Quem tem medo do feminismo negro?

Quem tem medo do feminismo negro? Djamila Ribeiro




Resenhas - Quem Tem Medo do Feminismo Negro?


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Viviane @resenhasdaviviane 31/12/2023

Leitura necessária
Essa é a segunda vez que leio esse livro e não consigo fixar o conteúdo que está escrito nele.
Hoje me peguei pensando "Quais os temas abordados pela autora nesse livro?"; "Será que a história é boa?". Não estou querendo dizer que o livro é ruim, apenas que o formato dele, não me fez guardar seu conteúdo.

Quem tem medo do Feminismo Negro, reúne um longo ensaio autobiográfico inédito escrito pela autora Djamila Ribeiro e uma seleção de artigos publicados por ela no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. Os artigos que li até agora, falam muito sobre a sua vida desde a infância contando sobre o racismo sofrido nas escolas particulares que estudou, até a sua vida maioridade, quando começou a estudar jornalismo e aceitar emprego em trabalhos não autorizados pelo pai, que trabalhava muito para que ela conseguimo empregos em espaços considerados de brancos.

Em alguns momentos, Djamila, conta para os leitores quais os empregos que ela conseguiu enquanto estudava, são eles: atendente de barraca de pastél, auxiliar de serviços gerais em grandes empresas, copeira, entre outros. Demorou para conseguir um emprego digno com o curso seu curriculo, uma vez que tinha fluência no inglês.

No artigo sobre "Falar em racismo reverso é o mesmo que acreditar em unicórnio" a autora explica sobre o conceito central de racismo, retirando todas as dúvidas no motivo por não existir racismo reverso. Ela ainda faz a indicação de um vídeo onde o humorista Aamer Rahman fala sobre Racismo Reverso em um dos seus shows, fica a dica!

Já estou me preparando para um terceira releitura.
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EstAfani.Sandmann 30/12/2023

Djamila uma das autoras mais fenomenais da atualidade
Este livro trata de um apanhado de textos escritos pela jornalista e filósofa Djamila Ribeiro. Nele há muita reflexão sobre as bases do racismo no Brasil e a construção desigual da nossa sociedade racista. São inúmeros tapas na cara. Dezenas de sacudidas. Aprendi muito. Marquei todo texto como importante. Sobretudo, pretendo usar os ensinamentos na vida.
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Mônica 27/12/2023

Livro que todos deveriam ler, deveriam passar para ser lido e discutido nas salas de aulas. Djamila, você é necessária.
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Jenny 22/12/2023

Um livro extremamente necessário
Esse é o meu segundo livro da Djamila que eu leio, o primeiro foi "Lugar de fala". Amei a sua escrita fluída, que até mesmo um leigo conseguiria entender. A escrita dela me lembra as escritoras que inspiraram ela: bell hooks, Chimamanda Ngozi, Angela Davis. Muito bom mesmo, necessário para TODOS lerem, independente da raça, classe, gênero e sexualidade. Que nós possamos aprender cada dia mais a luta diária da mulher negra ser reconhecida como ser humano em uma sociedade machista e racista.
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Carollice 22/12/2023

Excelente
Um livro necessário. Dá muitas referências também pra quem tem interesse de ler mais pensadoras do movimento.
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Larissa3225 10/12/2023

É um livro que, apesar de curto, apresenta diversos tópicos que precisam ser debatidos. Além disso, oferece um olhar essencial sobre a experiência da mulher negra.

O livro consiste numa coletânea de textos publicados ao longo de alguns anos (por volta de 2015...) e, portanto, oferece também uma espécie de volta ao passado. Temos a chance de relembrar alguns tópicos relevantes naquele ano e confrontá-los com o presente. O triste é perceber que os avanços ainda são poucos.
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Xingmi 04/12/2023

