Giovanna1032 21/08/2023
no início do livro, a ana beatriz diz que o escreveu para que as pessoas se sintam menos perdidas e possam se entender melhor, mas o que ela escreveu nele passa uma ideia completamente oposta a isso. o livro, por muitas vezes, descreve pessoas que convivem com portadores do borderline como "reféns" e "vítimas", ela literalmente usa essas palavras. óbvio que esse não é o transtorno mais fácil do mundo e acredito que falar sobre ele deve incluir falar sobre as coisas ruins que o compõe, mas a escritora reforça diversos estereótipos negativos, é cheio de generalizações nojentas, pinta os borders como descontrolados o tempo todo, pessoas impossíveis, mães ruins, filhos que dão dor de cabeça, até mesmo assassinos, e retrata os que convivem com eles como pobres indefesos que são atacados pelos "monstros" transtornados. tem partes do livro em que ela escreve sobre como "sobreviver" a borders, como se eles realmente fossem um furacão ou tsunami terrível que pode destruir a vida de qualquer um com quem cruzar. triste que uma psiquiatra tão conhecida pense assim.