Resenhas - Eu, travesti

Perdid numa página 02/05/2024

Utilidade pública
No começo eu me impressionei com a sensibilidade da escrita, com o jeito que tudo estava sendo contado, acho que uma parte preconceituosa de mim me fez sentir isso.

No decorrer do livro eu fui me apaixonando pela Luísa, que pessoa ímpar, um coração enorme, gentil. Nessas memórias com tantas dores, tantas injustiças, a falta de afeto que ele teve da família e ainda assim sempre os ajudou.

Chorei no final, minha vontade foi de abraçá-la e agora, depois de terminar o livro, eu só queria ser amiga dela e sair com ela pra trocar ideia, tomar um café e compartilhar histórias.

De várias formas também esse livro é um tapa na cara, é um abrir os olhos pra uma realidade negligenciada, é um relato do sofrimento de muitas pessoas que fingimos que não existem.

É um livro necessário.

Barbara602 02/05/2024

?SIGO GRITANDO?
?Eu, travesti - memórias de Luísa Marilac? é um livro que retrata não somente a vida de Luísa, mas sim de muitas travestis e mulheres trans.
Apesar de eu ser uma mulher CIS, a história dela me emociona profundamente?
O livro retrata as explorações, abusos, traumas, toques, amores e os desamores de uma mulher, que apesar de ter sido sempre colocada a margem da sociedade (hipócrita), se tornou cada vez mais forte, e o que mais me admira nela, é a ânsia de viver, mesmo com todos os percalços e adversidades. Aprendo muito com ela.
A escrita da Nana Queiroz é fluída, envolvente e perspicaz, com certeza irei ler outras obras dela.
É um dos meus livros favoritos (já o li varias vezes, rs) e indico de olhos fechados para quem curte o gênero.

Maryannanaa 29/04/2024

Leitura fácil e gostosa
O trabalho feito pelas escritoras é incrível. Leitura fácil e gostosa com histórias complexas e dolorosas. Com certeza um livro para se recomendar a todas as pessoas. Que Luísa Marilac continue viva e vivendo!

Isasc.exe 16/04/2024

Preservação da Memória
É pelo espaço de Nana Queiroz que uma história de antiestática se preserva. Luísa Marilac é transcendental, assume todas as vidas que já viveu e representa tantas outras que morreram aos montes e não chegaram nem a ser dado concreto. É nesse contexto que o livro se faz necessário. Essas pessoas precisam contar suas histórias, precisam ser ouvidas, acolhidas; precisam viver pra além da marginalidade.
Luísa VIVE apesar de tudo, e encontra o bom humor a ponto de contar sua história de um jeito que mescla o engraçado com o comovente muito bem.
Além disso, o livro se encontra em épocas diferentes do Brasil, antes do Pajubá e outros elementos da cultura LGBT se perderam e serem apropriados pela cultura hegemônica.
É um livro que deve ser reinvindicado.

Math 07/03/2024

Luísa
Esse livro relata a dura realidade de pessoas trans e travestis no Brasil. Eu tinha a consciência de que não era uma vida fácil, mas não fazia ideia do quão difícil é. A existência de uma pessoa trans/travesti é uma vida política, pq vai dormir e acorda lutando pelo simples direito de existir. De estar em uma sociedade como qualquer outra pessoa. E muitas (a grande maioria) entram na prostituição pq esse direito é negado.
Luísa, com esse livro, esfrega essa realidade em nossa cara. Mostra que a inclusão falta até mesmo dentro da própria sigla LGBT, onde o próprios gays tem preconceito com a letra T. É triste. É incomodo. É necessário. Vemos que precisamos de políticas públicas para dar dignidade a tantas pessoas que passam por essa realidade. São pessoas que assim como qualquer outra tem direito a ter uma vida digna. A ter um trabalho. Um lar.

Luiza Cavalcante 18/02/2024

Ela, Luísa
Quem usava internet no ano de 2010 provavelmente lembra do meme que começava com "E ainda houve boatos de que eu estava na pior", mas poucos devem saber o nome ou a história da protagonista do vídeo, Luísa Marilac. "Eu, Travesti: Memórias de Luísa Marilac" é sua autobiografia escrita em parceria com a jornalista Nana Queiroz.
         Luísa, nascida um garotinho franzino e indesejado em uma família disfuncional do interior de MG, desde cedo precisou lidar com o lado duro da vida, o lado da pobreza, da indiferença, do preconceito, da humilhação e da brutalidade.
         Carente de tudo que se possa imaginar, foi do falecido avô e de uma vizinha que recebeu os primeiros atos de afeto, homenageando-a ao batizar a mulher que sempre soube existir dentro e fora de si.
         No ano de 2024 Luísa completa 46 anos em um país onde a expectiva de vida de pessoas trans é de apenas 35 anos.
         Luísa viveu de tudo, foi enganada, se apaixonou, iludiu, trabalhou, conquistou, perdeu e tentou a vida de GP no exterior, onde gravou, como forma de elevar sua autoestima após uma desilusão, o vídeo que a tornaria conhecida.
      Em uma escrita visceral, Luísa e Nana detalham as dificuldades de uma travesti que, como tantas outras, nao viu alternativa que não fosse a prostituição mas ainda assim fez e faz de tudo na esperança de um final feliz.