Aulas. Li para uma apresentação escolar e ainda bem que me passaram essa apresentação. Já tinha tido contato com a autora antes, mas nunca pelos seus livros. Minha primeira experiência foi ótima. O livro é um compilado de publicações da autora e cada capítulo aborda um tópico diferente, sendo todos muito interessantes. Muito do que eu já pensava está presente nesse livro, mas ler, devidamente, com todas as palavras aquilo que eu acredito é ótimo, Djamila é uma grande filósofa e faz ótimas reflexões. O feminismo negro é necessário, não pode haver exclusão na luta pela igualdade; além disso, a discussão sobre racismo, as diversas formas de violência, entre outros, são muito bem elaboradas.
Essa leitura é essencial, li três vezes e leria de novo.
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Ellen 03/12/2023

?Quando reduzirmos seres humanos a determinados papéis, retiramos sua humildade e os transformamos em objetos.? - Trecho do livro
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Rafael M. 30/11/2023

Forte.
Um ótimo livro para os que buscam compreender o mundo sob a ótica dos que sofrem diariamente com o racismo.

Por vezes passam despercebidas momentos em que eu só consegui o que eu consegui por ser branco. Já tive experiências nesse sentido, onde trabalhei em uma loja onde o dono disse que não contratava pessoas negras, o que é o cúmulo do cúmulo.

Como o livro é uma junção de diversos textos, as vezes ela repete algumas informações, mas nada que afete o conteúdo.

O livro é forte e necessário. Continuarei procurando textos nessa temática, pois tenho certeza que tenho muito a evoluir nisso.
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Caroline Vital 28/11/2023

Lido em 2020
Sensacional. Um livro para que machistas e racistas se descubram como tais. Todos deveriam ler! Obrigatório.
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Lulu 26/11/2023

Excelente
Um apanhado de textos escritos pela autora para o blog da revista Carta Capital. Djamila, apesar da linguagem exageradamente rebuscada, aborda temas muito atuais e pertinentes. Maravilhosa.
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Canoff 23/11/2023

Quem tem medo do Feminismo Negro? Ninguém! O Feminismo, de modo geral, é insignificante. (Pode conter Spoilers!)
Eu poderia analisar este livro por inúmeras perspectivas, mas para manter uma abordagem consistente e possibilitar uma comparação eficaz, analisarei da mesma maneira que fiz com o livro 'O Feminismo é Para Todos', de Bell Hooks. Ambos os livros oferecem a oportunidade de elaborar uma análise convencional, com parágrafos divididos em introdução, desenvolvimento e conclusão. No entanto, tenho muitas considerações a fazer, o que tornaria a resenha extensa e, por conseguinte, cansativa. Diante disso, nada melhor do que contrapor as ideias da autora baseando-me em suas próprias colocações. Vamos lá...

Observação: Nem todas as citações serão abordadas, pois são dezenas e isso tornaria a leitura inviável. No entanto, a autora tratou de diversos temas, como sexismo, aborto, machismo, e outros assuntos que são considerados pertinentes para a causa feminista.

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'Não sabia por que sentia vergonha de levantar a mão quando a professora fazia uma pergunta já supondo que eu não saberia a resposta. Por que eu ficava isolada na hora do recreio. Por que os meninos diziam na minha cara que não queriam formar par com a 'neguinha' na festa junina. Eu me sentia estranha e inadequada, e, na maioria das vezes, fazia as coisas no automático, me esforçando para não ser notada.'

> Isso é nada mais, nada menos que timidez. A respeito do xingamento, não há como argumentar que não é racismo. Entretanto, racismo não está ligado ao Feminismo. Assim como você era introvertida, outras crianças(acredito que a maioria) também eram.

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'Aprendi a jogar xadrez aos seis anos, na União Cultural Brasil- União Soviética, lugar onde os comunistas da cidade de Santos levavam seus filhos para fazer cursos ou para se divertir nos fins de semana.'

> Eu até argumentaria minuciosamente sobre a sua formação moral, mas acredito que qualquer pessoa de boa índole irá entender que ambientes que defendem uma ideologia que matou mais de 100 milhões de pessoas não é um bom lugar para instruir uma criança.

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'Meu pai, autodidata e militante comunista e do movimento negro, exigia que tirássemos boas notas e nos obrigava a ir à escola sem falta.'

