Dudu Menezes 02/11/2023
O grande Pequeno Príncipe
Eis que, enfim, li "O pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry. Não leram ele para mim, quando criança, e o tempo passou. Confesso que tinha um certo preconceito com essa obra. Achava que, por ser uma das obras mais famosas da literatura infantil, cairia em clichês que não me acrescentariam muito.
Mas, no início deste ano, resolvi que faria essa leitura e convidaria o meu filho, Lucas, para lermos juntos. Não foi bem assim que rolou, mas vamos lá. A mãe dele se adiantou, leu com ele o livro, e me disse que, ao final, entendeu que esta não seria uma leitura para crianças tão jovens como ele, que está com 7 anos. Talvez. Vamos conversar mais sobre isso em um bate-papo, no canal, em breve, se tudo der certo, com a participação da minha esposa @camila_iramos
Agora vou falar sobre a minha leitura. Sem dúvida as metáforas, aqui contidas, vão ser mais profundamente refletidas com o amadurecimento do leitor. Então penso que é um livro para todas as idades e que deve ser lido mais de uma vez e em diferentes fases da vida, incluindo a idade em que o Lucas está.
Dito isso, na minha experiência de leitura, foi impossível não me identificar com o interlocutor do Pequeno Príncipe. Geralmente são "as panes" que nos fazem parar, perdidos como se estivéssemos "no deserto do Saara", e as crianças - sempre elas - que nos mostram o tamanho do ridículo da importância que damos a nós mesmos e "as nossas coisas de adultos".
São muitas as metáforas para serem abordadas, aqui, por isso a importância de um vídeo para tratar delas. Mas, ao pensar sobre os 7 países visitados pelo Pequeno Príncipe, vamos nos dando por conta das diferentes personalidades que assumimos, ou com as quais vamos nos defrontando, ao longo da nossa existência, e quanto vamos atribuir diferentes significados às nossas experiências a depender da forma como cativamos os outros e do quanto estamos dispostos a dividir os pequenos momentos - e objetivos - com os que podemos chamar, verdadeiramente, de amigos.
Não é fácil sairmos dos "nossos mundinhos", mas as crianças, se permitirmos, podem nos ajudar a sair de lá. Aprender a "cuidar das nossas rosas" também leva tempo e não vamos acertar sempre!