Morgan@ 28/01/2024

Muitooo bom
Uma história muito boa prende o leitor do começo ao fim, é impressionante o tanto de coisa que ela superou e suas adversidades indico para todos. Me tirou 🤬 #$%!& ressaca literária

Hiária 27/01/2024

Uma história triste, contudo relevante!
E teve boatos que eu ainda estava na pior. Se isso é estar na pior, PORRAM! o que é tá bem, né?

Embora o bordão tenha alçado os 5 minutos de fama da Marilac, lendo a biografia dela, na maioria da vezes, ela esteve abaixo do nível de pior, cavando com as mãos o fundo do poço.

Confesso que na época, dei risada do vídeo e hoje, lendo esse livro, tenho consciência que não sabemos uma gota, do oceano que é a vida de alguém. Por isso, devemos compreender o humano do outro lado antes de achar um momento da vida dele engraçado ou motivo de piada. E não, não sabia que ela tinha sido repudiada a ponto de querer excluir o vídeo.

Conto de Travas_ 14/01/2024

O livro que você precisa ler!
O que dizer sobre ?Eu Travesti? de Luísa Marilac e Nana Queiroz?

Simplesmente fabuloso. Não quero romantizar os percalços alheio, não. Mas por trazer átona e olhar para vidas de mulheres trans/travestis que vivem à margem, ou melhor, que são jogadas à margem da nossa sociedade que além de tudo, fingem não nos ver.

Esse livro vem para denunciar as mazelas que essa comunidade está condicionada a viver.

Com este livro vc verá por uma perspectiva, de luta e superação e da volta por cima.

Vocês acharam que eu estava na pior?
Até estivemos. Mas tomamos de posse das chaves de nossas cadeia e viemos para revolucionar e Transformar o imaginário popular.


Seguimos gritando e Vivas ???????

léo 05/01/2024

Sou fã dessa mulher
Não gosto de avaliar autobiografias, ou histórias de memórias de alguém pois é a própria história da pessoa. Mais é pesado, cruel, triste e reconfortante ao mesmo tempo, me ensinou com certeza a pelo menos ter mais empatias pelas pessoas. E por isso que admiro muito a garra da Luísa e sou fã dela.

eurenato 01/01/2024

Travesti viva.
Travesti viva. A história de vida de Luísa Marilac é muito além de um vídeo meme tomando seus bons drink. Ela trabalhou tanto ao longo da vida, viu o que ela conquistou escorrer das mãos tantas vezes por causa do preconceito, de gente mesquinha, de agressões, de violências mil. Aliás, nascida de uma violência que a acompanhou de perto, junto de muita transfobia. E ela é só amor, dedicada e honesta, fez o que pôde da vida que rotulou ela desde antes do nascimento. Narrativas multiplicadas servem pra ensinar que a vida é feita de ciclos, de um dia pro outro tudo muda. É preciso ter coragem de recomeçar e se reinventar quantas vezes forem necessárias.

Larissa 29/11/2023

Indigesto!
Busco, pelos livros, entender um pouco sobre as vivências diferentes da minha, com objetivo de ter um olhar mais acolhedor pras dores dos outros, aquelas que não doem em mim.

Luísa é uma fortaleza! Pra quem achava que ela estava na pior, ela realmente estava, mas fez e continua fazendo do ambiente externo um lugar que possa ser ocupado por corpos como o dela, errantes no meio de uma sociedade tão preconceituosa, machista, transfóbica.

Luísa, como tantas outras mulheres trans, vive à margem dessa sociedade, na qual é invisível a luz do dia e, quando chega a noite, é usada e abusada pelos moralistas do dia.

Até quando corpos trans femininos estarão predestinados à prostituição? Até quando a inserção desses corpos em sociedade será tão limitada?

Tomlucitor23 24/10/2023

Luíza Marilac é uma potência, desde que conheci pelo icônico vídeo no YouTube, para depois amadurecer e me fazer conhecer as dores da comunidade trans, eu sempre tive ela como referência, na real, foi meu primeiro contato com o que é uma mulher trans, ler esse livro me transportou para muito além do que eu já vi a mesma falar em entrevistas, me entregou a dor, ao sentimento, a sobrevivência, a luta diária de uma sociedade que rejeita pessoas trans de todas as formas, incrivelmente narrado de uma forma espetacular, esse livro partiu meu coração, e me fez amar ainda mais Luiza Marilac.

Claudia210 14/10/2023

Eu Travesti
"Eu, Travesti" é uma obra poderosa e pessoal escrita por Luisa Marilac, onde ela compartilha sua jornada de autodescoberta e transformação como uma mulher transgênero, destacando as complexidades e desafios que enfrentou ao longo de sua vida. O livro oferece um relato íntimo e corajoso de sua experiência como travesti no Brasil, explorando questões de identidade, aceitação e a luta por direitos e reconhecimento. Marilac compartilha sua história com honestidade, ressaltando a importância da empatia e do entendimento na construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.

site: https://bit.ly/46Q3VFr

aan.miguel 04/10/2023

Será sempre lembrada como o meme "E disseram que eu estava na pior...? mas mais que isso, que história de garra e força, a realidade de muitas, infelizmente, nua e crua.
Li em um dia de tão envolvente que fiquei ao ver as memórias da Luísa. Muitos gatilhos podem ser ativados com essa leitura, mas quando fui chegando no final eu não queria acabar, queria conhecer mais sobre essa mulher.