> O objetivo aqui não é utilizar argumentos ad hominem, mas não posso deixar de mencionar que, certamente, o seu pai não teve acesso à educação formal, caso contrário, não adotaria o comunismo.

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'A barreira da vez foi o sexismo, porque muitas pessoas da minha família foram contra eu voltar a estudar sendo mãe. Lembro como foram difíceis os primeiros meses, quando pensei em desistir.'

> Não se trata de sexismo. Sua família reconhece que o filho instintivamente precisa da própria mãe, e, caso seja possível, é recomendável que a mãe se dedique exclusivamente aos cuidados do filho. Não há sexismo nenhum nisso.

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'A repórter Monique Evelle tem uma frase que me marcou muito: 'Nunca fui tímida, fui silenciada'.

> Você pode ter sido silenciada, mas a maioria dos jovens são introvertidos. Colocar uma frase dessa e tratá-la como axioma é um erro grotesco de militância desesperada.
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'Uma vez que o conceito de humanidade contempla somente homens brancos, nossa luta é para pensar as bases de um novo marco civilizatório.'

> Não, o conceito de humanidade não contempla apenas os homens brancos. Vou relevar essa frase, pois você deve tê-la formulado durante um surto de militância. Vocês (feministas) não conseguem garantir a adesão ao feminismo, imagine então estruturar um marco civilizatório.

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'É imprescindível que se leia autoras negras, respeitando suas produções de conhecimento e se permitindo pensar o mundo por outras lentes e geografias da razão.'

> Ninguém deve ler um autor apenas pelo fato de ele ser negro. Eu li outro livro seu, e uma das premissas centrais é essa: ler mais autores negros. Será que você nunca considerou que (arrisco dizer) ninguém deixa de ler algo pelo autor ser negro? Não vou sair pesquisando autores negros para ler. Pode ter certeza de que ninguém precisou pesquisar Machado de Assis para ler os livros dele. Quem é realmente talentoso ascende socialmente e não sai por aí panfletando seus livros, dizendo que as pessoas precisam apoiá-lo por ser negro. Até você ascendeu socialmente pela sua dedicação e nível de escolaridade, por qual motivos com os outros seria diferente?

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'Assim como houve pensadores como Sartre, que criticava a arte pela arte'

> Eu já estava esperando uma menção ao 'fantástico' Sartre. Imagino que você deva ter estudado para escrever esse livro, não é? Pois bem, se estudou, ou estudou pouco, ou ignorou a biografia de Sartre. O filósofo que você erroneamente coloca em um livro FEMINISTA abusava de meninas que estavam fugindo da Revolução Francesa. Ótima personalidade para se espelhar, não acha? Não vou nem falar do resto da história e da falsa ideia de sororidade (que a maioria das feministas não conseguem nem pronunciar).

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'Alguns humoristas, quando criticados, dizem estar sendo censurados. É preciso explicar para eles o que é censura. Primeiro, dizem e fazem coisas preconceituosas. Quem se sentiu ofendido, reclama. Onde está a censura nisso? Incomodam- se pelo fato de, cada vez mais, as pessoas denunciarem e gritarem ao ver suas identidades e subjetividades aviltadas; é como se dissessem 'nem se pode mais ser racista e machista em paz'.

> Se não tiver ideias distorcidas, não é um livro feminista, correto? Bom, você não precisa ser muito perspicaz para entender que os humoristas não enfrentam processos por ofenderem cidadãos comuns, mas sim por ofenderem políticos. A partir do momento em que você se candidata a um cargo político, está intrinsecamente ciente de que se tornará uma pessoa 'pública'. Devo também salientar que as queixas dos humoristas não se limitam exclusivamente aos políticos, mas também à divulgação da verdade. Se alguém expressa uma obviedade, não cabe processo, pois, embora a pessoa possa não gostar, é a verdade. A censura também ocorre quando políticos intervêm e proíbem alguns humoristas de realizar shows em determinadas cidades. Você, como alguém formada na área política, deveria estar ciente do significado de censura.

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'A pessoa achar que machismo não existe não muda o fato de que a cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil segundo o mesmo Mapa da Violência.'

