Luiza Helena (@balaiodebabados) 01/08/2018Originalmente postada em www.oquetemnanossaestante.com.brAno passado eu comecei a ler A Queda dos Reinos (leia a resenha aqui) depois de uma indicação muito insistente de uma amiga. Um ano depois, fecho Reinado Imortal com um sentimento de satisfação e saudade.
Claro que, como toda série, A Queda dos Reinos teve seus altos e baixos, mas os altos compensam bem mais. Teve amores descobertos, amizades improváveis, mortes dolorosas… teve de tudo nessa série envolvente.
Reinado Imortal começa um pouco depois do final de Tempestade de Cristal (leia a resenha aqui) e você já fica na angústia se todos os pontos abertos do livro anterior vão se fechar até o final sem que alguém seja sacrificado. Desde o início da leitura desse livro, eu já sabia como a história iria terminar: um final feliz para todos. Mas esse detalhe não influenciou e nem atrapalhou o meu envolvimento com o livro. Quanto mais eu lia, mais eu não queria parar até terminar e descobrir que todos os meus favoritos estão bem.
O grande destaque da série são Magnus e Cleo. Ambos tiveram um crescimento incrível desde o primeiro livro até agora, seja individualmente quanto como casal. Cleo deixou de ser uma princesinha dependente e agora é uma mulher que dá a cara a tapa para defender e socorrer as pessoas queridas. Magnus deixou de mão essa ideia de querer agradar o pai e seguir seus passos, se tornando um cara ainda assim um tanto rabugento mas interessado e preocupado com os que o cercam.
Até Jonas, que no começo só fazia burrada atrás de burrada, teve um certo crescimento nos dois últimos livros, se tornando menos impulsivo e mais a voz da razão. Sua amizade com Felix foi uma dos melhores acontecimentos da série. Após a perda do irmão lááá no começo da história, creio que Jonas precisava de alguém que o apoiasse e fosse disposto a seguir suas ideias, mesmo aquelas que a gente sabe que não vai dar certo.
A única personagem que eu achei que ainda ficou meio esquecida no churrasco foi Lucia. Apesar de ter tido um pouco mais de destaque nos últimos livros, eu achei que Morgan poderia ter trabalhado bem mais a feiticeira da profecia e seus sentimentos conturbados quanto a esse papel.
Amara foi um personagem que me deu sentimentos conflituosos. Sim, eu apoiava o fato dela querer dar vozes às mulheres subjugadas de Kraeshia, mas os seus métodos eram os mais errados possíveis. Porém, como falei que todo mundo teve um final feliz, até a nova ex-imperatriz de Kraeshia teve sua segunda chance.
Quando a Ashur e Nic, bem… os dois só me fizeram passar raiva e ódio no livro anterior. Nic até que teve sua utilidade, mas Ashur foi um cara bem aleatório em tudo e particularmente não iria fazer falta se não tivesse aparecido.
Os múltiplos pontos de vista ajudam na fluidez da leitura, assim como a escrita da Morgan. O livro tem um pouco mais de 400 páginas mas você nem vê passar. Como eu já falei nas outras resenhas, o que mais colabora na leitura é justamente a escrita direta da autora, que não se demora muito em descrições.
Reinado Imortal foi uma boa conclusão para a série, não deixando ponta solta e todos com seu final feliz (à medida do possível). Foi uma ótima série de se acompanhar nesse último ano e que vai deixar saudades.
FICHA TÉCNICA
Título: Reinado Imortal - A Queda dos Reinos #6
Autor: Morgan Rhodes
Editora Companhia das Letras / Selo Seguinte
Nota: 4,5/5 ♥
site:
http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2018/07/reinado-imortal-resenha-literaria.html