiente pra me fazer esperar louquinha a continuação!

Vai @plataforma21_! Trás esse livro logo pra gente! (Tá eu sei que Setembro ta bem ai, mas minha ansiedade não entende)

Edição maravilhosa acompanha de enredo pra lá de incrível finaliza com uma leitura sensacional!

Nota: 4,0/5,0

Quem leu o que achou?
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Maria 28/09/2016

Decepção
Então,eu esperava muita coisa legal pela sinopse.Porém,achei o livro fraco e superficial.No meu caso,não consegui sentir os sentimentos dos personagens principais e isso me encomendou...Tinha tudo pra ser legal pelo universo em si.
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Mari 08/10/2016

Resenha - A Maldição do Vencedor
O primeiro livro da série do Vencedor traz a estória de Kestrel, uma jovem em busca de liberdade, que acaba comprando um escravo, Arin, por um alto valor. O novo escravo esconde mistérios que instigam Kestrel a saber mais sobre ele. Uma convivência cria uma atração proibida. Intrigas, traições e guerras, além da origem dos dois, deixa um abismo separando-os.

A construção de mundo é excelente, desde as primeiras páginas, Marie soube apresentar Valória e Herran de uma forma leve, sutil e concisa. O romance é muito bem construído, sem interferir na trama, ao contrário, vai entrelaçando de um jeito que deixa o leitor quase que desesperado para que tudo fique bem logo.

Os personagens principais são orgulhosos, inteligentes, sabem jogar jogos perigosos e não aceitam perder. A interação deles vai crescendo progressivamente, de uma amizade até o romance, que de forma alguma é como aqueles “insta-loves” sem graça.

Gostaria de ter lido mais rápido, mas acabei parando muitas vezes a leitura, o que me atrapalhou a ficar mais envolvida com a estória, ainda assim, consegui sentir muito tudo o que os personagens sentiam, e isso foi ótimo!

Claro que um tema desses no gênero YA não escaparia de alguns clichês, mas que não foram, de forma alguma, irritantes ou entediantes. Não e um livro inovador, porém, a qualidade da escrita, da estória e dos personagens é altíssima, e, pra mim, isso vale muito mais do que a originalidade da obra.

Agora, notas de 1 a 5 na avaliação:
Premissa: 4
Interessante, mas não tão original. Mesmo assim, bem desenvolvida.

Escrita: 5
Marie Rutkoski sabe mesmo envolver o leitor numa escrita maravilhosa, simples e fluida.

Jornada: 5
A progressão de eventos foi muito interessante, apesar de não me surpreender tanto quanto gostaria. Entretanto, fiquei impressionada por me ver tão envolvida que chegava a sentir o coração acelerar cada vez que pegava o livro pra ler depois do meio até o fim.

Personagens: 5
Todos foram muito bem construídos e bem desenvolvidos ao longo da estória.

Final: 4
Esperava um pouco mais e queria me impressionar mais, porém foi ótimo.

Total: 4,5
Foi um livro muito bom, com personagens fortes e marcantes, que também promove uma boa reflexão sobre interação social. Altamente recomendável!

site: https://www.youtube.com/channel/UCTau7eWAitp_gCbycdOOI5A
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