> Bom, se fizermos uma conta bem básica, chegaremos num número de + 100 mil mulheres agredidas/ano. Um número questionável, não acha? Será mesmo que há mais de cem mil mulheres apanhando no Brasil? Segundo a Agencia Patrícia Galvão(que também é um órgão duvidoso), 26 mulheres são agredidas a cada hora no Brasil. Um valor diferente, não é? Comparando ambos os dados, temos uma diferença de 100 mil. Alguém está mentindo, ein? Será que é você, Djamila?

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'Algumas pessoas pensam que ser racista é somente matar, destratar com gravidade uma pessoa negra. Racismo é um sistema de opressão que visa negar direitos a um grupo, que cria uma ideologia de opressão a ele.'

> Exato. Entretanto, nessa sua afirmação, você caiu na hipocrisia, pois posteriormente, dirá que não existe racismo reverso, mas o que você disse torna completamente plausível a presença dos brancos e não brancos(como você gosta de chamar). Se decida, senhorita.

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'Simone de Beauvoir já havia desnaturalizado o ser mulher, em 1949, com O segundo sexo.'

> Aqui, você menciona pela primeira vez Simone de Beauvoir. Lembra-se do senhor que abusava de meninas refugiadas da Revolução Francesa? Exatamente... Quem será que cooptava as meninas, hein? Será que Simone de Beauvoir faria isso por seu amado? Dê uma breve pesquisada e verá algo interessante. Aliás, antes que eu esqueça, pesquise quais estudiosos ficaram favoráveis à descriminalização da pedofilia na França. Problemático para uma feminista, não acha? Mas quem é uma das mães do Feminismo? Não é Simone de Beauvoir? Que paradoxo imenso em que você se meteu, não acha?

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'Não incluir, por exemplo, mulheres trans com a justificativa de que elas não são mulheres reforça aquilo que o movimento tanto combate e que Beauvoir refutou tão brilhantemente em 1949: a biologização da mulher, ou a criação de um destino biológico. Se não se nasce mulher, se ser mulher é um construto, se o gênero é performance (em termos butlerianos), não faz sentido a exclusão das trans como sujeitos do feminismo.'

> Mulheres trans não são mulheres. Você pode fazer o que quiser; se não nasceu mulher, não se transformará em uma. Você pode ser um abajur, um dinossauro, mas uma mulher não tem como.

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'Há algum tempo, a comediante Kéfera Buchmann gravou um vídeo chamado 'Tá liberado, é Carnaval!' em que aparece pintada de preto, com uma peruca black power, dançando de forma ridícula e caricata. Ou seja, se utilizando da versão brasileira do blackface, a 'nega maluca'. A humorista ultrapassa todos os limites do bom senso e do respeito ao retratar mulheres negras de forma tão ultrajante. Nunca vi uma mulher negra se comportar do modo como ela a retrata.'

> Ué, Djamila! Não estou te entendendo… A Kéfera não é uma mana? Uma amiga? Uma guerreira que luta contra o patriarcado opressor? Como ela ousas ser racista? Quem cometeu mansplaining nesse caso?

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'Dizer por exemplo que mulheres são naturalmente maternais e que devem cuidar de afazeres domésticos naturaliza opressões que são construídas socialmente e que passam a mensagem de que o espaço público não é para elas.'

> Sim, claro... Dizer que a mulher não serve para o que o corpo dela foi criado é errado. Negar o instinto dela é completamente natural.

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'A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul derrubou, em 28 de maio de 2015, um relatório favorável ao projeto de lei que proíbe o sacrifício de animais em rituais religiosos, de autoria da deputada Regina Becker (PDT). Em 12 de junho, a decisão foi reafirmada. A mesma CCJ aprovou um parecer contrário ao projeto, considerado inconstitucional, uma vez que a Constituição diz ser 'inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.'

> Isso você está certíssima. Sou católico, mas impor uma coisa inútil dessas realmente não dá. Embora eu acredite que sacrificar animais não sirva de nada, se fizer parte de uma crença, o Estado tem obrigatoriedade de proteger. O Estado ser laico é uma porcaria, mas já que é, que exerça o correto.

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'Num país com 52% de população negra, por que ninguém estranha a ausência de negros na TV? Por que não criam uma campanha por uma TV menos eurocêntrica, por exemplo?'

> Você deve ter obtido esses dados do IBGE, mas é importante ressaltar que essas pesquisas podem não ser completamente precisas, uma vez que as pessoas se denominam da forma que desejam. Nesse contexto, muitas pessoas brancas, pardas e amarelas identificam-se como negras devido à sua ascendência. Eu não acredito que o Brasil seja majoritariamente negro, mas tudo bem.

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'Cota é uma modalidade de ação afirmativa que visa diminuir as distâncias, no caso das universidades, na educação superior. Mesmo sendo a maioria no Brasil, a população negra é muito pequena na academia. E por quê? Porque o racismo institucional impede a mobilidade social e o acesso da população negra a esses espaços.'

> Cota racial é o maior erro que este país já cometeu na educação. Há vários casos em que pessoas negras foram prejudicadas pelas próprias cotas. No ENEM, um rapaz foi considerado 'não negro' e não se beneficiou das cotas, enquanto seu irmão gêmeo passou por esse critério. Além desse caso, é absurdo o fato de terem organizado uma comissão para julgar quem seria negro ou não. Alguns 'especialistas' decidiam quem se enquadrava nas características para ser considerado negro. Sabe qual foi a última vez que isso foi feito? Na venda de escravos, onde os senhores avaliavam características físicas para determinar se aquele escravo seria um 'bom negro'. Podemos notar que isso resolveu muita coisa... A cota financeira sanaria todos esses problemas, pois há jovens brancos que são mais vulneráveis que alguns jovens negros. A cota racial incluiria esse público? Tenha certeza de que não, pois até os negros estão sendo prejudicados.

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'Um garoto branco de classe média que estudou em boas escolas, come bem, aprende outros idiomas, tem acesso a lazer e passa em uma universidade pública pode se achar o máximo das galáxias, mas na verdade o que ocorre é que teve oportunidades. Qual mérito ele teve? Nenhum. O que ele teve foram condições para tal.'

> Erradíssimo. Esse jovem pode ter tido privilégios, mas isentá-lo do mérito é uma covardia tremenda.

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'Pedir para pararmos de falar disso é querer manter as coisas como estão, sucumbir ao que podemos chamar de síndrome de Morgan Freeman— ator que disse em entrevista que o dia em que pararmos de falar de racismo ele deixará de existir, como se fosse uma entidade. Fazendo uma analogia simplista, que um 'argumento' simplista como esse exige: se uma pessoa está com câncer e só deixar de falar nisso, sem procurar tratamento, a doença vai desaparecer?'

> Não vou nem comentar muito sobre isso aqui, pois uma capacidade de raciocínio dessa é inerente às feministas mesmo.

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'Criam categorias como 'literatura feminina', assuntos 'para mulheres'. A literatura produzida por eles é tida como universal, enquanto a feita por mulheres é 'literatura feminina'. Alguém já ouviu falar em literatura masculina? Essas subcategorias são criadas para hierarquizar arte e conhecimento.'

> Você dividiu o Feminismo em vários compartimentos e não só fez isso, como também escreveu um livro sobre essa imbecilidade. Só falta criar o feminismo para homens.

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< OBSERVAÇÕES >



1- Bom, é visível que ela aborda mais o tema do racismo do que o feminismo. Este livro trata 80% de racismo. A respeito disso, não há muito o que argumentar. Racismo é crime e acabou. Há algumas distorções e ideias apelativas, mas, de modo geral, sobre o racismo, ela comete poucos erros.

2- Ela cita pesquisas o tempo todo, mas não há nada no fim do livro. Mesmo que essas pesquisas existam, se não forem incluídas no livro, as ideias não passarão de meras aspirações. Eu sei que ninguém lê, mas a ausência das fontes só piora a veracidade (o que já está prejudicado).

3- Assim como todos os livros feministas, nenhum aborda a espinha dorsal do movimento, pois não contribui para a adesão ao Feminismo. Todas essas mães do feminismo tinham ideias criminosas, revolucionárias e nojentas. Mais um livro que esconde a verdade por conveniência.

4- Ela com certeza não mencionará Margaret Sanger, uma das mães do Feminismo, que se dizia abertamente eugenista e, inclusive, montou uma clínica abortista perto dos bairros periféricos dos EUA. O foco de Sanger eram as jovens negras, pois, segundo ela, era necessário coibir essas gestações na tentativa de purificar uma massa. Sabe quem quis purificar o mundo? Pois é... O homem do bigodinho.

5- Cheguei à marca de 3 livros feministas lidos. Já li mais que muitas feministas, hahaha!
Michela Wakami 24/11/2023minha estante
Amei sua resenha, muito informativa. Parabéns! ????


Ecklezia_Carvalho 24/11/2023minha estante
Realmente, vc tinha muita coisa a dizer ?.

Parabéns pela resenha!


Canoff 24/11/2023minha estante
Obrigado, Michela!


Canoff 24/11/2023minha estante
Ecklezia,

Esses livros rendem muita discussão. Por agora, essa resenha só alcançará o meu público, mas pode ter certeza que aparecerão mais gente comentando. ?


aline 24/11/2023minha estante
Que resenha! Parabéns! ??


Canoff 24/11/2023minha estante
Muito obrigado, Aline!


Rogéria Martins 25/11/2023minha estante
Adorei sua resenha! Como a Michela disse, bem informativa e imparcial, isso faz toda diferença!

Ps: "adoro" feministas citando o Sartre sem nem saber da vida dele direito ? fica o questionamento: ignorância ou passada de pano, mesmo?

Parabéns pela honestidade e pelas observações ponto a ponto! Adorei!!


Canoff 25/11/2023minha estante
Rogéria,

Muito obrigado pelos elogios, Rogéria!


Juan199 20/12/2023minha estante
Apesar de ter um visão política MUITO diferente da sua, achei interessantes os seus pontos, e compartilho da mesma opinião sobre cotas raciais.


anne 14/02/2024minha estante
Que resenha fenomenal! Minha meta é um dia ser que nem você, haha!




I7bela 21/11/2023

Não sei nem o que dizer, só sentir. Nunca me senti tão, mas tão próxima de um texto. Tantos acontecimentos me são tão próximos, tão reais, um trecho em especial no começo me fez chorar pois é real, palpável e acontece com a gente, com nós, as meninas, as mulheres negras que tentam somente existir e viver nessa sociedade que não acha que somos capazes, lindas e dignas de pertencer. Ter voz, ter direitos e oportunidades.

Algo aconteceu na vida de Djamila que aconteceu comigo. E vai ficar pra sempre marcado na minha memória como ela entendeu depois aquela conversa.

É preciso olhar por outros olhares.
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Micaeli11 02/11/2023

Gostaria que a Micaeli criança e adolescente tivesse ganhado um livro de Djamila, bel e Angela. Por isso, vou lançar a provocação: dê esse livro e outros para crianças e adolescentes pretos.

?É necessário sair do senso comum, romper com o mito da democracia racial que camufla o racismo latente desta sociedade.?
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Dani Resende 29/10/2023

Quem tem medo feminismo negro?
Escrito pela filósofa Djamila Ribeiro, este livro é um compilado de crônicas publicadas no site Carta Capital entre os anos de 2014 até 2017. Cheio de passagens autobiográficas da infância e adolescência da autora nos mostra a diferença entre o feminismo e o feminismo negro!!! E quantas são essas diferenças!!! Ela mostra situações do dia a dia do nosso país onde as mulheres negras são colocadas à margem da sociedade como um todo, abaixo até do próprio homem negro! Quantos
Momentos em que foram e ainda são tratadas como meros objetos ao serem chamadas de mulatas!!!
Somos levados a repensar e ressignificar o racismo contra a mulher negra e a principalmente assumir a responsabilidade por anos de diferença social!!! Excelente leitura, indico muito!!!
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